sábado, 21 de julho de 2012

O custo PT.

Não bastasse o uso político da maior empresa brasileira, Luiz da Silva ainda patrocinou um dos maiores escãndalos administrativos da história da empresa petrolífera.
Dados informados pela imprensa brasileira, trazem a constatação de que a refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, que seria um projeto de suma utilidade para empresa, tornou-se um mar de desperdício e a mais cara refinaria de petróleo do mundo.
O projeto orçado, inicialmente, em US$ 2,3 bilhões, tem custo estimado, atualmente, em US$ 17,1 bilhões o que caracteriza um aumento de cerca de 643% em relação ao orçamento inicial da obra.
Paralisada algumas vezes pelo Tribunal de Contas da União por suspeitas de irregularidades o projeto tente a continuar, trazendo custos adicionais que penalizam investidores, contribuintes e, possivelmente, consumidores.
Há estimativas da própria Petrobrás que trazem informações de que o custo do projeto poderá chegar a valores superiores a US$ 20 bilhões.
Será, sem dúvida, a mais cara refinaria de petróleo do mundo. Fruto da irresponsabilidade política e administrativa de um gestor público que só trouxe prejuízos aos cofres públicos, "como nunca antes neste país". 

Serra compara ação de petistas na internet a tropa nazista

Foto:Alexandre Moreira/Brazil Photo Press/Folhapress
José Serra em encontro com candidatos a vereador
O candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, José Serra, subiu o tom contra o PT nesta sexta-feira. Em palestra para cerca de cem correligionários no diretório estadual tucano, na capital, Serra enumerou atos de “baixaria” cometidos por petistas durante campanhas eleitorais e criticou a forma de governar do partido adversário.
A reação de Serra acontece depois de integrantes da Juventude do PSDB terem se feito passar por estudantes de universidades federais e protestado com cartazes em evento de campanha de Fernando Haddad, candidato do PT à prefeitura, na quarta-feira.
O coordenador de campanha de Haddad, Antonio Donato, chamou a ação de "fascista". Nesta sexta, Serra revidou.
O tucano comparou os ativistas que o atacam nas redes sociais a nazistas. “Basta você olhar o jogo sujo na internet, uma verdadeira tropa de assalto na internet.
A SS nazista hoje tem outra configuração no Brasil atual. É via internet”, disse em referência à força paramilitar nazista que perseguia adversário na Alemanha dos anos 30.
A plateia era formada, sobretudo, por candidatos a vereador pela coligação e Serra disse que queria alerta-los para o modo de ação dos adversários. Ele rememorou os episódios do Dossiê dos Aloprados, das eleições de 2006, e do vazamento do sigilo fiscal de sua filha, em 2010.
Disse ainda ter sido alvo de recorrentes atos de violência dos petistas. “Eles têm tradição na violência e na baixaria.”
Serra disse ter sido atacado por um grupo de apoiadores de Aloizio Mercadante nas eleições de 2006, quando concorria ao governo do estado, após um debate na TV.
“Na saída de trás do prédio, tinha uma tropa do Mercadante que veio para o tapa, brigaram, teve socos. Vieram simplesmente agredir, empurrar o carro. O troço é violência.”
O tucano classificou o PT como um “partido de máquina”. “O PT é um partido de máquina. Tirou do governo acabou. Está inteiramente, de cima a baixo, na máquina.”
Acusou ainda os adversário de copiarem suas ideias – motivo pelo qual disse não ter divulgado todas as suas propostas de campanha.
“Não coloquei todas as ideias na internet porque os outros passam a mão.”
Ele rememorou os exemplos de um programa de assistência a gestantes e outro de educação técnica e profissionalizante que foram “copiados” pela hoje presidente Dilma Rousseff na campanha de 2010.
“Na campanha presidencial nós apresentamos a ideia da Mãe Brasileira. Quinze dias depois a Dilma veio com a Mãe Cegonha. Evidentemente, até hoje a cegonha não chocou o ovo.”
Serra pediu que os candidatos a vereador estejam atentos para a disseminação de boatos durante a campanha. “É um a cada dois ou três dias, para ver o que pega. A gente tem de estar sempre prevenido.” Aproveitou para rebater a informação de que há crise no PSDB.
“Há uma exploração permanente de divisão no nosso partido. Não tem divisão nenhuma. O que tem são dois ou três hortelões que ficam plantando. Como isso gera assunto, vai prosperando.”
Logo que apresentou seu nome para concorrer à prefeitura, Serra foi alvo de críticas de um grupo do partido ligado ao secretário estadual de Energia, José Aníbal.
Para o candidato, a questão está superada. “Estamos cada vez mais unidos. É todo mundo amigo desde criancinha.”
*Texto por Carolina Freitas na  Vejaonline

Porque hoje é Sábado, uma bela mulher.

A bela atriz Giovanna Lancelotti

Lei e parecer "convenientes", alivia situação de mensaleiros.

Parece piada mas é verdade. Um parecer de Anna Arraes, Ministra do teribunal de Contas da União (e mãe do Governador Eduardo Campos) com base em Lei de autoria de José Eduardo Cardozo( que saiu melhor que a encomenda), alivia a situação de Marcos Valério e de muitos mensaleiros. Vamos ler parte da reportagem de Marta Salomon, no Estadão:

O Tribunal de Contas da União considerou regular o contrato milionário da empresa de publicidade DNA, de Marcos Valério Fernandes de Souza, com o Banco do Brasil. O contrato é uma das bases da acusação da Procuradoria-Geral da República contra o empresário mineiro no julgamento do mensalão, marcado para agosto. A decisão referente ao contrato de R$ 153 milhões para serviços a serem realizados pela agência em 2003 foi tomada pelo plenário do TCU no início deste mês, a partir de relatório da ministra Ana Arraes – mãe do governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos.

O acórdão do tribunal pode aliviar as responsabilidades de Marcos Valério no julgamento do Supremo Tribunal Federal. Principal sócio da agência DNA, o empresário mineiro é apontado como operador do mensalão. De acordo com a denúncia da Procuradoria-Geral da República, contratos das agências de publicidade de Marcos Valério com órgãos públicos e estatais serviam de garantia e fonte de recursos para financiar o esquema de pagamentos de políticos aliados do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Trata-se da essência do escândalo, revelado em 2005. As denúncias desencadeadas pelo então deputado Roberto Jefferson (PTB) provocaram a queda das cúpulas do PT, do PP e do PL (hoje PR), além da cassação do mandato do denunciante e do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, segundo quem não houve compra de votos, apenas caixa 2 de campanha.

Em seu relatório, Ana Arraes argumenta que uma lei aprovada em 2010 com novas regras para a contratação de agências de publicidade pela administração pública esvaziara a irregularidade apontada anteriormente pelo próprio TCU. Um dos artigos da lei diz que as regras alcançariam “contratos já encerrados”. Esse artigo foi usado pela ministra do tribunal para considerar “regulares” as prestações de contas do contrato do Banco do Brasil com a DNA Propaganda Ltda. (Estadão)

Vejamos o comentário do Jornalista Reinaldo Azevedo:

"De uma coisa essa gente não pode ser acusada: de falta de método. Ao contrário: a determinação com que se organiza para transformar o Brasil num curral é impressionante. Que prova de talento! Sabem quem foi o autor da lei que abriu a brecha para Ana Arraes dar o seu “parecer”? José Eduardo Cardozo, atual ministro da Justiça. Sabem quem a sancionou? Luiz Inácio Lula da Silva, em 2010.

O que é a tal “bonificação por volume”? São descontos oferecidos pelos veículos de comunicação às agências para a veiculação de anúncios. Pela lei anterior, eles deveriam ser repassados às estatais . O TCU constatou que a agência de Marcos Valério — o empresário era a fonte dos recursos do mensalão — não fazia o repasse. O prejuízo aos cofres públicos só nessa operação, segundo o TCU, foi de R$ 106,2 milhões. Pois bem, a “lei” inventada por Cardozo mudava a regra: as agências poderiam ficar com o dinheiro do desconto e pronto! Pior: a lei passaria a valer também para contratos já encerrados. Entenderam? José Eduardo assinou um projeto, sancionado de bom grado por Lula, que, na prática, tornava legal a ilegalidade praticada por Valério.

José Eduardo Cardozo é magnânimo. Uma lei não pode retroagir para punir ninguém. Mas pode retroagir para beneficiar. E ele fez uma que beneficia Marcos Valério. É por isso que é considerado uma das reservas morais do petismo, ora essa! Dilma o chamava, carinhosamente, de um dos seus “Três Porquinhos”. Os outros dois eram Antonio Palocci, que deixou o governo, e José Eduardo Dutra, que está pendurado numa diretoria da Petrobras.

Qual é o busílis?

O desenho era óbvio, não? Marcos Valério pegava a dinheirama das estatais e depois fazia “empréstimos” para o PT. Uma das estatais era justamente o Banco do Brasil. Agora Ana Arraes, com endosso de outros ministros, diz que tudo foi regular, entenderam? Quer-se, assim, reforçar a tese de que o dinheiro do mensalão não era público. É evidente que os advogados dos mensaleiros tentarão usar isso a favor dos seus clientes. Eles não tinham uma notícia tão boa desde que o processo começou.

