Cada presidente tem o escândalo de corrupção que merece. Uns aparecem eles mesmos enrolados em maracutaias e outros amargam as consequências do envolvimento de auxiliares, familiares, amigos ou aliados. Na sua fulminante trajetória do anonimato à Casa Branca, Obama andou tropeçando em alguns monturos de enxofre. O pior foi sua proximidade com um colecionador de picaretagens de Chicago, Antoin Rezko, um milionário sírio que juntou dinheiro para a campanha anterior de Obama e ajudou-o a comprar a mansão de seus sonhos. Rezko foi condenando em dezesseis acusações de corrupção, mas nada se provou contra Obama, além de que lhe falta talento para escolher suas companhias. Depois, apareceu o caso do governador de Illinois, Rod Blagojevich, aliado de Obama. Ele foi pilhado achacando meio mundo e tentando vender a cadeira vaga de Obama no Senado. Na semana passada, finalmente, Blago, como é chamado, teve seu mandato cassado pela Assembleia de Illinois. Antes, os senadores já haviam tentado barrar a entrada no Senado de Roland Burris, o escolhido por Blago para suceder a Obama. Desconfiavam, claro, que Burris pudesse ter comprado a cadeira. O boicote funcionou só um dia. No outro, Burris entrou no prédio pela porta da frente e tomou posse. Sorridente, disse aos que testemunhavam seu juramento: "Não é fantástico?".
Fonte: Revista Veja
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