sábado, 23 de julho de 2016

"Não ha motivos para prender Lula".(?)

"Prender Lula só porque lavou dinheiro ocultando duas propriedades?

Só porque ganhou imóveis e reformas de empreiteiras às quais tinha favorecido?
Só porque recebeu propina fingindo que fez palestras que nunca deu?
Só porque fez o BNDES emprestar 8 bilhões para Odebrecht fazer obras sem concorrência em países bolivarianos?
Só porque comandou uma organização criminosa que quebrou a Petrobrás?
Só porque contratou sondas superfaturadas da Schahim para receber comissões e dinheiro sujo para a campanha?
Só porque mandou acobertar o assassinato do prefeito Celso Daniel pagando com dinheiro da comissão das sondas?
Só porque fez a Petrobras fornecer nafta à Braskem abaixo do valor de mercado por vários anos, causando prejuízo superior a 5 bilhões segundo o TCU?
Só porque saqueou os palácios ao ir embora, levando não só presentes de Estado como até a prataria da casa?
Só porque escolheu e elegeu uma presidente incompetente, despreparada, desequilibrada e burra, propositadamente, esperando com isso sucedê-la 4 anos depois?
Só porque a elegeu tapeando o povo numa campanha criminosamente mentirosa, irrigada com dinheiro roubado da Petrobras?
Só porque permitiu que sua quadrilha saqueasse os fundos de pensão de quase todas as Estatais, prejudicando as aposentadorias de centenas de milhares de petroleiros, carteiros, bancários?
Só porque permitiu que a Bancoop lesasse milhares de bancários para favorecer a OAS e ganhar um triplex no Guarujá?
Só porque deu aval político e dinheiro para que organizações criminosas como o MST invadissem e depredassem impunemente fazendas, centros de pesquisa e prédios públicos?
Só porque sistematicamente comprou apoio político através do Mensalão e Petrolão?
Só porque colocou um cupincha no Sesi Nacional, que transformou a instituição num cabide de empregos para os companheiros e parentes vagabundos?
Só porque ajudou o enriquecimento ilícito de seus filhos em troca do favorecimento de empresas de telefonia e outras?
Só porque vendeu medidas provisórias isentando montadoras de impostos em troca de comissões?
Só porque inchou o governo e as estatais com centenas de milhares de funcionários supérfluos, quebrando o Estado e provocando déficit público Record?
Só porque loteou mais de 30 mil cargos de confiança com seus apaniguados, dando o comando das estatais e autarquias para petistas incompetentes que mal sabem administrar suas vidas?
Só porque elegeu outro poste como prefeito da maior cidade do país, também com dinheiro roubado das estatais?
Só porque comprou milhões de votos com programas de esmola como o Bolsa Família?
Só porque criou o Bolsa Pescador, e deixou 3 milhões de falsos pescadores se inscreverem para receber a sua esmola compradora de votos?
Só porque criou o MONOPÓLIO DAS INDÚSTRIAS PETROQUÍMICAS no país?
Só porque aumentou nossa carga tributária de 33 para 40% do PIB?
Só porque aumentou nossa dívida pública para quase três trilhões de reais, tornando-a impagável?
Só porque favoreceu o sistema financeiro com taxas exorbitantes de juros, transferindo renda dos pobres para os ricos?
Só porque conseguiu fazer o Brasil torrar toda a bonança da maior onda de alta das comodities na década passada?
Só porque loteou todas as agências reguladoras fazendo-as inúteis na proteção dos cidadãos?
Só porque tentou aparelhar até o STF nomeando ministros comprometidos com a proteção à sua ORCRIM?
Só porque deixou a Bolívia expropriar a refinaria da Petrobras sem fazer nada?
Só porque humilhou nossas Forças Armadas nomeando ministros da Defesa comunistas e incompetentes?
Só porque favoreceu comercialmente ditaduras como as de Angola, Venezuela e outras?
Só porque esfriou relações e esnobou as maiores economias do mundo, direcionando nossas relações exteriores para países inexpressivos comercialmente, apenas no afã de ganhar prestígio e votos na ONU?
Só porque humilhou o Itamaraty orientando a política externa através de consiglieri mafiosos como Marco Aurélio Garcia?
Só porque nos envergonhou deixando nossas embaixadas e consulados sem dinheiro para pagar aluguéis?
Só porque comprou um aerolula da Airbus pelo triplo do que poderia ter comprado um Embraer e promovido nossa indústria aeronáutica?
Só porque descuidou dos programas de saúde pública através de ministros incompententes e desvio de verbas, permitindo a volta de doenças como a dengue e o zika?
Só porque aparelhou todas as universidades federais com reitores de esquerda, obtusos e incompetentes?
Só porque fez o Brasil ser motivo de chacota no mundo inteiro?
Só porque nos tirou o orgulho de sermos brasileiros?
Só por estes motivos?"
ORA. NÃO É JUSTO .