Ana Arraes demonstra que não foi nomeada por acaso e que Lula sabia bem o que estava fazendo quando entrou com tudo na sua campanha. Só para registro: Aécio Neves também foi um entusiasmado cabo eleitoral da ministra. Campos é apontado por muitos como uma espécie de novidade e de renovação da política. É mesmo? Eis um episódio a demonstrar que ele é jovem, mas não novo!

Nada mais antigo do que o que se viu no TCU. Manobras dessa qualidade fariam corar a República Velha. A 15 dias do início do julgamento do mensalão, uma das operações mais descaradas de desvio de recursos públicos para os mensaleiros recebeu a chance de “nada consta” do TCU. É a nossa elite política “progressista”! Caberá ao STF dizer se existe pecado do lado de baixo do Equador! Se decidir que não há, não vai adiantar Deus ter piedade dos brasileiros." (Reinaldo Azevedo)

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Uma proposta desonesta.

A proposta do governo federal para acabar com a greve dos professores merece apenas uma qualificação: DESONESTA.
A bem da verdade esse adjetivo não é surpresa pois os desgovernos petistas, contrariando seus discursos antes de assumirem o poder, sempre trataram aqueles que confiaram e, infelizmente, ainda confiam no mais sórdido político de nossa história, agora representado pela sua marionete apadrinhada, como ignorantes, subornáveis e manipuláveis idiotas e imbecis.
É fato que essa gente fez, de certa forma, jus a esse tratamento já que por dois mandatos consecutivos ajudaram a eleger o mais sórdido político da história do país como presidente e depois aceitaram
como sua sucessora sua apadrinhada e sem a menor qualificação para ser presidente, a não ser sua competência para ser uma "gerente" da Casa Civil rigorosamente cúmplice e omissa diante das maracutáias do seu chefe e de sua gang dos quarenta (e um) que continuará impune diante da falência moral do Poder Judiciário.
* Geraldo Almendra, por e-mail, via Grupo Resistência Democrática.

O assistencialismo populista.

O nefasto assistencialismo populista das bolsas-esmola, estratégia de compra de votos dos pobres, por ser permanente e não cobrar contra-partida em frquência escolar,  criou um exército de vagabundos que se recusam a trabalhar. Bebem cachaça, jogam truco e fazem filhos avulsos. É só perguntar a pequenos e médios fazendeiros de qualquer estado brasileiro.

A longo prazo, não contribui para ascenção social dos pobres, através da educação, e é um incentivo à procriação irresponsável, com um indivíduo engravidando várias mulheres. E estas aceitam, para conseguir mais esmola governamental por cada novo filho. É a expansão incentivada da pobreza, maior tragédia do Brasil, incrementada agora pelo "Brasil Carinhoso" de Dilma,  cuja população tem cerca de 80% de pobres ou carentes (renda familiar de até três salários mínimos).
* Texto por Álvaro Pedreira de Cerqueira, por e-mail,via Grupo Resistência Democrática

O caminho da desonra não tem volta.

O Ministro Dias Toffoli precisa compreender que o caminho da desonra não tem volta

A poucos segundos da hora da verdade, os amigos repetem que José Antonio Dias Toffoli, ministro do Supremo Tribunal Federal, ainda não decidiu se participará do julgamento do mensalão.
A folha corrida do advogado recomenda aos berros que se declare impedido: quem passou quase 15 anos trabalhando para o PT, servindo a José Dirceu ou dando razão a Lula está desqualificado para julgar com isenção velhos companheiros. A agenda das últimas semanas grita que Dias Toffoli optou por afrontar os fatos e demitir a sensatez: a sequência de encontros com advogados de mensaleiros avisa que o mais jovem integrante do Supremo não vai cair fora do caso.
Na tarde de 25 de junho, por exemplo, ele recebeu em seu gabinete o amigo José Luiz de Oliveira Lima, que há sete anos cuida da defesa de José Dirceu. O site do STF comunicou que, como nos demais encontros mantidos com doutores a serviço dos réus, os dois trocaram ideias sobre a AP 470, codinome em juridiquês do processo que começará a ser julgado em 2 de agosto. Se sobrou tempo, talvez tenham evocado episódios que os juntou na mesma trincheira.
Em 2005, por exemplo, quando foi contratado para tentar evitar a cassação do mandato do deputado José Dirceu, o visitante contou com a ajuda de Toffoli, que acabara de deixar o empregão na Casa Civil em companhia do chefe despejado. No processo do mensalão, Oliveira Lima já atuou em parceria com a advogada Roberta Maria Rangel, então namorada do ministro com quem vive há quase um ano.
“O ministro Dias Toffoli já julgou dois agravos regimentais nessa ação penal 470″, animou-se nesta segunda-feira Marcelo Leonardo, advogado do publicitário Marcos Valério. “Então, ele já se reconheceu habilitado a julgar”. O defensor do diretor-financeiro da quadrilha do mensalão teima em pleitear o impedimento do relator Joaquim Barbosa, mas nunca viu motivos para que Toffoli se afastasse. Faz sentido. O doutor quer um ministro fora por achar que condenará seu cliente. Quer outro dentro por ter certeza de que absolverá todo mundo.
Tal convicção se ampara no passado recente. Paulista de Marília, diplomado em 1990 pela Faculdade do Largo de São Francisco, Toffoli sonhava com a vida de juiz de direito. Tentou o ingresso na magistratura nos concursos promovidos em 1994 e 1995, Duas reprovações consecutivas, ambas na primeira fase dos exames, aconselharam Toffoli a conformar-se com a carreira de advogado do PT, anabolizada pela ficha de inscrição no partido. Nem desconfiou que começara a percorrer uma curtíssima trilha que o levaria ao Supremo Tribunal Federal.
Nos anos seguintes, foi consultor jurídico da CUT, assessor parlamentar do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo, assessor jurídico da liderança do PT na Câmara dos Deputados, subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil da Presidência e, a partir de março de 2007, chefe da Advocacia Geral da União. Em outubro de 2009, Lula entendeu que deveria premiar com uma toga o aplicado companheiro que também chefiara a equipe jurídica do candidato nas campanhas presidenciais de 1998, 2002 e 2006.
Sem saber o suficiente para virar juiz de primeira instância, Toffoli tinha 42 anos quando se viu premiado com um cargo reservado pela Constituição a gente provida de “notável saber jurídico”. No País do Futebol, a torcida brasileira condenaria à morte na forca um treinador que ousasse transformar em titular da Seleção um jogador da categoria sub-20 reprovado em duas tentativas de subir para o time principal. No Brasil Maravilha, o presidente da República escalou um advogado para jogar no STF a favor do governo. Lula já deixou o Planalto, mas faz questão de ver seu pupilo em campo na final do campeonato que faz questão de ganhar.
Sabe-se desde o Dia da Criação que, para ser justa, uma decisão não pode agredir os fatos. Sabe-se desde a inauguração do primeiro tribunal que toda sentença judicial deve amparar-se nos autos do processo. Não pode subordinar-se a vínculos partidários, laços afetivos ou dívidas de gratidão. Caso insista em viciar o julgamento mais importante da história do Brasil com o voto que endossará a institucionalização da impunidade, Toffoli será reduzido a uma prova ambulante da tentativa de aparelhar o Supremo empreendida durante a passagem do PT pelo coração do poder.
Em princípio, o ministro ficará onde está mais 25 anos, até a aposentadoria compulsória em 2037.
A Era Lula acabará bem antes.
Se errar na encruzilhada, vai percorrer durante muito tempo, e sem padrinhos poderosos por perto, o caminho da desonra.
É um caminho sem volta.
* Texto por Augusto Nunes

Dirceu, de Chefe de Quadrulha a "injustiçado"


Foto:Vagner Campos/ Futura Press
Dirceu: o chefe da quadrilha se diz 'injustiçado'
Apontado pela Procuradoria-Geral da República como o chefe da quadrilha dos mensaleiros, o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu tenta convencer os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de que é uma espécie de "bode expiatório" e que o Ministério Público Federal quer condená-lo pelos crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha apenas para que ele sirva de “exemplo” à classe política.
O julgamento do maior escândalo de corrupção da história da República brasileira começará em agosto.
De acordo com a denúncia, Dirceu foi o mentor do esquema de compra de votos e, utilizando-se de sua posição no governo e da liderança que exercia sobre o núcleo político, foi quem determinou as ações necessárias para o sucesso das operações.
A defesa do ex-ministro, coordenada pelo criminalista José Luís de Oliveira Lima, tenta desqualificar o Ministério Público - e, por meio de declarações de petistas graduados, tenta limpar a imagem de Dirceu diante do STF.
Os advogados do ex-ministro rechearam a defesa de frases de petistas que saíram em defesa de Dirceu à época do escândalo.
Até mesmo a presidente Dilma Rousseff é citada.
(...)
Fatos - Em seu depoimento, o operador do esquema, Marcos Valério, contou que, segundo Delúbio Soares, o então ministro José Dirceu e o então secretário do PT Silvio Pereira tinham conhecimento e davam garantia aos empréstimos que seriam forjados entre as empresas do publicitário e o partido.
Em seu depoimento, Roberto Jefferson disse que todos os acordos entre os partidos tinham que ser ratificados pela Casa Civil de José Dirceu, "presidente de fato " do PT.
Para a Procuradoria-Geral da República, uma das mais relevantes evidências do envolvimento de Dirceu é uma reunião realizada na Casa Civil entre Dirceu, Marcos Valério, Delúbio Soares e o presidente do Banco Espírito Santo no Brasil, Ricardo Espírito Santo.
Antes desse encontro, Marcos Valério, Rogério Tolentino e Emerson Palmieri – também integrantes de quadrilha – haviam feito uma viagem a Portugal para se reunir com o presidente da Portugal Telecom, Miguel Horta.
O objetivo da comitiva era conseguir recursos para cobrir dívidas do PT e do PTB.
Durante as conversas, foi levantada a possibilidade - não concretizada - de a Portugal Telecom fazer uma doação de 8 milhões de euros.
José Dirceu acompanhou as negociações do grupo Portugal Telecom, com a intervenção do Banco do Espírito do Santo, para a aquisição da Telemig.
Outro fator que denuncia a relação entre Dirceu e Marcos Valério são os favores concedidos pelo publicitário ao ex-ministro.
Valendo-se de sua influência junto aos bancos Rural e BMG, Valério atendeu a interesses da ex-mulher de Dirceu, Maria Ângela Saragoza, que queria vender seu imóvel, obter um empréstimo e arrumar um emprego.
(...)
*Leia mais no texto de Laryssa Borges na Veja

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Corrupção: Advogados de Maluf admitem o recebimento de "comissões".

