sábado, 8 de outubro de 2016

Rio, vergonha nacional.



O Rio, para não variar, resolveu envergonhar o país, comprovar uma vez mais como vota mal, como gosta de dar tiro no pé, incapaz de aprender com os próprios erros. Carioca se acha malandro, mas acaba sempre dando um jeito de provar que excesso de malandragem é mesmo estupidez. 

A “cidade maravilhosa” terá de escolher, agora, entre o bispo da Universal que apoiava o PT e o socialista defensor de black blocs (e também do PT). Enquanto isso, SP terá João Dória como prefeito, um empresário de sucesso. 

Se o Brasil cansa, como costumo repetir e até virou capítulo do meu livro, o Rio cansa em dobro! É uma turma idiota grande demais, a capital da malandragem, do esquerdismo “descolado”, do endeusamento do estado, dos artistas engajados, dos maconheiros lesados, dos “professores” marxistas. Tudo aquilo que tem no país todo, mas que tem mais ainda no Rio, que encontra solo fértil para se desenvolver por lá.

A partir de agora, qualquer carioca com algum resquício de bom senso precisa defender o bispo da Universal. Eis a situação em que o próprio eleitor do Rio se colocou. 

Freixo é o candidato dos artistas engajados, que se sentem defensores do povo enquanto aplaudem ditaduras e governos nefastos que só aumentam a miséria. Como disse um leitor: se a escolha é entre o bispo da Universal e o comunista Freixo para o segundo turno, sou Crivella desde garotinho!  Numa eleição que tinha Flavio Bolsonaro como candidato, Osório, Índio da Costa, as pessoas decentes terão de escolher Crivella e Garotinho, para não fechar com o comuna, para não jogar o Rio direto nas mãos dos black blocs!

Esses IMBECIS dos eleitores do Freixo, da esquerda caviar, jovens mimados, psis idiotas, artistas engajados e “intelectuais” dementes, merecem viver sob uma cidade “governada” por um socialista mesmo, merecem que o Rio de transforme numa Caracas. 

Já vimos o que essa esquerda jurássica é capaz de fazer em nível nacional, com o PT, mas parece que não foi suficiente para o carioca aprender. Por isso não dá para torcer para o pior só para o povo acordar: já deveria ter acordado com o lulopetismo, caramba! Se os cariocas não acordaram nem com isso, não acordam nunca mais, são eternos sonâmbulos, um povo iludido cuja desgraça é autoinfligida.

Pergunta: se o socialista Freixo for prefeito do Rio, a black bloc Sininho será a chefe da Guarda Municipal? Será que os eleitores de Freixo, que confundem filme de ficção com realidade, sabem que o candidato banca advogado para os vândalos mascarados que depredam tudo, que chegaram a matar um cinegrafista inocente?  

Será que essas bestas têm a mais vaga noção do que o partido de Freixo prega?  O PSOL de Freixo defende abertamente o regime de Maduro na Venezuela. Vários esquerdinhas estão atacando Crivella por sua ligação com a Universal, mas esquecem que Freixo tem uma seita ainda pior: a dos fanáticos do socialismo. Teremos de engolir um Crivella agora para não digerir a extrema-esquerda, seus otários!

O tom é de desabafo mesmo: às vezes preciso adotá-lo como medida medicinal para acalmar meus ânimos. O Rio me faz mal, mesmo à distância. É muita insistência nos erros, o que não é mais ignorância, mas burrice mesmo.  Basta ver a escolha que terá de ser feita agora: Crivella ou Freixo. Que dureza! O Galeão nem fica parecendo uma alternativa ruim, não é mesmo?

* Rodrigo Constantino

O futuro do molusco.


Porque hoje é Sábado, uma linda mulher.

A incontestável beleza da minha amiga Rita de Cássia Figueirêdo.

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Mamãe foi poupada?

