sábado, 12 de maio de 2012

"Macacos, gorilas e micos"

"Quando um pagodeiro, um jogador de futebol e um funkeiro, fantasiados de gorilas e cercados por popozudas de biquíni à beira de uma piscina, se divertem em um clipe do pagode Kong, e são acusados de racismo e sexismo pelo Ministério Público Federal em Uberlândia por "unir artistas e atletas em um conjunto de estereótipos contra a sociedade, comprometendo o trabalho contra o preconceito", a coisa tá preta.
Alexandre Pires não é só um pagodeiro, é cantor romântico milionário, com carreira internacional, queridíssimo do público. Funkeiro é só um pouco de Mr. Catra, figuraça da cena musical carioca, rapper famoso nacionalmente por suas letras contundentes e suas paródias. E não é só um jogador de futebol: é Neymar. Não por acaso, uns mais e outros menos, são todos negros, ricos e famosos por seu talento, ídolos das novas gerações do Brasil mestiço. Já o procurador é branco, preocupado em proteger os negros para que não façam mal a eles mesmos.
Assim como a beleza, o preconceito também está nos olhos de quem vê. Quem ousaria associar o genial Neymar, o galã Alexandre e o marrentíssimo Mr. Catra a macacos? Só um racista invejoso...
O procurador ficou especialmente incomodado quando Mr. Catra, vestido de gorila, cercado por gostosonas louras, ruivas e morenas e feliz como pinto no lixo, diz ter "instinto de leão com pegada de gorila". Seria uma sugestão preconceituosa da potência sexual afrodescendente. Êpa! Elogio não é crime.
Freud explica: quando João fala de Pedro, está falando mais de João do que de Pedro. Nas falhas, defeitos e intenções que um atribui ao outro, revela-se mais de si do que do outro".
*Texto de NELSON MOTTA, no O Estado de São Paulo

Janela para a impunidade.

O STF com pretensa justificativa de defender a ordem constitucional,  a liberdade e a democracia acaba de colocar, formalmente, a sociedade refém de traficantes, bandidos e corruptos.
Conforme divugado esta manhã em um programa da Rádio Globo e com  a descarada desculpa de mais uma interpretação da Constituição, o STF acaba de jogar uma pá de terra apodrecida sobre nossas esperanças de que  o quadro de  deterioração da Justiça no país pudesse ser revertido.
Por  decisão unânime fica proibida a manutenção na prisão de traficantes, bandidos e corruptos que, mesmo  sendo presos em  flagrante, passam a ter o direito ficar em liberdade, sem pagamento de fiança, enquanto os crimes cometidos  forem classificados como “presunção” de culpa.
Ou  seja, a prisão em flagrante de um traficante de posse de drogas,  dinheiro roubado, e armas, não são mais um crime e sim uma “presunção de culpa” segundo o STF.

Delete! Exclua!

Grampos & Grampos



Acessem este link e ouçam grampos, transcrições e etc:

Porque hoje é Sábado, uma bela mulher!

A bela e excelente atriz Debora Falabella

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Por quê Fernando Collor tem ódio a Veja?



Conheça a verdade: A entrevista que Pedro concedeu à VEJA há 20 anos e que está na raiz do ódio que Fernando Collor tem da revista.
Segue a entrevista que VEJA publicou em 1992 com Pedro Collor, irmão de Fernando Collor, e que acabou resultando na queda do ex-presidente, agora senador (PTB-AL) e aliado de Lula. Collor (leia abaixo) resolveu se vingar da revista, demonstrando que é do tipo que não aprende nada nem esquece nada. Antes, como agora, trata-se de apostar na liberdade de imprensa ou no seu controle pelo estado ou por um partido.

Nos primeiros dias de seu governo, Collor determinou uma espécie de blitz contra a Folha e teve como resposta o repúdio da imprensa como um todo e da sociedade. Eram tempos em que não havia esbirros do petismo — ou do collorismo, é bom deixar claro — financiados com dinheiro público para intimidar o jornalismo. Passados vinte anos, o jornalismo livre, ainda que de modo oficioso, enfrenta mais dificuldades hoje do que antes. Afinal, Collor e setores de seu principal adversário de antes, o PT, se uniram contra a liberdade de imprensa. Lembrem a histórica entrevista.

“O PC é o testa-de-ferro do Fernando”

Na tarde da última quarta-feira Pedro Collor tomou um avião em Maceió e chegou a São Paulo após uma escala no Recife. Em com­panhia da mulher. Maria Tereza, e de uma irmã, Ana Luiza, Pedro Collor deu uma entrevista de duas horas a VEJA. A seu pedido, o encontro ocorreu nas dependências da revista. A mulher e a irmã de Pedro Collor foram testemunhas de suas declarações, e chegaram a colaborar em algumas respostas. Além de fazer novas denúncias sobre a atividade de PC Farias no governo, Pedro Collor diz que ele é “testa-de-ferro” do presidente Fernando Collor. Diz que o jornal Tribuna de Alagoas, que PC Farias quer lançar em Maceió, na verdade pertence a seu irmão. Também garante que um apartamento de Paris que se supunha ser propriedade do empresário na realidade pertence a Fernando Collor. Para Pedro Collor, existe uma “simbiose profunda” entre os dois. Os principais trechos da entrevista:

VEJA - O senhor se considera louco?

Pedro Collor - Não, de jeito nenhum.

VEJA - Se a sua própria mãe está falando isso, é o caso de perguntar. Já fez algum tratamento psiquiátrico?

Pedro Collor - Não, nunca fiz tratamento psiquiátrico ou psicanálise. Essa pressão toda tem um objetivo claro. O objetivo foi passar para a opinião pública a sensação de que não tenho credibilidade, que estou sob forte comoção. Convenceram mamãe a assinar aquela carta. Ela é muito ingênua nesse sentido.

VEJA - As suas afirmações e denúncias, os documentos que o senhor levantou contra Paulo César Farias e as críticas que vem fazendo ao Presidente colocam o governo e o país numa situação delicada. O senhor está ciente disso?

Pedro Collor - Absolutamente consciente.

VEJA - O senhor tem dito que suas revelações podem acabar com o governo do seu irmão. E isso que o senhor quer?

Pedro Collor - Não, mas qual foi o principal mote da campanha do Femando? Quem roubava ia para a cadeia. Na prática, estou vendo uma coisa completamente diferente. Ninguém pode enrolar todo mundo o tempo todo.

VEJA - Essa briga começou em torno do lançamento de um novo jornal, que concorreria com a Gazeta de Alagoas, das organizações Arnon de Mello?

Pedro Collor - Em janeiro de 1991, levei ao Fernando, no Palácio do Planalto, o plano de se montar um novo jornal em Alagoas. Seria um jornal vespertino. Já houve no passado vespertinos no Estado, e que pararam por um motivo ou outro, agora não há nenhum. Como achei que havia uma brecha no mercado, e a gráfica do nosso grupo estava ociosa, fiz a proposta ao Fernando. Expliquei que o novo jornal não faria parte do grupo da Gazeta, seria uma iniciativa à parte.

VEJA - O que o presidente achou da idéia?

Pedro Collor - Ele me disse o seguinte: “Não, não leve a idéia do jornal adiante porque eu vou montar uma rede de comunicação paralela em Alagoas com o Paulo César, e essa rede terá um jornal”. O Fernando falou que o jornal iria se chamar Tribuna de Alagoas. Disse também que a Tribuna seria impressa na imprensa oficial do Estado. Então perguntei por que ele não imprimia esse novo jornal na gráfica do nosso grupo. O Femando respondeu: “Não”.

VEJA - A rede de comunicação seria de PC Farias?

Pedro Collor - O PC seria o testa-de-ferro. Era uma empresa de testa-de-ferro, que teria o jornal e de doze a catorze emissoras de rádio.

VEJA - Qual foi a sua reação a essa rede?

