quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Aprovação do Governo Dilma "derrete" no Brasil inteiro.


Dilma não escapa da delação premiada da Andrade Gutierrez.

O site antagonista divulgou no início da semana que uma fonte do jornal O Globo informou que, provavelmente, os trabalhos do juiz responsável pela operação Lava-Jato, Sérgio Moro, acabarão em julho.
A partir dessa data, a Operação Lava Jato se concentrará nos “peixões”, que têm foro privilegiado na capital do país.
A fonte, vinculada ao caso da Lava-Jato, disse ao jornal O Globo que “vem muita coisa forte por aí e não vai demorar muito”.
Um dos advogados que atuam na Lava Jato chegou a comentar ao jornal que “teremos mais dois anos de tensão; os efeitos da Lava-Jato ainda poderão se prolongar por mais cinco ou até dez anos”.
O antagonista ainda fez questão de ressaltar que, se a justiça fizer seu trabalho corretamente, Dilma Rousseff não escapará da delação da cúpula da Andrade Gutierrez e Lula será indiciado neste ano.

Treze advogados deixam a defesa de empresário delator ligado ao PT.

Foto: Gabriela Bilo/Estadão
Fernando Moura no dia de sua prisão. 
Treze advogados que formavam a defesa do empresário Fernando Moura, ligado ao PT e delator da Operação Lava Jato, deixaram o caso nesta quinta-feira, 28. Em dois documentos anexados aos autos, os criminalistas não explicaram o motivo da saída.
Fernando Moura foi preso em 3 de agosto, na deflagração da Operação Pixuleco, 17ª fase da Lava Jato. O empresário firmou acordo de delação premiada e foi solto.
“Vimos, por meio desta, notificar Vossa Senhoria da renúncia ao ‘mandato-que nos foi outorgado por procuração “ad judicia”, para o fim de representá-lo na Ação Penal n.º 5045241-84.2015.4.04.7000, bem como no Termo de Acordo de Colaboração Premiada, ambos em trâmite perante a 13ª Vara Federal da Subsecção Judiciária de Curitiba, Estado do Paraná”, diz o documento.
Na sexta-feira, 22, Fernando Moura prestou depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações da Lava Jato na primeira instância. Durante a audiência, o empresário pôs em dúvida trecho de suas próprias afirmações que constavam de sua delação premiada assinada em meados de 2015. Fernando Moura corre o risco de perder seu acordo de colaboração.
Durante o interrogatório, o empresário foi confrontado pelo juiz Sérgio Moro com o que havia dito em sua delação premiada, em agosto. Em determinado momento, o magistrado citou trecho de declaração de Fernando Moura no acordo de colaboração. “O declarante tem conhecimento que esse arranjo entre Etesco e Renato Duque permitiu que a Etesco fechasse diversos contratos milionários com a Petrobrás; que a Etesco, que era uma empresa de pequeno e médio porte passou repentinamente a ficar como um player entre as gigantes da construção.”
“Falei isso?”, questionou Fernando Moura.
“Falou”, respondeu Moro.
“Assinei isso?”, perguntou o empresário, rindo. “Devem ter preenchido um pouquinho mais do que eu tinha falado. Mas se eu falei, eu concordo.”
“Não, não é assim que a coisa funciona”, repreendeu Moro.
“Se eu falo e depois é colocado no papel, eu nem leio. Eu até pergunto para o advogado, ‘é isso aqui?’. Falou: ‘é'”, afirmou.
Assinaram a renúncia os advogado Pedro Ivo Gricoli Iokoi, Adriano Scalzaretto, Bruno Magosso de Paiva, Bruno Lambert Mendes de Almeida, Caio Nogueira Domingues da Fonseca, Ana Carolina Pastore Rodrigues, Marcella Kuchkarian Markossian, Felipe Ferreira de Camargo, Mariana Badaró Gonçalles, Giovanna Zanata Barbosa, Anna Cristina Guimarães Souza, Raul Abramo Ariano e Ligia Lazzarini Monaco.
Segundo o documento anexado aos autos, o empresário tem 10 dias para constituir novo advogado. A reportagem fez contato com o criminalista Pedro Ivo Iokoi. O advogado afirmou que não vai comentar a renúncia.


Chefão da CUT que ameaçou "pegar em armas" para salvar Dilma do impeachment tem apartamento em nome da empreiteira OAS.

Foto Diário do Poder by Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
Dilma com o sindicalista do PT e chefão da CUT, Vagner Freitas: como Lula, o chefe da central sindical vermelha tem apartamento em nome da OAS. 

Além do condomínio Solaris, no Guarujá, onde o ex-presidente Lula já teve um apartamento, a força-tarefa da Lava-Jato investiga outros empreendimentos que eram da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop) e foram assumidos pela OAS. Os investigadores apuram crimes de sonegação e ocultação patrimonial, além de indícios de que parte dos imóveis tenha sido usada para repasse de propina. 
O apartamento do presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, registrado em nome da empreiteira OAS, está entre os imóveis investigados pela força-tarefa da Lava Jato por crimes de sonegação e ocultação patrimonial. O privilegiado sindicalista Vagner Freitas é aquele que ameaçou “pegar em armas” para impedir a destituição da presidente Dilma Rousseff.
A força-tarefa investiga se, além dos crimes de sonegação e ocultação patrimonial, há indícios de que parte dos imóveis tenha sido usada para repasse de propina.
O apartamento do sindicalista, com área total de 100,6 metros quadrados, fica no segundo andar de um bloco do Residencial Altos do Butantã, na Zona Oeste de São Paulo. Por meio de sua assessoria, ele negou qualquer crime e disse que, apesar de ter pagado pelo apartamento "há três ou quatro anos", ainda não alterou o registro em cartório, o que promete fazer nesta segunda-feira.
A pedido do Ministério Público Federal (MPF), no âmbito na Operação Triplo X, o juiz Sérgio Moro determinou a apreensão, nas sedes da OAS e da Bancoop, de documentos referentes a quatro empreendimentos, entre eles o Altos do Butantã, onde Vagner tem seu apartamento, e o Mar Cantábrico, atual condomínio Solaris, no Guarujá, onde a família do ex-presidente Lula era dono de apartamento que atualmente está em nome da OAS e foi o único a passar por uma reforma bancada pela construtora.
Nesse campo, a força-tarefa investigava inicialmente imóveis atribuídos a João Vaccari Neto, ex-presidente da Bancoop e ex-tesoureiro do PT, preso desde abril de 2015 e condenado a 15 anos de prisão na Lava-Jato. No passado, Vagner dividiu com Vaccari funções na Bancoop; em 2007, o atual presidente da CUT era conselheiro fiscal da cooperativa.
A Polícia Federal investiga um imóvel adquirido pela mulher do ex-tesoureiro petista, Gilselda Rousie de Lima, no condomínio Solaris, no Guarujá. Ela declarou o apartamento no imposto de renda, embora ele esteja registrado em nome de uma funcionária da OAS. A suspeita da força-tarefa é que o imóvel tenha sido usado para lavagem de dinheiro e que o ex-tesoureiro o teria recebido como suborno da empreiteira.
Uma cunhada de Vaccari também é investigada sob suspeita de ter usado um imóvel no Guarujá para receber propina da OAS no Solaris. Em 2011, Marice Corrêa de Lima comprou um apartamento por R$ 150 mil. Dois anos depois, a OAS recomprou o imóvel por R$ 432,7 mil. A construtora o revendeu em seguida, amargando prejuízo, por R$ 337 mil. 


