sábado, 3 de maio de 2014

As novas evidências de corrupção e caixa dois num contrato da Petrobras com a Odebrecht


Há cerca de dois anos, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, convocou os principais executivos da estatal para uma reunião. Graça Foster, como é conhecida, assumira o cargo havia poucos meses, mas já queria exigir resultados. Como ocorrera com alguns dos subordinados de Dilma Rousseff, ela assimilara rapidamente o estilo da presidente: gritar primeiro e cobrar depois. O clima naquela reunião, como em tantas outras, era tenso. Internamente, a Petrobras já vivia tempos difíceis. Gastava demais para produzir – e vender – petróleo de menos. O motor da Petrobras engasgava porque ela rodava, desde o começo do governo Lula, com gasolina de má qualidade, batizada com política excessiva. Política na escolha de quem comandaria a empresa (subiu quem fosse mais amigo do PT e do PMDB) e na escolha por gastar muito em múltiplos e simultâneos contratos caríssimos (subiram as empresas amigas dos amigos do PT e do PMDB).
Naquela reunião, Graça Foster cobrava resultados. Quem deveria ser cobrado já deixara a Petrobras. Não estavam na reunião sindicalistas do PT, como José Sérgio Gabrielli, a quem Graça Foster sucedera, e executivos suspeitos de corrupção, como Paulo Roberto Costa, sustentado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e por um consórcio entre PT, PMDB e PP. Dilma conseguira derrubar Paulo Roberto da Diretoria de Abastecimento logo após Graça Foster virar presidente da Petrobras, mas não conseguira evitar que o número dois de Paulo Roberto, José Carlos Cosenza, assumisse o posto do antigo chefe. Cosenza fora escolhido pelo PMDB do Senado. Abaixo de Cosenza, mantinham-se apaniguados do PMDB. Nenhum era mais poderoso que outro José, de sobrenome Pereira, à frente da gerência responsável por compras e vendas milionárias (sem licitação) de produtos derivados de petróleo. Pereira era mantido no cargo por indicação pessoal do ministro de Minas e Energia,Edison Lobão, do PMDB.
Pereira estava na reunião. E ouviu muito. “Se você pensa que se manterá no cargo só porque foi indicado pelo Lobão, está enganado”, disse Graça Foster, segundo relatos de quem estava lá. Pereira ficou furioso. “Se a senhora pensa que é presidente da Petrobras porque é a melhor engenheira da empresa, está enganada”, disse, segundo os mesmos relatos. “A senhora está presidente porque sua indicação política é melhor do que a minha.” Graça Foster respondeu com “impropérios”, nas palavras de quem assistiu à cena. Pereira levantou-se e deixou a sala. Numa demonstração do peso que a política tem nas decisões tomadas – e nas que deixam de ser tomadas – na Petrobras, Graça Foster não conseguiu demitir Pereira. Ele permaneceu mais dois anos no cargo. Foi demitido apenas há três semanas, no dia em que a Polícia Federal entrou, com ordem judicial, na sede da Petrobras, em busca de provas do esquema de corrupção liderado por Paulo Roberto.
Segundo documentos obtidos pela PF na casa de Paulo Roberto, a que ÉPOCA teve acesso, como a agenda dele (leia abaixo), Cosenza continuava a se encontrar periodicamente com o ex-chefe. Despachavam sobre os assuntos discutidos na cúpula da estatal. Os documentos, como e-mails e planilhas, mostram que, mesmo fora da Petrobras, Paulo Roberto continuou seu esquema na Diretoria de Abastecimento. Ajudava a fechar e a prorrogar contratos de quem pagava a ele por isso. Quem o ajudava a mover a caneta dentro da Petrobras? A PF investiga.