Pedro Collor - Raciocinei que, se o novo jornal ia ser impresso na imprensa oficial, seria em preto-e-branco, um jornal para ocupar espaço, evitar que grupos adversários na política entrassem na área. Dizia-se que não era um jornal para concorrer efetivamente com a Gazeta e, de repente, compraram um maquinário exatamente igual ao nosso, e me tomam funcionários pagando três ou quatro vezes mais do que eles ganham conosco. Então é um negócio para destruir o nosso, certo? Foi aí que a coisa começou. Houve também um problema corri a instalação de rádios. Na mesma reunião em que falei do novo jornal com o Fernando, eu disse que precisávamos também de duas rádios, FMs pequenas ou médias, na periferia de Maceió.

VEJA - Como o senhor conseguiria essas rádios?

Pedro Collor - Pelas vias normais. Essas duas rádios já existiam no plano traçado pelo governo.

VEJA - E obteve as rádios?

Pedro Collor - Obtive duas negativas. Simultaneamente, eles mexeram no plano, a ponto de contemplar todas as cidades que até então não estavam com rádios FM.

VEJA - Isso foi feito por quem?

Pedro Collor - Por solicitação do deputado Augusto Farias, irmão do PC. Vejam bem: converso com ele tentando montar um jornal, falo das rádios que podem entrar. Negam para mim. E viabilizam para eles umas doze rádios que nem estavam cogitadas no plano.

VEJA - O senhor tentou chegar a um acordo sobre o jornal antes de começar a recolher documentos sobre os negócios de PC?

Pedro Collor - Houve tentativas que não deram certo, porque a intenção não era montar um jornal assim ou assado, mas montar um jornal para destruir o nosso. Em fevereiro passado, saiu aquela reportagem do Eduardo Oinegue, em VEJA, sobre o assunto, em que eu chamava o PC de lepra ambulante. Eu estive então com o Cláudio Víeira (secretário particular de Collor, afastado do governo na reforma ministerial). O Cláudio me disse que há cinco dias o Fernando não despachava com ele, nem com o general Agenor, nem com o Marcos Coimbra. O Cláudio Víeira me contou que no dia anterior o Fernando havia se reunido, durante uma hora e meia. com o procurador-geral da República, Aristides Junqueira. Segundo o Cláudio me contou, o procurador disse ao Fernando que, se eu não desmentisse a reportagem de VEJA, o Junqueira iria instaurar um inquérito, e que isso derrubaria o governo. Eu respondi ao Cláudio que não tinha intenção de derrubar o governo de ninguém, que minha intenção era me preservar e alertar que o PC era uma bomba atômica ambulante, independentemente de jornal ou coisa que o valha. Esclareci que não poderia desmentir a reportagem pura e simplesmente, e pedi um compromisso firme de que o PC não iria tentar acabar com nossa organização. Sugeri que a Gazeta arrendasse a gráfica da Tribuna, pagasse, e nós imprimíssemos o jornal. Cheguei a conversar depois sobre essa proposta com o PC, e ele disse que adorou. Na hora de formalizar o acordo, sumiu. O Cláudio Vieira então me disse que o Paulo César estava com outras idéias e ia me procurar. Estou esperando até hoje.

VEJA - Por que o pre­sidente Collor, se é ele que está por trás dessa rede de comunicações montada pelo PC, esta­ria interessado em preju­dicar e até destruir os negócios da família?

Pedro Collor - É uma questão que só Freud explica. (Tereza, mulher de Pedro Collor. pede para falar)

Tereza - O Fernando Collor faz isso porque o Pedro não se submete a ele. O Fernando viu que não podia tirar o Pedro da administração dos negócios da família. Foi o Pedro quem geriu, e bem, as empresas durante esses anos todos. O Fernando quer o meio de comunicação e instrumento político, enquanto o Pedro tem a responsabilidade de administrá-lo como empresa. É daí que nasceu a divergência.

VEJA - O senhor acha mesmo que o PC é um testa-de-ferro do presidente nos negócios?

Pedro Collor - Eu não acho, eu afirmo categoricamente que sim. O Paulo César é a pessoa que faz os negócios de comum acordo com o Fernando. Não sei exatamente a finalidade dos negócios, mas deve ser para sustentar campanhas ou manter o status quo

VEJA - De quem é o apartamento de Paris onde funciona a S.CI . de Guy des Longchamps e Ironildes Teixeira?

Pedro Collor - É dele.

VEJA - Dele, quem?

Pedro Collor - Dele. Do Fernando, claro.

VEJA - O senhor não tem dúvidas?

Pedro Collor - Não tenho a menor dúvida.

VEJA - De quem é o jatinho Morcego Negro?

Pedro Collor - Acho que é do Paulo César, mas não posso afirmar.

VEJA - O presidente Collor sairá mais rico do governo?

Pedro Collor - Em patrimônio pessoal, sai. Sem dúvida nenhuma.

VEJA - O presidente está envolvido na sua denúncia de que o Paulo César recebeu unta comissão de 22% sobre os negócios entre a empresa IBF e o governo para a implantação da raspadinha federal?

Pedro Collor - O Fernando não entra no varejo da coisa. Ele apenas orienta o negócio.

VEJA - O que acontece com o dinheiro?

Pedro Collor - O Paulo César diz para todo mundo que 7O% é do Fernando e 3O% é dele.

VEJA - O senhor acredita nisso?

Pedro Collor - Eu não sei se a porcentagem exata é essa.

VEJA - Mas o senhor sustenta que existe uma sociedade entre os dois?

Pedro Collor - Tenho certeza de que é assim. Existe urna simbiose aí. Eu não estendo as acusações ao Fernando diretamente. Uma coisa é você concordar. Outra coisa é operacionalizar. São duas coisas distintas. Operacionalizar, no sentido do dolo, no sentido do ilícito, isso é muito do temperamento do PC. Ele tem prazer nisso. O Fernando é incapaz de sentar em uma mesa e dizer assim: “O negócio é o seguinte: preciso de uma grana para a minha campanha. Me ajuda”. Pode estar nu e sem sapato que não pede ajuda. Já o PC toma. Deixa você nu se for possível.

VEJA - O senhor já ouviu do Paulo César que ele tem essa associação com o seu irmão?

Pedro Collor - Sim, já ouvi dele.

VEJA - E do presidente?

Pedro Collor - Não, do Fernando, não.

VEJA - O PC é uma pessoa digna de crédito?

Pedro Collor - Se ele foi o tesoureiro de duas campanhas do Fernando, se age com age publicamente, se ele mesmo fala isso, eu só posso concluir que é verdade.

VEJA - Qual foi a última vez em que o senhor e o presidente conversaram sobre as atividades de PC Farias?

Pedro Collor - Em janeiro deste ano. Eu tinha acabado de chegar do exterior e o Fernando me chamou para almoçar. Foi uma conversa afável, embora o Fernando, tenha se mostrado cuidadoso ao mencionar o nome do PC. Pisava em ovos. Eu reclamei da maneira como o PC vinha tentando destruir o nosso jornal em Alagoas, chamando nossos funcionários. Foi uma conversa sobre os problemas com o jornal.

VEJA - O senhor mencionou as denúncias de corrupção sobre PC?

Pedro Collor - Com o Fernando, exatamente, não. Falei “n” vezes com os meus irmãos Leopoldo e Leda, com o Cláudio Vieira e o Marcos Coimbra.

VEJA - Por que nunca falou diretamente com o presidente?

Pedro Collor - Eu sentia que, se eu falasse, ele iria ter uma explosão violentíssima. O Fernando não gosta de escutar críticas.

VEJA - Por que o senhor passou a envolver o presidente Collor nas suas denúncias contra o PC?

Pedro Collor - Eu comecei a receber ameaças de morte dos irmãos do PC através de interlocutores comuns. Cheguei a falar com o Cláudio Vieira sobre tudo o que estava acontecendo. Concluí que o PC não estava agindo por conta própria. É o estilo típico do Fernando usar instrumentos. Ele não ataca de frente.

VEJA - O senhor não acredita que exista uma vontade política real do presidente em investigar as atividades de PC Farias. Afinal, a Receita Federal foi acionada para vasculhar o imposto de renda de PC?