"Lula é o retrato do PT, partido envolvido em corrupção", diz Alckmin.

Foto: Givaldo Barbosa/O Globo
 Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB)
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou no sábado (30.01) que o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva é o retrato do Partido dos Trabalhadores (PT), partido “sem compromisso com a ética”.
“O Lula é o Partido dos Trabalhadores. O Lula é o retrato do PT, partido envolvido em corrupção, sem compromisso com as questões de natureza ética, sem limites”, afirmou o governador ao comentar as recentes denúncias envolvendo o nome de Lula. O Ministério Público de São Paulo intimou o ex-presidente e sua mulher, Marisa Letícia, para depor em investigação sobre um apartamento triplex no Guarujá, no litoral do estado.
Alckmin disse ainda considerar "triste" o cenário. “É muito triste o que nós estamos vendo, e o que a sociedade espera é que seja apurado com rigor e que se faça justiça", disse. As afirmações foram feitas em evento em que Alckmin entregou novos veículos para as polícias Civil e Militar de São Paulo.
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou que, em vez de atacar Lula, "Alckmin deveria cuidar do seu governo, que está tirando comida da boca das crianças”. A declaração seria uma alusão ao recente escândalo de fraude na compra de merenda que atinge prefeituras e o governo de São Paulo.
A assessoria de imprensa do Instituto Lula criticou a imprensa e afirmou que o governador não dá explicações sobre vários temas.
"Seria mais proveitoso para a população de São Paulo se a imprensa perguntasse e o governador explicasse os desvios nas obras do Metrô e na merenda escolar, a violência contra os estudantes e os números maquiados de homicídios no estado, ao invés de tentar desviar a atenção para um apartamento que não é e nunca foi de Lula", disse.
*Do Portal G1

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Seguranças receberam quase mil diárias do Planalto para ficar 283 dias em imóvel que ex-presidente afirma ser de "amigos"...


Relatórios de viagem produzidos pelo Palácio do Planalto revelam que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contou com sua segurança pessoal por 111 vezes em Atibaia, entre 2012 e 11 de janeiro deste ano. 

É nas matas de Atibaia, no interior de São Paulo, que fica o sítio Santa Bárbara, no qual a Odebrecht gastou R$ 700 mil em reformas. No papel, o sítio está em nome de um amigo de Lula e do sócio de um dos filhos dele - Fábio Luís, aquele que enriqueceu graças à parceria empresarial com a telefônica Oi. 

Lula nega ser dono do sítio e disse, por meio de assessoria, frequentar o local somente em “dias de descanso”. As evidências obtidas por ÉPOCA, porém, confrontam fortemente a versão do ex-presidente.

A cada cinco dias, um segurança de Lula era deslocado para Atibaia. Quem visita sítio de amigos com tamanha frequência?


ÉPOCA mapeou os dados a partir das diárias dos sete servidores que fizeram parte da equipe de segurança do ex-presidente. No total, eles receberam 968 diárias da presidência, custando R$ 189 mil. Os dados mostram que, em muitos casos, os seguranças tiveram de alternar turnos em Atibaia, como forma de garantir que assim sempre estivesse alguém na cidade num determinado período. Se, por exemplo, um segurança ficou de segunda-feira a quinta-feira, e outro chegou na quarta-feira e ficou até sábado, ÉPOCA contabilizou apenas uma viagem, de segunda a sábado. O itinerário é quase sempre o mesmo: São Bernardo do Campo (onde Lula mora), Atibaia e retorno para a mesma cidade. 

A versão de Lula para o caso do sítio é clara. Segundo a assessoria de imprensa de Lula, "o ex-presidente Lula e também Dona Marisa, frequentam em dias de descanso um sítio de propriedade de amigos da família na cidade de Atibaia". ÉPOCA questionou o Instituto Lula sobre as viagens dos seguranças a Atibaia, mas a assessoria não fez comentários. Disse que "tentativa de associá-lo a supostos atos ilícitos tem o objetivo mal disfarçado de macular a imagem do ex-presidente". 

Para fazer essas 111 viagens, os seguranças de Lula pernoitaram um total de 283 vezes em Atibaia. O período total dos documentos é de cerca de 1400 dias _ as datas na cidade representam cerca de 20%. Em junho e julho de 2014, por exemplo, os seguranças de Lula passaram seis finais de semanas seguidos na cidade do sítio. há casos em que as idas a Atibaia representam quase a metade de todas as viagens feitas por um segurança de Lula. 

Fora do país 

Como todo ex-presidente, Lula tem por direito contar com segurança e assessores. A lei, contudo, não estende esse benefício a familiares. ÉPOCA cruzou as viagens dos segurança a Atibaia com dados produzidos pela Polícia Federal sobre entradas e saídas do país por Lula, material que integra a investigação do Ministério Público Federal sobre tráfico de influência internacional. 