Minha influência será sua herança (Foto: Sérgio Lima/Folhapress )
Na Petrobras, como em qualquer estatal, a caneta só se move por fortes razões – normalmente, por pressão ou ordem de quem indicou aquele que pode mover a caneta. Nos casos de corrupção descobertos nos últimos meses, pesam suspeitas graves contra seis empreiteiras e outras seis multinacionais, além de políticos do PT, do PMDB e do PP. A maioria das evidências está no inquérito aberto para investigar a “organização criminosa”, como define o Ministério Público, liderada por Paulo Roberto e pelo doleiro Alberto Youssef. Um contrato da Petrobras em especial (leia abaixo), investigado pela PF e pelo MPF em outra frente, assusta os políticos, ainda mais na iminência da criação de uma CPI no Congresso para apurar os desvios na Petrobras. O negócio, de US$ 826 milhões, foi fechado em outubro de 2010, durante o segundo turno das eleições presidenciais, entre a Petrobras, maior empresa do Brasil, e a Odebrecht, maior empreiteira do Brasil. Para quê? Serviços de segurança, meio ambiente e saúde em unidades da Petrobras no Brasil e no exterior – um conjunto de providências que, no mundo empresarial, leva a sigla SMS.
Por que tanta pressa? (Foto: reprodução)
Em agosto do ano passado, o lobista João Augusto Henriques, responsável, no PMDB, por fazer a caneta da Diretoria Internacional da Petrobras se mexer, afirmou a ÉPOCA quemontara essa operação. Disse que, para que a caneta do PT de Gabrielli se mexesse e aprovasse o contrato, foi preciso acertar uma doação equivalente a US$ 8 milhões à campanha de Dilma Rousseff. “Odebrecht? Eu montei tudo”, disse João Augusto. “A Odebrecht tinha de ganhar. Foi até ideia minha. Pelo tamanho dela. Pelo padrão.” Ele afirmou que acertou a doação com o tesoureiro informal do PT, João Vaccari. Segundo João Augusto, tudo começou no segundo semestre de 2009. Funcionava no Senado a CPI da Petrobras. Era uma CPI fajuta, que quase nada investigou. Pelo acordo revelado por João Augusto e confirmado a ÉPOCA por mais dois envolvidos na operação, o PMDB ajudaria a enterrar a CPI, relatada pelo senadorRomero Jucá. Em troca, a direção da Petrobras, então comandada por Gabrielli, assinaria embaixo do projeto Odebrecht. Houve dificuldades, mas assim foi feito.
Em janeiro de 2012, pouco antes da intervenção branca de Dilma na Petrobras e da posse de Graça Foster, auditores encontraram irregularidades graves no contrato de US$ 826 milhões. ÉPOCA obteve acesso à auditoria. Era um trabalho preliminar, mas minucioso, que nunca veio a público. Nele, os auditores são contundentes nas ressalvas à operação. Alertam que o negócio com a Odebrecht fora ruim – e dizem que o contrato deveria ser rescindido (leia documentos e detalhes acima). “A estratégia de contratação para implantação da carteira (SMS) da ANI (Área de Negócios Internacional) se mostrou prejudicial aos interesses da Petrobras”, afirmaram os auditores. “Sob tais circunstâncias, o processo licitatório deveria ter sido interrompido”, afirmou Marise Feitoza, gerente de Auditorias Especiais.
Os auditores entenderam que a contratação fora equivocada, por causa do perfil das empresas convidadas e pelo prazo reduzido para apresentação de propostas. A Petrobras convidou formalmente outras empreiteiras: quatro no Brasil e quatro no exterior. Algumas não tinham nada a ver com esse tipo de serviço. Todas declinaram. Sobrou para a Odebrecht. A auditoria preliminar apontava numerosas irregularidades no contrato. Entre elas: a diretoria executiva da Petrobras determinara que os serviços relativos às refinarias de Pasadena, nos Estados Unidos, Bahía Blanca, na Argentina, e Okinawa, no Japão, deveriam ser submetidos a autorização específica antes de ser feitos. No caso de Pasadena, isso significou um aditivo de US$ 20,3 milhões ao contrato. Os auditores não encontraram evidência de que isso tenha sido respeitado. A fiscalização concluiu que a Odebrecht usou uma artimanha comum: atribuir preços elevados a serviços que fatalmente serão feitos em maior quantidade na execução do contrato. É uma prática conhecida como “jogo de planilha”. Aumenta o lucro da empresa contratada. E dá prejuízo a quem contrata.
O relatório causou pânico na cúpula da Petrobras e fúria na Odebrecht. De acordo com técnicos da estatal, Graça Foster e sua equipe pretendiam seguir a orientação da auditoria e anular o contrato. Ao saber disso, João Augusto e o PMDB agiram. Segundo o relato de João Augusto, o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, procurou Graça Foster para impedir a anulação do contrato. Ele mencionou, segundo João Augusto e outro lobista envolvido no negócio, as “contribuições políticas” decorrentes do contrato.
Após a pressão da Odebrecht e dos lobistas envolvidos, fez-se uma nova versão da auditoria. Ela não falava em anular o contrato e usava linguagem mais leve. Era uma solução intermediária. Em janeiro de 2013, decorridos pouco mais de dois anos da contratação, a Petrobras anunciou a redução do contrato: de US$ 826 milhões, para US$ 480 milhões. Como justificativa, a direção disse que o contrato precisava “refletir o portfólio atualizado de ativos e necessidades de serviços de controladas no exterior”.
ÉPOCA localizou a auditora Marise Feitoza, que trabalhou nas duas versões da auditoria. Ela disse não se lembrar da primeira e mais pesada versão. “Em nossa rotina, a gente sempre emite os primeiros comentários e envia a quem foi auditado, para que possa fazer seus comentários sobre o que foi levantado. A partir de ajustes e acertos, às vezes alguém pode apresentar novos dados para a gente, pode ter errado em alguma análise. Todo auditor trabalha assim”, disse.
Investigações independentes da PF, do MPF e de uma cada vez mais inevitável CPI são fundamentais em casos como este e também em outros. É o caso de outro contrato fechado por Paulo Roberto, com a petroquímica Unipar, em 2008. A Petrobras se uniu à Unipar, para criar a maior empresa do setor, chamada Quattor. “A parceria entre a Petrobras e o grupo Unipar não poderia ser mais auspiciosa”, disse Paulo Roberto, ao assinar o contrato. A sociedade foi criticada dentro da Petrobras e por executivos independentes. Segundo essas críticas, a Unipar pagou muito pouco (R$ 380 milhões) para entrar na sociedade, ainda por cima tendo controle sobre ela.
No começo de 2009, a “auspiciosa” parceria rendeu propina ao esquema de Paulo Roberto e Youssef, segundo suspeita a PF. Um relatório do Conselho de Controle das Atividades Financeiras, o Coaf, obtido por ÉPOCA no inquérito da Lava Jato, revela que a Unipar depositou R$ 466 mil na conta de uma das empresas de fachada de Youssef – a mesma que recebia depósitos de propina das empreiteiras com contratos na Petrobras (leia acima). Pelo relativo baixo valor do pagamento em relação ao total do negócio, a PF suspeita que obtiveram apenas um retrato de uma relação financeira mais estável, que envolveu outros pagamentos. Agora, a PF tenta rastrear outras transações da Unipar com Youssef.
O ministro Edison Lobão afirma, por meio de sua assessoria de imprensa, que conhece o ex-gerente José Raimundo Pereira. De acordo com a nota, Pereira chegou ao cargo de gerente executivo de Marketing e Comercialização “por decisão da direção da empresa” e “contou com o apoio”. Procurado, Pereira não retornou os recados deixados por ÉPOCA. O empresário Frank Geyer e a Unipar informaram, por intermédio da assessoria de imprensa, que não se manifestariam. A Petrobras não respondeu até o fechamento desta edição. ÉPOCA não conseguiu localizar João Vaccari e o senador Romero Jucá. No ano passado, por meio da assessoria do PT, Vaccari afirmou não ter sido responsável pela tesouraria da campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010 e que as doações recebidas foram todas legais. Jucá negou ter conversado com João Augusto ou ter barganhado o contrato da Odebrecht pelo fim da CPI da Petrobras, em 2009.
Em nota, a Odebrecht afirma: “A Odebrecht nega veementemente a existência de qualquer irregularidade nos contratos firmados com a Petrobras, conquistados legitimamente por meio de concorrências públicas. Esclareça-se que a redução no valor do mencionado contrato para a execução de serviços em instalações da Petrobras fora do Brasil foi única e exclusivamente consequência da diminuição do escopo deste contrato. Em decorrência do plano de desinvestimentos da Petrobras no exterior, a prestação dos serviços elencados no contrato, originalmente prevista para ocorrer em nove países, foi reduzida para quatro. A Odebrecht desconhece questionamentos feitos em auditoria interna da Petrobras e as conclusões dessa mesma auditoria. A empresa está à disposição de qualquer órgão de fiscalização para fornecer informações sobre o mencionado contrato, cujas obras previstas já foram concluídas e entregues.”
Na Petrobras, as canetas sempre se movem na direção certa. Após pagar pouco para virar sócia da Petrobras, a Unipar ganhou muito para sair da sociedade. Em 2010, a Petrobras uniu os ativos dela aos de uma outra empresa para formar uma petroquímica ainda maior, a Braskem. Essa outra empresa era a Odebrecht.
Uma união suspeita (Foto: Agência Petrobras)