Corrupção: a admissão dos advogados desmonta a versão sustentada por Maluf há anos
 
Jersey - Advogados da offshore Durant admitiram em documentos entregues à Justiça de Jersey que a família de Paulo Maluf controlava contas na ilha britânica do Canal da Mancha. Admitiram ainda que o próprio Maluf recebeu "comissões" nessas contas. Os papéis foram anexados ao processo no qual a Prefeitura de São Paulo tenta recuperar US$ 22 milhões que diz terem sido desviados de obras da gestão Maluf, entre 1993 e 1996.
 A admissão dos advogados desmonta a versão sustentada por Maluf há anos, de que ele não tem contas no exterior.
A conclusão do processo, prevista para ontem, acabou adiada para hoje a pedido da defesa. Em 1.º de novembro de 2010, documento anexado pelos advogados da offshore diz que Maluf "tinha interesse" na Durant.
O papel acabou substituído em 15 de março de 2011. O nome de Maluf foi suprimido. Os advogados citaram, então, Flávio Maluf, filho do político.
"Admite-se que o sr. Flávio Maluf era o diretor da Durant e da Sun Diamond Limited", escreveram os advogados, citando duas offshores.
 Os advogados da Durant, porém, sustentam que o dinheiro nas contas do paraíso fiscal era originado de "negócios legítimos".
Um dos pagamentos que foram parar numa conta em Jersey, segundo os advogados, se referia a uma comissão recebida pelo ex-prefeito após ele intermediar a venda de empresas.
 Já os advogados da Prefeitura sustentam que o dinheiro é de corrupção: foi enviado a Jersey nos anos 1990, em rota que incluía a Mendes Júnior, empreiteira que ajudou a construir a Avenida Águas Espraiadas (rebatizada de Jornalista Roberto Marinho), doleiros e contas em Nova York, nos EUA.
 Para a prefeitura, está clara a estratégia de defesa de Maluf: ela reconhece que o dinheiro e as contas existiam, mas insiste que, no máximo, o ex-prefeito cometeu evasão fiscal, o que não seria crime suficiente para que Jersey devolvesse os ativos aos cofres brasileiros. O paraíso fiscal está disposto a colaborar em casos de corrupção, mas não evasão fiscal.
 Novas provas
 Apesar de a conclusão do julgamento sobre os valores congelados na ilha estar previsto para hoje, o juiz Howard Page deverá dizer apenas nas próximas semanas se aceita ou não a devolução do dinheiro ao Brasil.
 Ontem, o advogado contratado pela Prefeitura de São Paulo, Stephan Baker, apresentou novas provas que, segundo ele, confirmam as transferências de dinheiro entre a construtora Mendes Júnior e as contas de Maluf no exterior, o que obrigou o juiz a dar mais um dia para que a defesa respondesse.
Além disso, a visita do príncipe Charles à corte também obrigou a suspensão do julgamento por três horas.
* Texto por Mario Rodrigues - Veja São Paulo

Porque me envergonho do meu país.

Desde que o PT foi entronizado no posto mais alto da República a nação foi se acanalhando
A sucessão de escândalos anestesiou as mentes e poucos se indignam com a imoralidade reinante nos Poderes Constituídos.
Os sentimentos populares foram amestrados pela propaganda incessante e o mito do pobre operário foi suficiente para que a corrupção sempre havida alcançasse seu paroxismo sem que nenhum protesto fosse ouvido.
Não houve nem partidos, nem instituições, nem grupos de pressão que agissem como oposição ao desgoverno populista, perdulário, enganador.
Lula foi reeleito.
Verborrágico como um caudilho latino-americano, debochado como um frequentador de boteco, praticante do autoelogio, ególatra ao extremo, ele conquistou as massas pobres iludidas com bolsas da caridade pública.
 Atraiu o apoio dos ricos que financiaram suas campanhas e, depois, se refestelaram nos lucros que ele lhes proporcionou.
 A classe média, especialmente a composta por professores e estudantes universitários, artistas, clérigos da Teologia da Libertação, ou seja, os entusiastas das utopias que prometeram o céu e transformaram a vida em inferno, viram no pelego sindicalista a ansiada personificação do proletário que iria liderar a lutas de classes.
Com Lula lá empunhando seu cetro diante de companheiros e seguidores, o pior da América Latina em termos de governantes se tornou expressivo.
E o magnânimo presidente, em detrimento dos interesses brasileiros, facilitou a vida de déspotas travestidos de democratas como Fidel Castro, Hugo Chávez, Evo Morales, Rafael Correa e outros mais.
Com tais compadres Lula compartilhou o ódio à liberdade de imprensa, como é também o caso de Cristina Kirchner, sempre adulada pelo petista.
Em todo mundo a política externa lulista seguiu vergonhosamente apoiando os piores tiranos que exercitam aberrante desrespeito aos direitos humanos como, por exemplo, o iraniano Mahmoud Ahmadinejad.
Acontece que Lula da Silva sempre foi um homem de muita sorte, o que é confundido com capacidade.
Herdou a herança bendita do Plano Real, surfou durante seus dois mandatos, até 2008, nas águas calmas da economia mundial e ainda logrou eleger sua sucessora, Dilma Rousseff.
Esta fiel seguidora do seu criador político imita seus gestos, perpetua seu populismo, não dá um passo sem consultá-lo. Sobre ela também um mito é tecido: é a gerente, a “faxineira”, a economista.
Entretanto, se Lula satisfazia a plateia contando piadas de mau gosto em péssimo português, Rousseff, quando discursa, parece não conseguir ligar um parágrafo com outro se levanta os olhos do papel.
 Sua linguagem é confusa.
 Seu pensamento obtuso.
Mesmo quando tenta agradar assume uma atitude colérica como se vivesse em perpétua fúria.
Em política externa ele segue, como em tudo mais, as ordens do mestre.
Foi assim que, por seu intermédio, em conluio com Cristina Kirchner e aquiescência de José Mujica, o Brasil mais uma vez encenou procedimento vergonhoso, covarde, arbitrário ao suspender o Paraguai do Mercosul por causa do impeachment de Fernando Lugo, um ato legítimo, legal e soberano daquele país.
Esta, sim, foi uma manobra desonesta levada a efeito para introduzir no Mercosul Hugo Chávez, o despótico governante da Venezuela que tentou assumir o poder através de um fracassado golpe.
Posteriormente foi eleito, mas, alterando a Constituição a seu-bel prazer tem se perpetuado no cargo desde 1999.
 Prepara-se agora para nova eleição com pleno apoio e intromissão de Lula na política venezuelana.
Enquanto seguem as lutas do poder pelo poder, sinais preocupantes vão aparecendo na esfera econômica, em que pese o falso otimismo da presidente e de seu ministro da Fazenda, Guido Mantega.
A produtividade da economia encolheu pelo segundo ano consecutivo.
A Petrobrás estagnou.
Segundo O Estado de S. Paulo, “a produção industrial recuou cinco anos e vai cair mais”.
 “De janeiro a junho o valor das exportações foi de 1,7%, menor do que um ano antes, enquanto o das importações foi 3,7% maior”.
 Aumenta a inadimplência e a inflação. O reflexo no desemprego será inevitável e já começou acontecer. E o PIB, que agora não tem importância para a presidente, pode ficar abaixo de 2%.
Culpa dos ricos, da crise mundial, dirão Rousseff e Mantega para esconder o próprio fiasco.
 Será só isso?
Segundo o BIS, o Banco Central dos Bancos Centrais: “O caminho escolhido nos últimos anos para promover o crescimento econômico – crédito – se tornou insustentável e pode levar o Brasil ao desastre”.
Por essas e por outras me envergonho do meu país.
* Texto da sociólogo Maria Lucia Victor Barbosa - www.maluvibar.blogspot.com.br

Anatomia do chavismo


Em dezembro de 2009, a juíza venezuelana María Lourdes Afiuni concedeu liberdade condicional a um opositor do regime do caudilho Hugo Chávez, o banqueiro Eligio Cedeño, acusado de evasão de divisas e à espera de julgamento durante quase três anos. No mesmo dia, Chávez chamou a juíza de "bandida", acusou-a de ter aceito suborno do réu e exigiu que fosse condenada a 30 anos de prisão. Ainda no mesmo dia, a sua prisão preventiva foi decretada e cumprida. María Lourdes foi colocada na mesma cadeia onde cumpriam pena criminosos que ela havia condenado e que passaram a ameaçá-la de morte seguidas vezes. Depois de 14 meses do seu encarceramento, protestos internacionais, aos quais se juntou até o linguista Noam Chomsky, o porta-bandeira de Chávez nos meios acadêmicos nos Estados Unidos, obrigaram o autocrata a colocá-la em prisão domiciliar, onde permanece até agora, sem saber quando será julgada.