Pedro Collor - Não acredito nisso. Acho que a investigação ia ser empurrada com a barriga e seria apenas retórica.

VEJA - Qual a diferença entre o PC Farias e o Pedro Paulo Leoni Ramos, o PP? Ou entre o PC e o Cláudio Vieira? Ou entre eles e o Claudio Humberto?

Pedro Collor - São os métodos. O PC é o erudito do roubo, da corrupção, da chantagem. Os outros têm uma aspiração, mas também têm um teto. O PC não tem limites.

VEJA - Mas o PC vai até onde?

Pedro Collor - Ele é capaz de matar para extorquir.

VEJA - O senhor apresentou o PC Farias ao Fernando Collor. Quando começou a afastar-se dele? Por quê?

Pedro Collor - Na época eu não o via como hoje. Ele era um sujeito enrolado com negócios, mas apenas isso. Não pagava as contas. Mas era um sujeito jeitoso, muito insinuante, muito simpático. Ele é muito envolvente em negócios. Comecei a me afastar quando o Fernando se tornou governador do Estado.

VEJA - O senhor tem alguma coisa contra o cidadão Fernando Collor, seu irmão?

Fernando Collor - Pessoalmente, o Fernando é um sujeito extremamente talentoso, carismático, magnético e, em alguns momentos, é uma criatura fantástica, cheia de energia. Ao mesmo tempo, é rancoroso, vingativo e adora manipular as pessoas. Ele gosta das pessoas subservientes.

VEJA - O senhor chegou a falar que o seu irmão Fernando tentou se insinuar junto a sua mulher, Tereza. Como foi isso?

Pedro Collor - Não foi exatamente isso. Eu e Tereza tínhamos passado por uma crise conjugal, o que acontece muitas vezes entre casais. Isso foi em 1987, quando Fernando era governador de Alagoas. Nesta ocasião, eu estava no Canadá. Tive a informação de que ele chamou Tereza para conversar no palácio. Conversaram durante um bom tempo. Ali era o lugar onde ele tinha intercurso, com algumas moças. Houve fofocas sobre isso e eu fui informado. Tereza foi depois para Paris e Fernando me chamou para dizer que havia conversado com ela e que eu me preparasse porque ela iria se separar de mim. Disse que eu havia pisado muito na bola e que me preparasse. Em paralelo, eu sabia que ele estava telefonando para ela em Paris, naturalmente utilizando a fragilidade da relação para telefonar e talvez até fazer a cabeça dela. Eu consegui as contas telefônicas do palácio que comprovaram essas ligações.

VEJA - Houve uma tentativa explícita de sedução?

Pedro Collor - Eu acredito que implicitamente ele tentava mapear a situação, diante de uma pessoa fragilizada emocionalmente pela perspectiva de uma ruptura de casamento. Uma voz simpática. um ombro amigo…

VEJA - Tereza, houve uma tentativa de sedução?

Pedro Collor - Não, ele tem esse jeito de falar que é meio fraternal, meio conselheiro.

VEJA - Apesar de sua suspeita de paquera por que continuou freqüentando seu irmão? Por que esteve na posse dele como presidente?

Pedro Collor - Porque não se deve sair arrebentando portas. Tive controle emocional.

VEJA - Pelo que se deduz, o senhor coloca esse episódio como um entre vários através dos quais seu irmão tenta atingi-lo. É isso?

Pedro Collor - O que ele quer é me ver distante do comando administrativo das empresas que temos. Para colocar uma pessoa dele lá dentro, por uma questão política.

VEJA - O senhor nomeou alguém para o governo federal?

Pedro Collor - Nem para a prefeitura de Maceió nem para o governo de Alagoas nem para o governo federal.

Esgotamento do modelo chinês.

Área central de Chongqing este mês. A cidade tem crescido depressa, empurrada por projetos de infraestrutura impulsionados pelo seu agora cassado líder, Bo Xilai, sob a acusação de prática de tortura policial por ele favorecida.
                CHONGQING, China — Após a implosão das economias ocidentais desde o final de 2008, os líderes chineses começaram a se jactar de uma alegada supremacia de seu país. Tais conversas se alastraram, não apenas na China, mas pelo Ocidente afora, cantando as ‘vantagens’ do chamado “modelo chinês” de ‘comunismo capitalista’ — uma ideologia política vagamente definida como uma mistura de ditadura socialista com capitalismo estatal ou controlado pelo estado — que viera para servir de ‘luz guia’ para este século. Mas, agora, com as recentes agitações políticas, e um crescente número de vozes influentes exigindo a ressurreição de políticas econômicas mais livres e mais espaço para o livre mercado e empreendimento, parece que o sentido de triunfalismo era, na melhor das hipóteses, prematuro, e talvez seriamente equivocado. Os líderes chineses estão pelejando com uma série de incertezas, desde a já uma década de transição de liderança – este ano sacudida pelo abalo sísmico de um escândalo político – até a lentificação do crescimento de uma economia profundamente entrincheirada em empresas estatais comandadas pelo politiburo e que têm subvertido as forças de mercado em detrimento do empreendedorismo privado. (Colaboração FRANCISCO VIANNA,por e-mail, via resistência democrática)
*Leia mais em inglês  no NewYorkTimes

Petralhismo e burrice.

Um clipe de gosto duvidoso com mulheres de biquíni numa piscina, surpreendidas por gorilas que saem da selva, é o cenário do clipe de 'Kong,' música de Alexandre Pires num vídeo que contou com a participação de Neymar e do funkeiro Mr. Catra.
Mas não é que o ouvidor nacional da Igualdade Racial, Carlos Alberto Silva Júnior, fez uma denúncia à Procuradoria Geral da República alegando que no vídeo coloca o negro "em condição de ser inferior"?
Segundo a Procuradoria, ainda não há nenhum posicionamento sobre o objeto da investigação e os fatos seguem em apuração.
COMENTÁRIO: Quem acusou o jogador Neimar e o cantor Alexandre Pires de racistas, deveria ser preso ou internado no hospício. No clipe tem várias mulheres brancas e negras. Além disso Alexandre Pires e Neimar são negros e ambos possuem orgulho de sua cor. Eles estão espantados.
NO PAÍS DOS PETRALHAS COMUNISTAS NADA ME SURPREENDE. TEM MUITA GENTE ( INCLUSIVE) JORNALISTAS, QUE AINDA NÃO ACORDOU. COMO SÃO INOCENTES. É A DIDATURA COMUNISTA, A INCOMPETÊNCIA, O RACISMO COM PRETEXTO DE PUNIR O RACISMO. QUEREM CONTROLAR A ARTE, A IMPRENSA, A MÚSICA, A LIBERDADE ARTÍSTICA E DE EXPRESSÃO. É O CULTO A IGNORÂNCIA.
*(Gracialavida, por e-mail, via Resistência Democrática)

Os novos "marajás" do Serviço Público?

