sábado, 29 de dezembro de 2012

Governo Dilma tem déficit de R$ 5,5 bilhões nas contas públicas

O governo perdeu o controle dos gastos e chegou ao final de 2012 com enorme dificuldade para o cumprimento da meta fiscal.
As despesas da União, Estados, municípios e estatais ficaram R$ 5,5 bilhões acima das receitas em novembro.
O resultado negativo acendeu a luz amarela para o quadro de deterioração da política fiscal. O último déficit, de R$ 158,6 milhões, foi em março de 2010, ainda no governo Lula.
O resultado negativo de novembro é o maior desde dezembro de 2008, quando as contas públicas fecharam com déficit de R$ 20,9 bilhões.
O tamanho do rombo sinalizou que a equipe econômica terá de abater um volume maior de despesas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para cumprir a meta de superávit primário – economia feita para o pagamento das despesas com juros da dívida pública – fixada para este ano, de R$ 139,8 bilhões.
* Extraído do texto de Adriana Fernandes e Anne Warth, em O Estado de S. Paulo

PT: do lixo à escuridão.

Interessante é a simbologia NEFASTA que acompanha os passos deste partideco chamado PT. Iniciaram com O LIXO- licitações falsas no recolhimento do lixo nas prefeituras de SP E SANTO ANDRÉ - e vão terminar com RACIONAMENTO DE LUZ , OU SEJA, ESCURIDÃO.
*Graciaslavida, por e-mail, via Grupo Resistência Democrática

Os bandidos agradecem.


A cada Campanha Nacional do Desarmamento, como a que está sendo veiculada, a sociedade fica mais vulnerável, e os bandidos, mais à vontade. Os argumentos das autoridades permanecem mais ou menos os mesmos desde 2004, quando essas campanhas começaram: "a defesa dos cidadãos cabe exclusivamente à polícia e disparos acidentais de armas de fogo provocam tragédias familiares".

Não se discute que é preciso treinamento para manejar armas, como, de resto, é preciso treinamento para dirigir um carro, cujo mau uso o torna tão letal quanto um revólver. Já o argumento de que não cabe ao cidadão ter instrumentos adequados para se defender da ameaça de bandidos armados é ominoso.

O mote da campanha atual é: "Proteja sua família. Desarme-se". Trata-se de uma série de depoimentos de pais cujos filhos foram vítimas de disparos acidentais de armas de fogo. A intenção, segundo o Ministério da Justiça, é mostrar que não vale a pena correr os riscos que ter uma arma em casa implicam. "A arma é um excelente instrumento de ataque e um péssimo instrumento de defesa, principalmente para as pessoas que não têm habilidade em usá-la", disse a secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki. Segundo ela, "a sociedade tem o direito de exigir do Estado que qualifique e equipe muito bem os policiais para defendê-la", pois "essa é competência do policial, e não do cidadão".

Trata-se de um raciocínio primário. É óbvio que cabe ao Estado proteger seus cidadãos, pois é o Estado que detém o monopólio do uso legítimo da força. No entanto, como sabe qualquer cidadão letrado, esse monopólio tem sido diuturnamente desafiado pelo crime organizado e pela bandidagem em geral, que mesmo de dentro das penitenciárias conseguem fazer valer a lei da barbárie.

Há cidadãos que desejam ter meios para enfrentar os criminosos, caso os agentes do Estado não estejam por perto para fazê-lo, situação que é rotineira nas grandes cidades. A lei faculta a esses indivíduos o direito de proteger a si e a sua família da melhor maneira possível – é a chamada legítima defesa, UM DIREITO NATURAL. Trata-se de uma questão pessoal, sobre a qual o Estado não pode jamais interferir, pois a lei não determina que os cidadãos devam ficar inertes ante a violência que eventualmente sofram.

Mas o discurso das campanhas de desarmamento transformou o ato de se defender em uma violência equivalente à cometida pelos bandidos – se não pior, porque os criminosos, de acordo com o ‘sociologuês’ acadêmico que pauta esse debate, agem porque são vítimas do "sistema", enquanto os indivíduos que se defendem usando armas de fogo são – estes sim – os elementos violentos do sistema.

