sábado, 6 de novembro de 2010

Com as FARC's, não há possibilidade de negociação mas o confronto...

Não há espaço para negociação com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia. O confronto militar é a única saída.
As opiniões não vieram de integrantes do Exército do país vizinho ou do ex-presidente linha dura Álvaro Uribe, mas da ex-senadora colombiana Ingrid Betancourt (foto), em sabatina promovida anteontem pela Folha.
A avaliação também chama a atenção por partir de alguém que não se caracteriza por posições sectárias, como ficou patente na mesma entrevista.
Sequestrada pela narcoguerrilha por mais de seis anos, Betancourt elogiou as gestões do presidente venezuelano, Hugo Chávez, no papel de mediador da libertação de reféns e foi ponderada sua avaliação sobre Uribe e o sucessor, Juan Manuel Santos. Tratou o novo mandatário como um "democrata"; o ex-presidente, como um "homem de convicções" -uma cuidadosa seleção de palavras para distinguir os dois líderes que impuseram as mais importantes derrotas às Farc.
O desmonte do grupo se manifesta no contingente de guerrilheiros a seu serviço, reduzido a menos da metade dos 20 mil homens que há uma década arregimentava. Banidos das grandes cidades, seus efetivos refugiam-se em áreas isoladas da floresta.
Ainda mantêm, contudo, quase duas dezenas de reféns militares e centenas de civis. Acuadas, as Farc propõem ao governo a troca de prisioneiros e demonstram interesse em negociar.
São compreensíveis as suspeitas da sociedade colombiana quanto a isso. Durante o governo de Andrés Pastrana (1998-2002), um processo semelhante foi posto em marcha. Enquanto a guerrilha ganhava tempo e espaço, tornou-se patente que seu objetivo era apenas o de se fortalecer.
Hoje o governo Santos promete vencê-la "pela razão ou pela força" -o mais provável é que tenha de seguir os dois caminhos para atingir seu objetivo. A eficácia do cerco militar terminará por precipitar algum tipo de negociação.
*Fonte: Folha de São Paulo