Em seis datas, os seguranças de Lula estão em Atibaia enquanto o ex-presidente ou estava retornado ou deixando o país. Às 7h57 do dia 13 de março de 2013, a PF registrou a saída de Lula do país. Ele começava ali um tour pela África. Naquele mesmo dia 13, o militar Elias dos Reis deixava São Bernardo, rumo a Atibaia. Recebeu de diária R$ 265, voltando a São Bernardo no dia seguinte. Enquanto Lula estava na África, o Planalto assim registrou a viagem a Atibaia: “Compor a equipe de segurança do Sr Ex-Presidente da República”. O que um segurança do ex-presidente fazia em Atibaia enquanto Lula estava na África? 

As diárias estão disponíveis a partir de 2012. A primeira ida registrada é em 30 de março de 2012. Naquele ano, as viagens eram curtas. Em 14 ocasiões, foi apenas um bate volta, sem pernoite. A frequência começa a se intensificar ao longo dos meses, chegando ao auge em julho de 2014 _ era a Copa do Mundo. Lá, os seguranças de Lula estiveram presentes nas partidas contra Chile e Colômbia, na fase final do torneio. Depois, ficaram o maior período no sítio. A partir do dia 17 de julho, por onze dias seguidos algum segurança presidencial esteve presente em Atibaia. 


As visitas mais recentes foram no começo do ano. Os seguranças de Lula passaram o réveillon de 2016 em Atibaia e, depois, ficaram por lá de quinta-feira, dia 7, a segunda-feira, dia 11. Nos documentos do Planalto, há casos em que os seguranças tiveram que registrar as viagens depois do ocorrido. Isso porque, segundo os assessores, a viagem foi feita em cima da hora. “O servidor viajou para atender a demanda da agenda do ex-presidente Lula. E devido a urgência no atendimento não foi possível enviar o SCDP [registro] antes da ocorrência da respectiva viagem”, diz um dos registro. 

Os dados denotam que a frequência de Lula em Atibaia pode ser maior do que a visita a amigos donos do sítio, como ele já admitiu em nota à imprensa. Os donos do sítio são dois sócios do filho de Lula, Fábio Luís. Segundo a Folha de S. Paulo, fornecedores da obra disseram que o sítio foi reformado pela Odebrecht.


O segurança Rogério Carlos (de jaqueta preta) recebeu 120 diárias para acompanhar Lula a Atibaia (Foto: reprodução) 

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                    *Por FILIPE COUTINHO, na Revista Época

Mordomia e ilegalidade.

A Época online revela, conforme postagem acima, que seguranças de Lula receberam quase mil diárias do Planalto para ficar 283 dias no sítio em Atibaia.As diárias foram pagas entre 2012 e 11 de janeiro deste ano a sete servidores que integraram a equipe que atende Lula na condição de ex-presidente . A cada cinco dias, um segurança de Lula era deslocado para a propriedade no interior de São Paulo.
Eis o que diz a reportagem:
"Para fazer essas 111 viagens, os seguranças de Lula pernoitaram um total de 283 vezes em Atibaia. O período total dos documentos é de cerca de 1400 dias _ as datas na cidade representam cerca de 20%. Em junho e julho de 2014, por exemplo, os seguranças de Lula passaram seis finais de semanas seguidos na cidade do sítio. Há casos em que as idas a Atibaia representam quase a metade de todas as viagens feitas por um segurança de Lula."

A Época online revela que seguranças de Lula receberam quase mil diárias do Planalto para ficar 283 dias no sítio em Atibaia.

Empreiteira equipou apartamento supostamente do ex-presidente com geladeira, micro-ondas, fogão e forno de luxo.
                                                                                           Foto: MOTTA JR./FUTURA PRESS 
Fachada do condomínio Solaris, no Guarujá. 
A construtora OAS pagou até mesmo eletrodomésticos da cozinha de um tríplex do Guarujá, no litoral de São Paulo, que pertenceria ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo investigadores, a empresa adquiriu geladeira, no valor de R$ 10 mil; microondas (R$ 5 mil); tampo de pia de resina americana que tem design moderno (R$ 50 mil), e forno elétrico (R$ 9 mil), do imóvel que está sob investigação da Operação Lato e do Ministério Público de São Paulo por suspeita de ter sido usado como pagamento de propina. 

A cozinha e o quarto teriam custado à empreiteira R$ 380 mil. 

Oficialmente o imóvel está em nome da OAS, mas a Promotoria vê indícios de que pertence ao ex-presidente e sua mulher, Marisa Letícia. Os advogados de Lula afirmam que o ex-presidente não é dono do tríplex. 

O promotor de Justiça Cássio Conserino, do Ministério Público de São Paulo, intimou o casal Lula para prestar depoimento ‘como investigados’ sobre o tríplex no próximo dia 17. O promotor já tomou depoimentos de testemunhas que revelaram a presença de Marisa supervisionando a obra. Todo o apartamento foi reformado pela construtora em obra que teria custado R$ 777 mil, segundo um sócio da Talento Engenharia, contratada pela OAS, empreiteira alvo da Operação Lava Jato sob a acusação de ter repassado propina a políticos e dirigentes da Petrobrás. 

Os eletrodomésticos da cozinha do tríplex, segundo investigadores, foram adquiridos pela OAS na loja Kitchens na Avenida Faria Lima, em São Paulo. Um sítio em Atibaia, interior de São Paulo, que também pertenceria ao ex-presidente Lula, recebeu cozinha da mesma marca que custou R$ 180 mil. 

A contratação da Kitchens pela OAS para mobiliar o apartamento 164-A foi revelada pelo site O Antagonista. O site também informa que a cozinha do sítio foi bancada pela mesma empreiteira e, nesse caso, paga em dinheiro vivo.
Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação 
Lula e Marisa. 
A reforma no tríplex foi realizada entre abril e setembro de 2014, quando Lula já havia deixado a presidência. Se comprovado que o petista omitiu o imóvel de sua declaração de bens, o próximo passo é saber a razão. Uma das hipóteses é a necessidade de encobrir suposto pagamento por tráfico de influência, uma vez que Lula teria renda para comprar o imóvel. O ex-presidente tem reiterado que após deixar o governo sua única atividade remunerada é a de palestrante. Ele também nega fazer lobby para empresas. 

No total, as cozinhas do tríplex e do sítio custaram R$ 312 mil. Incluindo os armários do tríplex, a conta chega a R$ 560 mil. Segundo uma fonte com acesso aos dados relacionados à compra, a Kitchens vendeu ainda para o apartamento, armários do dormitório, lavanderia e banheiro. Com a entrada da OAS em recuperação judicial, a empresa Kitchens ficou no prejuízo e não recebeu a última parcela de R$ 33 mil referente à cozinha do tríplex. A loja vai tentar receber o valor na Justiça. 