Somente neste ano, três inocentes que reagiram a assaltantes armados foram processados por crime de homicídio doloso triplamente qualificado. Em um dos casos, uma senhora de 86 anos cuja casa estava sendo assaltada, em Caxias do Sul (RS), pegou um velho revólver calibre 32 e conseguiu matar o ladrão a tiros. Como a arma não tinha registro, ela foi indiciada e se tornou ré, apesar de ter somente tentado proteger sua vida e seu patrimônio. Trata-se de um episódio exemplar dessa "equalização moral" entre bandidos e vítimas. Em qualquer país civilizado do mundo, esta senhora teria sido mandada para casa com uma lauda de elogios por sua coragem e bravura.

Ademais, de que valem campanhas de desarmamento se os bandidos têm enorme facilidade para obter seu arsenal, até mesmo sob as barbas da Justiça? Têm sido frequentes os assaltos a fóruns, onde ficam guardadas armas e munição apreendidas e que serão usadas como prova nos processos. Sem segurança adequada, esses locais são de "fácil acesso" para criminosos. O caso mais recente ocorreu em Peruíbe, no litoral sul de São Paulo, em 2 de dezembro. Havia apenas um vigia no local, facilmente rendido.

O fato é que as campanhas de desarmamento não são a panaceia contra a violência, e a interpretação que se faz da legislação vigente trata o cidadão possuidor de armas como um delinquente. Isso só é possível num país em que as autoridades, para escamotear sua incompetência na área de segurança pública, atribuem a responsabilidade por parte da violência à própria vítima. Os bandidos agradecem.


*Editorial do O Estado de São Paulo

Um governo de problemas e interesses.


Um advogado do ex-senador Gilberto Miranda conseguiu ser nomeado ouvidor da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquáticos) e, dentro do governo, foi acionado para defender um projeto de interesse de Miranda -o complexo portuário da ilha de Bagres, em Santos. O documento que mostra o duplo papel do advogado, chamado Jailson Soares, foi apreendido pela Polícia Federal na casa do ex-senador no Jardim Europa, na zona sul de São Paulo, durante buscas da Operação Porto Seguro. Ele é uma das provas que a procuradora Suzana Fairbanks juntou na denúncia, obtida pela Folha. O complexo portuário é o maior negócio flagrado pela Operação Porto Seguro: o empreendimento está orçado em R$ 2 bilhões e seria feito numa ilha que pertence à União. Soares foi nomeado ouvidor da Antaq em junho de 2010 pelo então presidente Lula. Foi afastado no dia 27 deste mês.

* Texto por Mario Cesar Carvalho, José Ernesto Credendio e Flávio Ferreira, na Folha de São Paulo.

Porque hoje é Sábado, uma bela mulher.

A bela atriz Catherine Zeta Jones

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

A hipocrisia da esquerda.


O povo de Cuba vive em plena miséria.


Mas a casa de Fidel em el Laguito é um anexo ao Viejo Country Club Provincia de Cubanacan.Um luxo.

O vagabundo.


Hoje, Lula não passa de um reles cidadão e a ele me dirijo como sempre fiz nos tempos de presidência. Assim como milhões de brasileiros de bem, considero Lula um vagabundo com todas as letras e rimas, além de acintoso. O que causa mais tristeza é que durante oito anos, por culpa de uma parcela incauta que foi abduzida ...pelas esmolas sociais e pelas pilhas de carnês vencidos, o Brasil esteve nas mãos de um vagabundo, agora sem as aspas porque a declaração é minha e não sou covarde como ele, que destruiu o País, levando-o à encruzilhada da insolubilidade. Coisa de vagabundo.

O "deprê" da Rose


Há informações de que Rosemary Noronha se encontra depressiva. A amigos diz que "seu mundo acabou" e que jamais a imprensa malvada e golpista lhe dará trégua.
Enquanto o ex-presidente, acompanhado de sua esposa, viajava pela Europa, o comando do PT e a direção do Instituto Lula se movimentaram para manter a "companheira" Rose em lugar incerto e não sabido.
A própria Rose sabe que não pode sair para lugar nenhum, pois será alvo da curiosidade de todos e da imprensa.
A última vez que foi vista em público estava com o ex-ministro José Dirceu e a namorada dele, passando o fim de semana prolongado numa praia da Bahia.
Hoje esses tempos são só saudade, embora muitos petistas insistam na tese de que a memória do brasileiro é fraca e logo,logo, todos se esquecerão do episódio.
Mas, por enquanto, segue a lei e não se ausenta de São Paulo já que continua sendo investigada pela Polícia Federal ( no caso dos euros para o Banco Espírito Santo ) e já é quase ré na Justiça pois um inquérito, em que ela está indiciada, já foi remetido à Justiça Federal.
O seu temperamento autoritário e explosivo foi colocado de lado, afinal, já não dispõe do "poder" e da "influência" de antes. 
Mas ela sabe demais. Por isso o PT teme sua possível rebeldia. Ela é considerada uma bomba-relógio, que nem o PT nem o Instituto Lula sabem como desarmar. É uma novela eletrizante, e estamos apenas nos capítulos iniciais.
* Com Carlos Newton, via Grupo Resistência Democrática