Teori Zavascki incluiu 12 petistas no inquérito do quadrilhão. Faltou um: Dilma Rousseff.
Ela foi uma das maiores beneficiárias do dinheiro roubado da Petrobras e é umbilicalmente ligada aos investigados 1, 3, 7, 8 e 9:
1. Lula
2. João Vaccari Neto
3. Edinho da Silva
4. Ricardo Berzoini
5. Jacques Wagner
6. Delcídio do Amaral
7. Giles de Azevedo
8. Antonio Palocci
9. Erenice Guerra
10. José Carlos Bumlai
11. Paulo Okamoto
12. José Sérgio Gabrielli
Cadê a Dilma Teori?

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

ONU desdenha recurso de Lula.

Lula recorreu à ONU para protestar contra a Lava Jato.
E a ONU mandou-o plantar batatas.
Jamil Chade, do Estadão, disse:
“A ONU não considera o caso aberto pelos advogados de Luiz Inácio Lula da Silva na entidade como ‘urgente’ e deixou sua avaliação para 2017”.
E também:
“O Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos confirmou ao Estado que o caso do ex-presidente brasileiro não entrará na agenda de reuniões do Comitê de Direitos Humanos, que passa a se reunir a partir do dia 18 de outubro em Genebra”.

* O Antagonista

Secretária de sobrinho de Lula relata saques em espécie.

 (VEJA.com/Reprodução) 
Taiguara Rodrigues, sobrinho de Lula, foi indiciado pela Polícia Federal pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro e recebeu 3,5 milhões de reais da Odebrecht

Em depoimento à Polícia Federal no dia 17 de agosto, Flávia de Oliveira Barbosa, secretária de Taiguara Rodrigues dos Santos, sobrinho do ex-presidente Lula, declarou que foi instruída a realizar saques em dinheiro vivo. “Taiguara pedia com frequência para a declarante sacar dinheiro no caixa”, disse Oliveira Barbosa. “Quase todo dia a declarante ia na boca do caixa para sacar de R$ 1.000 a R$ 1.500. Que além disso, ia uma vez por semana sacar por volta de R$ 5.000,00. Que quando sacava valores mais altos, a pedido de Taiguara, ia acompanhada de José Emmanuel. Que sabe que sacava eventualmente valores altos para TAIGUARA, mas não se recorda de valores específicos”, afirmou. 

A secretária trabalhou com Taiguara por cerca de quatro anos. Durante esse período, ela acompanhou de perto os negócios suspeitos e o enriquecimento extraordinário do sobrinho do ex-presidente. Segundo Oliveira Barbosa, Taiguara costumava comprar carrões em nome da sua empresa, que recebia dinheiro da Odebrecht. “Taiguara tinha um veículo Land Rover, cujas prestações eram pagas pela Exergia Brasil. Que Taiguara comprou para José Emmanuel (seu sócio) um veículo PT Cruiser, cujas prestações também eram quitadas pela Exergia Brasil. Que além disso Taiguara comprou para si uma BMW e uma GLK, veículo importado. Que Taiguara ainda comprou um Jeep Compass para sua ex-mulher. Que as prestações de todos esses veículos eram pagas com dinheiro da Exergia Brasil. Que Taiguara também comprou um Fiat Uno para o irmão”, disse a secretária. 

Taiguara, que mantinha fotos de Lula fixadas na parede de sua empresa e enviava presentes de aniversário para o ex-presidente, também era generoso com o filho mais velho do petista. Em meados de 2014, Taiguara bancou as passagens aéreas de uma viagem para Cuba, feita junto com Fábio Luis, conhecido como Lulinha, e seu sócio Fernando Bittar, proprietário no papel do sítio em Atibaia, interior de São Paulo, frequentado por Lula e investigado na Operação Lava-Jato. Durante essa expedição, o sobrinho do ex-presidente também alugou uma Mercedes-Benz para Lulinha e Bittar andarem para cima e para baixo na ilha. Segundo o sócio de Taiguara, José Emmanuel, a excursão tinha como intuito prospectar novos negócios em Cuba

A vida de luxo de Taiguara chamava a atenção da sua secretária. Segundo Oliveira Barbosa, o sobrinho de Lula, que costumava comprar com “frequência relógios de marca”, fez “reformas de luxo” tanto em seu escritório como em sua cobertura com “piscina e jardim”. O jovem empresário também costumava viajar com frequência, hospedando-se em resort com diárias de mais de 1 000 reais em Porto de Galinhas, em Pernambuco. “Se recorda de um episódio no qual Taiguara comprou um quadro de São Jorge no valor aproximado de R$ 5.000,00”, disse a secretária à PF. “Todo o dinheiro que financiava esses gastos eram provenientes de remessas que vinham de Angola”, afirmou ela, referindo-se aos contratos assinados entre Taiguara e a Odebrecht que renderam 3,5 milhões de reais para o sobrinho de Lula. “Vinha a remessa de valores de Angola, em dólares, e após cerca de dois dias a quantia era disponibilizada na conta da Exergia Brasil”. 