Documentos obtidos pelo Estado revelam que a OAS também financiou outros itens do apartamento comprados no mercado de luxo. Uma escada caracol custou R$ 23.817,85. Outra, que dá acesso à cobertura, R$ 19.352. 

O porcelanato para as salas de estar, jantar, TV e dormitórios foi estimado em R$ 28.204,65. 

O rodapé em porcelanato, R$ 14.764,71. O deck para piscina, R$ 9.290,08. O elevador comprado oferece a possibilidade de ser personalizado, com acabamento à escolha do cliente, e custou R$ 62.500. 

O Estado tentou contato com a OAS na sexta-feira por telefone e e-mail, mas não houve resposta. 

O ex-presidente Lula tem sustentado que não é dono do tríplex nem do sítio em Atibaia. Seus defensores são enfáticos. “Lula nunca escondeu que sua família comprou, a prestações, uma cota da Bancoop, para ter um apartamento onde hoje é o edifício Solaris. Isso foi declarado ao Fisco e é público desde 2006. Ou seja: pagou dinheiro, não recebeu dinheiro pelo imóvel. Para ter o apartamento, de fato e de direito, seria necessário pagar a diferença entre o valor da cota e o valor do imóvel, com as modificações e acréscimos ao projeto original. A família do ex-presidente não exerceu esse direito. Portanto, Lula não ocultou patrimônio, não recebeu favores, não fez nada ilegal. E continuará lutando em defesa do Brasil, do estado de direito e da democracia.”
*Via Por Andreza Matais e Fábio Fabrini, de Brasília, e Fausto Macedo, no O Estado de São Paulo 

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Denúncias contra Lula causam assombro e paralisam seus habituais defensores.


O PT recebeu com um silêncio ensurdecedor as mais novas denúncia que envolve Lula com atos suspeitos registrados no âmbito da Lava-Jato ou em decorrência dela. Salvo Rui Falcão, presidente do partido, e o deputado Paulo Teixeira (SP), ninguém mais de peso do PT se apressou em defender seu líder máximo, ex-adversário dos 300 picaretas homiziados no Congresso.

Foi Lula, quando deputado federal nos anos 80 do século passado, que apontou o Congresso como reduto de 300 políticos corruptos. Ou que usavam a política com o intuito primordial de enriquecer. Nas últimas 72 horas, o ex-presidente viu a Lava-Jato bater à porta do condomínio Solares, no Guarujá, interessada na história do tríplex 164-A, reformado de graça pela construtora OAS para abrigar a família de Lula.

Mal refeito da surpresa, Lula leu na Folha de S. Paulo que a construtora Odebrecht pagou todas as despesas com a reforma do sítio em Atibaia que costuma hospedá-lo quase todo o fim de semana. O sítio pertence a dois sócios de Fabinho, o filho mais velho de Lula. Fabinho é sócio deles em uma bem-sucedida empresa de jogos eletrônicos. OAS e Odebrecht estão metidas na roubalheira na Petrobras.

Deixou de ser novidade a intimação de Lula para depor à Polícia Federal. Ele já o fez quase meia dúzia de vezes. Nunca antes em sua vida, porém, Lula fora convocado para depor na condição de investigado. Pois de “informante”, ele passou a investigado no caso do tríplex. O que Lula antecipou a respeito é pouco ou nada convincente. Disse que Marisa, sua mulher, comprou uma cota de um apartamento no valor de R$ 47 mil.

E que, anos depois, desistiu do negócio e recebeu o dinheiro de volta. Só que entre a compra e a devolução do dinheiro, a OAS gastou na reforma do apartamento quase R$ 800 mil. Há inúmeras testemunhas de visitas de Lula e de dona Marisa ao apartamento em reforma, e também depois que ele ficou pronto. A OAS teria amargado o prejuízo com a reforma e devolvido ainda os R$ 47 mil? Não faz sentido. Até hoje, Lula jamais apresentou documentos que comprovassem o que diz. Se o tivesse feito, e a ser verdade o que conta, o assunto já estaria morto. Não salpicaria de lama sua biografia. (Ricardo Noblat)

Maior desastre ambiental da história do Brasil abafado pelo governo revela corrupção macabra.

Lama tóxica e fétida atingirá mais de 15 cidades até segunda, destruindo rios e acabando com a vida normal da população.
O que está acontecendo em Minas Gerais e se espalhando para outros estados, é terrível e é a comprovação de que governo federal, estadual, Vale do Rio Doce, que no fundo opera a empresa Samarco, simplesmente não fizeram nada pela população e muito menos pelo maior rio do  Estado, o Rio Doce, que literalmente já está morto pela lama poluidora da barragem que estourou.
Além disso, várias cidades e rios já estão em processo de destruição pela lama.
Com efeito, além dessa tragédia humana, social e ambiental está sendo revelada mais uma trama de corrupção macabra, que envolve deputados estaduais, federais e até o Planalto.
O governo federal cortou verbas do programa criado para fiscalizar as barragens. Com isso, a fiscalização, que possivelmente, deve ter alguma história de propina no meio, fez vista grossa e deixou a empresa Samarco, controlada pela Vale do Rio Doce, tocar o barco sem qualquer prevenção e com total irresponsabilidade. Segundo consta, há somente 4 fiscais para fiscalizar centenas de mineradoras. E o Ibama, que gosta de multar agricultores, sequer teve alguma ação par fiscalizar essa desgraceira toda..
Além disso, deputados que dizem que vão apurar o que aconteceu receberam mais de R$ 2 milhões em doações da Vale do Rio Doce.
Agora, a lama que toma rios, destrói tudo que toca, acaba de matar o Rio Doce e já toma outros rios indo para o Nordeste.
Entre os vários rios afetados e em fase de destruição total, está um dos rios mais importantes de São Paulo, o Rio Piracicaba, que também se encontra com o Doce em MG.
RESUMO DA HISTÓRIA:  a lama da barragem desvelou mais um rio de lama da corrupção brasileira. O que aconteceu na barragem, ou melhor, entre governo e Samarco, é o que acontece em todo o Brasil, propina, vista grossa, propina, vista grossa, desastre no final.  
(http://folhacentrosul.com.br/ com foto de Gazeta Online e outros)

Macri abre demissão de 30 mil comissionados, 380 médicos cubanos e ferra comunistas na Argentina.