Porque hoje é sábado, uma bela mulher

A bela atriz Bruna-di-Tulio

Roubando atos, idéias, versos e prosas

E eis que se vão escasseando os dias de "glória" de Luiz Inácio. Aquele que dantes atribuia a condição de esmolas a bolsa escola, as cestas básicas e demais procedimentos que objetivavam amenizar a miséria daqueles que por um motivo geográfico ou social, não tiveram a chance de adquirir o mínino para o sustento de si proprio e suas famílias.
Dizia o guru das esquerdas brasileiras que tal fato se configurava em atos semelhantes aos que fizeram os portugueses guando doaram espelhinhos aos índios em troca de riquezas. As riquezas, neste caso, eram votos.Dizia ainda que tudo se resumia em esmola que aviltava o cidadão brasileiro.
Luis Inácio assumiu o poder e, por oito longos anos, nada fez que imitar seus antecessores, principalmente Fernando Henrique, assinando até a "Carta de Recife" documento onde assumia o compromisso de não tentar modificar em nada a política econômica de seu antecessor. Parecia uma punhalada. Mas não foi. Foi um ato pensado pois Luiz Inácio sabia que não teria outra alternativa. Ou era aquilo ou o caos. Um país economicamente estabilizado não poderia ter sua estrutura economica desmoronada.
Luiz não se fez de rogado. Começou a mudar o nome das coisas. Buscou no senador Marconi Perillo(PSDB) a inspiração para aglutinar num só cartão ( programa) os programas sociais de ajuda as famílias carentes. Ele não queria administrar o bolsa escola de FHC, o bolsa alimentação do Jose Serra e aí, num golpe de malícia, crou o Bolsa Família, apenas juntando os benefcios anteriores. Nem se deu o luxo de revogar as leis anteriores e editar uma outra. Simplesmente editou uma lei juntando todos e denominando-os de um só: BolsaFamília.
E aí saiu com sua falácia, apropriou-se indevidamente das idéias. Fez um pacto com grandes bancos e os deixou auferirem o maior lucro líquido da história do país.
Não pensem que é o povo que recebe bolsa família que ama Luiz Inácio. Quem o ama, de verdade, são os banqueiros.
Para os jovens ainda mal orientados e mal educados por um sistema de ensino que é um dos piores do mundo nos ultimos seis anos, Luiz Inácio vende uma imagem diferente. É estadista, descobriu o Brasil, criou faculdades que não se vêm, escolas que não funcionam, obras que às vezes nem começaram e já foram inauguradas com pompas e circunstâncias.
Criou um programa chamado PAC. Uma falácia. Um engodo. Nada faz do que todos os presidentes já fizeram. Inaugurar obras que já existem dentro do orçamento da União. A execução orçamentária passou a ser "ação do PAC". Inventou uma " mãe do PAC", uma sargentona sem nenhuma experiência em gestão de grandes empreendimentos. Uma gestora linha dura mas de pequenas ações governamentais.
Quando vejo o discurso do Luiz Inácio a esses jovens, lembro-me dos versos:
"Esses moços, pobres moços, Ah se soubessem o que sei!..."
Mas eles não sabem e a mídia bem paga com a propaganda do governo, das empresas estatais,dos banqueiros e das empreiteiras ligadas as obras do governo, são "convencidas" de que não vale a pena
criticar ( contrariar ) a "galinha dos ovos de ouro". E o governo segue pondo ovos de ouro -sem carcarejar-
para aqueles que lhes proporciona espaço, régiamente pago,na mídia, para sua autopromoção .
O governo permanece se apropriando das idéias e ações alheias, notadamente de seus antecessores.Seu chefe, foi aconselhado a passear pelo mundo. Sentar pouco na cadeira da presidência, justo para não atrapalhar, com seus discursos e falácias, o Plano Real que começou em 1994 e permanece sendo o melhor plano econômico da história deste país. A verdade é que Luiz Inácio daqui a alguns dias se vai. Vai aquele que individou o país, elevou a dívida interna em 300%. Hoje o governo deve, internamente, cerca de 1.700.000.000.000 ( Hum Trilhão e Setecentos Bilhões de Reais ). Para usar um linguajar do próprio presidente, seu governo triplicou, em oito anos, uma dívida que os governos anteriores levaram mais de 500 anos para contrair.
A dívida externa bruta, que ele disse haver pago ( o que jamais fez ) beira aos 300 bilhões de dólares. Gastou milhões de reais de saques pessoais em cartão corporativo que ultrapassam a marca de 400 milhões em seu governo. É um dinheiro de caráter secreto e reservado ( não se presta conta ) e não se sabe para onde foi ou como foi usado. E nós, que pagamos toda essa farra, temos que ficar resignados?
O governo segue mentindo, enganando, proferindo aleivosias, ataques, ofensas, acusações infundadas, criando situações às vezes hilárias pelo grau de artificialidade.
Segue roubando e apropriando-se indevidamente, de idéias e atos. Comprando apoios e vendendo ilusões.
*Fontes consultadas: Banco Central e Portal Transparência.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Querem queimar Aécio Neves no Senado

O governador reeleito do Ceará, Cid Gomes (PSB), sugeriu que a presidenta eleita, Dilma Rousseff, adote um “gesto concreto” para conquistar a oposição e garantir um trânsito mais fácil no Congresso Nacional no momento de aprovar projetos de interesse do governo.
Esse “gesto concreto”, na opinião de Cid Gomes, é apoiar o nome do tucano Aécio Neves para a presidência do Senado no próximo ano.
“Acho que ela deveria fazer mesmo um gesto concreto de estender a mão à oposição. Na minha opinião, esse gesto concreto seria apoiar um o nome de Aécio Neves para a Presidência do Senado”, disse o governador.
A proposta vai de encontro ao acordo fechado pelos presidentes do PT, José Eduardo Dutra, e do PMDB, Michel Temer, vice-presidente eleito, sobre o comando das duas casas legislativas. Os dois pretendem estabelecer um rodízio entre o PMDB e o PT na Câmara e no Senado para os próximos quatro anos.
COMENTO: O que está acontecendo é uma tentativa de queimar Aécio, antes que ele se lance candidato a presidência do Senado. Todos sabemos que a oposição no Senado é e será consciente e nada fará contra o país, apenas por ser oposição.
Mas qualquer coisa que o PT e seus asseclas façam com Aécio deverá ser deglutido por ele com facilidade. Aliás, eles são seus amigos e ele mesmo disse que a oposição será " responsável e generosa". Ser generoso com o adversário não é atitude de quem quer ganhar qualquer que seja a coisa ou o respeito.