O fluxo de dinheiro da Odebrecht que enchia os bolsos de Taiguara foi interrompido após VEJA revelar em fevereiro de 2015 que o sobrinho de Lula teve um enriquecimento meteórico no mesmo ano em que a Odebrecht recebeu um empréstimo do BNDES para construir a hidrelétrica de Cambambe, em Angola. “Taiguara disse que a reportagem da revista VEJA inviabilizou os negócios da Exergia Brasil”, afirmou a secretária. “No final, não havia dinheiro sequer para pagar funcionários”, disse Oliveira Barbosa, que move uma ação trabalhista contra Taiguara.






O resultado da votação informa que a diferença de fuso político entre o Acre e o Brasil deve ser medida em anos.


A maioria do eleitorado que dorme mais tarde que o país faz questão de acordar cada vez com mais atraso.
O medonho naufrágio do PT nas urnas das capitais não registraria um só sobrevivente se duas cidades se tivessem juntado ao bloco amplamente majoritário formado pelas outras 24. Nessas, nenhum candidato do partido que ficou nanico escapou da derrota já em 2 de outubro. No Recife, o companheiro João Paulo conseguiu cruzar resfolegante a fronteira do primeiro turno ─ o que apenas adiou por alguns dias o fracasso inevitável. A grande exceção foi Rio Branco.
Ao presentear com mais um mandato o prefeito Marcus Alexandre, o eleitorado da capital do Acre comunicou que está satisfeito com a vida que leva, prorrogou o prazo de validade do último reduto da estrela vermelha e reiterou que aprecia o descompasso com o restante da nação. Enquanto os Estados mais ajuizados vão se livrando do PT, aquele pedaço da Amazônia elege desde 1998 devotos da seita que quase liquidou o país. A capitania dos Irmãos Viana completou 18 anos de existência cada vez mais longe da maioridade.
Graças à diferença de fuso horário, também neste domingo os acreanos foram dormir mais tarde que o restante do país. Graças ao resultado da eleição, que aumentou a diferença de fuso político, os habitantes do extremo oeste vão continuar acordando com alguns anos de atraso em relação ao Brasil que enfim despertou.

terça-feira, 4 de outubro de 2016

As urnas abrem o calvário do PT.

A pecha da corrupção, pela Lava Jato, e a crise econômica fazem o partido encolher nas prefeituras. Assim, será mais difícil eleger deputados em 2018

De acordo apenas com os resultados nas capitais dos estados, já disponíveis, o calvário previsto para o PT está confirmado. Além da derrota do prefeitoFernando Haddad em São Paulo, que não conseguiu nem chegar ao segundo turno, o partido emplacou apenas um prefeito em primeiro turno – Marcus Alexandre, em Rio Branco, no Acre, reeleito. 

No Recife, João Paulo disputará o segundo turno. E só. Em 2012, o PT elegeu quatro prefeitos de capitais, sendo que uma delas era a maior do país. Hoje, tem apenas uma das menores. Os últimos quatro anos não foram gentis com o PT. O resultado disso está saindo das urnas.
(Foto: Fábio Viera / Foto Rua) 
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad 
Em 2012, o Brasil sorria para o PT. A economia parecia estar em ordem – não havia ainda os efeitos da política econômica de expansão de gastos públicos e pedaladas fiscais, já em vigor em Brasília sob a Presidência de Dilma Rousseff. Não havia também o ronco das ruas. Não havia a Operação Lava Jato

Em pouco tempo, tudo mudou. Em 2013, as ruas foram tomadas por manifestantes que protestavam contra um reajuste em tarifas de transporte em São Paulo. Tornaram-se local de protestos contra o governo Dilma, a favor do impeachment e hoje contra o governo Temer. A maior recessão da história brasileira bateu na porta em 2013 e colou no PT a imagem da crise econômica.