*Texto por 
Hélio Bicudo

Sergio Moro foi bonzinho!

Lula poderia ter sido preso, Moro você está coberto de razão, não tem que ser a temporária, e sim a DEFINITIVA .
Em sua resposta à defesa de Lula, que o acusou de ser parcial, Sergio Moro escreveu que o petista poderia ter sido preso, quando os grampos autorizados pela Justiça revelaram o seu objetivo de ganhar foro privilegiado, via nomeação para o ministério de Dilma Rousseff:
Leiam o trecho publicado pelo Estadão:
"A interceptação revelou uma série de diálogos do ex-presidente nos quais há indicação de sua intenção de obstruir as investigações, o que por si só poderia justificar, por ocasião da busca e apreensão, a prisão temporária dele, tendo sido optado, porém, pela medida menos gravosa da condução coercitiva."
Sergio Moro foi bonzinho.
*Via O Antagonista

Perdeu molusco!

Obviamente,era o esperado, Sergio Moro negou o pedido da defesa de Lula para que se declarasse suspeito em relação aos casos envolvendo o petista. Moro escreveu que os advogados de Lula confundem “sua inconformidade com as decisões judiciais com causas de suspeição”.
Perdeu, Cristiano Zanin. Perdeu, Roberto Teixeira. Perdeu Molusco!
* Com O Antagonista

Porque hoje é Sábado, uma bela mulher.

A bela amiga e modelo Yasmin Sales.

A esquerda não aprendeu nada com a queda da União Soviética.