O caso de María Lourdes é exemplar. Até então, os juízes venezuelanos que ainda procuravam conservar a independência diante do Estado bolivariano sofriam pressões, eram ameaçados de ter suas carreiras travadas ou mesmo de perder o emprego. Depois do que se fez com a juíza - um nítido divisor de águas na crônica da demolição da ordem democrática no país -, muitos de seus colegas passaram a temer também a perda da liberdade. Ao longo do processo de asfixia das instituições, Chávez alternou o chicote e o afago para sujeitar o Judiciário à sua vontade incontrastável. A contar do primeiro mandato, o protoditador de Caracas aumentou de 20 para 32 o número de integrantes das 6 instâncias que compõem a Suprema Corte venezuelana, preencheu os cargos com gente de sua confiança e, por meio do Congresso em que detém a maioria, renovou o mandato prestes a terminar de 9 deles.

O resultado é que todos os membros do tribunal, responsável por decisões nas esferas constitucional, político-administrativa, eleitoral, penal, social e civil, rejeitam deslavadamente o princípio da separação dos poderes, comprometem-se com o avanço da agenda oficial e defendem a punição dos "inimigos" do Estado. Era o que diziam, a seu tempo, os juízes da Rússia de Stalin, da Alemanha de Hitler, da Itália de Mussolini - e de tantos outros regimes totalitários que infestaram o mundo no século passado. Esses ditadores, em vez de fechar o Judiciário, o povoaram de aliados não menos ferozes do que eles. Com isso, criaram a sua própria e hedionda "legalidade", acoplando-a ao controle absoluto dos meios de comunicação, das instâncias administrativas e da estrutura das Forças Armadas.

O esmagamento do Judiciário para assegurar a supremacia do Executivo é o aspecto mais crucial do drama venezuelano, exposto no recém-divulgado relatório sobre o país pela ONG americana Human Rights Watch. O documento Apertando o cerco: concentração e abuso de poder na Venezuela de Chávez tem 133 páginas e é o segundo produzido pela organização sobre o país. O anterior, de quatro anos atrás, fazia um balanço sobre uma década de chavismo - o que custou aos seus autores, José Miguel Vivanco e Daniel Wilkinson, a detenção, seguida de expulsão sumária do país. A pouco menos de três meses do pleito em que o caudilho desponta uma vez mais como favorito, o relatório é justificadamente mais pessimista que o anterior. A Venezuela de Chávez se parece cada vez mais com o Peru de Alberto Fujimori, entre 1990 e 2000, como sistema que conserva um semblante de aparato institucional democrático para servir, porém, à autocracia.

Ao mesmo tempo, o venezuelano garroteia a mídia de massa, mas, entre uma violência e outra - sempre respaldadas pelas togas serviçais - deixa circular um punhado de diários críticos ao regime, cujas tiragens, somadas, não chegam a 300 mil exemplares. O governo conta com seis canais nacionais de TV, 4 estações de rádio, 3 jornais e 280 rádios comunitárias. "As ações do governo enviam uma clara mensagem", resume o documento. "O presidente e seus seguidores estão prontos a punir quem desafiar ou obstruir os seus objetivos políticos."
*Editorial - O Estado de S. Paulo - 19/07/2012

quarta-feira, 18 de julho de 2012

PT "arma esquema" para desviar foco do mensalão.

PSDB diz ter “total confiança” em Marconi Perillo e acusa armação do PT

Em coletiva à imprensa nesta terça-feira, a direção do PSDB afirmou que tem “total confiança” no governador Marconi Perillo (GO) e acusou o PT de usar a CPI do Cachoeira para desgastar a oposição em ano eleitoral. Os tucanos também afirmaram que o PT quer criar uma “cortina de fumaça” às vésperas do julgamento do mensalão. ” O PSDB tem total confiança no governador Marconi Perillo. Não venham para cima dele com denúncias fraudulentas”, disse o presidente do partido, deputado Sérgio Guerra (PE).
Em nota, o presidente do partido afirma que a Polícia Federal, para produzir o relatório que afirma que supostamente Perillo teria recebido dinheiro da construtora Delta durante negociação de venda de sua casa, teria se baseado em conversas do contraventor Carlinhos Cachoeira com o o ex-vereador Wladmir Garcez. Segundo o PSDB, esses diálogos apontam que Cachoeira não tinha influência sobre Perillo. “Cabe ao PSDB destacar que essa não é a primeira vez que tentam imputar ao governador de Goiás atos ilícitos com base apenas em diálogos travados por terceiros”, afirma o partido.
A cúpula do PSDB cobrou investigação dos contratos da construtora Delta com o governador Sérgio Cabral (RJ), do PMDB. O líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), afirmou que de janeiro de 2009 a janeiro de 2012, o governo do Rio repassou R$ 537 milhões para a Delta. Desse montante, segundo o tucano, R$ 180 milhões foram pagos no segundo semestre de 2010, coincidindo com a campanha de reeleição de Cabral. “O governo do Rio teve os cofres públicos abertos para a Delta, especialmente em 2010. Um terço dos repasses foi feito no período eleitoral”, afirmou Dias.
* Por Fernanda Krakovics, no Globo
COMENTO: Passados muitos anos, décadas, o PT não mudou sua estratégia. Continua injuriando, mentindo, caluniando, difamando, mas desta feita utiliza, indevidamente, os meios disponíveis do próprio Estado, para fazê-lo.
É bem verdade que esta percepção de falta de caráter e uso e abuso do poder para destruir adversários só são perceptíveis aos homens de bem deste país, grupo que cada vez mais se torna raro.
A corja esquerdista, seus adesistas, seus asseclas e prepostos, sejam os que militam nos partidos, nas hostes governamentais ou na imprensa, se apressam em endossar as investidas acusatórias dos petistas. Nem sequer se atém ao fato de que são acusações sem respaldo factual e legal, maldosamente "preparadas", préviamente elaboradas para divulgação na hora que os esquerdistas desejam.
Eles embolam o meio campo com um anti-jogo e a galera adesista acha normal o ilegal e o amoral que permeia as ações destes párias.
O Brasil vive a mentira que é o governo petista, mas seu povo despreparado, seus meios de comunicação mancomunados paracem não perceber que, lá na frente, no futuro cada vez mais próximo, poderemos cair no bolivarianismo ditatorial que levará o país a derrocada.

Programa de aceleração da corrupção.

Charge de Marcio Moura

Réus do mensalão usam brecha que livrou Collor para tentar escapar de condenação

Quando foi julgado em 1994, ex-presidente não foi condenado pelo crime de corrupção passiva porque não foi provado “ato de ofício”. Processo é citado por acusados no mensalão.

Doze réus do mensalão apostam em uma brecha do código penal que livrou o ex-presidente Fernando Collor de Mello para tentar escapar da acusação pelo crime de corrupção passiva. Entre eles, estão o presidente de honra do PTB e ex-deputado federal Roberto Jefferson e os ex-deputados Bispo Rodrigues e João Paulo Cunha.

A defesa de Roberto Jefferson cita caso Collor para se livrar do crime de corrupção passiva.Quando o ex-presidente Collor foi julgado em 1994 também pelo crime de corrupção passiva, após ser acusado pela Procuradoria Geral da República (PGR) de ter recebido aproximadamente R$ 5 milhões do chamado “Esquema PC”, ele foi inocentado por falta de provas e porque a PGR não conseguiu comprovar a existência do chamado “ato de ofício”.

De acordo com o art. 317 do Código Penal, uma pessoa pratica o crime de corrupção passiva quando “recebe direta ou indiretamente vantagem indevida ou promessa de tal vantagem”. No caso Collor, apesar da comprovação de que o ex-presidente recebeu vantagem indevida, a PGR não conseguiu provar que ele adotou alguma providência que favorecesse o “Esquema PC” (o tal “ato de ofício’).

O ministro Celso de Mello é o único integrante da atual corte do STF, que participou do julgamento do caso Collor. Na época, ele afirmou que é necessária a bilateralidade entre ato de corrupção e ato do agente público. “Torna-se imprescindível reconhecer, portanto, para o específico efeito da configuração jurídica do delito de corrupção passiva (...) a necessária existência de uma relação entre fato imputado ao servidor público e um determinado ato de ofício pertencente à esfera de atribuições”.