Padilha flagrado com a "boca na botija"!


PADILHA FLAGRADO COM A BOCA NA BOTIJA...MAS, ELE NÃO SABIA DE NADA!!! 
Quando o doleiro-despachante Alberto Youssef foi flagrado pelo Departamento de Polícia Federal em negociatas com o deputado petista André Vargas, então vice-presidente da Câmara dos Deputados do Brasil, para conseguir 'contratos' com o Ministério da Saúde e nomeação de 'seres' para formar mais um esquema de #corrupção no governo Dilma Rousseff, o nome de Alexandre Padilha foi citado várias vezes.

Na condição de 'candidato do Lula' ao Governo do Estado de São Paulo nas Eleições 2014 e 'fazendo o diabo' para desbancar o atual governador Geraldo Alckmin (PSDB), o ex-ministro Padilha reagiu imediatamente: convocou uma coletiva de imprensa e, como aprendeu com o 'mestre', negou com veemência conhecer ou ter qualquer relação com o tal '#LABOGEN', laboratório de fachada utilizado pelo doleiro Alberto Youssef no esquema que teria desviado e lavado mais de R$ 10 BILHÕES dos cofres públicos dos #otários nacionais.
gracialavida, via Grupo Resistência Democrática.

Os desgovernos petralhas.

A merda que é o Brasil dos desgovernos petralhas...
A China e quase todos os países asiáticos investem pesado na Educação. No Brasil, onde impera a corrupção, a Educação, Saúde-Saneamento Básico, Segurança... são apenas assuntos eleitoreiros de 4 em 4 anos.
Falta planejamento e neste ano só não houve um apagão de energia elétrica porque o Governo-Dilma utilizou as usinas termoelétricas criadas pelo FHC no apagão de 2001.
Mas falta água em São Paulo, o colapso do sistema Cantareira estava previsto em estudos realizados há 8 anos.
Parece claro que vai depender muito da habilidade do próximo governo em aplicar recursos públicos nas obras certas e estimular a participação da iniciativa privada tanto de dentro como de fora do País em empreendimentos vitais, que exigiria o esforço de gerações, mas é de lembrar que a China em uma década conseguiu levantar uma infraestrutura capaz de atender à demanda dos seus setores produtivos. Basta ver que, entre os 16 maiores portos do planeta, seis estão em território chinês. E nenhum deles constava da lista há dez anos.
*Extraído de um longo relatório sobre a economia mundial, postado originalmente no Grupo Resistência Democrática por Álvaro Pedreira de Cerqueira.

PT e cocaína...pode ser???

Mais uma do PT (agora é todo dia...)
DOLEIRA BRASILEIRA PRESA NA ESPANHA REVELA LIGAÇÃO DO DINHEIRO DESVIADO DA PETROBRAS E OUTROS ÓRGÃOS DO GOVERNO PETISTA NO FINANCIAMENTO DO TRÁFICO DE COCAÍNA DA MÁFIA ITALIANA NDRANGHETTA.
A Polícia Federal, no Brasil, passou a investigar uma operação de tráfico de cocaína e bateu de frente com um gigantesco esquema de desvio de recursos públicos no governo petista de Dilma Rousseff e na maior estatal brasileira, a Petrobras, gerando recursos que serviam para financiar o tráfico internacional de cocaína.
Este cenário talvez ajude a compreender a grande irritabilidade que se apoderou do governo da petista Dilma Rousseff contra o governo americano e o presidente Obama, inclusive com o cancelamento de visita oficial à Casa Branca. 
Agora, as duas operações foram deflagradas praticamente ao mesmo tempo, uma no Brasil e outra nos países europeus.
Maria de Fátima Stocker deverá ser defendida na Justiça Federal brasileira pelo advogado Eduardo Jobim, de Santa Maria, RS.
*Álvaro Pedreira de Cerqueira por  yahoogrupos.com.br 

Porque hoje é Sábado, uma bela mulher.

A bela atriz Morena Baccarin

sexta-feira, 2 de maio de 2014

E se Dilma dissesse a verdade? Talvez fosse assim:


O dia do trabalhador, foi um fiasco para o PT.