Estava eu passando de canais na TV, quando me deparei com um programa na Globo News que discutia a saída de Eduardo Cunha da presidência da Câmara. Nele participavam Manuel Galdino, diretor-executivo da Transparência Brasil, e Roberto Romano, professor da Unicamp. Depois de alguns pontos colocados por ambas as partes, Roberto Romano diz que sua maior preocupação com o atual cenário político é a radicalização do Congresso, alertando para um possível regime autoritário.
Não é de se espantar para ninguém que a Unicamp é infestada de esquerdistas. Mas me espanta como a esquerda considera qualquer discurso diferente que não reza a sua cartilha como algo radical. Já perceberam isso?
Se alguém apresenta uma pauta voltada para o mercado, com menos impostos, menos burocracia e com um Estado mais enxuto, a esquerda o acusa de ultraliberal a favor dos empresários que quer destruir as “conquistas” dos trabalhadores. Se alguém defende valores tradicionais da família e da religião, a esquerda o acusa de conservador retrógrado que é contra as minorias. Se alguém defende o fortalecimento das fronteiras – uma das funções clássicas do Estado - visando proteger e dar segurança aos cidadãos do país, então a esquerda o acusa de xenófobo de extrema direita. Tudo isso é radicalismo para a esquerda. Mas os radicais populistas, os radicais oprimidos e os radicais anti-imperialistas, esses a esquerda não fala nada. Já que é assim, vamos um breve retrospecto comparativo entre as alas radicais.
A América Latina viveu uma verdadeira farra populista desde o início do século, com Lula, Hugo Chávez, Evo Morales e os Kirchners. O Brasil e a Venezuela vivem a pior crise econômica das suas histórias; a Bolívia continua como um dos países mais miseráveis do mundo; e a Argentina ainda está tentando se recuperar da desgraça deixada pela casal K. Em contrapartida, Chile, Colômbia, Peru e México, que foram na contramão dos países do Mercosul, adotando uma postura mais voltada para o mercado, vão muito bem, obrigado.
Na Europa, Grécia, França, Espanha e Inglaterra, seguiram a linha populista europeia, que eles chamam de progressismo. O resultado foi uma crise sem tamanho, uma das piores da história. Os dois últimos países alteraram suas pautas e se recuperaram muito bem da crise. Já os dois primeiros dobraram a aposta. A Grécia vive em uma crise profunda, e a França só não tem mais greve do que o Brasil. Ah sim, quase ia me esquecendo. A Alemanha, com sua austeridade criticada pelos progressistas, foi o país da União Europeia mais imune a crise de 2008. Crise essa causada pela bolha imobiliária americana que foi iniciada pelo progressista Bill Clinton ainda na década de 1990. Mas isso é só um detalhe. Vamos adiante.
Falando nos EUA, os americanos estão vivendo um verdadeiro inferno devido a questões raciais. A turminha do beautiful people de Hollywood, juntamente com o New York Times, passaram anos acusando os brancos, sobretudo os policiais, de fascistas e racistas (soa familiar?). Com dados distorcidos e estatísticas mentirosas – algo muito comum da esquerda, como dissecou George Orwell em “A Revolução dos Bichos” -, os progressistas inflaram a população negra a ponto da Miss Alabama, uma negra, considerar o homem, também negro, que matou cinco policiais a sangue frio em Dallas um mártir! Lembrando que o presidente dos EUA há oito anos é negro. Adiantou alguma coisa? Será que essa velha postura marxista de considerar os brancos opressores e os negros oprimidos, colocando uns contra os outros deu certo? E no Brasil? Deu certo proteger os pequenos e grandes marginais oprimidos contra a opressora sociedade burguesa? A criminalidade certamente não diminuiu. O Rio de Janeiro, cidade das Olimpíadas, é terra de ninguém. Esta semana uma menina de sete anos viu a mãe morrer na sua frente após ter sido esfaqueada no pescoço. Mas a esquerda defende esses oprimidos da sociedade.
E o que falar da postura da esquerda quando se trata de combater os anti-imperialistas? Para eles, basta que algum grupo grite “morte a América” para que eles relativizem qualquer atrocidade. Os “revolucionários” decapitam, matam a sangue frio, e tudo que a esquerda faz é pedir respeito as diferenças culturais. A França, como sempre, é porta voz desse discurso. Até porque a França é muito cool para entrar em uma guerra; os franceses são intelectuais demais para lutarem. O resultado disso é que a França sofreu três grandes atentados terroristas nos últimos dois anos! Será que é xenofobia mesmo querer proteger fronteiras e lutar contra terroristas muçulmanos? Os EUA, por sua vez, após ficarem 15 anos sem um ataque terrorista, graças ao trabalho dos “fascistas” da CIA, voltaram a sofrer um ataque dentro de suas terras. Aparentemente, a postura pusilânime do esquerdista Obama de praticamente passar todo seu mandato pedindo perdão pela “opressão” americana ao Oriente - como se eles já não vivessem em guerra centenas de anos antes dos EUA mesmo existirem -, e de fazer acordos com países como o Irã, não adiantou muito.
Enfim, a esquerda vestiu uma nova roupa, adaptou o seu discurso e recebeu uma nova chance, após o colapso da União Soviética. E o resultado foi igual ao de sempre – crises econômicas, autoritarismos, e caos civil. Em outras palavras, o mundo governado pela esquerda está de cabeça para baixo, como sempre. E porque eles continuarão recebendo novas chances? Pelo fato deles continuarem colocando na cabeça da sociedade que há uma ameaça totalitária nos “discursos radicais” da direita. É assim que a esquerda cria um monopólio das boas intenções. Só cai nessa quem quer.
* Texto por: Pedro Henrique Mancini de Azevedo, MBA, PMP

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Rodrigo Maia submete-se ao PCdoB, amarela e também boicota criação da CPI da UNE.


O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), vai manter a decisão de seu antecessor, Waldir Maranhão (PP-MA), de anular a criação da CPI da UNE. Maia, no entanto, já reviu duas decisões de Maranhão e resolveu encurtar a vida das CPIs do Carf e da Funai e Incra.
Maia foi um dos signatários da CPI da UNE, mas disse que não vai revogar o despacho de Maranhão sobre uma questão de ordem formulada pelo deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), seu aliado, cujo Partido costuma comandar os negócios da UNE. Ao enterrar a CPI da UNE, Maranhão concordou com a tese de que não havia fato determinado para investigação. “Não vou fazer nada contra a decisão dele”, disse Rodrigo Maia.
As decisões de Maia estão atreladas a um acordo formulado nos bastidores entre os principais líderes da Casa para impedir que CPIs sejam instaladas na Casa com objetivos “obscuros”. “É preciso pacificar a Casa e romper com radicalismos. A lógica é acabar com CPIs para atender fins que não se sabem quais”, disse Orlando Silva.
Durante as articulações que culminaram na eleição de Maia chegou-se a comentar nos corredores que ele teria prometido ao PCdoB barrar a CPI em troca de votos. ( Políbio Braga - http://polibiobraga.blogspot.com.br/)

Renato Duque acerta delação premiada e pode acabar para sempre com o PT, Lula e Dilma.