Esses doze réus que respondem pelo crime de corrupção passiva apostam justamente nessa interpretação do STF, de 1994, para também fugir de condenação semelhante. Detalhe: eles citam nominalmente a interpretação dada pelo Supremo Tribunal Federal ao art. 317 durante a Ação Penal 307 (caso Collor).
O presidente de honra do PTB, Roberto Jefferson, afirmou em suas alegações finais que a PGR, na acusação, não conseguiu provar a existência do “ato de ofício”. “Quando para formular pedido de condenação no crime de corrupção passiva, louva-se a referência a opinião isolada e, citando parte do acórdão na Ação Penal nº 307-DF (...) diz que na configuração dessa infração é prescindível ato de ofício, que, aliás, não indicou na sua denúncia, praticando ou deixando de praticar”.

O bispo Rodrigues, acusado de ter recebido dinheiro do esquema, também cita a “discussão sobre o nexo de causalidade entre a conduta do funcionário público e a realização de ato funcional de sua competência”. “Conforme, aliás, já decidiu o Supremo Tribunal Federal na Ação Penal nº 307-DF, movida pelo Ministério Público Federal contra Fernando Collor de Mello”. Ainda segundo a defesa de Rodrigues, a PGR “deveria apontar na denúncia, portanto, a ocorrência de ao menos um ato – ação ou omissão – necessariamente ligado ao exercício da função”.

“Foi porque não houve vinculação do recebimento de vantagem por agentes públicos com algum ato de ofício (..) que a ação penal foi julgada improcedente, em caso de repercussão história em 1994”, emenda a defesa de José Borba, também citando o caso Collor, nas suas alegações finais. Borba era ex-líder do PMDB na Câmara e acusado de ter recebido R$ 2,1 milhões para articular o apoio político ao PT.
*Wilson Lima - iG Brasilia, com Agencia Estado

terça-feira, 17 de julho de 2012

Reportagem censurada

A notícia é antiga, mas sempre é bom relembrar a todos o que os políticos, que estão no poder, fazem ou podem fazer para gastar o dinheiro dos nossos impostos em "projetos" de interesse pessoal.

Garotinho leva à CPI documentos que comprometeria Cabral em irregularidades.

O deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) entregou à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira 68 quilos de documentos que, segundo ele, comprovariam o repasse irregular de recursos do governo do Estado do Rio de Janeiro à Delta Engenharia.
A Delta foi investigada pela Polícia Federal por sua suposta ligação com o esquema do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
De acordo com Garotinho, as irregularidades seriam referentes a contratos para a reconstrução na Região Serrana do Rio, depois das enchentes do início de 2011. Garotinho, ex-governador do Rio, é rival do atual governador do Estado, Sérgio Cabral (PMDB).
Segundo o deputado, a Delta teria sido contratada para realizar obras de recuperação de Nova Friburgo, mas uma nota fiscal comprovaria que ela teria recebido por limpeza pública, serviço que estaria a cargo das empresas Locante, União Norte e da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb).
"Eles receberam pelo serviço que os garis fizeram", disse o deputado ao Valor. Garotinho não soube informar o valor que a Delta teria recebido por esse contrato.
A documentação também mostra que a Delta recebeu, nos últimos seis anos, R$ 250 milhões da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) em um contrato com irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Rio.
"São documentos oficiais do Tribunal de Contas da União (TCU), do TCE, da Controladoria-Geral da União (CGU), que eu fui requisitando ao longo desse período", disse.
Como não faz parte da CPI do Cachoeira, Garotinho disse que vai conversar com integrantes da
Comissão, como o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) para convocar o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB).
Em maio, os parlamentares rejeitaram um requerimento que pedia a convocação de Cabral. À época, um vídeo revelou a proximidade entre o governador e Fernando Cavendish, ex-presidente da Delta.
*Leia mais: extra.globo.com

Juquinha vai falar?

Ele vai falar?
O ex-presidente da Valec José Francisco das Neves, o Juquinha, fez chegar ao Congresso recados para lá de ameaçadores sobre uma repentina vontade de contar algumas histórias antigas sobre os parlamentares envolvidos nas tramoias de sua gestão.
Juquinha é acusado pelo Ministério Público Federal de superfaturar trecho da Ferrovia Norte-Sul, em Goiás.
Ele foi preso durante a Operação Trem Pagador, da Polícia Federal, e passou cinco dias na carceragem da PF em Goiânia.
* Por Lauro Jardim

Delúbio, o "boi de piranha voluntário".

Fazer o quê? Pedido do "chefe" é uma ordem!
Ex-tesoureiro atribui repasses a dívida eleitoral e chama de ‘falácia’ a compra de apoio político
Leio no estadão que o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares assumiu a responsabilidade pela distribuição de recursos ilegais a políticos e partidos da base aliada do governo Luiz da Silva.
Segundo memeorial enviado ao STF, o "nosso Delúbio" negou que os pagamentos tivessem relação com o "falacioso mensalão" e alegou ser inocente das acusações de corrupção ativa e formação de quadrilha.
Tal como um "boi de piranha" voluntário, o ex-tesoureiro recebeu a incumbência de assumir, sozinho, a culpa sobre os atos ilegais que culminaram no mensalão.
A intenção, claro, é livrar os demais réus e foi tudo combinado com a cúpula do PT e aliados.
Resta saber se o STF, composto por maioria indicada pelo PT, acatará a estratégia dos mensaleiros.
Quem viver verá!

Juiz anula coligação do PSD de Kassab com o PT em Belo Horizonte

Liminar também suspende o lançamento de uma única candidata a vereadora do partido na cidade
BELO HORIZONTE - O juiz diretor do Foro Eleitoral de Belo Horizonte, Rogério Alves Coutinho, anulou a intervenção do prefeito Gilberto Kassab, também presidente nacional do PSD, na Comissão Provisória do partido em Belo Horizonte.
O magistrado determinou também a suspensão da decisão da comissão interventora de fechar uma coligação com o PT para a disputa à Prefeitura.
O pedido de liminar em ação cautelar foi feito pelo secretário de Gestão Metropolitana de Minas Gerais, Alexandre Silveira, entre outros.
A liminar também suspende o lançamento de uma única candidata a vereadora do partido em Belo Horizonte.
A decisão do juiz restabelece o que foi decidido na Convenção Municipal do PSD, realizada no dia 23 de junho passado, na qual ficou decidido que o partido iria se coligar com o PSB do prefeito Márcio Lacerda.
A intervenção feita por Kassab em Belo Horizonte foi contestada por lideranças do PSD, como a senadora Kátia Abreu (TO), vice-presidente do partido.
* Texto: João Domingos - no O Estado de S. Paulo

PF aponta superfaturamento na obra da ferrovia Norte-Sul

Otarios, como ja sabem onde ouver PTistas ha corrupcão.....
Vinte e cinco anos atrás, uma concorrência de cartas marcadas tornou a ferrovia Norte-Sul um ícone da malversação de negócios públicos no governo José Sarney.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reabilitou a obra, mas uma investigação da Polícia Federal mostra que pouco mudou desde então.
Justiça manda sequestrar bens da família do ex-presidente da Valec
Laudos periciais obtidos pela Folha apontam indícios de que houve conluio entre as construtoras encarregadas da obra, cobrança de propina e um sobrepreço de mais de R$ 100 milhões no trecho da ferrovia que cruza Goiás.
Os documentos ajudam a entender o que levou o ex-presidente da estatal responsável pela ferrovia, a Valec, a ser preso no dia 5 de julho.
Acusado de enriquecimento ilícito, José Francisco das Neves, o Juquinha, foi solto na última semana, após a Justiça avaliar que ele não oferece risco para a investigação.
Na noite de anteontem, a 11ª Vara Federal de Goiânia decidiu sequestrar bens da família dele --inclusive os comprados antes de supostos desvios na Norte-Sul e adquiridos de forma legal.
O dinheiro pode ser usado para ressarcir os cofres públicos --para o Ministério Público Federal, seria a primeira decisão com base na nova lei sobre lavagem de dinheiro.
Os peritos da PF analisaram o trecho da Norte-Sul entre Palmas (TO) e Anápolis (GO), contratado por R$ 622 milhões. Comparando os preços das construtoras e os do mercado, acharam diferença superior a R$ 100 milhões.

Edir Macedo, racismo e misoginia: cadê os ministros da Igualdade Racial e das Mulheres?