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

As verdadeiras "zelites"

Nada de especial na imagem. Indica apenas tratar-se de um senhor de posses. A bermuda é da marca francesa Vilebrequin. No Brasil informa a VEJA, custa R$ 600.
Esta senhora à esquerda, de óculos e chapéu de praia, é Rosemary, a amigona do Zé,NAMORADA DO LULA, em companhia da namorada do poderoso chefão petista, Evanise Santos, com óculos Prada CUJO VALOR É DE TRES MIL REAIS

O livro de Jefferson pode ser uma bravata.

Roberto Jefferson, o homem que brigou com José Dirceu e denunciou  o "mensalão" depois que se sentiu traído por seus, digamos, comparsas, promete publicar um livro com bastidores inéditos do escândalo que só não derrubou Lula por milagre, quer dizer, pela frouxidão da oposição no Brasil.
Mas quem de sã consciência, "e a esta altura do campeonato", acredita em Jefferson que já chegou até a inocentar, publicamente, o Lula?

Mais uma da Rose.

PF investiga as ligações de Rosemary com a cúpula do BB. Presidente do banco indicou marido de servidora investigada pela Operação Porto Seguro para integrar conselho da BrasilPrev.

Indiciada pela Polícia Federal na Operação Porto Seguro, a ex-chefe de gabinete da presidência da República em São Paulo Rosemary Nóvoa de Noronha tem chamado a atenção dos investigadores pela capacidade de influir na nomeação de pessoas para cargos estratégicos no governo federal. Conseguiu nomear dois diretores de agências reguladoras, Paulo Vieira, na Agência Nacional de Águas (ANA), e Rubens Vieira, na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Rosemary também beneficiou a família. Indicou a filha Mirelle Nóvoa para um cargo de assessoria na Anac, bem como o marido, José Cláudio de Noronha, para uma vaga de assessor especial na Infraero.
Neste momento, os investigadores estão se aprofundando sobre as ligações de Rosemary com a cúpula do Banco do Brasil. O marido dela, José Cláudio, foi nomeado para integrar dois conselhos de administração de empresas ligadas ao banco: o BB Seguros e a Brasilprev. No caso da Brasilprev, o presidente do banco, Adelmir Bendine, pediu a nomeação em agosto do ano passado – atendendo um pedido de Rosemary, segundo fontes do BB ouvidas por ÉPOCA. No dia 8 de dezembro de 2011, a nomeação de José Cláudio, aprovada em reunião no dia 15 de agsto de 2011, foi publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo, local onde a BrasilPrev tem sede.
* Revista ÉPOCA

Previsões.


Grampo complica situação de Rose.

Ligação mostra que ex-chefe de gabinete da Presidência em SP usou o cargo para conseguir reuniões de autoridades com integrantes da quadrilha.