Comissão, na Câmara, aprova reajuste de salário de ministros do STF
O projeto de aumento salarial dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) avançou nesta quarta-feira na Câmara com a aprovação da proposta na Comissão do Trabalho. Os deputados analisaram dois projetos enviados pelo Supremo, em 2010 e em 2011, e fixaram o valor do salário em R$ 32.147,90, retroativo a 1º de janeiro deste ano. Um dos projetos originais previa o salário de R$ 30.675,48, para vigorar a partir de 1º de janeiro de 2011, e o outro mais um reajuste de 4,8%. O salário fixado aprovado significa um aumento de 20,29% aos atuais vencimentos de R$ 26.723,13.
Na carona do aumento dos ministros do Supremo, o procurador-geral da República também teve a aprovação de projeto reajustando seu salário para o mesmo valor na Comissão do Trabalho. Os reajustes têm efeito cascata em todos os salários do Judiciário e do Ministério Público.
Nos projetos originais enviados à Câmara em 2010, com a previsão de reajuste para R$ 30.675,48, o então ministro do Supremo, Cezar Peluso, e o procurador-geral, Roberto Gurgel, informavam que o impacto do aumento aos cofres públicos seria de R$ 2,022 milhões, no caso dos ministros do Supremo, de R$ 446,764 milhões no âmbito do Poder Judiciário da União, e outros R$ 173,384 milhões referentes ao Ministério Público da União. Os gastos adicionais somam R$ 622,170 milhões por ano. Os substitutivos aprovados pela comissão não informam o impacto do reajuste de 20 29%.
O governo não impediu a votação do projeto. "Tem orçamento previsto para isso", disse o vice-líder do governo, Luciano Castro (PR-RR). Ele foi o relator e deu parecer favorável ao projeto de reajuste salarial para o Ministério Público. Tanto Castro quanto o relator dos projetos de reajuste salarial do Supremo, deputado Roberto Santiago (PSD-SP), consideraram defasada a remuneração dos ministros e dos integrantes do Ministério Público. Eles argumentaram que os valores atuais são de janeiro de 2009, quando houve o último reajuste salarial.
A presidente Dilma Rousseff e o ex-ministro do Supremo Cezar Peluso "entraram em conflito" no ano passado por causa do aumento salarial dos ministros e dos servidores do Judiciário. A presidente Dilma não quis incluir os recursos no Orçamento Geral da União de 2012 para esse fim.
*Agência Estado

Homemde "informações" do Cachoeira, propõe delação premiada.

Por Claudio Humberto:
Peça chave do bicheiro Carlos Cachoeira no esquema desmantelado pela Policia Federal, o ex-sargento da Aeronáutica Idalberto Nunes, o “Dadá”, estaria negociando delação premiada, segundo fonte do Ministério Público Federal.
Após atrair os procuradores com a proposta, “Dada” impôs uma série de condições para acusar os comparsas mas, ante a relutância do MPF, exigiu que em caso de sua proposta vir a ser recusada, que os procuradores informem o motivo por escrito.
Lavando a ficha
Dentre as exigências impostas por “Dadá” para a delação premiada está a garantia de que ele não sofrerá qualquer punição na Justiça.
Arquivo apreendido
Ao deflagrar a Operação Monte Carlo, a PF teria apreendido na casa de “Dadá” gravações que ainda permanecem sob exame.
Acervo inédito
“Dadá” incluiria na delação do esquema de Cachoeira gravações de telefonemas e de conversas que mantém em “local seguro”.
Segundo a PF, “Dadá” atuaria como uma espécie de espião a serviço de Cachoeira. É suspeito de grampear ilegalmente telefones e emails.
*Via Blog da Resistência Democrática no Resistência Democrática.

Aerodilma

Maior e mais confortável, o A330A FAB retoma estudos para a compra de um luxuoso avião para uso da Presidência da República. O modelo em avaliação custa R$ 400 milhões e pode começar a operar em 2014.
Dois anos depois de suspender as negociações para a compra de um novo avião para a Presidência da República, a Força Aérea Brasileira (FAB) retomou os estudos de viabilidade técnica e financeira para a aquisição da aeronave. O mais provável é que seja adquirido o Air Bus 330 MRTT (Multi Role Tanker Transport) para uso da presidenta Dilma Rousseff. O modelo da empresa europeia Eads é avaliado em mais de R$ 400 milhões e faz parte da categoria superluxo. Era o sonho de consumo do ex-presidente Lula, que agora pode ser adquirido pela sucessora e afilhada política. O luxuoso avião conta com uma área VIP presidencial com direito a copa, suíte e chuveiro no banheiro, além de um espaço amplo para abrigar a comitiva que acompanha a presidenta. Segundo uma fonte da FAB, a Aeronáutica ainda está na fase inicial do processo de compra e nenhuma proposta foi concluída para ser apresentada ao Palácio do Planalto. Mesmo assim, os planos seguem a todo vapor. Apesar da preferência pelo modelo europeu, a Aeronáutica também pediu orçamento para a Boeing e a Israel Aerospace Industries (IAI). A expectativa é de que, se a decisão sobre a compra sair ainda este ano, o novo avião presidencial comece a servir à Presidência no fim de 2014.
A aquisição do Aerodilma, no entanto, tem entraves políticos. Desde que assumiu o comando do País, a presidenta anunciou uma sequência de cortes de gastos e comprou brigas sérias com a base aliada pelo arrocho das contas públicas. Chegou até a perder votações no Congresso em retaliação dos políticos ao contingenciamento de emendas parlamentares. Por isso, o consenso é de que agora o cenário é pouco favorável para uma compra envolvendo quase meio bilhão de reais justamente para a aquisição de uma aeronave presidencial. Além disso, o Planalto precisaria contar com créditos extraordinários aprovados pelo próprio Congresso para bancar a despesa. Por isso, o assunto ainda não chegou ao gabinete da própria Dilma. O que deve acontecer somente depois que a FAB analisar todos os modelos disponíveis e seus orçamentos.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Delegado da PF esquenta Clima na CPMI do Cachoeira.

Em depoimento sigiloso à CPI do Cachoeira, o delegado Matheus Mela Rodrigues, que coordenou a Operação Monte Carlo, citou uma lista com 82 nomes que tiveram relações ou foram apenas citados em conversas de Carlos Augusto Ramos, O Carlinhos Cachoeira.
A lista inclui os nomes de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), de governadores, senadores, deputados federais, prefeitos e até mesmo da presidente Dilma Rousseff.
O presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), fez um apelo aos parlamentares para que não comentassem com a imprensa os nomes da lista, uma vez que o fato de estarem citados em conversas do grupo não significa que tenham envolvimento com o esquema de Cachoeira. Os nomes podem ter sido usados pela quadrilha sem conhecimento dos citados.
O delegado cuidou da Operação Monte Carlo, deflagrada em novembro de 2010 e que resultou na prisão de Carlinhos Cachoeira e membros de seu grupo em fevereiro deste ano. Os 82 nomes citados se referem a esta operação, e não à Vegas, ação policial semelhante encerrada em 2009.
A Folha teve acesso a lista dos nomes citados pelo delegado.
Constam três ministros do STF, Gilmar Mendes, Luiz Fux e Dias Toffoli; dos governadores Antonio Anastasia (PSDB-MG), Marconi Perillo (PSDB-GO), Beto Richa (PSDB-PR) e Agnelo Queiroz (PT-DF). O nome do presidente do Senado, José Sarney também está na lista.
A CPI mista no Congresso investiga as relações do grupo de Cachoeira com agentes públicos e privados.
Veja lista de deputados federais, senadores, ministros e governadores citados na lista por ordem alfabética:
Senador Aécio Neves (PSDB-MG)
Deputado distrital Agaciel Maia
Governador Agnelo Queiroz (PT-DF)
Presidente DEM-DF Alberto Fraga
Governador do Paraná Beto Richa (PSDB)
Senador Blairo Maggi (PR-MT)
Deputado federal Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO).
Senador Demóstenes Torres (sem partito-DF)
Ministro Antônio Dias Toffoli (STF)
Presidente Dilma Rousseff (PT)
Deputado Fernando Francischini (PSDB-PR)
Gilmar Mendes (ministro do STF)
Maguito Vilela (prefeito de Aparecida de Goiânia)
Vice-governador Tadeu Filipeli (PMDB-DF)
Deputado Sandes Junior (PP-GO)
Senador José Sarney (PMDB-AP)
Deputado federal Jovair Arantes (PP-GO)
Deputado federal Leonardo Vilela (PMDB-GO)
Luiz Fux (ministro STF)
Governador Marconi Perillo (PSDB-GO)
Deputado federal Marcos Montes (DEM-MG)
Reinaldo Sobrinho (secretário de segurança do Paraná)
Deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO)
Deputado federal Stephan Necessian (PPS-RJ)
Deputado Protógenes Queiroz (PC do B-SP)
* Texto da reportagem de : ANDREZA MATAIS e RUBENS VALENTE para a Folha de São Paulo.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Cachoeira, o mandão!


Charge de Chico Caruso, via Blog do Noblat

O PT quer bater em todos...


