sábado, 12 de novembro de 2016

O consórcio PT/PMDB faliu o Rio de Janeiro.

Eles faliram o Rio de Janeiro
Vamos cair na real. A sede da Petrobras é no Rio de Janeiro; as olimpíadas foram no Rio de Janeiro; na Copa do Mundo, o Rio de Janeiro teve papel relevante; 4 anos de governo Sérgio Cabral; depois mais 4 anos de governo Sérgio Cabral; depois vem o filhote do Cabral, Pesão. Vocês acreditava m mesmo que o Estado sobreviveria a tantos assaltos consecutivos e ininterruptos? 
Caim na real, o Rio está falido e inviável nos próximos 20 anos, no mínimo.

Trump e a poderosa máquina esquerdista que não o derrubou.

A suposta mulher assediada por Trump desapareceu completamente devido à inconsistência de sua história. Quem não tentou roubar um beijo ou recebeu uma xavecada inesperada? Isso não matava, antigamente. Agora, com o politicamente correto, virou assédio. 
E conversa privada entre homens sempre foi assim: suja. Qual é o problema???? 
A mídia foi sutilmente desconstruindo a imagem de Trump, que sempre se expôs, é excêntrico e criou um SENTIMENTO de aversão a ele. Isso foi PREPARADO.Sentimento é diferente de racionalidade. 
Já a Hillary nunca foi exposta por seus CRIMES. Pró aborto, lavagem de dinheiro, venda de armas ao ISIS, campanha financiada pelos sauditas, ligação com redes de pedofilia e satanismo, viagens do casal Clinton no LOLITA EXPRESS ( vai procurar, vai!), desrespeito aos cristãos .... 
E a mídia mudinha. Viram como o sentimento que nos é incutido sem vermos pode nos tornar estúpidos? Incapazes de enxergar???? E agora fica um monte de desavisados "carneiramente" repetindo os mantras que lhe foram impostos por mecanismos de repetição e repetição incansável. Lavagem cerebral.

Mas se você tiver força, você pode acordar, "BELO ADORMECIDO"...

*Com Renata Rezende de Freitas

Porque hoje é Sábado, uma linda mulher.

Minha bela amiga Fatima Hidemi Fujioka

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Trump é o Presidente eleito dos Estados Unidos da América do Norte.

Após as eleições, Donald Trump faz discurso ameno de conciliação, paz, união e progresso.

Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, iniciou seu discurso da vitória às 5h50 (horário de Brasília), em um hotel de Manhattan.
Acompanhado da família, começou confirmando que recebeu uma ligação da "secretária Hillary" reconhecendo a derrota.

"Agora, é hora de os Estados Unidos curarem as feridas da divisão."
"Não tivemos uma campanha, mas, sim, um incrível e grande movimento composto de milhões de homens e mulheres trabalhadores. (...) Um movimento composto de americanos de todas as raças, religiões, origens e crenças."
"Eu prometo a cada cidadão de nossa terra que serei o presidente de todos os americanos."
"É hora de nos juntarmos como um povo unido."
"A América não vai mais se contentar com nada menos do que o melhor."
"Seremos justos com todas as nações e não buscaremos conflitos." 

* Com O Antagonista

Rio: Estado de anarquia .

Rio tem aposentado de R$ 75,5 mil e servidor ativo de R$ 48,7 mil. Estado aumenta imposto, mas não sabe o valor dos incentivos que deu nos últimos anos.
Governantes não sofrem de estresse, eles provocam nos governados. No Rio, como em outros 11 estados, a má gerência pública ameaça o humor e os bolsos de 16,4 milhões de habitantes. 

Para tapar parte do buraco cavado nas contas estaduais durante décadas, o governo decidiu aumentar o principal imposto local (ICMS), que é cobrado em cascata da fabricação até o consumo de produtos e serviços. 

Por isso, viver no Rio vai custar mais na energia, na gasolina, na cerveja, no chope, na telefonia e na internet. Exemplo: se o estado arrecadava R$ 57 numa conta de luz de R$ 200, a partir de janeiro tomará R$ 64 do consumidor. 