O pior, que cobra a fatura hoje, é a Operação Lava Jato. O esquema de corrupção que sugou a Petrobras sangrou os partidos da aliança que elegeu Dilma Rousseff, mas o efeito sobre o PT foi o mais danoso. Dois dos três últimos tesoureiros do partido foram presos, e também dirigentes importantes como o ex-ministro José Dirceu. Lula se tornou réu por lavagem de dinheiro e corrupção há duas semanas.

Assim, candidatos do PT, que em 2012 usavam santinhos com as fotos de Lula e Dilma, neste ano fugiram de ambos e até esconderam as cores e o nome PT de seus santinhos. Tiveram de fazer campanha com a pecha de pertencerem a um partido acusado de corrupção. Não puderam aproveitar a popularidade de Lula.

Em 2012, o PT elegeu 635 prefeitos, 11% a mais do que elegera quatro anos antes. Ninguém espera uma evolução neste ano: o tamanho da redução é que intriga. Um número menor de prefeitos significa, entre outras coisas, dificuldade maior para candidatos a deputado federal fazerem campanha em 2018. Será, portanto, mais difícil eleger deputados. Essa é a maior preocupação do PT hoje.

Encolher nas cidades é ruim, mas encolher na Câmara é péssimo. Significa perder benesses como ser dono do maior fundo partidário, o dinheiro público dado às legendas. O PT sente neste momento o primeiro efeito prático da Lava Jato e da crise econômica, penduradas nas pontas de sua estrela. Carregará ambos por algum tempo. Será um deserto difícil de atravessar.
                    *LEANDRO LOYOLA , na Revista Época 

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

PGR pede urgência contra Renan.

Janot, pressa para punir Renan???
A Veja informa que Rodrigo Janot pediu a Luiz Edson Fachin urgência na análise do processo que envolve Renan Calheiros no caso Mônica Veloso.
Um documento enviado ao STF em meados de junho pede “urgente inclusão do feito na pauta de julgamentos do Plenário do Supremo Tribunal Federal para deliberação acerca do juízo de admissibilidade da acusação”.
Renan é acusado de usar um lobista de uma empreiteira para bancar despesas pessoais da jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha. As denúncias da PGR chegaram ao Supremo em 2013.
Em agosto, Edson Fachin deu mais prazo para a defesa de Renan Calheiros se manifestar sobre a denúncia apresentada pela PGR. O ministro alegou ter dúvidas sobre quem é o atual advogado do senador -- ao longo do inquérito, Renan já teve 17 representantes legais.
Vejam o que escreveu Rodrigo Janot sobre esse assunto no documento enviado ao STF, de acordo com a Veja:

“A conclusão lógica, portanto, é de que a presente causa está pronta para deliberação, pelo Pleno dessa Corte, acerca da admissibilidade da acusação formulada pelo Ministério Público. Por tais razões, vale destacar que não é necessária a reabertura de novo prazo para defesa se manifestar, uma vez que esta já teve oportunidade de apresentar todos os seus argumentos de que dispunha.”

domingo, 2 de outubro de 2016

E vamos que vamos erradicar o PT.


Eleições à bala.

BRUTALIDADE: Em Goiás, Gilberto Ferreira (na foto, com revólver) matou a tiros o candidato a prefeito José Rocha (ao centro, com a mão no peito) e feriu o vice-governador José Eliton (ao lado dele). Acima, à dir., Falcon, candidato a vereador morto no Rio.