Nunca subestimem o empresário Edir Macedo, dono da Rede Record e da Igreja Universal do Reino de Deus.Ele sempre pode se superar.
Este homem de Deus já pisoteou o Eclesiastes para defender o aborto em livro e vídeo.
Numa “aula” ministrada a seus colaboradores, diz como convencer as pessoas a doar dinheiro para a sua igreja: se preciso, jogue-se a Bíblia no chão, ensina, e se demonstre valentia até contra Deus!
Deixou-se ainda filmar com um chicote na mão, expulsando o demônio do corpo de um gay. Os “progressistas” ficaram calados porque o empresário é hoje um dos principais aliados do lulo-petismo.
A Record é apontada por patriotas como José Dirceu como um exemplo de isenção no jornalismo.
Alguns dos grandes difamadores de lideranças da oposição, de ministros do Supremo e da própria imprensa são contratados da empresa comandada por este gigante moral.
Ele é o patrão.
Muito bem! Na sexta-feira, Macedo publicou num site ligado à sua igreja um texto intitulado “Homem de Deus quanto à idade e à raça”.
Trata-se de mais uma peça grotesca produzida por este teólogo de meia-pataca.
Misoginia — repúdio às mulheres — e evidente discriminação racial se juntam num texto asqueroso.
Até agora, não vi nenhuma reação da Secretaria das Mulheres, comandada por Eleonora Menicucci, parceira de Macedo na defesa intransigente do aborto. Até agora, não vi nenhuma reação da Secretaria da Igualdade Racial, que, não obstante, foi torrar a paciência de Alexandre Pires — um negro! — por suposto racismo num vídeo que é apenas galhofeiro.
Leiam trechos do texto de Macedo (em vermelho). Volto depois.
O rapaz que deseja fazer a Obra de Deus não deve se casar com uma moça que tenha idade superior à dele, salvo algumas exceções, como por exemplo aquele que é suficientemente maduro e experiente na vida para não se deixar influenciar por ela. Mesmo assim, a diferença não deve ultrapassar dois anos.
Muitas pessoas não gostam quando fazemos estas colocações; entretanto, temos visto que quando a mulher tem idade superior à do seu marido, ela, que por natureza já tem o instinto de ser ‘mandona”, acaba por se colocar no lugar da mãe do marido.
E o pior não é isto. A mulher normalmente envelhece mais cedo que o homem, e quando ela chega à meia-idade, o marido, por sua vez, está maduro mas não tão envelhecido quanto ela. E a experiência tem mostrado que é muito mais difícil, mas não impossível, manter a fidelidade conjugal.
Para evitar este ou outros transtornos, oriundos da diferença de idade (a do marido inferior à da esposa), é preferível que não haja qualquer compromisso de casamento.
(…)
Quanto à raça
Não haveria nenhum problema para o homem de Deus se casar com uma mulher de raça diferente da dele, não fossem os problemas da discriminação que seus filhos poderão enfrentar nas sociedades racistas deste mundo louco.
É preciso que ambos estejam conscientes quanto aos riscos de traumas ou complexos que as crianças poderão absorver durante os períodos escolares, e, a partir daí, carregarem-nos por toda a vida.
Infelizmente, os pais não terão como evitar que aconteçam rejeições ou críticas por parte dos coleguinhas nas escolas nos países onde eles poderão estar pregando o Evangelho.
O homem de Deus precisa estar sempre preparado para servir a Deus onde quer que Ele assim determine, e, assim, nem sempre estará em um país onde não haja esse tipo de situação. Portanto, é necessário que o casal examine também esta questão, antes de qualquer compromisso mais sério.
(…)
Procuramos alertar sobre esta situação não porque a Igreja Universal do Reino de Deus tenha qualquer objeção quanto ao casamento envolvendo mistura de raça ou cor. Não, muito pelo contrário!
Temos vários homens de Deus casados com mulheres de raças diferentes. Não teríamos absolutamente nada a comentar a este respeito, mas temos visto este tipo de problema acontecendo com as crianças dentro das nossas igrejas, em outros países.
Procuramos, portanto, trazer à baila esta situação a fim de evitarmos transtornos no futuro do homem de Deus e na obra que está reservada para ele.
Voltei
Nem vou entrar no mérito sobre o casamento com mulheres mais velhas. A recomendação de Macedo a seus pastores é de tal sorte cretina que não comporta considerações. O que é espantoso é, sim, o juízo que ele faz do sexo feminino.
A mulher é uma espécie de agente desestabilizador do homem, sempre pronto a influenciá-lo de modo nefasto. Afinal, diz o sábio, a mulher, “por natureza, já tem o instinto de ser mandona”. Se mais velha, acaba virando “mãe do marido”. O “bispo”, então, decide ser o coautor de um novo Levítico, criando leis: a diferença deve ser de, no máximo, dois anos… Por que dois? Vai ver o Altíssimo revelou essa verdade a este grande profeta!
Note-se ainda que Macedo não aposta na fidelidade ao casamento. Se a mulher é mais velha, diz ele, fica difícil não trair. Esse homem que converte almas parece acreditar que há forças superiores às quais mesmo os convertidos não conseguem resistir. E dá um conselho: “é preferível que não haja qualquer compromisso de casamento”.
Discriminação racial
Macedo é um revolucionário também da biologia. Descobriu a existência de novas “raças”, além da humana. Gostaria de saber quais são. Segundo o Censo do IBGE de 2010, os brancos são 47,73% do país; 7,61% são negros; os pardos formam o segundo maior grupo: 43,13%. Vale dizer: quase a metade do Brasil é formada por mestiços, fruto do que o Macedo chamaria de mistura de “raças diferentes”.
É um acinte e um despropósito que o líder de uma igreja, concessionário de uma rede de televisão, se manifeste nesses termos — especialmente quando se sabe que muitos de seus pastores são… mestiços!
Mas este grande homem de Deus, vocês sabem, é uma alma caridosa. Naquele vídeo nojento em que defende o aborto, ele tenta nos convencer de que só o faz por amor à humanidade e até em defesa do próprio feto assassinado.
Segundo ele, melhor esse destino do que uma criança solta por aí… Entenderam? Em defesa, então, da vítima, por que não matá-la? Age do mesmo modo quando recomenda o não casamento de pessoas de “raças ou cores diferentes”. Seria para o bem das criancinhas…
Espantosamente, ele aponta a existência de discriminação racial dentro da sua própria igreja: “(…) temos visto este tipo de problema acontecendo com as crianças dentro das nossas igrejas, em outros países”. Que coisa! O homem que aparece de chicotinho na mão enfrentando ninguém menos do que o demônio deixa claro que não pretende combater o racismo nem dentro dos templos de sua igreja. Ao contrário: já que o racismo existe, melhor se adaptar a ele e evitar a mistura. Tudo para proteger as criancinhas…
É isso aí… A título de registro, deixo aqui alguns vídeos sobre a trajetória deste homem santo e suas afinidades eletivas. Volto depois dos filmes para encerrar.
Aqui, na posse da “mandona” Dilma Rousseff, com direito a conversa ao pé do ouvido e mão no ombro:
Macedo, de chicote na mão, expulsa demônio do corpo de um gay:
Macedo defende que se expulse o feto do corpo da mãe:
Encerro
Eis aí… Edir Macedo é hoje a mais cara joia do “progressismo” dos companheiros. Os petistas o consideram um verdadeiro exemplo a ser seguido. Pouco mais de um ano depois daquela conversa ao pé do ouvido com Dilma, o senador Marcelo Crivella, sobrinho do “bispo”, levou o Ministério da Pesca.
Cadê a Secretaria das Mulheres?
Cadê a Secretaria da Igualdade Racial?
*Texto por Reinaldo Azevedo

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Rosane Collor: Ela quer mais grana...

Foto: reprodução
BRASÍLIA - A ex-primeira dama Rosane Collor acusou o ex-presidente e senador Fernando Collor de Mello de ter mentido durante a investigação sobre o esquema de corrupção no governo federal que culminou com seu impeachment, em 1992. Em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, exibida nesse domingo, 15, ele disse que o ex-marido e o tesoureiro de campanha Paulo César Farias mantinham encontros frequentes mesmo após sua posse em março de 1990.
"PC continuava tomando café da manhã uma vez por semana na Casa da Dinda e ele (Collor) dizia que não." Na época das investigações sobre a corrupção, o então presidente disse em cadeia de rádio e televisão que não encontrava com PC Farias havia mais de dois anos.
Rosane, que prepara um livro de memórias da época, reclamou na entrevista do valor que recebe de pensão do ex-presidente e atual senador pelo PTB de Alagoas. Hoje, ganha R$ 18 mil mensais, valor que considera baixo "pela vida que ele (Collor) tem". "Tenho uma amiga que se separou, e que o ex-marido não é ex-presidente ou senador da República, e tem pensão de quase R$ 40 mil." Rosane e Collor foram casados por 22 anos e estão separados por sete anos.
A ex-primeira dama voltou a dizer que Collor participava de rituais na residência oficial do casal e que alguns eram para prejudicar aqueles que desejassem mal a eles.
Disse também que se considera um "arquivo vivo". "Se algo acontecer na minha vida, o responsável maior será Fernando Collor de Mello."
Procurado pelo programa, o senador afirmou que não iria comentar as declarações.
* estadao.br.msn.com
COMENTO: Isto é apenas um aperitivo. Deduzo que a cidadão deseja mais grana. Ela sabe muito. Muito mais do que disse ou insinuou saber. Foi testemunha ocular de um dos mais rumorosos casos de corrupção deste país. Não chegou a ser um mensalão porque não há vestígio do uso de dinheiro público, mas sobram indícios de uso indevido de dinheiro arrecadado para a campanha política e de tráfico de influência com objetivos espúrios.
Fala um pouco mais Rosane! Quem sabe o Collor libera mais uma grana para você.

PT apunhala o PMDB, outra vez.

Danilo Forte, novo alvo do PT
O PT continua apunhalando o PMDB. Desta vez vai sobrar para o deputado Henrique Alves (PMDB) que almeja a presidência da Câmara dos Deputados, alvo pretendido pelo PT e que fará tudo para consegui-lo.
No rastro de uma auditoria na FNS, onde teria sido constatadas irregularidades em convênios com ONGs e Prefeituras, na ordem 100 milhões de Reais, o PT faz divulgar e circular a informação com o objetivo de macular o nome de Henrique Alves, ligado a Danilo Forte, na época  presidente da Fundação Nacional de Saúde e hoje Deputado Federal pelo PMDB cearense.
O PMDB cala. Não se sabe se por consentir, por admitir a culpa, por se omitir a defender seus filiados ou por mero servilismo aos seus "patrões" políticos da hora.