Os chefes do Executivo, Legislativo e Judiciário fluminenses são incapazes de garantir que em 2017 não haverá novos aumentos na carga tributária. Mostram-se impotentes, também, para assegurar pagamento dos 470,4 mil inscritos na folha de pessoal. Ano passado eles custaram R$ 1.914,27 a cada habitante — 12,5% acima da média per capita nacional. 

O Estado do Rio tem mais servidores inativos (246,7 mil) do que em atividade (223,6 mil). Sua folha salarial espelha a devastação administrativa executada por sucessivos governos, por interesses políticos e corporativos. 

Há aposentadorias de até R$ 75,5 mil no antigo Departamento de Estradas de Rodagem e de R$ 53,4 mil na Fazenda estadual — mostram dados da Secretaria de Planejamento.

Entre servidores ativos, existem remunerações de até R$ 48,7 mil na Defensoria Pública; de R$ 47,2 mil na Fazenda; de R$ 41,9 mil no Detran; de R$ 39 mil na Procuradoria-Geral, e, de R$ 38,2 mil no Corpo de Bombeiros.

Em setembro, o sistema de pagamentos do funcionalismo registrou nada menos que 312 tipos de vantagens, gratificações, auxílios, adicionais e abonos à margem da remuneração convencional. Contam-se, por exemplo, 188 variedades de gratificações e 42 auxílios. 

Premia-se por “assiduidade” quem comparece ao trabalho. Gratifica-se por “produtividade”, “desempenho”, “aproveitamento”, “responsabilidade técnica”, “qualificação”, “habilitação”, “titulação” e “conhecimento”. Paga-se por “produção”, “resultados” e até por “quebra de caixa” — aparentemente, quando o saldo é positivo. Tem até uma gratificação “extraordinária de Natal”.

Cargos de confiança no governo, na Assembleia ou no Tribunal de Justiça têm adicionais por anuênios, triênios e quinquênios, além de “verba de representação”. Participantes de conselhos ganham “gratificação de órgão de deliberação coletiva”, “jeton” e “honorários”. 

Em paralelo, pagam-se adicionais por “titularidade”, por “atribuição” e até por ocupação de cargo de “difícil provimento”. Existem também “retribuições”, como a de “licenciamento de veículos” e a de “exame de direção”. 

O estado perdeu o controle das suas contas. Não sabe sequer o valor das renúncias fiscais que concedeu nas últimas três décadas — o TCE estima entre R$ 47 bilhões e R$ 185 bilhões. Há casos de incentivos a só um beneficiário, alguns por tempo indeterminado, e vários decididos sem o aval da Fazenda. 

O orçamento estadual é um clássico de conta feita para indicar como será aplicado o dinheiro que já foi gasto. Numa insólita rubrica da folha de pessoal prevê até um bálsamo para dificuldades financeiras: “Adiantamento funeral”.
                    *José Casado, O Globo 

terça-feira, 8 de novembro de 2016

A primeira entrevista de Sergio Moro, pós Operação Lava jato.

Juiz responsável pela Lava Jato sugere que foro privilegiado seja restrito aos presidentes dos Três Poderes.
Foto: Nelson Almeida / AFP / CP Memória

“O ideal seria, realmente, restringir o foro privilegiado, limitar a um número menor de autoridades. Quem sabe, os presidentes dos três Poderes.”

A proposta é do juiz federal Sérgio Moro, titular da 13.ª Vara Federal Criminal de Curitiba, responsável pelos julgamentos da Operação Lava Jato em primeira instância.

Aos 44 anos, personificação da maior operação contra a corrupção, desvios e cartel na Petrobras, ele decidiu dar sua primeira entrevista como juiz da Lava Jato, deflagrada em março de 2014.