Assassinatos, atentados contra candidatos e até a entrada do crime organizado chocam o País, fazendo desta campanha eleitoral uma das mais violentas da história. É preciso agir com urgência para que a barbárie não ameace a democracia.
Em 1989, no auge do poder do narcotráfico, o candidato à Presidência da Colômbia Luís Carlos Galán foi assassinado a tiros durante um comício no município do Soacha, próximo à capital Bogotá. O crime chocou o mundo. Quase 30 anos depois, cenas desse tipo de barbárie se repetiram, desta vez no Brasil, durante a campanha das eleições municipais. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, somente até 26 de agosto foram registrados vinte homicídios envolvendo candidatos e pré-candidatos a cargos eletivos neste ano. Os assassinatos ocorreram em dez estados (Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará, Bahia, Alagoas, Rio Grande do Norte, Acre, Rondônia, Rio Grande do Sul e Goiás).
Foi uma das campanhas eleitorais mais violentas da história nacional. O mais recente assassinato ocorreu na quarta-feira 28. O candidato do PTB à Prefeitura de Itumbiara, em Goiás, José Gomes da Rocha, foi morto a tiros durante um comício. Ele estava acompanhado do vice-governador José Eliton (PSDB), que acabou atingido, mas sobreviveu. O atentado aconteceu durante uma carreata. Zé Gomes, como era chamado por seus eleitores, estava na carroceria de uma caminhonete, acompanhado de José Eliton e do deputado federal Jovair Arantes (PTB).
O atirador Gilberto Ferreira do Amaral se aproximou de carro da multidão que cercava o veículo dos políticos. Aparentando frieza, Gilberto parou o automóvel e atravessou a rua em direção ao grupo. Ao chegar perto, puxou a arma e disparou treze vezes. Um tiro atingiu em cheio Zé Gomes, que morreu na hora. Outros disparos mataram o policial militar Vanilson Pereira. O quarto atingido foi o advogado da Prefeitura de Itumbiara, Célio Rezende. Ele e o vice-governador José Eliton foram levados para o hospital – ambos estão fora de perigo.
“Em um mesmo dia, cinco ataques contra candidatos foram registrados em pontos distintos do País”
Gilberto Ferreira tentou fugir, mas acabou baleado e morreu. Ele tinha 53 anos e trabalhava de motorista para a Prefeitura de Itumbiara. Ferreira havia entrado com um processo na Justiça cobrando da administração do município o pagamento de horas extras referentes aos anos de 2009 e 2013. Na ocasião, o prefeito era Zé Gomes.
O crime de Itumbiara provocou reação do TSE.  O presidente do tribunal, Gilmar Mendes, acionou o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para que a Polícia Federal entrasse nas investigações. O próprio Moraes foi ao hospital onde o vice-governador José Eliton, alvejado no abdômen, está internado. “Trata-se de um episódio chocante”, classificou Mendes.
No mesmo dia do assassinato de Zé Gomes, delegacias policiais de quatro estados registraram outros atentados a candidatos. Na madrugada de quarta, o candidato a vereadorem Nova Iguaçu (RJ), Luiz Carlos Magno da Silva (PTC), teve sua casa alvejada por tiros. Em Minas Novas (MG), dois homens em uma motocicleta abriram fogo contra o carro do prefeito e candidato à reeleição da cidade, Gilberto Gomes da Silva (PPS). Ninguém ficou ferido. No município de Araçoiaba da Serra (SP), uma bomba arremessada contra a casa do candidato a prefeito Dirlei Salas (PV) destruiu o muro. Na cidade de Santa Cecília (SC), João Rodoger de Medeiros (PSD), que concorre ao cargo de prefeito de Santa Cecília (SC), sofreu uma tentativa de assassinato.