Eminência parda

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou nesta quinta-feira, em reunião ministerial, que a partir do ano que vem vai trabalhar pela elaboração de uma proposta de reforma política.
'Ao sair do governo, a principal tarefa que ele vai assumir e vai lutar é pela reforma política e do sistema político-eleitoral do país', disse o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, em entrevista coletiva após a reunião ministerial.
Na reunião ministerial desta quinta-feira - provavelmente a penúltima do governo Lula - o presidente também reiterou que caberá somente a Dilma escolher os nomes de sua equipe e que 'não vai sugerir ou vetar' indicações.
Segundo Padilha, o presidente disse a seus auxiliares que 'nenhum partido ou ministro tem vaga garantida' no ministério do próximo governo.
(Por Leonardo Goy-Portal G1)
COMENTO: Luiz Inácio não demonstra querer se afastar do poder tão cedo. Quer se manter como a eminência parda de Dilma e continuar mandando ou influindo.
O mais incrível é que teve oito anos para fazer a reforma polítia e não o fez. Aliás, não fez nada, apenas deu continuidade ao que já havia pronto ou por acabar de fazer. Luiz Inácio nunca gostou de trabalhar. Não duvido que esta sua postura seja apenas, e tão sómente, para não sair da mídia e da proximidade do poder.

PSDB promete oposição forte e "sem concessões" ao governo Dilma

"Nunca fomos, e não seremos agora, a favor do quanto pior melhor", disse nesta quinta-feira (4) o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), em carta dirigida à militância do partido. Ao falar sobre o papel que os tucanos terão em relação ao governo de Dilma Rousseff, ele assinalou que urnas deram ao PSDB a obrigação de fazer uma oposição forte e “sem concessões”.
Para cumprir essa tarefa, o senador disse que precisará, mais do que nunca, da ajuda permanente dos tucanos de todo o país. A carta de agradecimento foi encaminhada hoje pelo presidente do PSDB aos candidatos, colaboradores, militantes e simpatizantes do partido pelo que eles fizeram na defesa das propostas e dos candidatos tucanos nesta eleição.
Na carta, o senador afirma que nada foi fácil nesta caminhada. “Sabemos que sem vocês não teríamos força para chegar aonde chegamos. Sabemos também que temos pela frente a tarefa de fazer o nosso partido avançar muito mais na sua organização e na sua integração com a sociedade”.
O tucano afirma ainda que foi com a ajuda e a força da militância, dos candidatos, simpatizantes e colaboradores que o PSDB saiu maior e mais forte, elegendo oito governadores de importantes estados e mantendo bancadas representativas no Congresso Nacional e nas assembleias legislativas.
*Agência Brasil

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

A dança da impunidade

José Serra não perdeu esta eleição. Quem perdeu foi a parcela do povo brasileiro que ainda acredita na decência,no respeito,na moral e na ética. Perdeu também a verdade e a justiça.
Dilma Rousseff tampouco ganhou. Quem realmente ganhou foram os corruptos do nosso País, os mensalões e os dolares nas cuecas, ganharam os escândalos da Casa Civil, a imundice e a impunidade dos crimes que ficarão escondidos e protegidos por mais alguns anos. Ganhou a mentira, ganharam os dossiês e os "eu não sei de nada". Ganhou a mediocridade e a hipocrisia.
Assim é o Brasil, o País do jeitinho, onde tudo escapa impune e onde apenas "ladrões de galinha" vão para a cadeia.
Os votos foram justos? Foram sim, afinal este é o único País onde se vota por um "bolsa esmola".
Teremos agora mais quatro anos de pura impunidade. Todos os crimes irão prescrever e nenhum escandalo será apurado. Um e outro laranja pagará o pato e a opinião pública mal informada se dará por feliz enquanto continuará morrendo nas filas nos postos de saúde, recebendo uma educação cada vez mais podre para seus filhos e vítimas da insegurança que mais e mais irá dominar nosso País.
Mas continuará feliz, afinal, yes, nós temos samba, carnaval o ano inteiro,novelas de quinta categoria em todos os horários, sem esquecer que temos o melhor futebol do mundo.
Os escandalos, mensalões, dinheiro nas cuecas e castelos sendo construidos com o nosso dinheiro, este resto será para alegrar e alimentar os nossos noticiários por mais quatro anos.
A grande vencedora foi, sem dúvida, a dança da impunidade deixada de herança pela Deputada Ângela Guadagnin do PT, ao comemorar a absolvição da corrupção.
*Siegmar Metzner - Jornal O Estado do Paraná - Curitiba