Moro apontou problemas na proposta da Lei de Abuso de Autoridade, defendida pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), falou sobre o escândalo na Petrobrás, alertou para o “risco à independência da magistratura” e defendeu o envolvimento do Congresso no combate à corrupção e a importância de se criminalizar o caixa 2.

Acusado pelo PT de ser um algoz do partido, o juiz afirmou que “processo é questão de prova” e acha “errado tentar medir a Justiça por essa régua ideológica”. Sobre atuação político-partidária avisa que não será candidato: “Não existe jamais esse risco”.

Estado de São Paulo: O que mais chocou o senhor na Operação Lava Jato?

Sérgio Moro: A própria dimensão dos fatos. Considerando os casos já julgados aqui, o que nós vimos foi um caso de corrupção sistêmica, corrupção como uma espécie de regra do jogo. O que mais me chamou a atenção talvez tenha sido uma quase naturalização da prática da corrupção. Empresários pagavam como uma prática habitual e agentes públicos recebiam como se fosse algo também natural. Isso foi bastante perturbador. (Chamou a atenção) Também a constatação, e aí me refiro a casos que já foram julgados, de que algumas pessoas que haviam sido condenadas na ação penal 470 (mensalão no Supremo Tribunal Federal) persistiam recebendo propinas nesse outro esquema criminoso na Petrobrás. Foi uma coisa bastante perturbadora.

Estado de São Paulo: Mesmo depois de deflagrada a Lava Jato, o esquema continuou por alguns meses?

Sérgio Moro: Houve situações constatadas de pessoas recebendo propina em fase adiantada (da Lava Jato). Um dos casos que chamou muito a atenção, um caso já julgado, por isso posso afirmar mais livremente, de um pagamento de propina a um membro da CPMI da Petrobrás, instalada em 2014. Então, se instalou uma comissão parlamentar de inquérito para apurar os fatos e, depois, se constatou que o vice-presidente da comissão solicitou e recebeu propina dos investigados. Por isso tenho dito: precisa aplicar remédios amargos. A Justiça precisa ser efetiva para demonstrar que essa prática não é tolerada.

Estado de São Paulo: O senhor defende a extinção do foro privilegiado?

Sérgio Moro: O Supremo tem cumprido um papel muito importante na Operação Lava Jato. Longe de mim querer avaliar o trabalho do Supremo, mas acho que o ministro Teori Zavascki tem feito um trabalho intenso, muito importante e relevante. Mas existem alguns problemas estruturais: saber se o Supremo tem a capacidade, a estrutura suficiente, para atuar em tantos casos criminais. Tem o Supremo condições de enfrentar toda essa gama de casos? Não que o Supremo não seja eficiente, mas é um número limitado de juízes e é uma estrutura mais limitada. O Supremo não tem só esse trabalho à frente, tem todos casos constitucionais relevantes e não pode se transformar simplesmente em uma Corte criminal. O ideal seria realmente restringir o foro privilegiado, limitar a um número menor de autoridades. Quem sabe, os presidentes dos três Poderes e retirar esse privilégio, essa prerrogativa, de um bom número de autoridades hoje contempladas. Acho que seria a melhor solução.

Estado de São Paulo: Com o início de um maior volume de processos em instrução no Supremo, que tem um ritmo mais lento, há um risco para a imagem da Lava Jato?

Sérgio Moro: Importante destacar que o foro privilegiado não é sinônimo de impunidade. O trabalho que tem sido feito lá (no Supremo) merece todos elogios. Acredito que vá haver um esforço para que isso seja julgado dentro de um prazo razoável. Isso não nos impede de discutir a questão, isso não tem nenhum demérito ao Supremo, discutir se é conveniente que essas ações remanesçam, essa quantidade de pessoas com foro privilegiado, na forma como estão. Isso gera impacto na pauta de julgamento do Supremo.

Estado de São Paulo: No início do ano o senhor foi à Câmara dos Deputados falar do projeto das 10 Medidas contra a Corrupção e disse que via com bons olhos aquele momento. Passados oito meses, o senhor vê a instituição em sintonia com a voz das ruas?