Chinaglia descarta Dilma para a reeleição em 2014.

Chinaglia perdeu a cerimônia com Dilma, e já a descarta para a reeleição
Uma raridade é ver um político petista não se curvar diante de Dilma Roussef. Todos, ou seja quase todos, agem como cordeirinhos subservientes diante da "gerentona" que insiste em ser chamada de "presidenta".
Uma das exceções é o deputado Arlindo Chinaglia. Apesar de líer da bancada governista, na Câmara dos Deputados, Chinaglia não esconde que está batendo de frente com Dilma em várias questões.
Sem medio de abrir a boca e dizer o que quer, sem o cuidado de ofender a "gerenta", Chinaglia já di abertamente  que Dilma será descartada em 2014 quando deverá ceder a candidatura a presidência para o retorno de Luiz da Silva -seu criador- ao poder.

Ministra Carmen Lúcia será a guardiã da Lei da Ficha Limpa.

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, disse que a aplicação da Lei da Ficha Limpa será um desafio para a Justiça Eleitoral do país, e que a Corte terá que fazer cumprir a lei, porque ninguém aceita mais a corrupção. A nova regra, que pela primeira vez poderá ser aplicada integralmente na eleição deste ano, impede que políticos condenados por órgãos colegiados possam disputar cargos eletivos.
— Ninguém tolera mais a corrupção. Temos que fazer cumprir essa lei — disse a ministra, em reunião no Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN), nesta sexta-feira.
Cármen Lúcia garantiu que os juízes eleitorais terão segurança para trabalhar com tranquilidade e coibir abusos e afrontas à lei.
— Coloco-me à disposição de qualquer juiz, a qualquer momento, para que se cumpram as demandas. Vamos analisar as singularidades de cada um, a fim de garantir a democracia e o direito do cidadão — disse a presidente do TSE.

Mercosul-Unasul: “dupla aliança” chavista-castrista contra o Paraguai

Por uma ironia da História, o julgamento sumário e o consequente Golpe Internacional de Estado contra o Paraguai padeceram exatamente dos vícios que se alegam contra o Poder Legislativo paraguaio.
Na sexta-feira, 29 de junho, a Dupla Aliança Mercosul-Unasul promoveu um virtual Golpe Internacional de Estado contra o Paraguai, suspendendo-o como país-membro. Mercosul e Unasul reeditaram assim, no plano político, a chamada Tríplice Aliança, um pacto militar articulado no século XIX por dois países gigantes limítrofes contra esse pequeno país sul-americano.
A escusa para esse novo golpe dos governos sul-americanos contra o pequeno Paraguai foi a de que a destituição do ex-presidente Lugo pelo Poder Legislativo teria violado as regras de jogo democráticas e que o mandatário não teria tido todo o tempo necessário para se defender devido à celeridade do processo de destituição.
Por uma ironia da História, o julgamento sumário e o consequente Golpe Internacional de Estado contra o Paraguai padeceram exatamente dos vícios que se alegam contra o Poder Legislativo paraguaio. A contradição não poderia ser maior nem mais flagrante. Foram violadas sistematicamente as normas mais elementares da justiça, da equidade, do respeito e da convivência democrática entre Estados, a ponto de o novo Presidente do Paraguai, Federico Franco, e seu chanceler terem sido proibidos de participar das reuniões do Mercosul e da Unasul. Os gigantes condenaram o pequeno Paraguai sem sequer dar às suas autoridades a menor possibilidade de se defenderem.
A jornalista Tânia Monteiro, enviada especial do jornal brasileiro “O Estado de S. Paulo” à reunião Mercosul-Unasul, revela que os mandatários do Mercosul, enquanto tramavam a expulsão do Paraguai por uma porta e articulavam a não menos sumária entrada da Venezuela chavista pela outra, não conseguiam ocultar a preocupação de que essas decisões arbitrárias possam ser denunciadas pelo governo paraguaio ante as cortes internacionais de justiça e organismos análogos.
*Armando Valladares (*) Miami (FL)- Fonte: O que está acontecendo na America Latina

domingo, 15 de julho de 2012

O preço da omissão e parcialidade.

Segundo a revista veja, na coluna Holofote, o deputado petista Odair Cunha teria a incumbência de relatar a CPI do Cachoeira com o cuidado de focar na oposição preservando, ou seja, se omitindo em relação a investigação dos governistas enrolados e atolados na lama da corrupção.
Odair tem se saído bem e jpa começa a ser recompensado: Conseguiu liberar 7 milhões e 200 Mil Reais para suas "bases eleitorais" em Minas Gerais. É o deputado vampeão de verbas.
E tem cumprido bem sua missão de omissção e parcialidade: até agora, a CPI só investigou, se fato, pessoas ditas ligadas a oposição ao governo.

A gerenta, jamais existiu.