Rosemary Nóvoa
Rosemary foi exonerada pela presidente Dilma Rousseff (Denise Andrade/AE)
Um grampo da Polícia Federal captado durante a operação Porto Seguro revela que o empresário Paulo Vieira, apontado como chefe da quadrilha que fazia tráfico de influência em órgãos federais, conversou com um homem identificado pelo nome de César sobre reunião com o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel. A conversa foi no dia 23 de maio, às 11h07. "A agenda do Alípio com o ministro do Desenvolvimento foi marcada pro dia 6 de junho, eu preciso falar com o Alípio urgente pra falar da agenda", disse Vieira.
O diálogo complica ainda mais a situação de Rosemary Nóvoa de Noronha, ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo. Para a PF, anotações na agenda de Rosemary – conhecida como Rose – mostram que ela se empenhou em promover reuniões de integrantes da organização criminosa com autoridades, "valendo-se do cargo de chefe de gabinete regional da Presidência". Com a revelação do esquema, Rose foi exonerada do cargo pela presidente Dilma Rousseff.
No documento, a ex-assessora, que fora indicada para o cargo pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, escreveu um lembrete: "Agendamento de reunião com min. Pimentel no interesse de Alípio Gusmão – Bracelpa". Gusmão é conselheiro da Associação Brasileira de Papel e Celulose (Bracelpa).
Em outra interceptação, a PF flagrou conversa entre Vieira e seu irmão, Rubens, também no dia 23 de maio, às 15h32. Eles falam da campanha de Fernando Haddad (PT), eleito prefeito de São Paulo nas eleições de outubro. O diálogo mostra prestígio de Rosemary em questões internas do partido. "É o seguinte, Rubens, o PT deve pedir pra Rose uma pessoa pra fazer parte da Comissão do Programa de Governo na área de controle, transparência, essas coisas", disse Vieira. "Certo", respondeu Rubens.
"O candidato natural seria eu, porque eu vim da CGU (Controladoria-Geral da União), mas é que eles não sabem", prosseguiu Vieira. "Mas eu não vou fazer parte de comissão pro Fernando Haddad nem aqui nem na China. Aí eu falei pra Rose que o nome ideal seria você." "Mas de controle?", indagou Rubens. "Claro! Controle é direito administrativo", incentivou Vieira.
"Eu vou montar um e-mail pra ela explicar lá. Eu vou dizer que você conhece muito porque foi da área de controle por muito tempo como corregedor", completa o chefe do grupo.

O que evitar em 2013.



…Pessoas que afirmam que corrupção é “apenas caixa dois”.
…Pessoas que dizem mais de duas vezes “eu não sabia”.
…Pessoas que prometem cortar “na própria carne”. Dos outros.
…Pessoas que abrem investigações com um “doa a quem doer.”
…Pessoas que prometem a luz no fim do túnel após ter afanado o túnel.
…Pessoas que reagem à vilania assumida com a neutralidade moral.
…Pessoas que são a favor de tudo e contra qualquer outra coisa.
…Pessaos que, munidas das informações, tiram suas próprias confusões.
…Pessoas que têm certas dúvidas, mas nenhuma delas certa.
…Pessoas que fazem previsões infalíveis sem considerar o imprevisível.
…Pessoas que piam depois de ter acreditado piamente.
…Pessoas que falam mal do Ego alheio enquanto vazam por cima.
…Pessoas que imaginam ser possível liderar seguindo a maioria.
…Pessoas extremamente opinativas sem opiniões próprias.
…Pessoas que, além de não fazer nada, fazem isso bem lentamente.
…Pessoas que não são mais aquelas e ainda não viraram outra.
…Pessoas que dizem que não é uma questão de dinheiro, mas de princípios.
…Pessoas de esquerda que largam tudo e vão viver com o Collor e o Maluf.
…Pessoas que dizem não mudar de ideologia, mas já mudaram de apartamento cinco vezes.
…Pessoas que se cercam de ratos e põem a culpa no queijo.
…Pessoas que fazem por pressão o que deixaram de fazer por precaução.
…Pessoas experts que sabem cada vez mais sobre cada vez menos.
…Pessoas que prometem o novo de mãos dadas com o Sarney.
…Pessoas que criticam o velho dizendo coisas definitivas sem definir as coisas.
…Pessoas…
* Josias de  Freitas, com Ilustração via Miran Cartum.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

'Fux falou que o processo não tinha prova', diz Carvalho.