Sérgio Moro: Um fato que é bem interessante é que a instituição que mais respondeu a esses anseios foi, até o momento, o Poder Judiciário. Não estou dizendo aqui da 13.ª Vara (Federal, em Curitiba), mas o Poder Judiciário em geral. Não temos visto iniciativas tão significativas por parte dos outros Poderes. Nessa linha, a discussão atual, a constituição dessa comissão para discutir o projeto das dez medidas, é algo assim que nos dá esperança de que também o Congresso vai acompanhar essa percepção de que é necessário mudar.

Estado de São Paulo: Da forma como foi encaminhado, o projeto de Lei de Abuso de Autoridade preocupa?

Sérgio Moro: Há dois problemas: uma questão do momento, que é um momento um pouco estranho para se discutir esse tema, e o problema da redação do projeto. Por exemplo, a previsão de algo como “promover a ação penal sem justa causa”. Bem, qualquer ação penal tem de ter justa causa. O problema é que direito não é propriamente matemática. Pessoas razoáveis podem divergir se está presente ou não a justa causa para oferecer uma ação penal. O que isso vai significar na prática? O Ministério Público, por exemplo, oferece uma denúncia afirmando que tem justa causa, isso vai a juízo, o juiz tem de receber ou não a denúncia, se entender que é justa causa, e eventualmente o juiz pode discordar – “ah… não tem justa causa” – e rejeitar a denúncia. Pela redação do projeto, em princípio, isso possibilitaria que o denunciado entrasse com uma ação penal por abuso de autoridade contra o procurador, ou o promotor. Vamos supor: o juiz decreta uma prisão e, eventualmente, essa prisão é revogada, não porque o juiz abusou, mas porque o juiz errou na interpretação da lei. Isso de sujeitar o juiz a um processo criminal é o que a gente chama de crime de hermenêutica. Vai colocar autoridades encarregadas da aplicação da lei, juízes, polícia e Ministério Público numa situação em que possivelmente podem sofrer acusações, não por terem agido abusivamente, mas, sim, porque adotaram uma interpretação que eventualmente não prevaleceu nas instâncias recursais ou superiores.

O Estado de São Paulo: Querem intimidar?

Sérgio Moro: No momento (da propositura) do projeto e com essa redação, se pretenderem aprovar e não colocarem salvaguardas à possibilidade de crime de hermenêutica, vai ter esse efeito.

O Estado de São Paulo: O senhor se sentiria inseguro de enfrentar uma nova Lava Jato caso seja aprovado o projeto com o texto atual?

Sérgio Moro: Tem de se deixar claro na lei que a interpretação do juiz ou do Ministério Público ou do agente policial não significa prática de crime de abuso de autoridade. O projeto não garante isso.

O Estado de São Paulo: O que tem de mudar no projeto?

Sérgio Moro: A redação do projeto teria de ser muito melhorada para evitar esse tipo de risco. Porque esse risco vai afetar a independência da atuação, não só do juiz de primeira instância, mas dos juízes de todas as instâncias, e do Ministério Público e da polícia.

O Estado de São Paulo: Como vê a criminalização do caixa 2? Se passar, o que muda nas investigações sobre empreiteiras? Elas admitem repasses de propinas via caixa 2 disfarçadas de “doações eleitorais”.

Sérgio Moro: O assim chamado caixa 2, ou seja, o uso de recursos não declarados em campanhas eleitorais, já é criminalizado no artigo 350 do Código Eleitoral. No projeto 10 Medidas do Ministério Público Federal, há proposta para aprovação de uma redação melhor para esse crime. Seria um passo importante do Congresso. Se a lei exige que todos os recursos eleitorais devem ser declarados, e isso é uma regra básica de transparência, é isso que deve ser feito. No caso da Operação Lava Jato, o foco não tem sido propriamente no caixa 2 de campanhas eleitorais, mas no pagamento de propinas na forma de doações eleitorais registradas ou não registradas, ou seja, crime de corrupção. Então, embora a proposta represente aprimoramento da lei atual, não terá um impacto tão significativo nos processos. Sobre eventual proposta de anistia, creio que é prudente aguardar eventual formulação concreta antes de opinar. Seria impensável, porém, anistia de crimes de corrupção ou de lavagem.