Macri inciou um processo de demissão de mais de 30 mil cargos de confiança da era Cristina Kirchnner, 380 médicos cubanos e ainda cortou verbas de mídias comunistas, bem como, acabou com o órgão de censura de mídia na Argentina. Além de pedir a retirada da Venezuela ou sanções duras contra o regime Madurista no Mercosul.
Isso tudo, em menos de um mês após assumir.
O fato é que Macri não é um político profissional como tem aos montes por aí. Ele é um mega-empresário com visão administrativa e 'pra frente', jamais apegado a ideologias tanto de esquerda quanto de direita. Macri não vê a política como os politicopatas a veem, para ficarem podres de ricos, usar e abusar do poder. Macri vê a política como administrador que visa otimimizar os recursos e o capital humano objetivando a evolução de toda a nação a médio e longo prazo.
É, de fato, um revolucionário do Realismo, que valoriza a Meritocracia e não vitimização do ser humano, sobretudo, que visa  o bem geral da nação e não de grupos que brigam pelo poder para terem vida mansa, como os corruptopatas brasileiros que jamais souberam o que é trabalhar na vida de verdade.
Há quem diga que a vida da Macri corre risco por causa das investidas contra o comunismo continental e o Foro de São Paulo, cujos mesmos, são o verdadeiro crime organizado no poder em diversos países latinos.

Parabéns!

Imagem via Facebook
Parabéns e feliz aniversário a professora Siwey Batista, muitas felicidades em sua vida e realizações. E que continue a transmitir conhecimentos com este sorriso próprio de quem é feliz e que encanta a todos.

domingo, 31 de janeiro de 2016

Apartamento do chefe da Casa Civil de Dilma, Jaques Wagner, R$ 3 milhões, tem pier e até teleférico.

 
Antes de entrar no governo, a troika integrava a classe C do Lula, mas viraram milionários de uma hora para a outra.


Há apenas poucos anos, o chefe da Casa Civil de Dilma morava num apartamento de R$ 150 mil, mas agora seu apartamento custa R$ 3 milhões. O edifício tem pier particular e até teleférico para alcançar a praia, a mais requisitada da Bahia.
O ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, aumentou seu padrão de vida nos últimos anos, período em que ocupou o governo da Bahia. Wagner hoje é dono um apartamento no bairro mais luxuoso de Salvador. O prédio do petista conta até com teleférico e píer particular.
O imóvel fica no bairro Vitória, mais precisamente na região conhecida como Corredor da Vitória, um dos metros quadrados mais caros do País, comparado ao de áreas nobres da zona sul do Rio. No bairro, vive praticamente toda a elite política e empresarial da capital baiana, além de artistas famosos.
Segundo registro em cartório, o apartamento custou R$ 1,45 milhão. A compra foi efetivada em março de 2011, cinco meses após a reeleição de Wagner como governador. Até o fim de 2014, porém, ele continuou morando no Palácio de Ondina, residência oficial do governador. Mudou-se para o novo endereço no ano passado.
Com a autorização de um morador, o jornal Estado conheceu as áreas comuns do condomínio. Além de píer e teleférico que dá acesso à praia, o prédio dispõe de academia, piscina, sala de cinema e quadra poliesportiva. O imóvel tem a melhor vista da cidade para a Baía de Todos os Santos.
Imóvel
Por meio dos dados registrados em cartório, a reportagem obteve detalhes sobre o apartamento de Wagner. O imóvel tem área privativa de 252,08 metros quadrados. Conta com sala de jantar, quatro quartos com suíte, lavabo, área de serviço de dois quartos de empregada.
Há cerca de seis meses, o corretor Raimundo Epifânio da Silva, especialista em imóveis no Corretor da Vitória, vendeu um apartamento igual ao de Wagner. Ele conta que o negócio foi fechado em R$ 3,5 milhões. "Depende do estado do apartamento. Se estiver arrumado, reformado, vale mais", disse Epifânio. 
Antes de ser eleito pela primeira vez, Wagner morava no bairro Federação, num apartamento que ele declarou ter comprado por R$ 150 mil, em 2001. O ministro vendeu o imóvel a Antonio Celso Pereira, que é ligado politicamente a Wagner. Ele foi superintendente no governo da Bahia e diretor na Companhia de Docas do Estado. Pereira pagou R$ 900 mil pelo imóvel de Wagner
Com formação de técnico de manutenção, Wagner atuou como dirigente sindical entre 1975 e 1990, quando se elegeu deputado federal. Por ter exercido dois mandatos, ele ganha uma aposentadoria de R$ 10 mil. No fim de 2014, a Assembleia Legislativa da Bahia criou uma aposentadoria de R$ 19 mil para ex-governadores, o que acabou beneficiando Wagner.
Por meio de sua assessoria, o ministro disse que a transação foi feita de acordo com valores de mercado e que o imóvel consta da declaração de imposto de renda dele. (Políbio Braga)
*As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Carnaval fúnebre de Lula. Lava jato e Zé Dirceu chegam com tudo na Avenida.

Lula...Triplex em estado de sítio. Carnaval pode ser sem máscara.

Lava jato, além de trazer evidências de clara participação de Lula, na reforma do Triplex que não é dele, vem com outra bomba do mato.
Lula teria sítio luxuoso, também com ligações com OAS.
Segundo fontes, Morcegos bem informados, Engenheiro responsável por obras no local, comprava material de Construção, compras vultuosas em dinheiro, segundo comerciantes locais.
O mais incrível é que Engenheiro, também ligado à OAS, afirma prestar serviço de reformas, para alguém que não sabe a Identidade.
Em paralelo, Zé Dirceu cumpre cronograma. Havia dado a Lula prazo até o carnaval, para colocar a fantasia de homem livre. Deixou claro que não entraria no Bloco do "Bode" e, se caísse para o segundo grupo, levaria com ele a bateria, independente do instrumento tocado.
Nem o Mestre escaparia.
Convocado agora para depor, com certeza, nada falará.
Deixará Rei Momo mostrar a que veio.
Enterro dos Ossos promete. 
Tic Tac do tempo não para. Premonição de Cazuza mostra piscinas e Triplex e sítios cheias de ratos.
Única forma de livrar Lula seria desmantelar lava Jato.
Por favor Moro. Continue no Lava, mas não pegue um Jato.
Caixa de Pandora mostra-se congestionada, mas cuide da Caixa Preta.