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Temer será membro "coordenador" da comissão de transição do "novo" governo

(Foto: Alan Marques/Folhapress)
O vice-presidente eleito Michel Temer (PMDB) recebeu na noite desta terça-feira para um jantar em sua residência, em Brasília, o presidente do PT, José Eduardo Dutra.
O encontro de duas horas serviu para acertar os ponteiros entre os dois partidos e tranquilizar o PMDB sobre o papel da legenda na divisão do poder do futuro governo Dilma Rousseff.
Depois da reunião, Temer, que também é o presidente do PMDB, garantiu que a insatisfação dentro da legenda é pontual.
“Quando há queixa, a queixa é isolada. Não há queixa generalizada do partido. Tanto que os dirigentes do partido não reclamam. A harmonia entre PT e PMDB é absoluta.” ( Veja.com)
COMENTO: Não acredito em uma só palavra de Temer sobre o assunto. Seu objetivo é, de fato, aparar arestas, mas nenhum partido que não seja subserviente, viverá em harmonia absoluta com o PT. Nenhum. A palavra harmonia e o PT não se coadunam.

A mesa de trabalho de Luiz Inácio

Fazer oposição é uma missão constitucional

...existe oposição para valer nos EUA. Obama estava no poder havia 15 dias, e o odiado Dick Cheney, a besta-fera inventada pelos “progressistas”, deu o grito de guerra e convocou as tropas: “Não, ele não pode!” E convocou a tropa. A emergência do “Tea Party”, um movimento ultraconservador dentro do Partido Republicano, trouxe para o primeiro plano os ditos “valores americanos”.
Fantasia? Pura construção ideológica? Pode ser. Mas Obama era e é o quê? A encarnação da própria verdade?
À diferença do “Cara” no Brasil, Obama é hoje aprovado por apenas 45% dos americanos. Uma coisa é fato: os sinais são péssimos para ele. Ainda que os republicanos não venham a fazer hoje a maioria na Câmara, terão uma avalanche de votos. A situação é tão difícil que, nas entrevistas de rádio, ele abre o jogo, mais ou menos como Lula nos palanques pedindo maioria no Senado: precisa vencer os republicanos nas eleições legislativas para continuar a implementar o seu programa. A retórica é temerária: e se não conseguir? Então admite que seu governo foi para o brejo?
No que concerne ao jogo político propriamente, onde foi que Obama errou? Em quase nada. Os republicanos é que acertaram. Oposição se faz desde o primeiro dia, todos as horas do dia, todos os dias do mês, todos os meses do ano.
Os oposicionistas botaram a boca no trombone, obrigando o governo a se explicar, justificando cada um dos eventuais insucessos. Obama certamente não esperava uma oposição tão aguerrida e confiou demais no seu charme pessoal— talvez tenha sido seu único erro.
...saudei a eleição de Obama como evidência das virtudes do sistema democrático. E saúdo a reação do “meu” partido como prova dessa mesma saúde. Desde que se jogue segundo as regras, a democracia não pode satanizar ninguém. Golpistas, pois, são aqueles que pretendem tirar das forças políticas legítimas as suas prerrogativas — e fazer oposição é uma delas.
Falemos um pouco sobre o Brasil já que é disso que trato aqui desde sempre. O PSDB, o DEM e o PPS têm dois caminhos: podem agir como o PSDB nos últimos oito anos, buscando sempre o, como é mesmo?, “espaço da convergência com o lulo-petismo” em nome daquele sagrado “bem do Brasil”; podem seguir o caminho do Partido Republicano nos EUA e exercer a função para a qual os eleitores os designaram: opor-se. Sim, sim, as diferenças são grandes. Naquele país, existe um quadro de bipartidarismo; por aqui, temos essa massa gelatinosa chamada PMDB. Não ignoro as particularidades. Uma coisa, no entanto, é certa lá e aqui: a ambigüidade da oposição só interessa a quem está no comando.
*Extraído do texto de Reinaldo Azevedo - http://migre.me/1WSHU

É a ética e a honestidade, presidenta!