O Estado de São Paulo: O que fez a Lava Jato funcionar?

Sérgio Moro: É difícil fazer uma avaliação do que foi diferente. Tem muito de circunstancial. Acho que os crimes, considerando os casos que já foram julgados, foram sendo descobertos, eles tinham uma grande dimensão. Isso gerou, na sociedade, uma expectativa de que as instituições funcionassem. Nós tivemos aí milhões de pessoas que saíram às ruas, protestando sobre várias coisas, mas protestando também contra a corrupção e dando apoio às investigações. Ao meu ver, isso é algo muito significativo. E situa de uma maneira muito clara esse enfrentamento da corrupção como uma conquista da democracia brasileira.

O Estado de São Paulo: A Lava Jato vai acabar com a corrupção no Brasil?

Sérgio Moro: Não, não existe uma salvação nacional, não existe um fato ou uma pessoa que vai salvar o País. Um caso, pela escala que ele tem, como esse da Lava Jato, pode auxiliar a melhorar a qualidade da nossa democracia.

O Estado de São Paulo: Crítica recorrente das defesas é que há excesso de prisões. A Lava Jato prende para arrancar delações?

Sérgio Moro: É uma questão interessante, até fiz um levantamento, temos hoje dez acusados presos preventivamente sem julgamento. Dez apenas. Não me parece que seja um número excessivo. Jamais se prende para obter confissões. Isso seria algo reprovável do ponto de vista jurídico. Sempre as prisões têm sido decretadas quando se entende que estão presentes os fundamentos das prisões. Quando se vai olhar mais de perto os motivos das prisões, se percebe que todas estão fundamentadas. Pode até se discordar da decisão do juiz, mas estão todas fundamentadas. Estamos seguindo estritamente o que a lei prevê.

O Estado de São Paulo: O senhor teme pelo futuro do Brasil numa eventual delação do deputado cassado Eduardo Cunha?

Sérgio Moro: Sobre esse caso do ex-presidente da Câmara, como é um caso pendente, eu não tenho condições de fazer nenhum tipo de afirmação. Mas não se deve ter receio de qualquer problema dessa espécie em relação ao Brasil. O País já enfrentou desafios grandes no passado. O problema da corrupção é mais um problema a ser vencido pela democracia brasileira.

O Estado de São Paulo: Alguma delação ou processo criminal tem o poder de parar o País?

Sérgio Moro: Não, não acredito nisso. O que traz instabilidade é a corrupção e não o enfrentamento da corrupção. O problema não está na cura, mas, sim, na doença. O Brasil pode se orgulhar de estar, dentro da lei, enfrentando seriamente a corrupção. A vergonha está na corrupção, não na aplicação da lei.

O Estado de São Paulo: A Odebrecht está em negociação para fechar delação de mais de 50 executivos. Isso mostra que ela estava completamente envolvida com esse esquema?

Sérgio Moro: O que eu posso dizer é o caso que eu já julguei, que envolvia executivos dessa empreita que teriam pago propinas milionárias em contas no exterior para executivos da Petrobrás. E, nessa linha, pelo menos naquele caso, aparentava ser uma prática sistêmica, não fato isolado dentro da vida da empresa. Mas o grande aspecto a ser ressaltado é como se sai disso. E as empresas brasileiras não tinham esse costume de reconhecer sua responsabilidade quando elas eram surpreendidas praticando crimes. Quem sabe algo tenha mudado com a Operação Lava Jato.

O Estado de São Paulo: Deve haver um limite para o número de delações no processo?