PEDÁGIO ELEITORAL
Candidato a vereador no Rio de Janeiro pelo PP Marcos Falcon, foi morto a tiros por dois homens encapuzados.
Dois dias antes, no Rio de Janeiro, o candidato a vereador no Rio de Janeiro pelo PP Marcos Falcon morreu assassinado. Foi morto a tiros por dois homens encapuzados que invadiram seu comitê de campanha, na zona norte da capital fluminense. Subtenente da Polícia Militar, Falcon era presidente da Portela e havia sofrido outros atentados.
Os casos estão sob investigação policial. Pelo modo com que foram cometidos, supõe-se que sejam crimes políticos. Trata-se, portanto, de uma situação que precisa ser enfrentada com urgência para que não se observe daqui por diante a escalada da brutalidade. Cada um dos atentados macula o processo democrático brasileiro e joga sobre o País uma sombra de medo que não pode ser aceita.
É escandalosa e muito grave também a denúncia de que, no Rio de Janeiro, milicianos cobravam até R$ 120 mil de candidatos para permitir que eles fizessem incursões por áreas dominadas por poder paralelo, que funciona à margem do Estado. Os bandidos – escondidos sob a farda da polícia – já comandam várias regiões cariocas, controlando o comércio, o transporte, o direito de ir e vir dos moradores. Agora, infiltram-se na política, truncando o processo eleitoral ao decidir quem pode entrar ou não nas regiões sob seu controle. É o crime organizado afrontando o estado democrático de direito.
MP investiga PCC nas eleições cearenses
O Ministério Público Federal investiga a influência do PCC nas eleições municipais do Ceará, revelada por ISTOÉ em sua edição 2432, de 15 de julho. Em Mombaça, no interior do Estado, procuradores tiveram acesso a áudios atribuídos ao sobrinho do candidato a prefeito Dudu Eleotério (PP), onde ele sugere que o PCC e o jogo do bicho estariam prontos para gastar R$ 20 milhões a fim de eleger seu tio. “O Dudu vai para as cabeças (…)Quando você tiver em Mombaça vou te explicar tudo (…) Eles não querem assim, dinheiro contra dinheiro? Então vai ser assim agora. Vem PCC !!!”, afirma ele para acrescentar em seguida. “O jogo do bicho está patrocinando tudo. Se eles gastarem R$ 10 milhões nós gastamos vinte para ganhar”. O CEO da principal facção criminosa do País, Alejandro Camacho, irmão de Marcola, tem fortes vínculos com Mombaça. Não à toa, na cidade ele é tratado como Junior Mombaça.
No processo, o MPF identifica o deputado estadual Naumi Amorim(PMB) – líder nas pesquisas a prefeito de Caucaia – como um dos suspeitos de ter usado sua amizade com o governador Camilo Santana para transferir um dos principais líderes do PCC, Francisco da Silva, vulgo Rafael Xilito, de um presídio para uma penitenciária em Pacatuba, onde em tese disporia de mais regalias.
Nos próximos dias, o MPF aprofundará as investigações sobre outro personagem conhecido da região: o empresário e candidato a prefeito de Morada Nova, Wanderley Nogueira (PT), ligado ao ex-líder do governo Dilma na Câmara, deputado José Guimarães.

Dizimado nas urnas.

Dizimado nas urnas
Na primeira eleição municipal em que os candidatos não puderam contar com doações de empresas, e para a qual dispuseram de apenas 35 dias de horário eleitoral gratuito, há muitos vencedores, mas um só perdedor: o Partido dos Trabalhadores. As pesquisas de intenção de voto asseguram que os petistas e seus aliados saem das urnas no dia 2 com o pior desempenho dos últimos 20 anos. O fracasso na disputa pelas 463.374 cadeiras de vereador e 5.568 prefeituras do Pais é capaz de comprometer não apenas os planos do PT para 2018 como a própria existência do partido — que corre o risco de perder seu registro na Justiça.
PORTO ALEGRE: Raul Pont foi surpreendido pelos candidatos do PMDB e PSDB
PORTO ALEGRE: Raul Pont foi surpreendido pelos candidatos do PMDB e PSDB
FORTALEZA: Luizianne Lins foi rejeitada na primeira capital a eleger um prefeito petista
FORTALEZA: Luizianne Lins foi rejeitada na primeira capital a eleger um prefeito petista.
SÃO PAULO: Na maior cidade do País, Haddad não decolou na campanha pela reeleição
SÃO PAULO: Na maior cidade do País, Haddad não decolou na campanha pela reeleição
MACEIÓ: O deputado federal Paulão  terminou a campanha com 3% das intenções de voto
MACEIÓ: O deputado federal Paulão terminou a campanha com 3% das intenções de voto
A novela petista segue um roteiro desenhado na origem do processo que levou ao impeachament da ex-presidente Dilma Rousseff. A impopularidade de seu governo, que levou a economia brasileira à pior recessão da história, contaminou não apenas as candidaturas de seus correligionários como levou para o debate eleitoral temas nacionais, com destaque para corrupção, desemprego e inflação. As denúncias da operação Lava Jato, cujas investigações fecham cada vez mais o cerco em torno do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, somada à inépcia do governo Dilma para retomar o crescimento econômico, forneceram munição de sobra para as campanhas dos candidatos do PSDB e do PMDB, principais adversários do PT no Congresso Nacional. Enquanto isso, os petistas veem seu mais tradicional eleitorado de esquerda migrar para outras siglas. No Rio de Janeiro e Salvador, capital de um estado governado pelo PT, o partido sequer lançou candidato próprio.
“Fernando Haddad, candidato petista à reeleição em São Paulo, se manteve