Na Folha de São Paulo:
A então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT) foi informada de estratégia para "desconstruir" na Eletrobras relatório da CGU (Controladoria-Geral da União), vinculada à Presidência da República, que apontou irregularidade no programa federal Luz para Todos.
O telefone de Silas estava grampeado pela Polícia Federal, que o investigava por suposto tráfico de influência no governo. A Folha teve acesso ao grampo.
Duas semanas antes da conversa com Dilma, Rondeau e o diretor de Planejamento e Engenharia da Eletrobras, Valter Cardeal, aliado da petista há 25 anos no setor elétrico, tinham sido denunciados à Justiça sob a acusação de formação de quadrilha e desvio de recursos do Luz para Todos no Estado do Piauí.
A base da denúncia feita ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) era justamente o relatório de auditoria da CGU, o qual, informa Rondeau a Dilma, seria desconstruído.
O diretor da Eletrobras e o ex-ministro foram denunciados após a Operação Navalha, realizada pela Polícia Federal em 2007, contra desvio de dinheiro público, que teve 40 mandados de prisão em nove Estados, além do Distrito Federal.
Na conversa com Dilma, Rondeau agradece o apoio da então ministra logo depois de ter sido denunciado à Justiça.
"Quero agradecer o seu apoio também. Tenho acompanhado", afirma o ex-ministro de Minas e Energia.
"Silas, e como está a situação. Melhorou?", pergunta Dilma Rousseff referindo-se à denúncia.( http://migre.me/1WE0U ) 
COMENTO: Pelo teor da reportagem, acima, vemos o quanto faltou de escrúpulos, pudor, ética e respeito às leis na condução dos interesses públicos pelo governo da qual fez parte a ex-ministra e seus comandados. E foi exatamente a ex-ministra que o Brasil escolheu para ser presidente da República.

O Brasil do bem

O Brasil onde a oposição vai governar está no mapa acima. Este é o Brasil que disse não a corrupção, a mentira, a falta de escrúpulos, o atropelo da ética e a desobediência às leis.

Iraniana deverá ser executada

A iraniana Sakineh Mohammadi poderá ser executada nesta quarta-feira, por apedrejamento. Apesar dos apelos de organismos internacionais o governo iraniano não teve piedade.
Sua execução será efetivada na prisão de Tabriz, onde se encontra aprisionada.

Teotonio Vilela defende escolha de candidato da oposição até 2012

O governador reeleito de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB), 61, apoiou a posição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e defendeu que seu partido defina até 2012 o nome que irá disputar a próxima eleição para a Presidência. Manifestando-se à repportagem do Jornal Folha de São Paulo, afirmou:
"Acho que precisamos, no máximo até 2012, já ter o nosso candidato e começar a trabalhá-lo para a eleição de 2014", e acrescentou sobre as chances de Serra ainda ser presidenciável: "Ainda é cedo. Temos até 2012 para saber".
Teotonio presidiu a Executiva Nacional do PSDB por cinco anos, durante os mandatos de FHC na Presidência (1995-2002). Amigo do ex-presidente, ele já havia dito no final do primeiro turno que considerava um erro da campanha de Serra não ter usado a imagem de FHC.
Para o governador reeleito, o PSDB deverá fazer uma oposição "responsável" ao futuro governo, com um "caráter político muito nítido para criar uma referência para aos próximos pleitos".
Apesar do discurso de oposição, Teotonio disse ter um relacionamento "excelente" com a presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), com quem disse ter "amizade pessoal". Ele afirmou que não deve ter problemas em levar investimentos federais para Alagoas.
Endividado, por seus antecessores, e com poucos recursos próprios, o Estado depende de recursos federais para dar continuidade a obras de infraestrutura e investimentos na área social.