Sérgio Moro: A abordagem disso é muito pragmática. Primeiro, para qualquer colaboração precisa ter prova de corroboração, não se pode confiar somente na palavra do criminoso. Tem de ter prova independente, documentos, testemunhas, perícias, para poder dar valor probatório ao que diz um criminoso colaborador. Depois, existem outras regras, fazer um acordo com criminoso menor para chegar a um criminoso maior ou um grande criminoso para chegar a vários outros grandes criminosos. A abordagem desse problema é muito pragmática.

O Estado de São Paulo: São mais de 30 partidos políticos no Brasil. Por que só ex-tesoureiros do PT estão presos?

Sérgio Moro: Considerando os casos que já foram julgados, há uma afirmação de que a vantagem indevida, a propina que era paga nos contratos da Petrobrás, era dividida entre os agentes da estatal e os agentes políticos ou partidos políticos que davam suporte à permanência daqueles agentes da Petrobrás em seus cargos. Nessa perspectiva, quando isso foi de fato comprovado, é natural que apareçam nos processos exatamente aqueles agentes políticos que pertenciam à base de sustentação do governo. Se havia uma divisão de propinas entre executivos da Petrobrás e agentes políticos que lhes davam sustentação, vão aparecer esses agentes que estavam nessa base aliada, como se dizia. Ainda assim, falando de ex-parlamentares que foram processados, casos que já foram julgados, têm ex-parlamentares do Partido Progressista, têm do Partido dos Trabalhadores, tem do PTB e tem do Solidariedade.

O Estado de São Paulo: A Operação Lava Jato vai poupar PMDB e PSDB?


Sérgio Moro: Processo é uma questão de prova. A atuação da Justiça, do Ministério Público e da polícia não tem esse viés político-partidário. O fato é que, contra quem tenha aparecido provas, tem sido tomadas as providências pertinentes.

O Estado de São Paulo: Quais são as motivações do juiz Sérgio Moro? Muitos enxergam interesses político-partidários.

Sérgio Moro: No fundo, o juiz está cumprindo o seu dever. Minhas reflexões têm por base os casos já julgados, considerando os casos já julgados. Este caso que em seu início parecia um caso criminal, não vou dizer trivial, mas se transformou em um caso que diz respeito à qualidade da nossa democracia. Porque esse nível de corrupção sistêmica compromete a própria qualidade da democracia. É um trabalho que se faz, eu acredito que leve, no futuro, talvez no presente, não sei, se já tenha levado em termos, mas também para o futuro, que melhore a qualidade da nossa democracia. Existem bons administradores públicos, existem bons agentes políticos, mas é importante que, constatado o comportamento criminoso, isso tenha resposta na Justiça com afastamento desses administradores públicos e agentes políticos desonestos. Acho que é um ganho para a democracia brasileira.

O Estado de São Paulo: Uma pergunta que o País inteiro está fazendo: o senhor vai mandar prender o ex-presidente Lula?

Sérgio Moro: Esse tipo de pergunta não é apropriado, porque a gente nunca fala de casos pendentes.

O Estado de São Paulo: O senhor já votou no Lula?

Sérgio Moro: É o tipo da resposta que eu não posso dar, porque acho que o mundo da Justiça e o mundo da política não devem se misturar.

O Estado de São Paulo: O senhor se considera uma pessoa com ideologia mais de direita ou mais de esquerda?

Sérgio Moro: Esses processos (da Lava Jato), ao meu ver, não têm nada a ver com questão nem político-partidário nem político-ideológica. Então, se a pessoa é culpada ou não, não importa se ela é de esquerda, se é de direita, se ela é de centro, tampouco importa se o juiz é de direita, se é de esquerda ou se é de centro. O juiz vai julgar com base na lei e nas provas. Acho errado tentar medir a Justiça por essa régua ideológica. Por isso acho desimportante a minha posição política. São muito discutíveis essas fronteiras entre esquerda e direita.

O Estado de São Paulo: Sairia candidato a um cargo eletivo? Ou entraria para a política?