 
O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) afirmou que, antes de ser indicado ao Supremo Tribunal Federal, o ministro Luiz Fux o procurou e disse que o processo do mensalão "não tinha prova nenhuma" e que "tomaria uma posição muito clara". As declarações de Carvalho foram dadas ao programa É Notícia, exibido no fim da noite de ontem pela Rede TV.
"Ele foi falar comigo também e, sem que eu perguntasse nada, ele falou para mim o que falou para os outros: que ele tinha estudado o processo, que o processo não tinha prova nenhuma, que era um processo sem fundamento e que ele tomaria uma posição muito clara", afirmou Carvalho.
Primeiro nome indicado ao Supremo pela presidente Dilma Rousseff, em 2011, Fux tornou-se alvo nos bastidores de petistas insatisfeitos com o modo como votou no julgamento do mensalão. O ministro foi o que mais acompanhou os posicionamentos do relator do processo, o hoje presidente do STF, Joaquim Barbosa.
No início do mês, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Fux contou que buscou apoio até do ex-ministro José Dirceu, na época réu no processo do mensalão, para ser indicado ao Supremo. Também foram procurados os ex-ministros Antonio Palocci e Delfim Netto e o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, além do peemedebista Sérgio Cabral, governador do Rio, Estado natal de Fux.
Nessa entrevista, Fux negou ter prometido a algum réu que votaria pela absolvição e disse que leu o processo do mensalão em julho - e não antes de ser indicado, como declarou ontem Carvalho. "Havia essa manifestação cotidiana e recorrente de que não havia provas", afirmou Fux. "Eu pensei que realmente não tivesse (provas). Quando fui ler o processo, no recesso (em julho), verifiquei que tem prova. Eu fiquei estarrecido."
Reformas. Em outro trecho do programa de ontem, Carvalho disse considerar "uma hipocrisia" as críticas de quem ataca "violentamente" o PT e, ao mesmo tempo, é contrário ao financiamento público de campanha. Para o ministro, o sistema atual, com doações privadas, "é o indutor da corrupção".
Carvalho afirmou que Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vão trabalhar pela reforma política no início de 2013. "Eu tenho clareza que nós vamos fazer essa proposta no começo do ano", disse o ministro. Segundo ele, Dilma vai "apoiar fortemente e bancar politicamente essa reforma".
Ao ser questionado sobre o recente escândalo revelado pela Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, Carvalho reconheceu que houve "baixa exigência" na escolha de nomes para cargos de direção nas agências reguladoras. O esquema desmantelado pela PF envolvia diretores desses órgãos, que negociavam pareceres técnicos com empresas.
"Esse caso das agências reguladoras, eu concordo, nós tivemos um critério de baixa exigência para colocar ali. Falhou o filtro", afirmou Carvalho. "Não tivesse falhado, não tinha havido o que aconteceu. É muito doloroso para nós vermos companheiros nossos que foram se enriquecendo ao longo desses anos. Claro que teve erro."
Ao falar de eleições, Carvalho defendeu apoio do PT ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), para a disputa presidencial de 2018. "Eu não acho que é um cenário absurdo", disse. "Pode ser maturidade do PT convidar outro partido para ser cabeça de chapa e voltar para a planície."
 

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Lucidez.

Faleceu, hoje, aos 105 anos de idade, Dona Canô, mãe de Cetano Veloso e Maria Betânia. Apesar da idade era uma das pessoas mais lúcidas que já conheci.
Uma mulher, além do seu tempo, vivendo intensamente,  de "pé no chão", no seu próprio tempo.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

FELIZ NATAL


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O grande circo místico.

 
A direita, como se sabe, ou não existe no Brasil, ou então é tudo que contraria qualquer opinião do Zé Dirceu.
No Brasil, golpistas tentam derrubar ex-presidente. A piada é boa, mas a coisa está feia.
O ministro Gilberto Carvalho já avisou que o bicho vai pegar e Zé Dirceu quer a militância nas ruas para defender Lula e o PT. De Paris, Lula já rosnou que vai voltar a percorrer o Brasil com suas Caravanas da Cidadania, como fez nos anos 90, para falar direto com o povo sobre o país maravilhoso que construiu e a herança maldita que recebeu, para satanizar as elites, a direita, a mídia e a Justiça. Ou para desmentir que protegeu Rose Noronha e os irmãos Vieira?
Qual será a motivação da caravana, seu apelo ao público, seus slogans e palavras de ordem? Com alguma ironia, talvez possa se chamar Caravana da Verdade, e sirva para dizer que são mentiras todas as acusações. O mais difícil é imaginar multidões lotando as praças, sem um show de graça de um artista popular ou sorteio de um carro, só para ver Lula falar bem dele mesmo e mal de seus adversários.
Lula ama o palanque, é seu hábitat natural, seu altar, onde se sente melhor do que nos gabinetes, nos palácios ou nos parlamentos, porque só tem que falar, esbravejar e gritar - o que ele mais sabe e mais gosta de fazer. Para um ser mitológico metade homem, metade palanque, diante da multidão amestrada, não há compromisso com a lógica e a verdade, todas as bravatas são bem-vindas, todas as demagogias são aplaudidas, sem responsabilidades nem consequências.
Sem estar em campanha por algum cargo, ou causa, a não ser ele mesmo, Lula vai precisar da "mídia golpista" para dar dimensão nacional à sua luta contra a "mídia golpista". Porque se depender só da TV Brasil e dos blogueiros estatizados, só a militância vai ficar sabendo.
As velhas elites já estão acostumadas a apanhar de Lula, a doar para suas campanhas, e a se dar bem nos seus governos, mas as novas elites sindicais e partidárias não estão preocupadas com as velhas, são progressistas, estão ocupadas com seu próprio progresso.
A direita, como se sabe, ou não existe no Brasil, ou então é tudo que contraria qualquer opinião do Zé Dirceu.
O maior perigo da caravana é virar circo.
*Por Nelson Motta, em O Globo