O Brasil quer uma oposição de verdade

"Se o PSDB não assimilar a partitura composta pela resistência democrática, que destaca enfaticamente valores éticos e morais, vai perder o bonde da história. Os eleitores que não compraram a dupla Lula-Dilma também rejeitam partidos que só agem ─ e com dolorosa timidez ─ quando começa a temporada de caça ao voto. Se os líderes tucanos não aprenderem a opor-se o tempo todo, não haverá ninguém a liderar.
Os brasileiros inconformados descobriram que podem viver sem eles. E sabem o que querem. A grande frente oposicionista só será chefiada por quem souber compreender e interpretar o que pensa."
AUGUSTO NUNES

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Brasileiros e Brasileiras! Vem pancada aí, gente!

O presidente Lula deverá antecipar medidas econômicas duras e impopulares para evitar que a sucessora, Dilma Rousseff, tenha de adotá-las no início de seu governo, informa reportagem de Kennedy Alencar, publicada nesta terça-feira pelo Jornal Folha de São Paulo.
Amanhã e quinta-feira, as pastas da Fazenda e do Planejamento deverão finalizar estudos de medidas de ajuste que acham necessárias para o novo governo. O diagnóstico será transmitido à equipe de transição de Dilma.
A Folha apurou que Lula já se dispôs, se Dilma quiser, a implementar medidas duras. A ideia é aproveitar a alta popularidade de Lula para tomar decisões que possam ser desagradáveis a setores do funcionalismo público e da sociedade como um todo.
Apesar de ter negado durante a campanha, Dilma e Lula já discutiram medidas de ajuste fiscal e até monetária. Será um ajuste menor que o feito por Lula em 2003.

Uma eleição sem legitimidade

Esta eleição foi caracterizada pelo total desprezo aos valores éticos. O presidente Lula foi o grande responsável por esta lamentável postura.
Colocou na cabeça que a única meta importante era eleger sua candidata, e qualquer meio poderia ser usado para tanto. O presidente da República, representante de todo o povo brasileiro, tornou-se um empolgado cabo eleitoral, ignorando as funções de seu cargo, as leis e o respeito às regras de uma democracia limpa.
A máquina estatal ficou a serviço do partido. Aécio Neves resumiu bem: “Presidente Lula sai menor do que entrou nesta eleição”. Lula mostrou ser um populista que só pensa nas próximas eleições, ao contrário de um estadista, que foca nas próximas gerações. Fazendo analogia com o futebol, ao gosto de Lula, foi como vencer com um gol de mão, sem legitimidade.
Rodrigo Constantino

Nobel do Cinismo

“A agressividade dos tucanos à companheira Dilma Rousseff é uma coisa que eu imaginava que já tivesse terminado na política brasileira.
Fui candidato cinco vezes, perdi três, e vocês nunca me viram com a agressividade dessa campanha”.
Assim disse Lula, que chamou José Sarney de “ladrão” em 1988, Fernando Collor de “corrupto” em 1989, Fernando Henrique Cardoso de “estelionatário eleitoral” em 1994 e 1988, José Serra de “capacho” em 2002, Geraldo Alckmin de “oportunista” em 2006 e José Serra de “mentiroso” em 2010.
*Augusto Nunes
COMENTO: Durante toda a campanha não se ouviu de José Serra nenhuma ofensa a candidata do governo. Serra não xingou, não desdenhou, não humilhou, não falou sobre o passado sombrio da candidata...mas o apedeuta fala o que quer... e o vigarismo no Brasil permanece em alta.

Quem é o culpado?

Calados, por quê?

Nem uma notinha sobre o caso Erenice, sobre a produção de dossiês, sobre os atrasos no PAC, sobre a conturbada gestão no RS, nada...
A imprensa calou. Por quê?
Não é hora de parar, mas de seguir em frente. Não se pode correr o risco de tudo cair no esquecimento e as ratazanas do poder se regozijarem, mais uma vez, de praticarem "erros" e tudo ficar impune.

Estrangeiros compram terras brasileiras, sem controle

Empresas e pessoas de outros países compram o equivalente a 22 campos de futebol em terras no Brasil a cada uma hora. Em dois anos e meio, os estrangeiros adquiriram 1.152 imóveis, num total de 515,1 mil hectares, informa reportagem de Fernanda Odilla, publicada nesta terça-feira no Jornal Folha de São Paulo
A Folha comparou registros mais recentes feitos entre novembro de 2007 e maio de 2010 pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), que leva em conta as aquisições de pessoas e empresas de outros países.
Na tentativa de conter a "invasão estrangeira", o Incra também regula compras e arrendamento de terras feitos por empresas com sede no Brasil, mas que são controladas por estrangeiros.
"Não é xenofobia. Agora temos regras que trazem estabilidade jurídica e potencializa o combate à grilagem", afirma o presidente do Incra, Rolf Hackbart.