Sérgio Moro: Não, jamais. Jamais. Sou um homem de Justiça e, sem qualquer demérito, não sou um homem da política. Acho que a política é uma atividade importante, não tem nenhum demérito, muito pelo contrário, existe muito mérito em quem atua na política, mas eu sou um juiz, eu estou em outra realidade, outro tipo de trabalho, outro perfil. Então, não existe jamais esse risco.

O Estado de São Paulo: Como o senhor lida com o culto a sua figura pública?


Sérgio Moro: Vejo que existe essa operação, que é muito grande e tem diversos agentes públicos envolvidos, Ministério Público, Polícia Federal, Receita, Justiça das várias instâncias. E, como pelo menos na Justiça, há um único juiz na primeira instância – agora tem mais, mas no começo era um único juiz –, isso me deixou mais em evidência e as pessoas, às vezes, fazem uma identificação da operação com a figura do juiz, o que não é totalmente correta. Isso tem gerado grande atenção, e as pessoas, em geral, são generosas e bondosas. O apoio da opinião pública, realmente, tem sido essencial nesse caso. Mas tudo é passageiro, não é? Tem um velho ditado do latim que diz sic transit gloria mundi, basicamente “a glória mundana é passageira”.

O Estado de São Paulo: O senhor foi ameaçado alguma vez?

Sérgio Moro: Essa é uma pergunta um pouco desconfortável. Eu prefiro não falar. Envolve questão de segurança, envolve questões relativas à minha família.

O Estado de São Paulo: Lá na frente, quando se aposentar, pretende advogar?


Sérgio Moro: Eu gostaria de que fosse uma data mais próxima (a aposentadoria). Mas é uma data tão distante, que não tenho como…

O Estado de São Paulo: O senhor tem 20 anos de carreira?

Sérgio Moro: Sim, 20 anos de carreira no Judiciário, mas ainda muito chão pela frente para poder me aposentar e pensar nessa perspectiva.

O Estado de São Paulo: Pensa em subir para o Tribunal Regional Federal 4 (TRF-4) ou Supremo Tribunal Federal?

Sérgio Moro: Olha, sou um juiz de primeira instância fazendo meu trabalho no momento. Então, claro que se pensa na carreira, como algo natural, pelo menos na carreira ordinária, o tribunal um dia, mas isso é algo que não está no meu horizonte próximo. Não fico meditando sobre isso.

O Estado de São Paulo: Há algo que o senhor se arrepende na condução da Lava Jato ou na sua carreira?


Sérgio Moro: É cedo para esse tipo de reflexão. Evidentemente, como todos, também estou sujeito a praticar erros, praticar equívocos. Existe um sistema dentro do Judiciário, de erros e acertos, que propicia que minhas decisões sejam eventualmente revistas por instâncias recursais ou superiores.

Os tribunais estão mantendo suas decisões em grande maioria…

É natural se um juiz tem uma decisão reformada, isso faz parte do processo. Ninguém precisa ficar magoado por isso, mas, nesses casos, os tribunais têm mantido a grande maioria das decisões, sinal de que está havendo uma aplicação correta da lei.

O Estado de São Paulo: Dois anos e meio depois de deflagrada a Lava Jato, por que o senhor decidiu dar a primeira entrevista? Está acabando a operação?

Sérgio Moro: Tem tido muitos convites para entrevistas, eu tenho sido, em geral, refratário aos convites. Mas dada a dimensão desse caso, e há uma natural curiosidade do público em relação a algumas posições do juiz, acabei concordando em dar essa entrevista para prestar alguns esclarecimentos. Quanto ao término da operação, é um pouco imprevisível. Porque, embora haja muitas vezes expectativa de que os trabalhos se aproximam do fim, muitas vezes se encontram novos fatos, novas provas, e as instituições não podem simplesmente fechar os olhos, têm de trabalhar com o que aparece. Então, é imprevisível.
*Via Estadão: Fausto Macedo e Ricardo Brandt, enviados especiais a Curitiba 

Pente fino no bolsa família prevê recuperação de R$ 2,4 bilhões ao ano.