VOU ALI VOMITAR E JÁ VOLTO
Coisas de um país que virou uma coisa.
E Assim o Mundo Gira e o brasil se Afunda.

http://sofadepobre.blogspot.com.br/2016/01/carnaval-funebre-de-lula-lava-jato-e-ze.html

COAF denuncia Lula, Palocci, Pimentel e Erenice.


Há duas semanas, analistas do Conselho de Controle de Atividades Financeiras, mais conhecido pela sigla Coaf, terminaram o trabalho mais difícil que já fizeram. O Coaf, subordinado oficialmente ao Ministério da Fazenda, é a agência do governo responsável por combater a lavagem de dinheiro no Brasil. Reúne, analisa e compartilha com o Ministério Público e a Polícia Federal informações sobre operações financeiras com suspeita de irregularidades. Naquela sexta-feira, dia 23 de outubro, os analistas do Coaf entregavam à chefia o Relatório de Inteligência Financeira 18.340. Em 32 páginas, eles apresentaram o que lhes foi pedido: todas as transações bancárias, com indícios de irregularidades, envolvendo, entre outros, os quatro principais chefes petistas sob investigação da PF, do Ministério Público e do Congresso.

Eis o quarteto que estrela o relatório: Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente da República, líder máximo do PT e hoje lobista; Antonio Palocci, ministro da Casa Civil no primeiro mandato de Dilma Rousseff, operador da campanha presidencial de 2010 e hoje lobista; Erenice Guerra, ministra da Casa Civil no segundo mandato de Lula, amiga de Dilma e hoje lobista; e, por fim, Fernando Pimentel, ministro na primeira gestão Dilma, também operador da campanha presidencial de 2010, hoje governador de Minas Gerais.

O Relatório 18.340, ao qual Época teve acesso, foi enviado à CPI do BNDES. As informações contidas nele ajudarão, também, investigadores da Receita, da PF e do MP a avançar nas apurações dos esquemas multimilionários descobertos nas três operações que sacodem o Brasil: Lava Jato, Acrônimo e Zelotes. Essas investigações, aparentemente díspares entre si, têm muito em comum. Envolvem políticos da aliança que governa o país e grandes empresários. No caso da CPI do BNDES, os parlamentares investigam as suspeitas de que os líderes petistas tenham se locupletado com as operações de financiamento do banco, sobretudo as que beneficiaram o cartel de empreiteiras do petrolão.

CONTAS BANCÁRIAS

Ao todo, foram examinadas as contas bancárias e as aplicações financeiras de 103 pessoas e 188 empresas ligadas ao quarteto petista. As operações somam – prepare-se – quase meio bilhão de reais. Somente as transações envolvendo os quatro petistas representam cerca de R$ 300 milhões. Palocci, por exemplo, movimentou na conta-corrente de sua empresa de consultoria a quantia de R$ 185 milhões.

Trata-se da maior devassa já realizada nas contas de pessoas que passaram pelo governo do PT. Há indícios de diversas irregularidades. Vão de transações financeiras incompatíveis com o patrimônio a saques em espécie, passando pela resistência em informar o motivo de uma grande operação e a incapacidade de comprovar a origem legal dos recursos.

O Coaf não faz juízo sobre as operações. Somente relata movimentações financeiras suspeitas de acordo com a lei e regras do mercado, como saques de dinheiro vivo na boca do caixa ou depósitos de larga monta que não tenham explicação aparente. O Coaf recebe essas informações diretamente dos bancos e corretoras. Eles são obrigados, também nos casos previstos em lei, a alertar o Coaf de operações “atípicas” envolvendo seus clientes.

OPERAÇÕES SUSPEITAS

É obrigação do Coaf avisar as autoridades sobre operações suspeitas de crimes. A lavagem de dinheiro existe para esquentar recursos que tenham origem ou finalidade criminosa, como pagamentos de propina. Não cabe ao Coaf estipular se determinada transação é ilegal ou não. Cabe a ele somente informar a existência dessa transação às autoridades competentes, caso essa transação contenha características de uma operação de lavagem de dinheiro. Foi isso que o Coaf fez no caso do quarteto petista. Cabe agora à PF, ao MP e ao Congresso trabalhar detidamente sobre as informações reveladas pelo Coaf.

Dois meses após o início da Lava Jato, nos dias 29 de maio e 6 de junho de 2014, o ex-presidente Lula, então com 69 anos de idade, aplicou um total de R$ 6,2 milhões num plano de previdência privada da Brasilprev, do Banco do Brasil. Por se tratar de um investimento de mais de R$ 1 milhão no mercado segurador, logo acendeu um sinal de alerta no Coaf. A maior parte desse dinheiro investido tem como origem a empresa L.I.L.S. Palestras Eventos e Publicações, controlada pelo ex-presidente. A L.I.L.S., utilizada para receber pagamentos das palestras de Lula no Brasil e no exterior, também entrou na mira do órgão de inteligência financeira.

Entre 1º de abril de 2011 e 31 de maio de 2015, a empresa de palestras de Lula movimentou R$ 52,3 milhões. Recebeu R$ 27 milhões e transferiu R$ 25,3 milhões. Entre os maiores clientes do ex-presidente está a Construtora Norberto Odebrecht, que bancou boa parte das viagens e palestras dele no exterior, em países onde a empreiteira possui obras financiadas com recursos do BNDES. Como revelou ÉPOCA, contratos e notas fiscais confidenciais mostram que a Odebrecht pagou R$ 4 milhões ao ex-presidente entre contratações de eventos e despesas adicionais das viagens. É a maior patrocinadora de Lula.

SÍTIO EM ATIBAIA

A movimentação financeira do ex-presidente enviou outro alerta. Os agentes de inteligência financeira detectaram e relacionaram como digna de nota uma transferência de valores aparentemente menor, mas que chamou a atenção pelo destinatário. De acordo com o Relatório 18.340, a empresa de palestras de Lula repassou R$ 48 mil à empresa Coskin Assessoria e Consultoria Empresarial, de capital social de míseros R$ 2 mil. A consultoria pertence a Fernando Bittar, que no papel é dono de um sítio em Atibaia, interior de São Paulo, atribuído a Lula – propriedade sempre negada pelo ex-presidente.