O site do jornal O Globo informou que a presidente Dilma Rousseff está exigindo retratação da Febraban da nota escrita pelo economista Carlos Alberto Sardemberg, que disse que os bancos não podem gerar demanda adicional de crédito se os clientes não quiserem tomar. Uma obviedade. A exigência presidencial é uma exorbitância de caráter ditatorial, do mesmo modo do anúncio do presidente do PT, Rui Falcão, ao dizer que era chegada a hora de "peitar" a mídia. O PT parece ter encerrado sua fase de acumulação de forças e está agora exercendo o poder de forma autoritária.
*Nivaldo Cordeiro

Melhor para o Brasil.

As chances de derrotar o chavismo.

PELA PRIMEIRA VEZ EM 13 ANOS ANTI-CHAVISTAS TÊM REAIS CHANCES DE VENCER O TIRANETE COMUNISTA HUGO CHÁVEZ.
No informe "Articulação do Chavismo e Sucessão de Hugo Chávez", a consultoria Datanálisis afirma: "Sete meses nos separam das eleições presidenciais de 2012; eleições que se assomam como as mais renhidas dos últimos 13 anos. Pela primeiera vez desde que Chávez assumiu o primeiro mandato, a oposição conta com possibilidades reais de vencer após exitosas eleições primárias de 12 de fevereiro passado." O documento difundido pelos jornal venezuelano El Nacional, assegura quqe a candidato de Chávez gera dúvidas. "Ditas incertezas se acentuam dada à política de segredos e desinformação que diferentes porta-vozes do Governo adotam ao tratar da enfermidade do Presidente".

O caudilho foi operado pela primeira vez de um tumor canceroso no dia 20 de junho de 2011. Dias mais tarde, em cadeia nacional desde Cuba, anunciava a sua enfermidade. Entretanto, desde essa data pouco se conhece sobre seus verdadeiro estado de saúde. Não se sabe que tipo de câncer paede nem quanto avançado está. O chefete bolivariano é o único que dá informação sobre sua doença e nunca detalha os passos a seguir no futuro. Se trata em Cuba porque ali mantém em segredo cada um de seus movimentos. Ainda quando sua saúde parece frágil, o mandatário anuncia que será o candidato a um novo mandato presidencial no próximo 7 de outubro.

Os autores do informa da Datanálisis, María Díaz, Carlos Lagoria e José Antonio Gil Yepes considera que no cenário atual é "difícil prever possibilidades e probabilidades inclusive no curto prazo'. Todavia, destacam que na "forma com se articule ou se una o movimento oficialista (atomizado entre militares vs. civis, radicais vs. moderado e nacionalistas vs. cubanistas) incidirá no cenário político."

"A princial incerteza que atormenta oficialistas, opositores e independentes é a designação de um eventual sucesso de Hugo Chávez (...) Seja por seu desaparecimento físico ou por um recaída de sua saúde, a possibilidade de que o atual Presidente não consiga chegar às eleições é o fato de maior relevância após o anúncio do reaparecimento de um tumor no dia 21 de fevereiro passado. A consultoria Datanálisis, que se dedica às pesquisas eleitorais, alerta sobre uma guerra interna no caso da morte de Chávez.

Comentário de uma democrata lúcida.

CPI direcionada, visa Demóstenes e esquece a sujeira dos aliados do poder.
...
Ando um pouco calada, só observando as aberrações que vem acontecendo ultimamente. Ando muito revoltada e me sentindo de mãos atadas.
O cinismo dessa quadrilha me adoece. Não posso admitir que a imprensa coloque em foco a falsa honestidade da quadrilha petista e aliados, quando pedem justiça em relação a Demóstenes Torres e ninguém se manifesta ou faz um comentário sobre a roubalheira e corrupção do governo petista e aliados. Fico esperando que algum apresentador do noticiário jogue alguma indireta, assim como fazia o Boris Casoy e nada, parece que estão todos anestesiados.
Até os políticos da chamada "oposição" não aparecem na mídia pra mostrar que o governo é mais corrupto que qualquer um deles.
Resolveram deixar que o PT massacre o senador Demóstenes, não que ele seja inocente, mas...
...
*Sueli Silva, por e-mail, via resistência democrática.

FGTS fraudado em R$ 24 bilhões.

Nem todos tem tempo para saber as “quantas andam” seus patrimônios como, por exemplo: DESVIOS DO FGTS PARA FINS ELEITOREIROS.
Para leitores deste blog (https://www.facebook.com/groups/aposentados.etc/298151286933875/) entenderem melhor sobre o que aconteceu, resumidamente, aqui apresentamos números globais do FGTS do trabalhador que é seu patrimônio, ou seja, é uma espécie de poupança que as empresas depositam sobre percentual do salário, em NOME INDIVIDUAL de cada um dos trabalhadores.
A Caixa Econômica Federal administra cerca de 600 milhões de contas, sendo 100 milhões, aproximadamente, de contas ativas. O patrimônio do trabalhador está, grosso modo, em R$ 250 bilhões. O FGTS é atualmente remunerado à taxa de 3% ao ano + TR. Como o TR, tende a ficar em 0%, a remuneração da FGTS vem perdendo seu patrimônio em termos reais.
A CEF empresta ao tomador de casa popular, à taxa de 7,9% ao ano, conforme divulgado dia 06/05/2012, com lucro líquido de 4,9% sobre os empréstimos lastreados no FGTS. Além disso, a CEF cobra pela administração desta conta, em valores líquidos 1%, ou seja, R$ 2,5 bilhões. Comenta-se que a remuneração liquida pudesse ser de no máximo R$ 500 milhões ao ano.
Eis os fatos, o governo Lula e agora governo Dilma, conseguiram que os administradores do FGTS sacassem a parte do "subsídio" do programa Minha Casa Minha Vida, do FGTS, em fundo perdido. São recursos que saem e não voltam. O povo mal informado acredita que o "subsídio" do programa Minha Casa Minha Vida, vem do Tesouro, o que seria natural. Qualquer subsídio teria que ser arcado pelo conjunto da sociedade. Não é isto que está sendo feito. O "subsídio" está sendo sacado do patrimônio do trabalhador, ou seja, cada trabalhador individualmente está subsidiando o programa Minha Casa Minha Vida.
O montante destes saques, já chegam a R$ 24 bilhões até hoje, segundo o senador Paulo Paim (PT-RS) do próprio partido de ambos presidentes da República. Tudo isto, foi dito na audiência pública sobre o futuro do FGTS, feito em 25 de abril próximo passado, no Senado Federal. Nem mesmo a senadora Marta Suplicy (PT-SP) presente na audiência pública contestou esta afirmativa. São decisões do governo, que passa batido. Nem imprensa chamou atenção sobre isto. Pasmem ainda, que o senador Paulo Paim tomou conhecimento deste fato, naquele dia, 25 de abril de 2012.
Isto é que se chama oferecer benefícios com chapéu alheio. Tanto presidentes Lula como a presidente Dilma bradam e conjugam o verbo fazer, sempre, na primeira pessoa do singular. Para ser justo, deveria no mínimo, fazer referência de que o "subsídio" do programa Minha Casa Minha Vida está sendo dado pelo conjunto de trabalhadores. Dinheiro do governo, não é! Nem do contribuinte! Quem está subsidiando o programa Minha Casa Minha Vida são os trabalhadores!
Cadê os sindicalistas do CUT e da Força Sindical? Agora que estão do lado do Lula e Dilma, fazem de conta que o assunto não diz respeito a eles. Os tempos mudaram.
TRABALHADORES, SEUS FGTS NÃO TERÃO O RETORNO DEVIDO, POIS ESTÃO SENDO APLICADOS EM ATIVIDADES QUE NÃO LHES DIZ RESPEITO!
*Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. UFPR. Twitter: @sakamori10
Postado por Ossami Sakamori às 17:52 do dia 7/05/2012

terça-feira, 8 de maio de 2012

Os canalhas e os idiotas não se convenceram? Que pena!