Nas redes sociais, montagens de fotos e textos escatológicos já ligam os três personagens do PT.

Duque responde a vários processos na Lava Jato. Todos estão suspensos pelo juiz Sergio Moro até que a nova rodada de negociações com os procuradores tenha desfecho. Oficialmente, os motivos da transferência de Duque são mantidos em sigilo. “Os motivos da transferência são sigilosos. Não podemos nos manifestar a respeito disso”, diz o advogado Adriano Bretas, responsável pela defesa de Duque.
Preso no Complexo Médico de Pinhais desde julho de 2015, o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque foi transferido na manhã desta quarta-feira para a carceragem da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Investigadores da Operação Lava Jato revelaram para a revista VEJA, que acaba de publicar a notícia no seu site, que a transferência é o primeiro passo para que o ex-diretor, que voltou a pleitear um acordo de delação premiada, passe a organizar os fatos que poderá delatar em futuros depoimentos. 
Renato Duque seria o primeiro membro da nomenklatura do PT que quebraria a criminosa Lei do Silêncio imposta pelo Partido aos seus dirigentes. Nenhum dos que foram ou estão presos abriu a boca até agora.
Investigado por operar propinas bilionárias do petrolão para o caixa do PT, Renato Duque já foi condenado pelo juiz Sergio Moro em três processos. As penas, somadas, ultrapassam os 60 anos de prisão pelos crimes de corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Duque já havia tentado negociar um acordo de delação premiada, mas os fatos que o ex-diretor da Petrobras apresentou em sua primeira tentativa de acordo foram considerados insuficientes pelos procuradores da Lava Jato.

Secretário diz que meta de despoluição da Baía de Guanabara foi ousada.

(Foto: Yasuyoshi Chiba/AFP)© Fornecido por Gazeta Esportiva (Foto: Yasuyoshi Chiba/AFP)
Em visita nesta quarta-feira à Baía de Guanabara, o secretário do Ambiente do estado do Rio de Janeiro, André Correa, revelou que a meta exposta de despoluição foi muito “ousada” e que levaria anos para ser alcançada. A 16 dias do início dos Jogos Olímpicos, as águas do local receberão as competições de vela.
Após a definição de que as Olimpíadas de 2016 seriam realizadas na capital carioca, o governo estabeleceu que 80% da água da Baía estaria despoluída, o que não foi possível.
“A gente colocou uma meta que era muito ousada, de ter a baía 80% despoluída e ninguém sabe explicar o que é esse 80%, se é de carga orgânica ou se não é. Ficou uma coisa muito mal colocada e que só contribuiu para esse descrédito original”, declarou Correa.
(Foto: Yasuyoshi Chiba/AFP)© Fornecido por Gazeta Esportiva (Foto: Yasuyoshi Chiba/AFP)
O secretário revelou que seria necessário um gasto de mais de R$ 20 bilhões para solucionar as questões do despejo de esgoto e do saneamento das cidades próximas, o que teria, além de uma despesa elevada, um alto tempo para ser resolvido.
“Qualquer pessoa que disser que essa baía estará em condições ambientalmente adequadas em menos de 25 ou 30 anos está mentindo. Não vamos fazer isso no curto prazo”, continuou.
Para as competições de vela, André acredita que a qualidade da água não será prejudicial aos atletas. Mesmo assim, não descarta que os dejetos possam atrapalhar os competidores, e espera que o projeto de despoluir o local continue mesmo com o fim dos Jogos.
“A probabilidade de isso acontecer é muito baixa, mas não seria leviano de garantir. Lixo zero não existe nem na Baía de Guanabara nem em qualquer baía do mundo. Espero que, com o fim da Olimpíada, não pare essa cobrança”, finalizou o secretário.

domingo, 17 de julho de 2016

Mordomia: carros oficiais a serviço da família de Dilma.

Reportagem de ISTOÉ flagra Paula Rousseff e Rafael Covolo, filha e genro da presidente afastada, utilizando veículos pagos pelo governo para cumprir compromissos pessoais. 
Como tantas outras Paulas filhas deste País, Paula levanta cedo da cama com o tilintar do despertador. Não raro, o marido, Rafael, já está de olhos abertos. Pela manhã, ela mantém uma rotina nada estranha à maioria das pessoas de classe média. Vai ao cabelereiro, faz compras para abastecer a despensa de casa, reserva uns minutos para o pilates e uma ida rápida à clínica de estética, e, eventualmente, dá uma passadinha no pet shop. Depois de almoçar, leva o filho à escola. À tarde, dirige-se ao trabalho, obrigação já cumprida pelo marido de manhã. Como tantas outras Paulas filhas deste País, Paula seria apenas mais uma brasileira se não carregasse em sua assinatura o sobrenome Rousseff.
Porto Alegre, 12 de julho. 13h40 – O genro de Dilma Rousseff, Rafael Covolo, busca o filho na escola com carro oficial. A placa é fria para evitar identificação. Outro veículo também bancado pelo governo o escolta. 