Ex-ministro da Saúde e pré-candidato ao governo paulista, Alexandre Padilha fez apenas saudação. O Prefeito Fernando Haddad foi embora sem discursar.
          *Lino Rodrigues, em O Globo
Foto: Agência Estado
Com medo de vaias, Alexandre Padilha não discursou no evento da CUT do Dia do Trabalhador. Agência Estado.
SÃO PAULO - Políticos petistas como o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), o pré-candidato ao governo do estado Alexandre Padilha (PT) e o ministro Ricardo Berzoini foram impedidos de fazer os discursos programados para a festa do 1º de Maio, liderada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores (CTB) e Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), na tarde desta quinta-feira, no Vale do Anhangabaú, centro de São Paulo. O público vaiou e atirou papéis, latas e garrafas em direção ao palco todas as vezes que os nomes de políticos foram anunciados.
Pela programação do evento em comemoração pelo Dia do Trabalho, os discursos políticos deveriam durar uma hora, mas acabaram abreviados em poucos minutos. O primeiro a subir no palanque seria Haddad. Mas tão logo seu nome foi anunciado pelo apresentador do evento, o público, estimado em 3 mil pessoas segundo a Polícia Militar (80 mil pessoas de acordo com a organização), começou a vaiar e a arremessar objetos. Indignado, o prefeito foi embora sem sequer falar com a imprensa.
O apresentador tentou acalmar o público exaltado durante vários momentos, pedindo calma várias vezes, e chegou a dizer que “o ato político era importante”. O ministro de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, também foi recebido com vaias e impedido de discursar.

No momento de anunciar Alexandre Padilha, o locutor não o apresentou como pré-candidato, apenas como ex-ministro. Padilha, ao pegar o microfone, logo lançou uma pergunta: - Quem é contra o racismo?. As pessoas ergueram os braços e Padilha aproveitou o momento e resumiu seu discurso à saudação única “bom dia, boa tarde e boa noite”. E logo deixou o palco e foi embora.

O senador petista Eduardo Suplicy também só agradeceu o público e a festa seguiu com os shows programados.

Falta de caráter: Um governo que mente e maquia dados para enganar os incautos.

Em crise, Petrobras atrasa impostos (até INSS!) para maquiar lucro e é multada em R$ 8,8 bilhões pela Receita Federal.

A Petrobras recebeu cinco autos de infração da Receita Federal desde outubro, no valor de R$ 8,768 bilhões. O volume equivalente a 37,2% de seu lucro em 2013, de R$ 23,6 bilhões. A empresa recorre de todos e, por isso, decidiu não provisionar (lançar no balanço como perda provável) nenhum dos pagamentos. As informações constam em prospecto preliminar entregue pela empresa à SEC (Security and Exchange Comission, instituição que regula o mercado de capitais nos EUA) ontem, por ocasião da emissão de títulos para captação de US$ 8,5 bilhões.
A divulgação dos casos é realizada como forma de alertar os investidores que compram os títulos sobre riscos de impactos potenciais no resultado da empresa. Segundo o documento, em outubro a empresa foi autuada em R$ 2,348 bilhões por supostamente não ter pago IOF por empréstimos entre suas controladas estrangeiras PifCo, Braspetro e Braspetro Oil Company, em 2009. 
Em dezembro, foram duas autuações relacionadas ao não pagamento de IR na fonte, no valor de R$ 2,347 bilhões, e de Cide (Contribuição de Intervenção sobre Domínio Econômico), em R$ 1,539 bilhão, no afretamento de plataformas.
No início de janeiro, o auto de infração apresentado foi de R$ 1,093 bilhão, sobre não pagamento de IR e CSLL (Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido) relacionado a lucros de subsidiárias no exterior.
Os questionamentos da Receita sobre os dois primeiros episódios são anteriores à emissão dos autos de infração e constam nas demonstrações financeiras da empresa em 2012 e 2013. O episódio de janeiro é indicado como questionamento nas demonstrações de 2013.
O mais recente episódio registrado ocorreu em janeiro. Trata-se de auto de infração no valor de R$ 1,442 bilhão devido ao não pagamento de contribuições previdenciárias sobre benefícios dados a um grupo de empregados e sobre remuneração de serviços médicos de terceiros, entre janeiro de 2009 e dezembro de 2011.
A Petrobras informou no documento que está recorrendo de todos os casos. Nos quatro primeiros, a empresa considera que a chance de perda é possível, mas não provável. No último, prevê chance de perda remota. Nem a Petrobras nem a Receita comentaram o caso. (Folha de São Paulo)

Grupo é pago na Câmara para aplaudir deputado.



O Correio flagrou a distribuição de dinheiro aos manifestantes de aluguel 

*http://impresso.correioweb.com.br/

quinta-feira, 1 de maio de 2014

A mobilização do povo na internet.

Governo Federal e Políticos estão preocupados com uma grande mobilização que começa a tomar vulto na internet.
É, o clima lembra o período que antecedeu a revolução francesa. O terceiro estado (povo esclarecido) clama por justiça. Há uma enorme movimentação pela internet para reunir um milhão de pessoas na Avenida Paulista pela demissão de toda a classe política (ainda sem data marcada). Este email de convocação já começou a  circular e está sendo lido por centenas de milhares de pessoas. É importante que você repasse para todos os seus contatos. A guerra contra o mau político, e contra a degradação da nação está começando. Não subestimem o povo esclarecido que começa a sair da inércia e de sua zona de conforto para lutar por um Brasil melhor. Todos os ''governantes'' do Brasil, até aqui, falam em cortes de despesas - mas não CORTAM despesas - querem o aumentos de impostos como se não fôssemos o campeão mundial em impostos. A história nos mostra que muitos governantes caíram e até perderam suas cabeças exatamente por isto.   
Nenhum governante fala em: 
    