A rede petralha na Internet — uma quadrilha organizada para tentar fraudar os fatos — já veio em peso “comentar” o primeiro post sobre a Record (escrevi dois) para dizer: “Ah, você não me convenceu”, junto com um monte de ofensas!
E eu lá quero convencer vagabundo de alguma coisa?
Gente que acredita na Record e que lê Paulo Henrique Amorim — apenas para citar o mais circense deles — e outros amestrados não quer ser convencida de nada. Eu não sei é o que faz neste blog. Por que não fica lá se lambendo entre os seus, como é próprio da espécie?
Esta página é complicada demais para cavalgados. Recorro a muitas orações subordinadas, frases intercaladas, objetos diretos preposicionados, predicativos do objeto… Não há nem mesmo a hipótese de que entendam o que escrevo — mudar de opinião, então…
De resto, nunca penso: “Ah, agora vou mudar a opinião de alguém…” Escrevo o que acho que tem de escrito com base nos fatos. Só!
*Por Reinaldo Azevedo

Lula quer Cabral fora da CPI do Cachoeira para oposição não identificar quem lucrou com bondes do Alemão.

Exclusivo – Descoberto o motivo pelo qual o Doutor Chefão Luiz Inácio Lula da Silva, mesmo enfermo e andando de bengala, corre tanto para evitar que seu amigo e parceirão Serginho Cabral Filho seja convocado a depor na CPI do Cachoeira – que até agora caminha para desaguar em mais uma pizza com sabor de impunidade. Lula teme que Cabral seja obrigado a explicar, além de sua ligação umbilical com a empreiteira Delta, por que as obras do plano inclinado do complexo do Alemão custaram tão caro e tiveram tantos termos aditivos ao contrato inicial, superfaturando a previsão inicial de gastos.
O motivo da correria de Lula para blindar Cabralzinho serviu de assunto das fofocas de final de semana de alguns senadores e deputados, em Brasília - lugar apropriadamente avacalhado como “Detrito Federal”. Oficialmente, a obra no Alemão custaria estratosféricos R$ 210 milhões. Mas o valor pode ter sido aditivado para R$ 253 milhões. Os políticos comentavam ontem que gente muito próxima a Lula teria se beneficiado do negócio.Símbolo-mor do PAC no Rio de Janeiro, os bondinhos do Alemão são alvo de críticas econômicas. Transportam apenas 10.000 passageiros por dia. Mas custam ao Estado do Rio R$ 2 milhões por mês, em subsídios. O negócio parece tão bom que já se estuda implantar uma nova linha do teleférico até o shopping Nova América, em Del Castilho, na zona norte do Rio de Janeiro. Será que o modelo operacional resiste a uma isenta auditoria para verificar se o dinheiro gasto a mais com sua manutenção escorre para algum sistema de mensalão? Eis a questão...
Bancado pelo governo do RJ e operado pela Supervia (em contrato de emergência, sem licitação que só ocorre em julho), o teleférico tem passagem social a R$ 1 que não cobre os custos operacionais. Para piorar o rombo, 55% dos usuários desfrutam de gratuidade. Cada viagem de até 3,5km (da estação inicial, Bonsucesso, até a final, Palmeiras), 152 gôndolas, de 6h às 21h, custa aos cofres públicos R$ 6,70 – R$ 2 milhões divididos por 300.000 passageiros/mês. Em 7 de julho de 2011, quando a Presidenta Dilma Rousseff inaugurou o teleférico do Alemão, o discurso do vice-governador do Rio de Janeiro chamou atenção. Luiz Fernando Pezão fez questão de agradecer às empreiteiras responsáveis pela obras, principalmente a Delta Construções, de Fernando Cavendish, cuja ligação com os esquemas do bicheiro e lobista Carlinhos Cachoeira e a amizade com o Governador Sérgio Cabral se transformam em bons motivos para se convocar alguém a depor numa CPI.
Uns 20 dias antes do discurso de Pezão, Cabral tinha sido pego na besteira de ter apanhado emprestado um jato do empresário Eike Batista, do grupo EBX, para viajar à Bahia e participar dos festejos de aniversário do dono da Delta, em um resort. A farra passaria despercebida não fosse uma tragédia. A queda de um helicóptero que provocou a morte de sete pessoas e tornou evidente a intimidade entre o governador e o empreiteiro. Cavendish perdeu a mulher, Jordana, e o enteado, Luca. O vice Pezão tinha acabado de chegar à Sicília, na Itália, quando ocorreu o acidente, e foi obrigado a cencelar as férias, voltando no primeiro voo ao Brasil, a fim de dar suporte ao amigo Cabral.A administração Cabral, no poder de 2007, já pagou mais de R$ 1 bilhão à Delta, de Cavendish. Pelo menos R$ 207 milhões resultaram de contratos assinados com dispensa de licitação. A maioria dos acordos também teve termos aditivos aumentando os custos das obras. Desde a semana passada, a Delta ainda divulga reclamações de que o Governo Cabral lhe deve uns R$ 300 milhões em obras executadas e não pagas.
Cabral também quase se queimou porque concedeu R$ 79,2 milhões em benefícios fiscais para a EBX, empresa do bilionário qhe lhe emprestou o jatinho para o trágico passeio na Bahia. Sorte de Cabral que o Ministério Público resolveu arquivar a investigação sobre o assunto. Fato normal de acontecer em um País em que os governadores nomeiam os Procuradores Gerais de Justiça – responsáveis, eventualmente, por investigar seus erros ou crimes.
*Texto por Jorge Serrão - Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net

Serenidade e ignorância.

Enquanto o cidadão demonstra sua serenidade o militante demonstra Ignorância, violência, falta de respeito, intolerância. A marca do lulopetismo, seus asseclas e prepostos.

Garotinho denuncia Cabral no plenário da Câmara.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Cavendish, quem diria, trocou Garotinho por Cabral. Se deu mal?


Enxadrismo do escândalo – Antes de decidir contratar o criminalista José Carlos de Oliveira Lima para defendê-lo na CPI do Cachoeira, o que não foi por acaso, o empresário Fernando Cavendish, dono da meteórica Delta Construções, deu um rasante pelos principais escritórios de advocacia do eixo Rio-São Paulo. E, alguns dos encontros, Cavendish teria dito aos consultados estar se sentindo abandonado, não sem antes externar o grau de desespero em que se encontra.
A um dos advogados que procurou, Fernando Cavendish reclamou da atitude do governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), do Rio de Janeiro, que deixou de procurá-lo e inclusive de atender suas chamadas telefônicas. Cabral Filho, que está no olho de um revoltoso furacão, apesar de suas negativas, sabe que está sendo monitorado física e telefonicamente. E esse afastamento alvo de reclamação é a estratégia mais adequada para quem está na alça de mira de adversários e também da opinião pública.
Cabral tem declarado estar tranquilo em relação aos grampos telefônicos que recheiam o inquérito que deu origem à Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, pois não houve qualquer conversa transgressora entre ele [Cabral] e Cavendish. O governador fluminense alega que o dono da Delta é seu amigo e que isso não teve qualquer interferência nos contratos da empresa com o governo estadual, mas essa relação é no mínimo amoral.
Como na política nada acontece por acaso, a decisão Demóstenes Torres ter confiado sua defesa ao advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, é caso pensado. Revelado ao mundo jurídico ainda na era Sarney, Kakay, como é conhecido nos meios jurídicos da capital dos brasileiros, se aproximou da cúpula do PT durante os oitos anos da estada de Lula no Planalto. De tal modo, Kakay, cuja competência é reconhecida com largueza, pode ter sido escolhido por Demóstenes como fator de reverberação de tudo o que o senador goiano sabe. Como afirmou o ucho.info em matéria publicada na edição de quinta-feira (3), Demóstenes não cairá sozinho. (ucho.info)
COMENTO: Ao  contrário do que muitos possam imaginar, Anthony Garotinho e Fernando Cavendish já tiveram excelentes relações.
Consta, inclusive,  que a Delta tenha sido uma das grandes e atuantes empreiteiras durante o governo de garotinho.
Mas o interesse de Cavendish pelo "governo da hora" o fez menosprezar o poder de Garotinho achando que "rei posto era rei morto".
Negou-se a judá-lo financeiramente na eleição, e a seus aliados, ignorou Garotinho e logo no início do governo de Cabral Cavendish mudou, rapidamente, de lado alinhando-se a Sérgio Cabral.
Trocou o evangélico garotinho pelo farrista Cabral e, tome "obra"!!!
Mas garotinho que jamais perdoou a traição de Cabral e Cia também não digeriu a "patada" de Cavendish.
Hoje, Garotinho dispõe do maior acervo de indícios da relação pouco republicana entre Cabral e Cavendish.