Perante à lei, filhos de presidente da República são iguais a todos. Ombreiam-se aos demais cidadãos. Não deveriam merecer distinção ou receber tratamento especial, salvo em alguns casos de excepcionalidade. Mas a filha de Dilma, que hoje se encontra afastada, ou seja, nem o mandato de presidente exerce mais, não se constrange em cultivar uma mordomia ilegal. Diariamente, Paula Rousseff Araújo desfruta de uma regalia. A máquina do Estado a serve, bem como ao seu marido e filhos. As atividades narradas acima, como uma frugal ida ao cabelereiro, ao pilates e ao pet shop, são realizadas a bordo de um carro oficial blindado com motorista e segurança. Em geral, um Ford Fusion. Acompanha-os invariavelmente como escolta um Ford Edge blindado com dois servidores em seu interior, um deles um agente de segurança armado. O mesmo se aplica ao genro de Dilma, Rafael Covolo, e aos dois netos. No total, oito carros e dezesseis pessoas integram o aparato responsável pela condução e proteção da família da presidente afastada. Trata-se de um serviço VIP.
Quem banca essa estrutura é o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência. Ou seja, o contribuinte. Nas últimas semanas, reportagem de ISTOÉ flagrou os carros oficiais entrando e saindo do condomínio Vila de Leon, zona sul de Porto Alegre, onde moram os familiares de Dilma, para levá-los a compromissos do dia a dia. A rotina dos Rousseff segue um padrão. O 6 de julho dos descendentes da presidente afastada não foi muito diferente dos dias anteriores. Às 18h30, uma quarta-feira, o Fusion blindado escoltado pelo Ford Edge também à prova de balas trouxe a família de volta ao lar, depois de transportá-la para uma série de atividades pessoais. No dia seguinte, às 9h da manhã, os mesmos carros já estavam de prontidão na porta da casa da filha de Dilma para mais uma jornada por Porto Alegre. No dia 12/07 às 13h40, Rafael Covolo, marido de Paula, foi buscar um dos filhos na escola. Como de praxe, com o carro oficial. Um automóvel pago com dinheiro público os escoltou até o retorno para casa. O Fusion levava a placa IVF – 3267 (normalmente é esta ou a IVG – 1376) e o Edge IUF – 3085. Se consultados nos registros do DETRAN, os prefixos figurarão como “inexistentes”. Sim, são placas frias ou vinculadas, inerentes aos chamados carros oficiais de representação.
7 de julho. 9h – Dois veículos oficiais, um para transporte e outro para escolta , buscam os familiares de Dilma no condomínio onde moram. 

Nos locais freqüentados por Paula Rousseff, em geral, há um alvoroço quando ela desembarca com o carro oficial e os seguranças em volta. Embora a filha da presidente afastada tente manter a discrição, não há como não reconhecê-la. O aparato em torno dela desperta a atenção dos funcionários. O atendente da unidade do “Bicho Pet Store”, localizada no bairro Menino de Deus, zona sul de Porto Alegre, diz que Paula é uma cliente assídua. Costuma levar para procedimentos de banho e tosa um cachorro de pequeno porte, semelhante a um shitzu. “A filha da presidente sempre vem ao petshop acompanhada de um monte de seguranças”. O mesmo serviço de transporte vip bancado pelo governo, composto por carro oficial e escolta, a conduz até o “Studio Martim Gomes Pilates”, na Vila Assunção. “Dona Paula vem aqui com freqüência. É nossa cliente”, atesta um funcionário da clínica. A equipe do salão Oikos Hair, também no bairro da Vila Assunção, é mais comedida ao falar de Paula. Questionada por ISTOÉ, uma secretária disse: “A Dilma já veio aqui também. Parou de vir faz tempo (…) Sobre a dona Paula …por razão de segurança não posso desmentir nem confirmar nada”.
6 de julho. 18h30 – Carros oficiais deixam os Rousseff em casa, um condomínio na zona sul de porto alegre.