1.Reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores, suportes burocráticos respectivos, carros, motoristas, 14º e 15º salários etc.) dos poderes da República; 

2.Redução do número de deputados da Câmara Federal, e seus gabinetes, profissionalizando-os como nos países sérios. Acabar com as mordomias na Câmara, Senado e Ministérios, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações, tudo à custa do povo; 

3.Acabar com centenas de Institutos Públicos e Fundações Públicas que não servem para nada e, têm funcionários e administradores com 2º e 3º emprego; 

4.Acabar com as empresas Municipais, com Administradores a auferir milhares de reais/mês e que não servem para nada, antes, acumulam funções nos municípios, para aumentarem o bolo salarial respectivo; 

5.Acabar com as Câmara Estaduais, que só servem aos seus membros e aos seus familiares; 

6.Redução drástica da quantidade de vereadores, acabar com os salários de vereadores, diminuir os gastos das Câmaras Municipais e das Assembléias Estaduais; 

7.Acabar com o Financiamento aos partidos, que devem viver da quotização dos seus associados e da imaginação que aos outros exigem, para conseguirem verbas para as suas atividades; Aliás, 5 partidos apenas, seria mais que suficiente; 

8.Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc..., das Câmaras, Juntas, etc..., que se deslocam em digressões particulares pelo País; 

9.Acabar com os motoristas particulares 24 h/dia, com o agravamento das horas extraordinárias,.para servir suas excelências, filhos e famílias e até, as ex-famílias; 

10. Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do Estado; 

11. Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado. Não permitir de modo algum que carros oficiais façam serviço particular tal como levar e trazer familiares e filhos, às escolas, ir ao mercado a compras, etc...; 

12. Acabar com o vaivém semanal dos deputados e respectivas estadias em hotéis de cinco estrelas pagos pelos contribuintes; 

13. Controlar o pessoal da Função Pública (todos os funcionários pagos por nós que nunca estão no local de trabalho). HÁ QUADROS (diretores gerais e outros) QUE, EM VEZ DE ESTAREM NO SERVIÇO PÚBLICO, PASSAM O TEMPO NOS SEUS ESCRITÓRIOS DE CONSULTORIAS A CUIDAR DOS SEUS INTERESSES; 

14. Acabar com as administrações numerosíssimas de hospitais públicos que servem para garantir aos apadrinhados do poder - há hospitais de cidades com mais administradores que pessoal médico. Às oligarquias locais do partido no poder; 

15. Acabar com os milhares de pareceres jurídicos, caríssimos, pagos sempre aos mesmos escritórios que têm canais de comunicação fáceis com o governo, no âmbito de um tráfico de influências que há que criminalizar, autuar, julgar e condenar; 

16. Acabar com as várias aposentadorias por pessoa, de entre o pessoal do Estado e entidades privadas, que passaram fugazmente pelo Legislativo; 

17. Pedir o pagamento da devolução dos milhões dos empréstimos compulsórios confiscados dos contribuintes, e pagamento imediato dos precatórios judiciais; 

18. Criminalizar, imediatamente, o enriquecimento ilícito, perseguindo, confiscando e punindo os ladrões que fizeram fortunas e adquiriram patrimônios de forma indevida e à custa do contribuinte, manipulando e aumentando preços de empreitadas públicas, desviando dinheiros segundo esquemas pretensamente "legais", sem controle, e vivendo à tripa forra à custa dos dinheiros que deveriam servir para o progresso do país e para a assistência aos que efetivamente dela precisam; 

19. Não deixar um único malfeitor de colarinho branco impune, fazendo com que paguem efetivamente pelos seus crimes, adaptando o nosso sistema de justiça a padrões civilizados, onde as escutas valem e os crimes não prescrevem com leis à pressa, feitas à medida; 

20. Impedir os que foram ministros de virem a ser gestores de empresas que tenham beneficiado de fundos públicos ou de adjudicações decididas pelos ditos; 

21. Fazer um levantamento geral e minucioso de todos os que ocuparam cargos políticos, central e local, de forma a saber qual o seu patrimônio antes e depois; 

22. Pôr os Bancos pagando impostos equivalente aos juros que cobram e, atendendo a todos nos horários do comércio e da indústria; 

23. Fazer Auditoria URGENTE e proibir repasses de verbas para todas e quaisquer ONGs. Devem ser mantidas por entidades privadas e não pelos governos; 

24. Fazer uma devassa nas contas do MST e similares, bem como no PT e demais partidos políticos, CUT e UNE; 

25. Rever imediatamente a situação dos Aposentados Federais, Estaduais e Municipais, que precisam muito mais que estes que vivem às custas dos brasileiros trabalhadores e, dos Próprios Aposentados; 

26. Rever as indenizações milionárias pagas indevidamente aos "perseguidos políticos" (guerrilheiros); 

27 .Auditoria sobre o perdão de dívidas que o Brasil concedeu a outros países; 

28. Acabar com as mordomias (que são abusivas) da aposentadoria do Presidente da Republica, após um mandato, nós temos que trabalhar 35 anos e não temos direito a carro, combustível, segurança, etc... 