na rabeira nas pesquisas e com o maior índice de rejeição: 40%”

Em São Paulo, maior cidade do País, o candidato petista à reeleição, Fernando Haddad, só liderou as pesquisas em um aspecto: é dele o maior índice de rejeição, acima de 40%. Longe de ajudá-lo a decolar, como na disputa de quatro anos atrás, o apoio do ex-presidente Lula parece incomodar. Desta vez, o ex-sindicalista não apareceu em nenhum programa exibido por Haddad e restringiu sua participação à campanha de rua. Lula também não participou da campanha em São Bernardo do Campo (SP), cidade onde criou a base da militância petista. Nas últimas pesquisas, o candidato aparecia em quarto lugar, atrás de João Dória (PSDB), Celso Russomanno (PRB) e Marta Suplicy (PMDB).
Na capital fluminense, o PT perdeu sua principal aposta local quando Alessandro Molon trocou a legenda pela Rede Sustentabilidade, com a qual disputa a prefeitura. Os petistas decidiram então apoiar a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que se destacou entre os parlamentares pela defesa acirrada a Dilma Rousseff na votação do impeachment. O arranjo também esbarrou na alta rejeição à candidata. Ao todo, 38% do eleitorado dizem não votar de jeito nenhum na comunista. A participação da própria Dilma na campanha de Jandira, nos últimos dias, funcionou como uma pesada âncora a jogar a candidata do PC do B ainda mais para baixo nas pesquisas. Em capitais do Nordeste, como Maceió e João Pessoa, os candidatos do PT tiveram campanhas pífias, alcançando apenas 3% das intenções de voto. Em Natal, pesquisas apontam 5%.
SEM MÁQUINA 
Sem o financiamento privado, a expectativa de muitos candidatos era de que a máquina pública fosse contribuir positivamente nas eleições. “Em tese, uma campanha modesta favorece quem tem a máquina. Mas, neste momento de grande crise e desgaste do Executivo, vai haver uma alta renovação”, afirma o ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP-PR). Em Porto Alegre, o candidato Raul Pont chegou permaneceu boa parte da campanha na segunda posição, atrás de Luciana Genro (PSOL). Ambos foram ultrapassados por Sebastião Melo (PMDB) e Nelson Marchezan Júnior (PSDB). Entre os prefeitos de capitais com chances reais de reeleição, apenas um é petista. Trata-se do acreano Marcus Alexandre, de Rio Branco. Em João Pessoa, Luciano Cartaxo (PSD-PB), que chegou à prefeitura pelo Partido dos Trabalhadores, deixou a legenda após as denúncias da Lava Jato. O caso é semelhante em Belém, onde o favorito nas pesquisas é o atual deputado pelo PSOL Edmilson Rodrigues (PA), que por duas vezes foi prefeito da cidade pelo PT.
“O fracasso na disputa municipal compromete não apenas os

planos do PT para 2018 como a própria existência do partido”

Entre os demais candidatos à reeleição com chances reais de vitória estão atuais adversários petistas: ACM Neto (DEM), em Salvador; Geraldo Júlio (PSB), no Recife; Rui Palmeira (PSDB), em Maceió; João Alves (DEM), em Aracaju; Luciano Rezende (PPS), em Vitória, entre outros. Para ex-prefeitos e importantes quadros que já brilharam à sombra da estrela petista, como Luizianne Lins, de Fortaleza, João Paulo, de Recife, e Fernando Haddad, de São Paulo, a chama vermelha de outrora parece definitivamente apagada.
*Mel Bleil Gallo