A mordomia de Paula Rousseff e Rafael Covolo, além de constituir inaceitável privilégio, é também uma benesse totalmente ilegal. A legislação é clara. Reza o artigo 3º do decreto 6.403 de março de 2008, baixado pelo ex-presidente Lula: os veículos oficiais de representação – como os que transportam a família de Dilma – são utilizados exclusivamente pelo presidente da República, pelo vice-presidente, pelos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica e pelo Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas e por ex-presidentes da República. A única exceção que permitira que filhos de presidente desfrutassem desse privilégio é se fossem usados os chamados carros oficiais de transporte institucional. Com um condicionante: “se razões de segurança o exigirem”. Não é o caso, definitivamente. Primeiro porque carro institucional não possui escolta armada nem placa vinculada ou fria, como os veículos que servem a família de Dilma. Ainda de acordo com instrução normativa do Contran, veículo institucional é identificado com a expressão “governo federal” na cor amarelo ouro e tarja azul marinho. Nenhum dos carros usados por Paula e Rafael Covolo exibe esta inscrição. Mesmo que eles utilizassem esse tipo de veículo, haveria uma outra barreira de cunho 
legal.
7 de julho. 17h – veículos bancados pelo governo buscam o neto de Dilma na escola. no trajeto, o Ford Edge (acima) escolta o Ford Fusion blindado.

Os Rousseff só poderiam ser enquadrados nessa situação totalmente excepcional se: 1) Comprovassem a existência de riscos à sua integridade física e 2) Fossem familiares de presidentes em exercício. Quer dizer, hoje o deslocamento da filha, genro e netos de Dilma a bordo de veículos oficiais compõe um mosaico de irregularidades. Se a mamata já seria desnecessária e ilegal com a presidente Dilma no pleno exercício do cargo, em se tratando da chefe do Executivo federal afastada a regalia ofertada à Paula Rousseff, Rafael Covolo e filhos afronta sobejamente a legislação em vigor. Por ironia, o decreto que estabelece regras para a utilização dos carros de governo foi reeditado com pequenas alterações por Dilma em outubro do ano passado, com o objetivo, segundo ela, de “racionalizar o gasto público no uso de veículos oficiais”. A racionalização, claro, não alcançou sua família, como se nota.
14 de julho. 11h30 – O Ford Fusion oficial aguarda um dos filhos de Paula Rousseff em frente à escola.

Os serviços de transporte e segurança dos Rousseff em Porto Alegre estão a cargo de uma empresa terceirizada contratada pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República: a Prime Consultoria e Assessoria Empresarial, conforme documentos aos quais ISTOÉ teve acesso. Todo mês, a Prime encaminha ao Palácio do Planalto um relatório de abastecimento dos veículos. A última nota foi emitida no dia 1º de julho. Na prestação de contas estão listados os veículos, suas especificações, bem como as respectivas placas vinculadas, sem registro no DETRAN, e os motoristas responsáveis por atender aos familiares da presidente afastada na capital gaúcha. Em junho, por exemplo, foram gastos só com combustível R$ 13,8 mil. Os familiares de Dilma não precisariam de carros oficiais para o cumprimento de suas tarefas diárias. Paula Rousseff é procuradora do trabalho no Rio Grande do Sul. Entrou no Ministério Público do Trabalho em 2003 por meio de concurso público. Atualmente, recebe salário de R$ 25.260,20. Para quê a mordomia com dinheiro público? Por que o genro de uma presidente afastada precisa usar carro oficial para a execução dos afazeres cotidianos? 

TUDO EM CASA Dilma com a filha e o neto, durante evento no Planalto. 

Na política, se não forem estabelecidos limites, necessários à liturgia do cargo, a família tem grande potencial para gerar constrangimentos. Sobretudo porque eventuais privilégios desfrutados por filhos dizem mais sobre os pais do que os próprios herdeiros. No Brasil, um País de oportunidades desiguais, regalias a parentes de políticos chamam muita atenção e, em geral, são consideradas inaceitáveis e despertam indignação e sensação de injustiça na população. Quando a prática é ilegal, a situação se agrava. Por constituir vantagem ilícita a terceiros e atentar contra os princípios da administração pública, o episódio em questão pode até render um processo contra Dilma por improbidade.
Procurado por ISTOÉ, o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência afirmou que “permanece realizando a segurança da Presidenta Dilma e de seus familiares, de acordo com o disposto no inciso VII do Art 6º da Lei Nr 10.683, de 28 de maio de 2003”. O problema é que o referido “amparo legal” não prevê o uso de carros oficiais para fazer o transporte da família da presidente afastada. Em tese, apenas a escolta para segurança seria permitida. 