Sem conserto.


 
Sem conserto – Quem redigiu o discurso de final de ano da presidente Dilma Rousseff é no mínimo roteirista de novela. Fora isso, conseguiu que Dilma, em seu pronunciamento, apresentasse aos brasileiros o Brasil como sendo o país de Alice, aquele das maravilhas.
O palavrório presidencial não poderia fugir do que muitos brasileiros viram e ouviram, pois mesmo não sendo petista de origem, Dilma foi contaminada pela soberba dos companheiros de legenda, que como semideuses jamais erram.
Comecemos pela economia. Dilma afirmou que o ano de 2013 será ainda melhor. Ou a presidente estava de brincadeira ou deverá ganhar uma camisa de força de presente de Natal. Quem disse a ela que este ano foi bom? Com o crescimento econômico em 1%, a inflação oficial, que ela disse ter controlado, em 5,64%, a inadimplência em alta e a indústria brasileira sofrendo como nunca, isso é devaneio. Dilma deveria analisar melhor e com antecedência os textos que lhe dão para ler para não cair na vala do ridículo, pois pela do descrédito ela já passou faz tempo.
Sem qualquer rubor facial, Dilma tocou o discurso adiante e afirmou: “Ao olhar 2012 em retrospectiva, vemos que continuamos crescendo e aprofundamos nossas grandes conquistas. Os resultados deste ano falam por si”. Há dias, Lula disse que não será derrotado por qualquer “vagabundo”, o que é óbvio, pois lobo não engole lobo porque engasga com o pelo. Mas neste domingo, Dilma resolveu chamar todos os brasileiros de palhaços.
Não contente, Dilma reforçou a voz e disparou: “Quando conversei com vocês na celebração do 7 de Setembro, disse que nosso modelo de desenvolvimento precisava ser reforçado em um de seus eixos: a competitividade de nossa economia”. Desde 2005, o ucho.info alerta o governo para o perigoso processo de desindustrialização que vem devastando o setor fabril, mas ninguém deu importância ao fato. Sendo assim, falar em competitividade é no mínimo sandice.
Dilma Rousseff, que deixou o discurso para este domingo (23) sabendo que parte da população estaria emocionalmente fragilizada em função do Natal, disse que o governo está modernizando os aeroportos. Pois bem, quando o secretário-geral da FIFA, Jérôme Valcke, externou sua preocupação com a situação caótica dos aeroportos brasileiros, Lula chamou-o de idiota. Em seguida, o messiânico Lula prometeu investimentos de R$ 5 bilhões de para ampliar e modernizar os aeroportos brasileiros.
Como nada do que foi prometido passou à seara da realidade, há meses o Palácio do Planalto decidiu entregar três aeroportos para a iniciativa privada, cujas melhorias só ficarão prontas depois da Copa de 2014. Dias atrás, anunciou a privatização de outros dois.
Declarou a presidente que o Brasil construirá 800 aeroportos regionais, assunto que já tratamos, como se o Palácio do Planalto fosse uma usina de varinhas de condão. Oito centenas de aeroportos regionais não se constroem da noite para o dia, a não ser que sejam de brinquedo (do tipo Lego) ou Dilma pretende ficar no poder mais cinco décadas no poder, no melhor estilo companheiro Fidel.
Construir aeroportos exige infraestrutura, algo de que o Brasil padece de maneira vergonhosa. Dilma também garantiu que o País construirá dez mil quilômetros de ferrovias, como se isso fosse um daqueles saudosos trenzinhos elétricos que no passado Papai Noel deixava debaixo da árvore de Natal. Dez mil quilômetros, para que o leitor tenha ideia, é pouco mais do que a distância entre São Paulo e Paris. Deixando de lado as águas do Oceano Atlântico, é muito chão. Fora isso, Dilma disse que duplicará 7,5 mil quilômetros de estradas. Para mensurar o absurdo, 7,5 mil quilômetros é a distância entre as capitais paulista e mexicana.
Quando foi apresentada ao eleitorado brasileiro, Lula disse que sua candidata era a garantia de continuidade. E Lula, messiânico como sempre, tinha razão, pois o ufanismo palaciano continua o mesmo de antes. Sendo assim, passemos às outras inverdades.
Dilma afirmou que o salário do trabalhador ganhou poder de compra, quando na verdade o consumismo se deu na esteira do crédito irresponsável. Até porque, dois terços dos cidadãos brasileiros recebem mensalmente menos do que dois salários mínimos. Essa fórmula mágica cantada por Dilma pode ser conferida no aumento real do salário mínimo para 2013, que será de R$ 1,15. A presidente disse também que está ampliando o crédito ao consumidor e reduzindo sobremaneira as taxas de juro. Sim, é verdade, os bancos reduziram os ganhos, empurrando para baixo o crescimento do PIB. O que mostra que tem fio trocado na economia verde-loura.