Trata-se da primeira prova material de uma relação financeira a unir Lula ao dono do sítio. Bittar é sócio de um dos filhos de Lula, que dividia escritório com um amigo do ex-presidente: o pecuarista José Carlos Bumlai, acusado de cobrar propina de empresas em nome do petista.

Da conta da L.I.L.S. no Banco do Brasil, estão registradas, ainda, transferências para o bolso do próprio Lula, no valor de R$ 1,5 milhão, e para seus filhos. A que mais recebeu dinheiro foi Lurian Cordeiro Lula da Silva: R$ 365 mil. Em seguida, está Luiz Cláudio Lula da Silva, dono da empresa LFT Marketing Esportivo, com R$ 209 mil – ele é investigado na Operação Zelotes por ter recebido R$ 2,4 milhões da quadrilha que comprava medidas provisórias no governo Dilma.

A Flexbr Tecnologia, de Marcos Claudio Lula da Silva, enteado do ex-presidente e vereador de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, recebeu R$ 88 mil. Sandro Luiz Lula da Silva, outro filho do líder petista, embolsou R$ 60 mil.

MOVIMENTAÇÔES SUSPEITAS

Tanto as entradas quanto as saídas de dinheiro na L.I.L.S.  foram apontadas pelo Coaf como suspeitas. De acordo com o relatório, houve “movimentação de recursos incompatível com o patrimônio, a atividade econômica ou a ocupação profissional e a capacidade financeira do cliente”. O cliente, nesse caso, é Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar de ter movimentado R$ 52,3 milhões em créditos e débitos, o ex-presidente tem uma renda mensal de R$ 3.753,36, de acordo com o órgão de inteligência do Ministério da Fazenda. Segundo fontes na Lava Jato, as transações financeiras da L.I.L.S. e do Instituto Lula, registrados no nome do ex-presidente, estão sendo investigadas na operação.

Procurada, a assessoria de imprensa do Instituto Lula não respondeu objetivamente às questões enviadas por Época. Os advogados da família de Lula disseram que não vão se manifestar “sem terem acesso aos documentos que embasam as perguntas do repórter. Até porque o tema que pretende discutir é de natureza bancária, que é protegido por lei e pela Constituição Federal”.

CONSULTORIAS DE PALOCCI

O ex-ministro da Casa Civil e da Fazenda Antonio Palocci ganha dinheiro, muito dinheiro, como consultor. Entre janeiro de 2008 e abril de 2015, a empresa do petista Projeto Consultoria Empresarial e Financeira, que tem quatro funcionários, e outras associadas a ele movimentaram R$ 216,2 milhões. Desse total, R$ 185,2 milhões estão relacionados a uma conta da Projeto. Devido ao grande fluxo de recursos, Palocci e sua consultoria foram alvo de ao menos 11 relatórios de inteligência financeira do Coaf. Todos apontaram transações suspeitas.

O mais recente deles, que mapeia o período de 20 de junho de 2011 a abril de 2015, afirma que a consultoria de Palocci registrou entrada de R$ 52,8 milhões em seu caixa. Embora não seja o maior irrigador das contas da Projeto, a relação do grupo automotivo Caoa com Palocci é a que chama, neste momento, mais a atenção dos investigadores do MP e da PF. A montadora é investigada tanto na Zelotes como na Acrônimo por suspeitas de compra de medidas provisórias e portarias do governo Lula e Dilma. O empresário Carlos Alberto de Oliveira Andrade, conhecido como Doutor Caoa e acrônimo de sua empresa, é cliente antigo de Palocci.

PARCEIRO CHINÊS

Entre julho e dezembro de 2010, quando o petista coordenava a campanha presidencial de Dilma e foi escolhido para ser o chefe da Casa Civil, a Caoa pagou R$ 4,5 milhões a ele. O ex-ministro disse que foi contratado para ajudar a empresa a procurar um parceiro chinês. No entanto, Palocci só viajou para a China em outubro de 2013, quatro meses após o fim de seu último contrato com a Caoa. Em março de 2010, o grupo automotivo foi beneficiado com a conversão em lei da Medida Provisória 471. Segundo investigações da Zelotes, a Caoa participou de um esquema de lobby no governo e no Congresso para aprovar essa MP. Naquele momento, Palocci era deputado federal – e tinha uma boa articulação com o governo e o Congresso.

Entre junho de 2012 e junho de 2013, já no setor privado, a consultoria de Palocci voltou a receber dinheiro da Caoa. A empresa do ex-ministro embolsou R$ 5,3 milhões da montadora. Ao longo de 2013, foi discutida no governo e no Congresso a renovação dos benefícios fiscais concedidos em 2010. Em maio de 2014, esses benefícios viraram lei. O MPF suspeita que a Caoa tenha atuado no “submundo da compra de legislação”.

EX-DONO DA AMIL

A maior parte dos recursos que ingressaram na firma do ex-ministro, porém, provém das contas do bilionário Edson de Godoy Bueno, dono da rede de laboratórios Dasa – que pagou R$ 20 milhões pelos conselhos do petista. Em outubro de 2012, Bueno vendeu por R$ 6,5 bilhões sua participação na operadora de plano de saúde Amil para a americana UnitedHealth. Para fechar esse negócio, aprovado em apenas 15 dias pela Agência Nacional de Saúde Suplementar, o empresário contou com a assessoria de Palocci. “Ele é um gênio. Na negociação com os gringos da UnitedHealth, ele deu um show. Foi melhor que os banqueiros e advogados. Ele entende muito de avaliação de empresa”, diz Edson Bueno.

Foi exatamente por causa de suas consultorias que Palocci caiu da Casa Civil em sua última passagem pelo governo. O ex-ministro havia multiplicado seu patrimônio em 20 vezes prestando serviços para grandes empresários ao longo do segundo mandato de Lula. Hoje, esses valores são uma fração, segundo os analistas financeiros, das movimentações efetuadas por Palocci.