Sem controle da situação, Lula teme ser ofuscado por Dilma.

Lula e seus extremistas estão indo longe demais! Quando um secretário-geral da Presidência reúne deputados e senadores do seu partido, como fez Gilberto Carvalho, para determinar que o centro das preocupações da CPI deve ser o mensalão, esse ministro já não se ocupa mais do governo, mas de um projeto de esmagamento da boa ordem democrática; esse ministro não demonstra interesse em identificar e pedir que a Justiça puna os corruptos, mas em impedir que outros corruptos sejam punidos. E por quê?

Porque Lula está com ódio? De várias maneiras, o seu conhecido projeto continuísta se mostra, hoje, impossível.”

(....) “A avaliação de Dilma lá nas alturas surpreende e decepciona os que apostavam no retorno de Lula. Eu não tenho nada com isso porque nunca fui dessa religião… Ou melhor: até fui, q...uando era menino e pensava como menino, como diria o apóstolo Paulo… Depois eu cresci.

Lula tenta instrumentalizar essa CPI para realizar a obra que não conseguiu realizar quando era presidente: destruir de vez a oposição, botar uma canga na imprensa e “passar a história a limpo”, segundo o padrão do revisionismo petista. Mas a democracia — e ele tantas vezes foi personagem minúscula de sua construção, quando poderia ter sido maiúscula — não vai deixar. Não conseguirá arrastar as instituições em seu delírio totalitário. Tenham a certeza, leitores: por mais que o cerco pareça sugerir o contrário, esse coro do ódio é expressão de uma luta perdida. E a luta foi perdida por eles, não pelos amantes da democracia.”

*Reinaldo Azevedo

Pânico de vazamento.

O psicanalista de Fernando Collor anda tentando discretamente, sem que ele perceba, mandar recados aos demais membros da CPI do Cachoeira.
Pede que não contrariem o senador alagoano quando que ele entrar em pânico com supostos "vazamentos" de qualquer natureza.
O sintoma tem se manifestado a cada sessão deliberativa da Comissão.
Parlamentares governistas e de oposição reunidos para a abertura do inquérito logo perceberam algo de estranho na obsessão do ex-presidente pelo sigilo nos trabalhos. Collor ameaça cotidianamente seus pares e a imprensa: se pegar uma mísera informaçãozinha escorrendo pelos cantos da CPI para os jornais, o "responsável terá punição pelo rigor da lei".
Vamos combinar que uma sala cheia de gente empenhada em quebrar sigilos uns dos outros é o pior dos mundos para um homem atormentado com a possibilidade de toda espécie de vazamento.
É bem provável, inclusive, que essa angústia o acompanhe desde a mais tenra infância, coisa que o terapeuta do senador não comenta por questão de ética profissional.
Seja como for, não custa nada todo mundo dar um desconto às coisas que o Collor diz na CPI.
*Por TUTTY VASQUES, no Estadão.

Primeiro Carro Mundial Movido a Ar Comprimido: Zero de Emissão de Gases Poluentes.

Possibilidade muito interessante para a indústria de automóvel. O que é isso? Será que vai ser a próxima grande coisa?
Tata Motors da Índia acha que sim.
O que será que as companhias de petróleo irão fazer para pará-lo?
O motor do automóvel consome sómente ar.

Não usa gás, diesel ou eletricidade, mas apenas o ar. Dê uma olhada.
Tata Motors da Índia agenda transitar com seu carro a ar nas ruas indianas por agosto 2012. O motor do carro será movido por ar comprimido, motor desenvolvido pela equipe ex-Fórmula Um do engenheiro Guy N. Em Luxemburgo, baseado em MDI, o conjunto mecânico usa ar comprimido para empurrar os pistões do motor que fazem o carro andar em velocidade e aproveitamento interessante.

O carro, chamado de "Mini CAT" poderá custar cerca de 365.757 rúpias na Índia ou no Brasil, R$ 14.700,00. O CAT Mini que é um simples carro urbano, com um chassi tubular e um corpo de fibra de vidro, com um motor colado e soldado, alimentado por ar comprimido.
Um microprocessador é usado para controlar todas as funções eléctricas do carro.
Um pequeno transmissor de rádio envia instruções para as luzes, sinais da volta e todos os outros dispositivos elétricos no carro. Que não são muitos.
A temperatura do ar limpo expelido pelo tubo de escape situa-se entre 0-15 graus abaixo de zero, que o torna adequado para utilização pelo sistema interno de ar condicionado sem a necessidade de gases ou de perda de energia.
Não existem chaves, apenas um cartão de acesso que pode ser lido pelo carro do seu bolso. Segundo os designers, custa menos de 50 rupias por 100 KM, que é cerca de um décimo do custo de um carro movido a gás. (Ou cerca de US$ 1 para ~ KM 100 ou ~ pouco mais de 62 milhas).
A quilometragem é o dobro do carro elétrico mais avançado, um fator que torna a escolha perfeita para os motoristas da cidade. O carro tem uma velocidade máxima de 105 KM por hora ou ~ 60 mph teria um alcance de cerca de 300 km ou 185 milhas entre reabastececimento.
Recarregar o carro será em postos de combustível adaptados com compressores de ar especiais.
Um cilindro no carro dispenderá de dois a três minutos para estar cheio e custará cerca de 100 rúpias (ou pouco mais de US$ 2) e o carro estará pronto para mais 300 quilômetros.
Este carro também pode ser abastecido em casa e dispor de compressor elétrico a bordo. Dai demorando 3-4 horas para encher seu tanque, mas isso pode ser feito enquanto você dorme.
Por não haver combustão, o motor consome com suas peças móveis 1 litro de óleo vegetal a cada 50.000 km ou 30.000 milhas.
Devido à sua simplicidade, há muito pouca manutenção a ser feita neste carro.
Este carro soa demasiado bom para ser verdade.
Vamos ver em agosto. 2012

domingo, 6 de maio de 2012

Política e moral.

Acabo de ler o mais recente livro de Alain Touraine, Carnets de Campagne (Cadernos de Campanha), sobre a campanha de François Hollande.
Sem entrar no mérito das apostas políticas do autor, é admirável a persistência com que Touraine vem estudando as agruras da sociedade contemporânea como resultado da crise da "sociedade industrial". Ele refuta análises baseadas numa sociologia dos sistemas e não, como lhe parece mais apropriado, numa sociologia dos "sujeitos históricos" e dos movimentos sociais.
O livro vai direto ao ponto: não é possível conceber a política apenas como uma luta entre partidos, com programas e interesses opostos, marcados por conflitos diretos entre as classes. A globalização e o predomínio do capital financeiro-especulativo terminaram por levar o confronto a uma pugna entre o mundo do lucro (como ele designa genericamente, com o risco de condenar toda forma de capitalismo) e o mundo da defesa dos direitos humanos e de um novo individualismo com responsabilidade social, temas que Touraine já tratara em 2010 no livro Após a Crise, fundamentados em outra publicação, Penser Autrement, de 2007.