A decência de Serra

Mesmo aqueles que não votaram no candidato José Serra elogia a sua postura de candidato que perdeu, mas não foi derrotado.
Há, sim, diferença entre perder e ser derrotado.
O perdedor é decente, é altivo e não busca culpados pela perda. E mais: o perdedor consegue a simpatia do vitorioso, que lhe destaca a decência e o caráter.
Já o derrotado descobre culpados onde não há e ataca a todos indistintamente; de ordinário, o derrotado é desonesto e tenta esconder a desonestidade lançando dúvidas sobre pessoas e instituições.
Para o derrotado todo mundo é desonesto. e só ele é o bom, o puro e o decente.
O Serra poderia ter dito que foi vítima de um esquema avassalador montado pelo governo federal; poderia ter dito que foi vítima de golpes baixos, poderia ter dito isto e aquilo da adversária, mas fez o contrário: telefonou-lhe parabenizando-a pela vitória.
Serra deu à nação uma lição de caráter e mostrou a diferençs entre quem é do BEM e quem é do MAL.
E como o BEM sempre vence, a oportunidade dele está a caminho.Com certeza.
Já quem é do MAL continuará fazendo MAL, primeiro a ele mesmo.
*Roberto Vilanova

Suplicy barrado por Dilma


O trapalhão e senador Eduardo Suplicy (PT-SP) passou por um constrangimento na porta da casa da presidente eleita Dilma Rousseff nesta segunda-feira.
Ele chegou ao local com um vaso de orquídeas para entregar à petista, mas foi impedido por seguranças. A visita surpresa acabou em frustação.
Os assessores de Dilma informaram ao senador que ela estava descansando e recolheram as flores com a promessa de entregá-las à petista. “Queria dar um abraço de parabéns à extraordinária vitória da presidenta Dilma Roussseff”, lamentou Suplicy.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Sobre o leite derramado

Cerca de 28,20 por cento do eleitorado brasileiro ( 36.336.257 eleitores ) não demonstraram o menor interesse em votar em nenhum dos candidatos.
Entre abstenções ( 29.194.356 - 21,50% ), Votos nulos ( 4.689.310 - 4,40% ) e votos em branco ( 2.452.591 - 2,30% ), depreende-se que o eleitorado que assim agiu, o fez em razão da falta de estímulo.
Quem votou na candidata do governo, ou pelo menos a sua maioria, jamais se absteria ou perderia o voto.
A perda deste votos foi da oposição, exceto poucos votos anulados pela incapacidade de votar de algumas poucas pessoas.
Faltou burilar a campanha. Falar mais ao eleitor, chegar junto, como diz o jargão.
É bem verdade que o governo usou uma "máquina trituradora" que esmagou a ética e às leis.
Mas nós podíamos muito mais!
A oposição brasileira, sob a liderança do PSDB, continua muito amena, muito clássica, educada, polida e respeitadora.
O resultado: Temos eleita uma pessoa sem perfil algum de estadista ou, ao menos, de bom gestor público. Espero que ela me surpreenda com um bom governo.
Ademais, o espírito socialista dará o rumo do governo da candidata eleita.
Que se cuidem democratas e os apaixonados pela liberdade.
Cuidemo-nos nós. Não devemos nos afastar nenhum instante da nossa luta pela democracia.
O Estadão já reconheceu o seu erro. Quem será o próximo?
A bola da vez é Edir Macedo e a sua Record, tão servil.
Também deverá haver um "naco" para a IstoÉ, Carta Capital, Band, SBT, e... talvez até para a Folha de São Paulo, com seu instituto de pesquisa "tão bonzinho".
Mas não adianta chorar sobre o leite derramado. O importante é seguir em frente.
Eleição se ganha ou se perde.
Caráter e convicções democráticas são inalienáveis.