Em abril deste ano, Época revelou uma investigação de improbidade administrativa do MPF. Os procuradores encontraram indícios de que o ex-ministro da Casa Civil prestou consultorias de fachada para grandes empresas durante seu mandato como deputado e em meio à campanha presidencial de Dilma em 2010. No período eleitoral daquele ano, no intervalo de apenas um mês, entre maio e junho de 2010, a Projeto recebeu uma bolada de R$ 15,6 milhões. Um de seus clientes era o grupo Pão de Açúcar. A companhia varejista, que era tocada por Abilio Diniz, pagou R$ 5,5 milhões para Palocci, utilizando como intermediário o escritório de advocacia do criminalista Márcio Thomaz Bastos, morto em novembro de 2014. Após uma auditoria realizada na empresa, não foi identificado nenhum tipo de prestação de serviço do ex-ministro. De acordo com relatório do Coaf obtido por ÉPOCA, Abilio pagou mais R$ 1,8 milhão para a Projeto por meio da Paic Participações, empresa da família Diniz, após Palocci ter deixado o Planalto.

O SAQUE DE PIMENTEL

No dia 19 de dezembro de 2014, dois meses após vencer as eleições para o governo de Minas Gerais, Fernando Pimentel fez um saque de R$ 150 mil em sua agência do Banco do Brasil em Belo Horizonte. A quantia em dinheiro vivo acabou acendendo o sinal de alerta do Coaf. Até mesmo porque se tratava de um momento sensível para Pimentel. As contas de sua campanha haviam sido rejeitadas pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas. Apresentavam R$ 10 milhões a mais em despesas do que os R$ 42 milhões declarados. (O caso está sendo avaliado no Tribunal Superior Eleitoral.)

Na análise das movimentações de Pimentel, os investigadores anotam um comportamento atípico do governador no caso do saque de R$ 150 mil: “Parte destas comunicações foi reportada porque o titular apresentou resistência na apresentação de informações, ou fornecimento de informações incorretas, relativas à identificação ou à operação”.

A Polícia Federal também investiga se o comitê petista mineiro recebeu recursos ilícitos de contratos assinados entre órgãos públicos e as empresas de Benedito Rodrigues de Oliveira, amigo de Pimentel que foi preso com R$ 113 mil em espécie dentro de um avião em outubro de 2014, no auge das eleições. Benedito Rodrigues, conhecido como Bené, movimentou em suas contas, segundo o Coaf, R$ 8,5 milhões entre 2007 e 2015. De agosto de 2014, véspera da campanha, até janeiro deste ano, ele movimentou R$ 1,9 milhão. A PF suspeita que o empresário tenha participado de um esquema de lavagem de dinheiro para a campanha de Pimentel.

O governador mineiro já foi alvo de outras comunicações do Coaf. Entre 2009 e 2014, Pimentel aplicou R$ 676.588 no mercado de seguros, sem explicar a origem dos recursos ou a razão da transação. Em outro relatório, Pimentel acabou entrando na mira do Coaf devido ao fluxo financeiro da rede de lojas especializada em tapetes Belorizonte Couros, administrada por sua família. Entre dezembro de 2009 e maio de 2010, houve uma movimentação no valor de R$ 2,2 milhões, considerada atípica. Não há registro se esses apontamentos foram ou estão sendo investigados pelas autoridades brasileiras.

OS REPASSES DE ERENICE

Logo após cair da Casa Civil, em setembro de 2010, quando veio a público que ela montara uma tenda de negócios no Palácio do Planalto, Erenice Guerra subiu na vida. Com a ascensão de sua ex-chefe Dilma Rousseff, de quem fora braço direito no governo Lula, Erenice virou uma das lobistas mais desejadas de Brasília. Não tardou a frequentar o banco de dados do Coaf.

Primeiro, os agentes de inteligência financeira confirmaram a materialidade do esquema que Erenice montara quando ainda estava no governo. A Capital Assessoria e Consultoria Empresarial, de Saulo Dourado Guerra, filho da ex-ministra, e Sônia Elizabeth de Oliveira Castro, mãe de um assessor da Casa Civil de Lula, recebeu R$ 209 mil entre dezembro de 2009 e setembro de 2010. Esse é o saldo do pagamento de propina realizado pelo empresário Fábio Baracat, a quem Erenice prometera vantagens indevidas na Agência Nacional de Aviação Civil e nos Correios. “A movimentação foi enquadrada no seguinte indício de atipicidade: ‘retirada de quantia significativa de conta até então pouco movimentada ou de conta que acolheu depósito inusitado’”, diz o Coaf.

Embora seja lobista, Erenice se apresenta como advogada. Tem até escritório: Guerra Advogados Associados. A banca chamou a atenção do Coaf ao movimentar R$ 23,3 milhões entre agosto de 2011 e abril de 2015, sendo R$ 12 milhões a crédito e R$ 11,3 milhões a débito. Assim como Palocci, Erenice costuma receber seus honorários por intermédio de um escritório de advocacia. Nesse caso, quem repassa os recursos para a ex-ministra é Eduardo Antônio Lucho Ferrão – que transferiu R$ 3,5 milhões à banca de Erenice num contrato de consultoria. Outra fonte importante de recursos foi a empreiteira Engevix, que participou do cartel do petrolão. A empresa desembolsou R$ 1,2 milhão pelos serviços da ex-ministra.

LAVAGEM DE DINHEIRO

Do dinheiro que saiu do caixa do escritório Guerra Advogados Associados nos últimos cinco anos, R$ 2,7 milhões foram destinados à empresa AMC W Assessoria e Contabilidade, do contador José João Appel Mattos, suspeito pela PF de lavar dinheiro de petistas e advogados de Brasília – inclusive o antigo escritório de Ferrão. Na lista de beneficiários da Guerra Advogados Associados também consta Silas Rondeau, ex-ministro de Minas e Energia, que recebeu R$ 218 mil. Erenice e Silas foram citados nas investigações da Zelotes.

Em depoimento no Congresso, um dos acusados disse que ambos frequentavam semanalmente o escritório de José Ricardo da Silva, um dos principais lobistas do esquema na Receita. Erenice e José Ricardo trabalharam juntos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, Carf, pela empresa chinesa de telecomunicações Huawei. De acordo com o Coaf, as movimentações financeiras do escritório de Erenice são suspeitas pelo “alto valor, de forma contumaz, em benefício de terceiros”. Procurada, Erenice disse que não fala com a imprensa.

Revista Época / Tribuna da Internet