Em entrevista ao blog do Josias de Souza, o senador do PSDB de Minas Gerais, Aécio Neves, disse que o governo de Dilma Rousseff está “paralisado”, a fama de boa gerente da presidente revelou-se “um mito”. O senador tucano disse também que a administração petista foi acometida de “fadiga do material”, e atravessa “um fim de ciclo”.
“Se vamos ser nós que vamos sucedê-los, o tempo é que vai dizer. Mas está claro que o governo perdeu a capacidade de tomar iniciativas”, afirmou Aécio. Ele considera “legítima” a movimentação de Eduardo Campos, governador de Pernambuco e presidente do PSB. “Não gosto dessa dicotomia de PSDB e PT. Acho que o aumento do leque de opções ajuda nas decisões.”
Aécio também critica a interferência de Dilma no processo eleitoral de Belo Horizonte. “Enxergaram o fantasma de 2014 em Minas. Estão me valorizando mais do que eu mereço”, ironizou. Leia abaixo a entrevista concedida por Aécio Neves ao Blog do Josias:
- Avaliação do governo Dilma:
Aécio – O governo parou. Digo uma coisa que nem deveria dizer, mas o governo do Lula era melhor do que o governo da Dilma do ponto de vista dos resultados. As pessoas faziam algumas coisas. Agora, no setor de infraestrutura, que já não andava bem, não acontece absolutamente nada. Na área da saúde, o governo investe 10% a menos do que investia há dez anos. Na hora que começarem a comparar os indicadores, num ambiente econômico que já não será de euforia, mas de extrema preocupação, as pessoas vão perceber que caminhamos para um fim de ciclo.
- Avaliação do desempenho da presidente:
Aécio – A fama de boa gerente da Dilma era um mito. Aquela imagem de administradora capaz é a que vai sair mais machucada desse período de crise. O sentimento generalizado, mesmo na base do governo, maior ainda entre os empresários, é o de que este é um governo paralisado. Isso vai ficando cada vez mais claro. O governo não fez as grandes reformas que deveria ter feito. Faltou ousadia, faltou coragem.
- Imagem do Brasil no exterior:
Aécio – Estive por dois dias em Washington, para a premiação do Fernando Henrique [prêmio John W. Kluge, de US$ 1 milhão, dado pela Biblioteca dos EUA]. Conversei com amerianos importantes, que acompanham a realidade brasileira. Falei com economistas da Europa, que estavam lá. A expectativa em relação ao Brasil é outra, totalmente diferente do que era há seis meses. Há, hoje, uma avaliação mais negativa sobre a capacidade do país de responder à crise. O ambiente econômico piorou e a visão geral é de que vai piorar mais.
- Fim de ciclo:
Aécio – Estamos ingressando numa fase de fim de ciclo. Esse ciclo atual da administração do PT, na minha avaliação, vai se encerrar. Se vamos ser nós que vamos sucedê-los, o tempo é que vai dizer. Mas está claro que o governo perdeu a capacidade de tomar iniciativas. A base política no Congresso está extremamente esgarçada. Nesta semana, o governo não conseguiu nem votar a LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias].
- Tempo perdido:
Aécio
– É nos dois primeiros anos de um governo que devem ser feitas as grandes reformas. O governo não fez. E agora está patinando. Acho que ganha força um discurso alternativo pela eficiência. Essa mácula da ineficiência a Dilma vai carregar. O governo dela parou. Não sou do tipo de pessoa que torce contra. Isso quem faz é o PT. Mas é preciso dizer as coisas com clareza. E nós vamos dizer, no momento próprio. Não queremos confundir eleições municipais com o cenário nacional. Não se trata de desconhecer o que eventualmente tenha dado certo. Não faço o discurso da negação. Não se pode dizer que, do Lula pra cá, tudo deu errado. Respeito o que deu certo. Mas estamos chegando ao fim um ciclo. É preciso que se inicie outro.
- O que faria de diferente se fosse presidente?
Aécio – No primeiro dia, apresentaria uma agenda com duas ou três grandes reformas que eliminassem nossos grandes gargalos. As coisas não mudam do dia para a noite. Mas, já no início do governo, eu estaria propondo ao país essas reformas. A começar pela reforma do Estado, com uma grande diminuição do seu peso. É preciso abrir espaço fiscal para que haja, aí sim, o início de uma redução da carga tributária. A carga de tributos é um dos principais fatores que inibem a competividade do Brasil. Não adianta tomar essas medidas paliativas de conceder isenções pontuais para setores específicos, como o automobilístico. Tem que puxar para baixo a carga de tributos de todos os setores.
- Reforma politica:
Aécio – Esse é outro tema ao qual eu me dedicaria desde o primeiro dia. Eu iria para o Congresso fazer o que a Dilma não fez: negociar dois ou três grandes pontos que organizassem minimamente o quadro partidário brasileiro. Tínhamos que ter buscado uma aliança política possível, para termos o inverso do que o STF acaba de fazer. Em vez de aumentar, precisamos enxugar o quadro partidário, adotando a cláusula de desempenho, o voto distrital misto. Essa decisão do Supremo [que reconheceu ao PSD o direito de partilhar do tempo de tevê e das verbas do Fundo Partidário] já está causando um dano enorme ao país. Agora, um deputado tem preço. Elege-se por um partido e leva os votos para outro. Conforme o tempo de tevê da nova legenda, cada deputado vale X. Um partido de 12 deputados vai valer um preço nas coligações nacionais e outro preço nas coligações estaduais. Agora, 12 picaretas podem se juntar para formar um partido, calcular o valor de cada deputado conforme o fundo partidário e, depois, vender o tempo de televisão nas eleições.
- Descentralização administrativa:
Aécio – Essa agenda dos primeiros dias de governo teria de incluir uma política de descentralização corajosa em relação a Estados e municípios. Dá pra fazer. Na área de transportes, por exemplo, hoje não se faz nada. Por que não distribuir para os Estados a administração de rodovias federais, com a transferência dos recursos da Cide e de parte do Orçamento da União? Essa centralização do poder, para ter ganho político, é um dos maiores equívocos que os governos do PT cometem. Concentram em Brasília um poder enorme e não conseguem gerir. Esse processo vem se agravando nos últimos anos. Acentuou-se com a Dilma.
- Fadiga do material:
Aécio – O governo enfrenta o fenômeno da fadiga de material, comum nas administrações longas que perdem a capacidade de se renovar. Acho que eles chegarão cansados [a 2014]. Para botar uma máquina gigantesca como essa para rodar leva tempo. E o governo, até aqui, só perdeu tempo. Qual é o objetivo desse governo? Hoje, o único objetivo é a manutenção do poder a qualquer custo. A capacidade de tomar iniciativas, de fazer do governo uma estrutura pró-ativa, tudo isso desapareceu. Se a economia estivesse muito bem, talvez isso fosse minimizado. Mas o cenário inspira preocupação: a base política está desagregada não se gosta e não se articula; a economia emite sinais negativos, apontando para o aumento do desemprego; oas bras de infraesturura não acontem; os indicadores sociais patinam. Insisto: vivemos um fim de ciclo.
- Movimentação de Eduardo Campos:
Aécio – É absolutamente legítima a movimentação dele. Acho que ajuda. Não gosto dessa dicotomia de PSDB e PT. O aumento do leque de opções [presidenciais] ajuda nas decisões. Convém não esquecer que muitas seções regionais do PSB [partido presidido por Eduardo] são aliadas do PSDB. A começar pelo Paraná e por Minas Gerais. Mesmo em São Paulo, tirando esse apoio ao Fernando Haddad, que o Eduardo determinou, o PSB é aliado do Geraldo [Alckmin, governador tucano]. De baixo pra cima, haverá sempre setores do PSB com identidade maior conosco. Mas temos que respeitar e reconhecer que o Eduardo faz uma movimentação correta. Não contamina o processo. Ao contrário, apresenta um espaço de discussão novo. Tenho com ele as melhores relações. Eu o respeito muito.
- 2014 se imiscuiu em 2012?
Aécio – Não vejo isso com tanta clareza assim. É claro que algumas coincidências levam a essa leitura, sobretudo o que aconteceu em Recife, Fortaleza e Belo Horizonte. Mas, se formos analisar friamente, essas três situações mais emblemáticas, que envolvem o PSB, ocorreram por questões absolutamente locais. Em Fortaleza há um litígio do Cid e do Ciro Gomes [do PSB] com a prefeita Luizianne Lins [do PT]. Se houvesse harmonia entre eles, a ruptura talvez não tivesse acontecido. Em Recife, o Eduardo [Campos, do PSB] tentou construir a candidatura do Maurício Rands [do PT]. Não conseguiu. Veio outro nome [o petista Humberto Costa]. E o Eduardo optou pela candidatura própria [de Geraldo Júlio]. Em Belo Horizonte, depois de integrar a gestão do Márcio Lacerda [do PSB] por quatro anos, o PT arranjou um pretexto para romper. Não fomos nós que nacionalizamos a campanha em Minas, mas o PT, que chegou a um nome a partir de interferências externas.
- Vaivém do PT em Belo Horizonte:
Aécio – O PT dizia que o Márcio [Lacerda] rompeu a aliança. Isso não existe. Tanto é que eles pararam de dizer isso. Na verdade, houve um rompimento do PT com o Márcio. O PT tinha a vice-prefeitura e controlava 70% dos cargos da prefeitura. Esse negócio de coligação proporcional [na chapa de vereadores] foi um pretexto. Nós reivindicamos fazer coligação proporcional, o PT também. O PSB disse o seguinte: vamos sair com uma chapa sozinhos, para poder eleger uma bancada de apoio claro ao prefeito, do partido do prefeito. Nós topamos até isso, mesmo não tendo a vice. E o PT falou: ‘Não, nós queremos os votos do PSB para eleger uma bancada maior do PT. Para quê? Para o Márcio ficar refém deles.
- Intervenção federal em Belo Horizonte:
Aécio – Depois de romper a aliança, o PT lançou a candidatura do Roberto Carvalho. O Gilberto Carvalho [amigo de Lula e ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência sob Dilma] baixou aqui em Belo Horizonte, na terça-feira da semana passada, na base aérea, para convencer o Roberto Carvalho, em nome do Lula e da Dilma, a desistir da candidatura, que já tinha sido inclusive registrada. Ele saiu com a promessa de sabe-se lá quais vantagens. Aí começou a nacionalização da campanha em Minas. Foi iniciada por eles, não por nós. Para ter o PMDB [na coligação do PT], a Dilma entrou pessoalmente no processo, intercedendo junto ao Michel [Temer, vice-presidente da República e presidente licenciado do PMDB]. O Leonardo Quintão [que abdicou da candidatura a prefeito pelo PMDB] está achando que vai ser ministro. No PCdoB, a direção municipal votou pela coligação com o Márcio. Veio um comando de cima, do Renato Rabelo [presidente nacional do PCdoB], dizendo que não podia. E o partido voltou atrás. A pedido da Dilma o [Gilberto] Kassab [prefeito de São Paulo e presidente do PSD federal] interveio em Minas. Vai se dar mal. O PSD vai ficar conosco. O apoio deles ao Márcio foi decidido em convenção. O estatuto do PSD diz o seguinte: qualquer intervenção só pode ser feita pela Executiva do partido. E a executiva não se reuniu. Em Belo Horizonte, o PSD é adversário do PT.
- A entrada do petista Patrus Ananias na briga pela prefeitura:
Aécio – Reconheço que ele tem uma imagem positiva e que o cenário exigirá de nós mais atenção e mais trabalho. Mas acho que ele vai ter dificuldades. Está desatualizado sobre Belo Horizonte, não morava aqui há muito tempo. Esteve em Brasília durante os últimos sete ou oito anos. E o PT terá enorme dificuldade para justificar a mudança de posição. Na manhã do dia 30, na convenção do PSB, estavam todos lá, a começar do [Fernando] Pimentel [ministro do Desenvolvimento de Dilma]. Nessa hora, o Márcio era o melhor prefeito do Brasil. À noite, decidiram romper e o Márcio passou a ser o demônio. Será muito difícil o PT explicar por que deseja agora a interrupção de uma administração municipal muito bem avaliada, da qual participou durante quatro anos.
- Fantasma de 2014?
Aécio – Por que o PT mudou de posição em Belo Horizonte? Prevaleceu o interesse do PT em 2014. Enxergaram o fantasma de 2014 em Minas. Estão me valorizando mais do que eu mereço. Para fazer essa movimentação toda, com todos os riscos que correm, é porque estão vendo 2014. A Dilma não precisava intervir, poderia ter mantido o discurso dela de não envolver a estrutura federal nas eleições municipais. Nós continuaremos voltados para os interesses de Belo Horizonte. Deixaremos a nacionalização para eles, que construíram uma candidatura fora de Minas, no eixo Palácio do Jaburu-Planalto-São Paulo. Em 2010, aconteceu algo parecido na eleição de governador. O Lula [que apoiava Hélio Costa, do PMDB, contra Antonio Anastasia, candidato de Aécio] vinha para Minas raivoso. Eu disse naquela época: o mineiro tem uma tradição de ser povo hospitaleiro, recebe muito bem. Mas na hora de definir os seus destinos, o mineiro sabe fazer suas escolhas sozinho, não precisa de conselhos externos.
- Mas Dilma Rousseff não nasceu em Minas?
Aécio – Ela é uma mineira curiosa, que acomodou oito gaúchos no ministério [risos].
*Do Portal do PSDB no Senador, com informações do Blog do Josias de Souza