Dilma Rousseff, sempre ela, disse que a tarifa de energia elétrica será reduzida para que as indústrias nacionais possam produzir e a economia cresça, pois afinal a nossa “guia” já avisou que em 2013 quer um “pibão bem grandão”. Essa conversa fiada sobre a redução da tarifa de energia só convence quem não raciocina. Há dias, o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema desmentiu a presidente e disse, de forma absolutamente clara, que para o Brasil escapar dos apagões, que têm o corrido com impressionante frequência, será preciso investir muito dinheiro no setor. Algo que o governo não faz para que a tarifa de energia não alcance o céu. Com a energia mais barata, o consumo de energia será maior em um país que corre diuturnamente riscos de apagões por falta de investimentos do governo. Sendo assim, para quem não comprou o presente de Natal do amigo secreto, aqui deixamos duas dicas: alguns pacotes de vela ou um lampião.
A presidente afirmou com todas as letras que o governo brasileiro não descumpre contrato. O que é uma inverdade. As negociações com algumas geradoras de energia fracassaram apenas porque o Palácio do Planalto insistiu na quebra de contrato. E esse tipo de comportamento tem assustado os investidores internacionais, que preferem dar outro rumo aos seus tostões. Fosse pouco, quem ousa investir no Brasil tem de desembarcar por aqui já sabendo que o governo é que decidirá qual será a taxa de retorno do dinheiro alheio. Ou seja, o governo é um bando de incompetentes que desconhece o mais raso significado da palavra “planejamento”, arruma quem queira investir no Brasil e ainda quer determinar quanto o dono do dinheiro deve ganhar.
A chefe do Executivo federal encheu os pulmões de ar para anunciar que 1 milhão de famílias foram beneficiadas com o programa “Minha Casa, Minha Vida”. Em 2009, quando o programa foi lançado com a conhecida pirotecnia palaciana, pois era preciso turbinar a candidata Dilma, o eufórico e mitômano Lula disse que em dois anos entregaria 2 milhões de casas. Mais de três anos depois, apenas metade da promessa foi cumprida. Dilma, a magnânima, esqueceu, porém, de dizer que prometeu construir 6 mil creches em quatro anos, mas até agora entregou apenas sete.
Como se fosse prima-irmã de Aladim, o gênio da lâmpada, Dilma disse que o Brasil fará a melhor Copa do Mundo de todos os tempos, dentro e fora do gramado. Inaugurada recentemente, a nova Arena do Grêmio, em Porto Alegre, que não receberá jogos da Copa, é a prova maior que o fiasco será grande. O novo está do tricolor gaúcho está fincado em área de Porto Alegre sem infraestrutura. A praça esportiva tem capacidade para 60 mil pessoas, mas a da estação do metrô mais próxima, cuja saída foi construída do lado errado, tem plataforma com capacidade para apenas 200 passageiros.
Dilma também abordou os investimentos no PAC, pois, segundo Lula, o programa é filho dela. Disse a presidente que até setembro passado foram investidos R$ 386 bilhões no Programa de Aceleração do Crescimento, do R$ 1 trilhão que será investido até 2014. Essa eficiência descomunal do PAC é voz corrente entre os brasileiros do Nordeste. Os que não falam sobre o assunto é porque morreram de sede, uma vez que as obras de transposição das águas do Rio São Francisco estão abandonadas, depois de fortunas investidas com alarde oficial. Hoje, muitas partes dos canais são ocupadas por cabras que pastam no mato que brota entre o concreto. O que faria a felicidade do genial e saudoso Zé Rodrix, que em dado trecho de “Casa no Campo” cantou “Eu quero carneiros e cabras pastando solenes no meu jardim”…
Lula, quando deixou o Palácio do Planalto, surrupiou alguns itens pertencentes ao patrimônio da União, como um crucifixo que estava no gabinete presidencial desde a era Itamar Franco, que até agora ninguém sabe do paradeiro. Contudo, Lula deixou na escrivaninha oficial inúmeros comprimidos de mitomania, versão extra-forte, pois o que Dilma Rousseff mentiu na noite deste domingo (23), antevéspera de Natal, foi uma colossal afronta aos brasileiros que têm a massa cinzenta em perfeito funcionamento.
Estivesse vivo, o espetacular Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta, cobraria de Dilma direitos autorais por uso indevido de uma invenção sua, o “Febeapá”, Festival de Besteiras que Assola o País. Ou seja, Dilma, além de presidente da República, nas horas vagas se dedica ao stand up, transmitido em rede nacional com o nosso dinheiro.
*UCHO,INFO