29. Acabar com o direito do prisioneiro receber mais do que o salário mínimo por filho menor, e, se ele morrer, ainda fica esse beneficio para a família. O prisioneiro deve trabalhar para receber algum benefício, e deveria indenizar a família que ele prejudicou; 

30. Suspender por 40 anos os Direitos Políticos de todos os PETISTAS salafrários que atentam contra a dignidade dos brasileiros e mamam desesperadamente nas tetas dos governos federal, estaduais e municipais; 

31. Suspender os planos de saúde vitalícios e caríssimos dos parlamentares, que podem ser atendidos até no exterior, determinando que os mesmos façam uso do SUS - Sistema Único de Saúde ou paguem planos de saúde particulares com seu próprio salários como todo assalariado brasileiro faz; 

32. Tornar obrigatório o uso das escolas públicas por todos os filhos de parlamentares durante seus mandatos, até para que sirvam de parâmetro; 

33. Proibir que qualquer político durante o mandato, faça parte de qualquer cargo ou função em estatais, autarquias e de economia mista, inclusive em qualquer tipo de conselho ou vínculo; 

34. Extinguir os recessos parlamentares, sob qualquer pretexto, limitando as férias como a de qualquer trabalhador brasileiro de apenas um mês; 

35. E… (qualquer outra sugestão levantada e devidamente avaliada por uma comissão de brasileiros com a devida idoneidade) 

Já que esses nossos políticos e governantes não querem fazer reformas de fato, não querem passar o Brasil a limpo, cabe a nós, povo esclarecido, fazer isto através da mobilização em massa e ir para as ruas (sem vandalismo, sem black blocs, que são contra o capitalismo, manifestar a nossa insatisfação).
Vamos juntos, vamos mostrar que no Brasil o povo esclarecido pode realmente mudar o rumo da história, já que pelas urnas vai ser difícil, por motivos óbvios. 

*Vera Lúcia Batista - OAB/ DF/3632 - Via Grupo Resistência Democrática.

Um presidente do PT vai para a cadeia no Dia do Trabalhador. Nada mais emblemático.


Nada mais simbólico do que um presidente do PT, José Genoino, ser recolhido a uma penitenciária no Dia do Trabalhador, para cumprir pena por corrupção ativa.

Repito: no Dia do Trabalhador, a quem um dia eles mentiram representar. 

Finalmente, Genoíno está indo para uma cela depois de enganar a Justiça, durante meses, sobre o seu estado de saúde, fingindo uma doença que não tinha e até mesmo tomando medicamentos errados para falsificar um quadro clínico. 

Tudo porque é um covarde, um medroso, um meio homem. 

Nada mais emblemático do que este episódio da história da política brasileira para mostrar que o PT acabou. 

O que sobrou é um simulacro de partido político, rendido ao fisiologismo, ao compadrio e às práticas mais sujas na gestão pública. 

Os roubos na Petrobras são apenas uma sequência dos roubos do Mensalão, quando esta quadrilha, finalmente condenada, roubou os Correios, o Banco do Brasil e outras estatais. 

O nome da operação policial que está desmantelando, mais uma vez, esta organização criminosa que se alojou no poder é Lava Jato. 

Haja água! 

Haja água!
                    * Por Coronel - Coturno Noturno

O vergonhoso Congresso Nacional brasileiro.

Ex-deputada da Venezuela leva calote do Congresso do Brasil.
O Brasil passa um vexame nas relações internacionais com a Venezuela. Após a revelação da ameaça de morte que causou o retorno do embaixador em Caracas e sua esposa, agora a deputada cassada Maria Corina Machado revelou a amigos brasileiros que levou um calote do Senado Federal. Corina veio ao País em visita no início de abril, a convite de parlamentares, e foi informada por assessores que seria reembolsada por despesas com passagens, hospedagem e alimentação. Mas ela acaba de pagar a sua fatura e de mais dois assistentes, e não encontrou ninguém no Congresso para resolver.
*Por Leandro Mazzini

"Volta pra cela Genoino!"

Foto: Ailton de Freitas / Arquivo O Globo
José Genoino, um dos condenados no processo do mensalão; Ex-deputado tem prazo de 24 horas pra se apresentar.  Laudo de médicos da UnB apontou que saúde dele é boa. 
BRASÍLIA – O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e relator do processo do mensalão, ministro Joaquim Barbosa, determinou nesta quarta-feira que o ex-deputado José Genoino (PT-SP) volte para a Penitenciária da Papuda, em Brasília, conforme antecipou o colunista Ancelmo Gois

Foi dado prazo de 24 horas para ele se apresentar ao Centro de Internamento e Reeducação (CIR), a mesma ala da Papuda onde está preso o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, também condenado no processo do mensalão.

Genoino pegou quatro anos e oito meses de prisão por corrupção ativa e ficará em regime semiaberto, no qual o detento pode obter autorização judicial para trabalhar durante o dia e voltar para a cadeia à noite. Em novembro, o petista foi preso na Papuda, mas passou mal dias depois e obteve autorização para cumprir pena em uma casa na capital federal. Com base em exames médicos que atestam o bom estado de saúde do condenado, Barbosa mandou Genoino de volta para a cadeia.

“Determino o imediato retorno do apenado ao sistema prisional do Distrito Federal, onde deverá cumprir sua pena”, escreveu o ministro na decisão. O petista foi condenado a quatro anos e oito meses por corrupção ativa e deverá ser levado ao mesmo local onde está o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, também condenado no processo do mensalão. 

Na segunda-feira, chegou ao STF laudo elaborado por médicos da Universidade de Brasília (UnB) informando que a saúde do ex-parlamentar é estável e “não grave”, não justificando tratamento diferenciado ao condenado. Genoino sofre de problemas cardíacos e foi submetido a uma cirurgia em julho de 2013. De acordo com os médicos, os medicamentos que ele toma diariamente estão fazendo efeito, proporcionando um quadro saudável ao paciente.

“A defesa do apenado não demonstrou a presença dos requisitos necessários à modificação do seu regime prisional. Mais: todas as conclusões da junta médica oficial são desfavoráveis à pretensão da defesa. Com efeito, o resultado da perícia oficial, formada por renomados cardiologistas da cidade, indica, claramente, a ausência de doença grave que constitua impedimento para o cumprimento da pena no regime semiaberto”, escreveu o ministro.

Barbosa acrescentou que “sugestões e opiniões dos médicos particulares, contratados pelo apenado, têm reduzida força persuasiva e/ou valor jurídico quando cotejadas com as conclusões a que chegou a junta médica oficial”.