Diz o inciso VII do Art 6º da Lei Nr 10.683: ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República compete zelar, assegurado o exercício do poder de polícia, pela segurança pessoal do Presidente da República, do Vice-Presidente da República e respectivos familiares, dos titulares dos órgãos essenciais da Presidência da República e de outras autoridades ou personalidades, quando determinado pelo Presidente da República, bem como pela segurança dos palácios presidenciais e das residências do Presidente da República e do Vice-Presidente da República. 

Três dias antes de deixar a Presidência, em 2010, Lula fez questão de assegurar aos seus filhos a dispensável regalia do passaporte diplomático. Revelada pela imprensa, a esperteza engoliu o dono. Em novembro de 2013, a Justiça determinou a apreensão dos passaportes e o recolhimento dos mesmos pelo Itamaraty. Depois do impeachment de Dilma, o tema voltou à baila com a apimentada discussão sobre eventuais mordomias a que a presidente teria direito afastada do cargo. Uma ação civil pública questionou o uso por Dilma de aviões da FAB. A Justiça até permitiu o deslocamento com os jatos da Força Aérea Brasileira, desde que custeados pela própria mandatária afastada. Recentemente, apoiadores do PT se cotizaram para bancar as viagens. Pela trilha da carruagem, hoje já abóbora, haja crowdfunding militante (a popular vaquinha) para sustentar os privilégios de petistas e congêneres que ainda insistem em se refestelar com as benesses do Estado.

“É ilegal, mas eles usam mesmo assim” 

Na quinta-feira 14, ISTOÉ conseguiu fazer contato com um dos responsáveis pela frota de carros oficiais que serve a família da presidente Dilma Rousseff em Porto Alegre. Com medo de retaliação, ele pediu para não ser identificado.
ISTOÉ – Quantos carros oficiais a família de Dilma tem à disposição?

São oito carros blindados de fábrica. Quatro para o transporte e mais quatro que fazem a escolta armada. É um serviço VIP. No carro oficial e no veículo de escolta há um motorista e um segurança. No total, são quatro pessoas envolvidas para cada dupla de carros. 

ISTOÉ – Desde quando a filha, o genro e os netos da presidente afastada contam com o serviço de transporte e segurança pago pelo governo?

Há pelo menos cinco anos. São carros de representação com placa vinculada ou placa fria para não serem identificados. Se você consultar no DETRAN, aparece como placa inexistente. 

ISTOÉ – Além de se tratar de uma mordomia, a utilização de carros de representação por familiares de presidente da República é ilegal.

Sim. É ilegal. Mas eles usam mesmo assim. Eles até poderiam usar uma escolta. Não sou PMDB nem nada. Mas, por exemplo, a Marcela Temer (atual primeira-dama) usa a escolta para segurança. É normal. Mas sabemos que, quando morava sozinha em São Paulo, ela ia para compromissos pessoais com o carro dela. Não com carro oficial. Isso que a família de Dilma faz contraria a lei. 

ISTOÉ – Nossa reportagem apurou que a filha de Dilma leva o filho à escola, vai para o pilates, pet shop, clínica de estética e até ao cabelereiro com os veículos pagos pelo governo. O genro também usa os carros oficiais para atividades semelhantes. O sr. confirma essa informação?

Confirmo. Os carros oficiais os levam para atividades do dia a dia. 

*Por SÉRGIO PARDELLAS, na Revista  ISTOÉ, com colaboração de  Pedro Marcondes de Moura e fotos de Lucas Uebel e Itamar Aguiar.

O ocaso de Lula: desprestígio, abandono e suspeitas.