......
Por que escrevo isso aqui e agora? Porque, mutatis mutandis, também no Brasil se sentem os efeitos dessa crise. Não tanto em seus aspectos econômicos, mas porque, havendo independência relativa entre as esferas econômicas e políticas, a temática referida por Touraine está presente entre nós. Se me parece um erro reduzir o sentimento das ruas a uma crise de indignação moral, é também errado não perceber que a crise institucional bate às nossas portas e as respostas não podem ser "economicistas". A insatisfação social é difusa: é a corrupção disseminada, são as filas do SUS e seu descaso para com as pessoas, é o congestionamento do trânsito, são as cheias e os deslizamentos dos morros, são a violência e o mundo das drogas, é a morosidade da Justiça, enfim, um rosário de mal-estar cotidiano que não decorre de uma carência monetária direta - embora também haja exagero quanto ao bem-estar material da população -, mas constitui a base para manifestações de insatisfação. Por outro lado, cada vez que uma instituição, dessas que aos olhos do povo aparecem como carcomidas, reage e fala em defesa das pessoas e dos seus direitos, o alívio é grande. O Supremo Tribunal Federal, numa série de decisões recentes, é um bom exemplo.
No momento em que o Brasil parece mirar no espelho retrovisor das corrupções, dos abusos e leniências das autoridades com o malfeito, corre-se o risco de crer que tudo dá no mesmo: os partidos, as instituições, as lideranças políticas, tudo estaria comprometido. É hora, portanto, para um discurso que, sem olhar para o retrovisor e sem bater boca com "o outro lado", até porque os lados estão confundidos, surja de base moral para mobilizar a população. Quem sabe, como na França, a palavra-chave seja outra vez igualdade. Na medida em que, por exemplo, se vê o Tesouro engordar o caixa das grandes empresas à custa dos contribuintes via BNDES, uma palavra por mais igualdade, até mesmo tributária, pode mobilizar. Para tal é preciso politizar o que aparece como constatação tecnocrática e denunciar os abusos usando a linguagem do povo.
Está na moda falar sobre as "novas classes médias", muitas vezes com exagero. Se até agora elas vão ao embalo da ascensão social, amanhã demandarão serviços públicos melhores e poderão ser mais críticas das políticas populistas, pois são fruto de uma sociedade que é "da informação", está conectada. Crescentemente, cada um terá de dizer se está ou não de acordo com a agenda que lhe é proposta. As camadas emergentes não são prisioneiras de um status social que regule seu comportamento. Aos líderes cabe politizar o discurso, no melhor sentido, e com ele tocar a alma dos recém-vindos à participação social, não para que entrem num partido (como no passado), mas para que "tomem partido" contra tanto horror perante os céus. Isso só ocorrerá se os dirigentes forem capazes de propor uma agenda nova, com ressonância nacional, embasada em crenças e esperança. Sem a distinção entre bem e mal não há política verdadeira. É esse o desafio para quem queira renovar.
*Extraído do artigo POLÍTICA E MORAL, de FERNANDO HENRIQUE CARDOSO.

Collor: A estranha mania de se cercar com a escória política.

SINTONIA - Collor em 1992, impeachment por corrupção. Agora, coabitando com seus antigos algozes.
(Fotos: Lula Marques/ Folhapress - Orlando Brito)
Collor reencarna como defensor da moral. Ao colocar a carranca de investigador, senador reavivou a memória dos brasileiros sobre seu desastrado fim como presidente.
O senador Fernando Collor de Mello perdeu o mandato de presidente da República e os direitos políticos em 1992, depois de uma ampla investigação do Congresso. Investido agora na CPI do Cachoeira do papel de tarefeiro dos interesses subalternos dos integrantes do petismo radical, seus antigos algozes, Collor reencarnou-se como autoridade e como defensor da moral e dos bons costumes. Estranho papel. O ex-presidente faria um personagem mais crível se continuasse em sua última linha de defesa, a de raro político que realmente pagou pelos erros que lhe foram imputados. Pagou com a perda da faixa presidencial. A respeito dos crimes de que foi acusado, Collor obteve na Justiça o que mais lhe interessava. Nenhum dos processos criminais contra ele prosperou. Ele poderia passar à história, então, usufruindo esse empate técnico entre transgressão e punição.
No entanto, ao colocar a carranca de investigador, Collor reavivou a memória dos brasileiros sobre seu desastrado fim como presidente. Co­mo pode investigar as pessoas um ex-presidente que levou para dentro do governo federal o esquema de arrecadação de propinas comandado por Paulo César Farias, seu ex-tesoureiro de campanha? PC, como era conhecido, criou uma rede de contas-fantasma que era abastecida com dinheiro extorquido de empresas e usado, entre outras coisas, até para o pagamento de despesas da família do agora senador alagoano. Na Esplanada, Fernando Collor se cercou de um ministro que admitiu ter sido subornado e de outro que recebeu um jet ski de uma empreiteira. À frente do Banco do Brasil, alojou um aliado que se destacou por ameaçar adversários, inclusive fisicamente, e abusar da instituição bancária para espioná-los.
O estilo collorido lançou tentáculos sobre o Congresso. Deputados que se orgulhavam de pertencer à "República das Alagoas" marchavam armados (de revólveres!) pelos corredores da Casa e ainda se gabavam dessa truculenta estratégia de intimidação. Naquele período trevoso compartilhava da intimidade do presidente da República uma figura então corpulenta, que se apresentava como um dos expoentes da "tropa de choque collorida". Seu nome? Roberto Jefferson. Ele mesmo, o atual presidente do PTB, que, uma década mais tarde, ajudaria a trazer à luz o escândalo do mensalão, o maior caso de corrupção da história. Fernando Collor estava bem no seu limbo, mas saiu dele para entrar na CPI e piorar ainda mais sua história.
*Fonte: Texto e fotos Veja.abril.com

As peripécias de Cabral.

Mostramos, na Operação Castelo de Areia, a Polícia Federal identificou Wilson Carlos, secretário de Governo de Cabral, como sendo beneficiário de 5% de todos os valores repassados à empreiteira Camargo Corrêa por conta de dívidas na Linha 4 do metrô do Rio.
Reprodução do relatório da Polícia Federal
Na mesma operação a Polícia Federal identificou outro homem a quem a propina era entregue.
Seu nome é Carlos Emanuel de Carvalho Miranda.
Investigamos e descobrimos que durante a gestão de Sérgio Cabral na presidência da Assembléia Legislativa ele ocupava o cargo de consultor técnico da Comissão de Orçamento.
Já seria um escândalo, mas prosseguindo nas investigações o nosso blog descobriu que Carlos Emanuel de Carvalho Miranda é sócio de Sérgio Cabral, o governador do Estado na SCF Comunicações e Participações Ltda.
Na composição acionária registrada no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica, Cabral tem 90% das ações, Carlos Emanuel tem 5% e pasmem, o Coordenador de Comunicação Social do Estado, jornalista Ricardo Luiz Rocha Cota tem outros 5%.
Incrível, mas a empresa que tem o CNPJ 28.722.767 / 0001 – 43 fica localizada na Avenida Borges de Medeiros 2.373 / ap. 201, na Lagoa. Detalhe: endereço residencial.
Essas comprovações mostram que Cabral provavelmente usava esta empresa ou outra, que mostraremos mais tarde, para lavar o dinheiro que recebia de propinas.
...segundo o relatório da Polícia Federal sobre a Operação Castelo de Areia, consta que Carlos Emanuel de Carvalho Miranda, que nas anotações de um doleiro descoberto nas investigações era tratado pelo codinome Avestruz, era quem recebia a propina da empreiteira Camargo Corrêa e a entregava a Wilson Carlos, braço-direito de Cabral. Por coincidência (será?) no jogo do bicho Avestruz é o grupo 01, a mesma denominação usada para se referir a quem está no comando.
Mas Carlos Emanuel, o Avestruz não é apenas sócio de Cabral. Também é sócio do irmão do governador, Maurício de Oliveira Cabral Santos Filho, conhecido como Mauricinho Cabral, na empresa LRG CONSULTORIA E PARTICIPAÇÕES LTDA. Essa empresa (CNPJ 03.710.557/0001-04), existe desde 1999, na Rua São Salvador 24, apto 104.
*Blog do Garotinho