O ministro citou informações recebidas da Vara de Execuções Penais (VEP) de Brasília e de São Paulo segundo as quais ambos os sistemas prisionais proporcionam assistência médica frequente aos internos. E que, entre os presos, vários outros têm problemas de saúde e doenças crônicas. “O quadro clínico do condenado José Genoino não apresenta qualquer singularidade comparado ao de centenas de outros detentos que atualmente cumprem pena privativa da liberdade no Distrito Federal”, anotou Barbosa.

A primeira avaliação clínica do condenado foi feita em novembro do ano passado pela mesma equipe médica, que concluiu pela condição boa de saúde do paciente. 
A nova avaliação ocorreu no último dia 12, a pedido de Barbosa. 


Segundo o laudo, no dia o exame Genoino estava “em ótimo estado geral”, sem apresentar qualquer queixa clínica, exceto pela ansiedade. 

A pressão arterial estava normal, registrada em 13 por oito. Os médicos ressaltaram que o paciente fazia uso regular de seis medicamentos para normalizar a condição cardíaca e para combater a ansiedade e a depressão.

“Os dois laudos fornecidos pela junta médica oficial afirmam taxativamente que o quadro clínico do condenado não apresenta a gravidade alegada pela sua defesa, tampouco se caracteriza como obstáculo intransponível ao cumprimento da pena que lhe foi aplicada pelo plenário do Supremo Tribunal Federal em estabelecimento carcerário adequado ao regime de pena que lhe foi imposto”, observou o presidente da Corte.

Os médicos recomendaram que, para manter a boa condição de saúde, Genoino precisa ser submetido a exames de uma a duas vezes por ano, comer pouco sal e praticar atividade física. No início do mês, uma junta médica criada na Câmara dos Deputados negou o pedido de aposentadoria integral do ex-parlamentar. 

O laudo informava que Genoino não apresenta cardiopatia grave para justificar a aposentadoria por invalidez. Barbosa também levou isso em conta antes de tomar a decisão.
                    *Texto por Carolina Brígido, em O Globo

“O lobo muda de pelo, mas não de vício”

Dilma faz pronunciamento de 1º de maio na TV Foto: Reprodução

Por Reinaldo Azevedo
Dilma fez nesta quarta o seu pronunciamento de Primeiro de Maio, tentando atingir o maior público possível, ainda antes do feriado prolongado. Pergunta óbvia: ela foi bem? Eu acho que não! “Ah, você não vale porque é um crítico da presidente Dilma…” Então tá. 

Começo pelos mistérios da imagem. Televisão — ou vídeo — é um troço meio perverso. É claro que todas as providências foram tomadas para que ela parecesse e aparecesse bem e altaneira. Mas não pareceu nem apareceu. Não me perguntem exatamente o quê — depois passo o vídeo para o meu amigo Gerald Thomas avaliar, um especialista também na linguagem não-verbal. O fato é que transmitia a impressão de cansaço. Mostrou-se algo desenxabida e meio brava. A coisa vinha do fundo dos olhos, reforçada por um discurso meio infeliz. 

“Lupus pilum mutat, non mentem”. Era uma frase popular já entre os latinos. O lobo muda de pelo, mas não de caráter, de personalidade, de mentalidade. Essa é uma versão mais comum entre os ingleses. Em português, ganhou uma tradução que acho excelente: “O lobo muda de pelo, mas não de vício”.

Pois é… Todos os pronunciamentos oficiais de Dilma Rousseff são eleitoreiros — ou alguém se esqueceu do pré-anúncio da redução da tarifa de energia elétrica em 2012, coisa que só aconteceria no ano seguinte, em 2013, com os resultados desastrosos de todos conhecidos. Ocorre que Dilma, naquele tempo, navegava lá nas alturas. A expectativa era de que a eleição seria um passeio; um mero ritual homologatório. Logo, tudo era festa. 

João Santana cometeu a imprudência de não mudar o tom, mas de manter o conteúdo ufanista. O que quero dizer com isso? O pronunciamento continuou a ser eleitoreiro, mas num momento em que, sabidamente, a presidente não vai bem. Resultado: o discurso soou defensivo e cheio de desculpas. 

Dilma disse inconveniências e, mais do que isso, ilegalidades como: “Nosso governo tem o signo da mudança e, junto com vocês, vamos continuar fazendo todas as mudanças que forem necessárias para melhorar a vida dos brasileiros”. Ora, é evidente que ela não está se referindo ao período que separa maio de dezembro. Refere-se à reeleição. Como o feriado do Dia do Trabalho também pertence a quem não votou nem votará nela; como o feriado do Dia do Trabalho pertence também a quem reprova o governo; como o feriado do Dia do Trabalho também é da oposição, é evidente que isso caracteriza campanha eleitoral antecipada. 

O discurso teve o seu melhor pior momento quando a presidente afirmou: “Posso garantir a vocês que a inflação continuará rigorosamente sob controle, mas não podemos aceitar o uso político da inflação por aqueles que defendem ‘o quanto pior, melhor’. Temos credibilidade política para dizer isso. Nos últimos 11 anos, tivemos o mais longo período de inflação baixa da história brasileira.” 

Vamos lá. A inflação, no momento, está estourando o teto da meta. Então está sob o controle, mas no alto. Apontar os descaminhos nessa área é uma obrigação intelectual, não uma aposta “no quanto pior, melhor”. Reduzir as críticas da oposição a essa antítese boçal é desrespeitar a democracia — como se já não fosse agressão o bastante usar a rede nacional para fazer campanha. Quanto ao compromisso dos últimos 11 anos, só não naufragamos na hiperinflação porque o PT foi derrotado na sua luta contra o Real e depois nas eleições de 1994 e 1998. O partido recorreu ao Supremo contra o plano de estabilização. 