Cerca de 1,4 milhões de famílias serão convocadas para averiguação cadastral. Governo identificou irregularidades por meio de cruzamento de dados e prevê economizar R$ 2,4 bilhões ao ano.

BRASÍLIA - Um pente-fino realizado a partir de um grande cruzamento de dados levou o governo federal a cancelar 469 mil contratos do Bolsa Família por subdeclaração de renda. Por suspeita do mesmo motivo, outros 654 mil tiveram o benefício bloqueado. 

O impacto econômico estimado, parte já para a folha de novembro, deve ficar em R$ 2,4 bilhões ao ano. Os dados foram apresentados nesta segunda-feira, 7, pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, com base em estudos realizados nos últimos 4 meses. 

Cerca de 1,4 milhão de famílias serão convocadas para averiguação cadastral. O benefício foi bloqueado a cerca de 13 mil famílias identificadas, em prestações de contas, como doadoras à campanha eleitoral deste ano. 

A pasta informou que a triagem, que considera seis bases de dados do governo federal, será feita mensalmente. "O objetivo é separar o joio do trigo. Quem realmente precisa, vai continuar recebendo o benefício. Não queremos que este programa seja contaminado pelo uso inadequado do dinheiro público, disse o ministro, Osmar Terra. 

Os municípios com maior número relativo de benefícios cancelados são Treviso (SC), Picada Café (RS) e Vargem Bonita (SC). As cidades que mais tiveram contratos bloqueados também são do Sul: Lacerdópolis (SC), Montauri (RS) e Poço das Antas (RS). 
*Luísa Martins, O Estado de S.Paulo  

Estados Unidos escolhem hoje seu futuro Presidente da República.

Os Estados Unidos escolhem hoje seu futuro Presidente. A disputa acirrada entre Hillary Clinton e Donald Trump, tem como protagonistas, além dos candidatos, o Presidente Barack Obama e a imprensa esquerdista Norte Americana.
Nunca um candidato, como Hillary, teve tanto apoio da Máquina governamental e da imprensa. Enquanto Obama e sua esposa Michelle fazem inúmeros comícios e encontros, devidamente cobertos pela imprensa a seu favor, esta mesma imprensa, por não ter muito que falar sobre o potencial e capacidade da candidata Hillary aderiu a sistemática de desfazer e levar para o campo da chacota, as declarações de Trump, cujos eufemismos seriam elogiados se partissem da Hillary, mas são transformados em grosserias e ignorância do candidato Trump.
Destrambelhado, mas brincalhão em demasia, em uma de sua falas, o candidato Trump disse que combateria a imigração ilegal. Num eufemismo impensado acrescentou que, se necessário fosse, construiria um "muro de proteção", entre o México e os EUA, para deter o fluxo imigratório ilegal crescente, graças a omissão de Obama. Foi o bastante para os socialistas da imprensa Norte Americana se esbaldarem e explorarem o tema.
Que não se engane o mundo. Num momento onde a Europa, principalmente a Russia, padecem economicamente e os islâmicos iniciam sua tomada de espaço pelos continentes, eleger um muçulmano não foi uma boa ideia para os americanos. Obama, fora o carisma que possui, não acrescentou nada aos EUA em termos de sua hegemonia política e econômica no mundo. 
As guerras não cessaram e Obama nada fez para evitá-las. A sociedade dos EUA tomou novas feições, um perfil bem menos glamouroso, mais pobre, onde é notório que cada vez mais a infraestrutura americana padece de um choque de gestão e renovação.
Enquanto a sociedade dos Estados Unidos apodrece junto com a economia em frangalhos e com a maior dívida interna e externa do mundo, Obama se despede do Poder com o cinismo que lhe fez  ali manter-se e provavelmente fará enfiar "goela abaixo" do povo americano a limitada e fútil Hillary, uma mulher que viveu da advocacia de "esquemas" e "acordos", e, possivelmente, mais uma nulidade no poder.