Papai Noel da Dilma.


domingo, 23 de dezembro de 2012

CPI do Cachoeira: como desmoronou a farsa petista

Reportagem de VEJA desta semana mostra que PT tentou usar comissão para perseguir adversários. Deu tudo errado. E Congresso protagoniza novo vexame.

Robson Bonin
SIMBIOSE - O vale-tudo dos petistas na comissão incluiu parcerias inimagináveis em outros tempos, mas compreensíveis nos dias de hoje
SIMBIOSE - O vale-tudo dos petistas na comissão incluiu parcerias inimagináveis em outros tempos, mas compreensíveis nos dias de hoje (Ivaldo Cavalcante/Hoje Em Dia/Folhapress & Cristiano Mariz)
A maneira como foi idealizada, a CPI do Cachoeira não poderia mesmo ter um epílogo menos indecente. Criada pelos radicais do PT para atacar desafetos do ex-presidente Lula na oposição e na imprensa e desqualificar o trabalho do Ministério Público e do Supremo Tribunal Federal, a comissão encerrou seus trabalhos na semana passada exatamente como começou: resumida a uma farsa cujas conclusões não chegaram a preencher duas páginas de papel.
No início do ano, Lula mandou o PT criar a CPI com o pretexto de investigar as relações do contraventor Carlinhos Cachoeira com políticos e empresas públicas e privadas. As nobres intenções ocultavam uma ousada conspirata. Em vez de esquadrinharem os tentáculos da organização criminosa desbaratada pela Polícia Federal, os petistas usariam a comissão para tumultuar o julgamento dos mensaleiros. Durante oito meses, os tarefeiros do partido tentaram constranger ministros do Supremo, distribuíram ataques infundados ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e miraram jornalistas e órgãos de imprensa responsáveis pela revelação do maior escândalo de corrupção da história.
O plano de ataque do PT, porém, começou a desmoronar já nas primeiras semanas de funcionamento da CPI, quando surgiram documentos que revelaram a ponta do que prometia ser um novo escândalo envolvendo política e corrupção. Descobriu-se que a construtora Delta operava um milionário caixa clandestino através de um rol de empresas-fantasma. Até então, a empreiteira chamava atenção apenas pelo meteórico sucesso na obtenção de contratos durante a gestão do ex-presidente Lula. De uma empresa de porte médio, em 2001, ela se transformou na maior e principal prestadora de serviços ao governo federal, chegando a faturar 1 bilhão de reais por ano. Algumas pistas para elucidar o mistério desse incrível sucesso começaram a surgir. A Delta, não por coincidência, mantinha um contrato de consultoria com o ex-ministro José Dirceu, condenado a dez anos de prisão por chefiar a quadrilha do mensalão. A Delta, não por coincidência, fez chegar à CPI informações de que aqueles repasses-fantasma tinham como destino funcionários públicos e campanhas políticas. Ou seja: parte do dinheiro que a empresa faturava do governo era revertido em milionários pagamentos de propina. A insistência em apurar os negócios da Delta fatalmente levaria o PT e o governo ao centro das investigações.