Mas fazer o quê? A exemplo dos lobos, eles não sabem ser de outro jeito, não é? Podem mudar de aparência, mas não de vício, não de caráter. Antigamente, Dilma dizia essas coisas e tinha pela frente uma esmagadora maioria que apostava na continuidade. Hoje, dizem as pesquisas, a maioria aposta é em mudança. E boa parte quer mudar também de presidente. Por isso Dilma fez um discurso agressivo, eleitoreiro, na defensiva e passou a imagem de quem está um pouco cansada. 

Muitos brasileiros também estão. 

Pois é… 

Dilma anunciou a correção de 10% no Bolsa Família. Tá. Quem já votava nela por isso não poderá votar de novo; quem não votava mesmo já recebendo o benefício não o fará por causa dos 10%. Quem acha que Bolsa Família é caça-votos acaba ficando meio irritado. E quem já é petista faça chuva ou faça sol não precisa disso. 

A presidente também anunciou a correção da tabela do Imposto de Renda em 4,5%. Pois é… Podem apostar: haverá muita gente brava por ela ter feito isso logo depois do fim do prazo da entrega dos dados à Receita… Medidas como essas correm o risco de ser contraproducentes. 

Violência degradante.

Levantamento divulgado nesta semana pelo Instituto Datafolha mostra que um em cada cinco brasileiros foi vítima de algum tipo de violência nos últimos 12 meses. As estatísticas sobre a criminalidade no Brasil só não são mais assombrosas do que a realidade: por trás dos números frios, estão homicídios, sequestros relâmpagos, agressões, roubos, furtos, residências invadidas e depredações _ e milhões de vítimas dos criminosos, da inoperância do poder público para contê-los e de uma legislação benevolente em demasia.
A colocação do Brasil entre os países mais violentos do planeta contrasta com a festejada ascensão social da camada expressiva da população que se beneficiou de programas de distribuição de renda promovidos pelos últimos governos. Evidentemente, seria simplório demais _ e até preconceituoso _ atribuir a criminalidade à pobreza. Mas correntes sociológicas respeitadas sempre defenderam a tese de que a desigualdade social é um fator preponderante da violência, até mesmo porque famílias carentes têm mais dificuldade para transmitir aos filhos educação e valores essenciais ao convívio social.
A impunidade tem sido apontada como um dos motivos da violência e certamente tem peso. Ninguém desconhece que o sistema judiciário e penal do país deixa a desejar, por falta de estrutura, por vagas insuficientes para os condenados, pela frouxidão da legislação e por diversos outros fatores que facilitam a vida dos delinquentes. Porém, ainda que tenha efeito dissuasivo, a punição é apenas um corretivo para a violência. O Brasil só alcançará êxito no combate à criminalidade se desenvolver mecanismos preventivos, que evitem a disseminação e o contágio de comportamentos antissociais.
Não há uma fórmula mágica para prevenir a violência, mas os países de baixa criminalidade têm em comum a formação educacional e cultural de seus habitantes. Começa pela família, passa pela educação formal, que inclui a preparação para a vida em sociedade e para a prática da cidadania.
Prevenir a violência é tarefa de todos, mas cabe ao poder público, com a representatividade concedida pelos cidadãos, proporcionar oportunidades de estudo, lazer e trabalho aos jovens, de modo a reduzir o potencial de atratividade do tráfico de drogas e de outros caminhos para o crime.

O Brasil só superará esta condição de violência degradante apontada pelas pesquisas quando governantes, lideranças da sociedade e cidadãos se empenharem de forma intransigente pela melhora da qualidade de vida, pela cidadania e pela responsabilização dos infratores das leis e e das regras sociais.

Se Romero Jucá patina, no apoio ao petismo, é porque a "coisa está feia"!

Não, não é questão de pesquisa: pela pesquisa, Dilma caiu, Aécio subiu, mas a presidente continua favoritíssima. A questão é outra: é o discreto afastamento de sua candidatura de políticos cujo faro, por questão de sobrevivência, é apurado. Eles sentem antes de todos quem vai nomear e demitir no próximo Governo.
Romero Jucá, que foi líder do Governo tanto de Fernando Henrique quanto de Lula, expoente da equipe de raposas predadoras do PMDB, já está na oposição – Aécio ou Eduardo, tanto faz, mas com quem estiver na frente. O PR, do mensaleiro preso Valdemar Costa Neto, decidiu romper com o Governo (sem, naturalmente, abandonar os cargos que ocupa). O líder da bancada, deputado Bernardo Santana, tirou o retrato de Dilma da parede e colocou o de Lula. Com Lula, diz, o PR marcha. Com Dilma, nem sonhar (a menos, claro, que ela exiba maior musculatura eleitoral). O PMDB apoia Dilma, mas importantes seções estaduais – como a do Rio – vão para a oposição. E o cacique-mor do PSD, Gilberto Kassab, comprometido com a reeleição, negocia em São Paulo com PSDB e PMDB, e liberou as seções estaduais para que apoiem quem quiserem para a Presidência.
O usineiro Maurílio Biagi entrou no PR com o compromisso de ser vice de Alexandre Padilha, candidato do PT ao Governo paulista. Já desistiu: disse que o agronegócio vai mal, que a culpa é de Dilma e que fará campanha para candidatos de oposição. A coisa pode mudar se o candidato for Lula (a colunista Joyce Pascowitch garante que Lula já decidiu disputar).
Mas, se isso demorar, desanda.
COMENTÁRIO: Bom. Se o Romero Jucá já pulou fora do barco e virou oposição, então é porque a vaca do PT deve estar indo para o brejo mesmo. A coisa está mais feia do que pensei.‘Ela anda meio caída’. 
*Publicado na coluna de Carlos Brickmann