ENTREATOS - Lula com militantes sem-terra em Pernambuco, na semana passada: maior inclinação para reminiscências
ENTREATOS - Lula com militantes sem-terra em Pernambuco, na semana passada: maior inclinação para reminiscências (Cristiano Mariz)
Às 7h50 da última quarta-feira, um segurança do ex-presidente Lula chegou ao Aeroporto Oscar Laranjeira, em Caruaru, no agreste de Pernambuco. Diligente, comunicou que um Gulfstream G200, avião executivo de luxo e alta performance, estava a caminho da cidade. Minutos depois, dois representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o vice-prefeito Jorge Gomes (PSB) estacionaram seus carros no local. Estavam apreensivos, porque não havia militantes para oferecer uma recepção calorosa a Lula. “Eles vão chegar. Pode ficar tranquilo”, disse um dos líderes do MST ao segurança, tentando amenizar a tensão. Uma hora mais tarde, só oito pessoas aguardavam o ex-presidente. “Vamos partir para o plano B. Acho melhor receber o Lula no hotel. Manda o pessoal para lá”, ordenou o guarda-costas. Em seguida, ele trancou a porta de entrada do saguão do aeroporto, que é público, para evitar que alguém fotografasse o deserto que aguardava Lula, aquele que já foi um dos políticos mais populares do mundo. “O cara”, como disse o presidente americano Barack Obama, numa ocasião em que se encontraram.
Lula desembarcou às 9h13 acompanhado do senador Humberto Costa (PT-PE). Driblou as poucas pessoas curiosas que o aguardavam e deixou o aeroporto pelos fundos. “Pensei que ele fosse ao menos pegar na minha mão e me cumprimentar”, reclamou Augusto Feitosa, funcionário do aeroporto. Os tempos são outros. A popularidade e o prestígio de Lula também. Caruaru é testemunha dessa transformação. Em 27 de agosto de 2010, o então presidente desembarcou no mesmo Oscar Laranjeira ao som de uma orquestra formada por estudantes de uma escola pública. O saguão estava lotado. Sorridente, Lula abraçou eleitores e posou para fotos ao lado de autoridades como Fernando Haddad, então ministro da Educação, hoje prefeito de São Paulo, e a então primeira-­dama do Estado de Pernambuco, Renata Campos. Em seu último ano de mandato, Lula beneficiava-se do crescimento econômico, que atingiu 7,5% em 2010. Nem o céu parecia lhe servir de limite.“Se a gente continuar mais dez anos do jeito que está, daqui a pouco chega a Caruaru e pensa que está em Paris, em Madri, de tão chique.”
Caruaru continua Caruaru. Figura entre as doze piores cidades para viver no Brasil. E Lula deixou de ser Lula. Lidera no quesito rejeição entre os nomes cotados para disputar a Presidência em 2018. Na quarta-feira passada, Lula discursou em Caruaru num auditório com capacidade para setenta pessoas. A plateia era formada por militantes do MST e da CUT, que preferiram tomar o café da manhã do hotel a esperar o petista no aeroporto. A programação previa uma coletiva de imprensa. Não ocorreu. Só Lula e áulicos falaram. Mas o ex-presidente mantém um fotógrafo e uma equipe de documentaristas, sempre a postos para captar as melhores cenas. Enquanto estava no hotel, um militante rompeu o cerco de seguranças e tirou uma foto com Lula, mas a equipe do ex-presidente o obrigou a apagá-la. A imagem mostrava uma garrafa de uísque ao fundo. Não pegaria bem nas redes sociais, foi a justificativa apresentada.
Depois do evento, Lula saiu pela garagem, num carro com os vidros fechados, e percorreu um trajeto de apenas 400 metros até o trio elétrico que o esperava para um novo discurso. “Ele parece estar meio distante do povo, com um olhar desconfiado”, observou a funcionária pública Conceissão Pessoa. Em cima do trio elétrico Pantera Fashion, Lula discursou para 2.000 pessoas. Cinco ônibus, com capacidade para cinquenta passageiros, foram fretados por 1.000 reais cada um, pagos em dinheiro vivo, para postar a claque diante da estrela petista. A programação da semana passada, por exemplo, previa uma passagem pela cidade do Crato, no Ceará, onde ele receberia o título de doutor honoris causa da Universidade Regional do Cariri. A segurança fora informada de que estava sendo organizado um protesto de alunos contra a concessão da honraria. A visita foi cancelada.
Em Caruaru, Lula foi ainda a um assentamento agrário do MST. Uma banda de pífanos, também contratada por cerca de 1.000 reais, animou a festa. À mesa, famílias convidadas puderam se servir de macaxeira, jerimum, cuscuz, carne guisada e suco de acerola. Lula bebia cachaça e água. Estendia o braço direito para o alto, com o punho cerrado, e discursava contra o “golpe” que derrubou Dilma. No fim da tarde, às 17 horas, o ex-presidente partiu para o Recife no avião de prefixo PR-WTR, o mesmo que as empreiteiras Odebrecht e OAS usavam para transportá-lo ao exterior. À noite, na capital pernambucana, num evento em praça pública, Lula criticou o presidente interino Michel Temer e o juiz Sergio Moro, que em breve julgará um pedido de prisão contra ele. Falou à plateia e também à equipe que produz um documentário sobre o “golpe”. Com a chuva, os militantes começaram a se dispersar, e Lula teve de encerrar o espetáculo.
*Por Thiago Bronzatto, de Caruaru, e Daniel Pereira