domingo, 31 de outubro de 2010

A sombria opção dos brasileiros

Os brasileiros escolheram, para presidir o país, a ex-ministra Dilma Roussef, uma mulher sem tradição de luta democrática ou até mesmo de engajamento pelo movimento feminista.
Sua atuação política partidária é insípida e nula. A atividade em órgãos públicos, por indicação política, lhe levou a ocupar cargos de importância no executivo, sem muito destaque, exceto o fato de ter seu nome escolhido para candidatura a presidência da República, numa escolha exclusivamente pessoal, pelo presidente da República.
Eleita sob as bênçãos de seu guru Luiz Inácio, e sob o patrocínio do povo que pagou com seus impostos a notoriedade da candidata, esta ascendeu ao poder após anos de uma campanha contínua, às vezes velada, às vezes, absurdamente, escancarada com o notório uso e abuso do poder político.
Nascida em berço esplêndido, Dilma Roussef traz em sua história de vida a opção pela militância em organizações de esquerda que executavam atividades ilícitas, o que a levou para a clandestinidade.
É controverso seu grau de participação nas ações das organizações clandestinas que integrou. Muitas dessas organizações executaram roubos, assaltos, seqüestros e assassinatos em nome de uma luta pela implantação do regime comunista no país, com o argumento de que assim redemocratizariam o Brasil, em pleno regime militar.
Dilma militou no Comando de Libertação Nacional (COLINA) e na Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR Palmares), tendo essa última protagonizado um célebre roubo em meados de 1969, considerada a ação mais espetacular e rendosa de toda a luta armada.
Finalmente capturada, passou quase três anos presa, entre 1970 e 1972.
Uma trajetória de vida pessoal e profissional não muito conhecida. Emerge, no entanto, a provável participação em atos de terrorismo, crimes diversos e uma personalidade de difícil convivência...
Qual será o caminho que Dilma trilhará? Seguirá o programa do PT caracterizado pelo socialismo, pelo cerceamento da liberdade individual e de imprensa, pelo aparelhamento dos órgãos públicos, pelo controle totalitário da máquina pública?
Eis um dilema para decifrar a candidata eleita. Eis o lado sombrio de Dilma Rousseff, a mulher escolhida, pela maioria dos eleitores brasileiros, para comandar o Brasil.

Eleição presidencial: Percentual de votos por Estado

*Fonte: Época/Globo

A vitória da PELEGOCRACIA

Mesmo sem o Nordeste, Dilma venceria Serra

Ao contrário de que muitos pensavam e até lançaram protestos na internet contra o povo do nordeste, a petista e ex-ministra chefe da Casa Civil, Dilma Vana Rousseff, 62 anos, seria eleita independentemente da vantagem de votos conseguidos no nordeste brasileiro. A soma dos votos do eleitorado do Sul, Sudeste e Centro-oeste já consagrariam a candidata.
Veja no quadro abaixo a votação, por região:

Fonte: G1

Mãe ou madrasta ?

Esta mulher foi escolhida pelo povo brasileiro como a presidente do Brasil. Mas 45% dos brasileiros preferiram a oposição. Estes não se deixaram levar por aleivosias, por calúnias, por mentiras deslavadas, pela imposição do uso e abuso do poder.

Muito tarde para lamentar...

Muito bom o editorial de 31/10/2010 ....mas veio muito tarde!
Assumir o erro é bom, mas não nunca será o suficiente!
A mídia, inclusive o Estadão, se omitiu por anos e anos na divulgação e explicação do que vinha a ser o Foro de São Paulo; 99% dos cidadãos, inclusive eu, nem sabia de sua realização e propostas...
Quando vim a me inteirar ,há cerca de uns tres ou quatro anos, eu e vários outros leitores escreviamos ao Forum do Estadão e para coluna de leitores de outros jornais denunciando tal projeto...porem, nunca tivemos nossas cartas publicadas naquela época. E agora... só quando o processo resolvido neste maldito Foro se torna realidade , que a democracia tal como a entendemos foi achincalhada, usada em suas liberalidades contra ela mesma para diminuí-la e servir aos propósitos inconfessáveis de um PNDH3..., vem o jornal admitir que errou...
Eu me pergunto: o que faremos se Dilma ganhar esta eleição?....o mea culpa midiático não adiantará de nada! Pois a função precípua de um jornal é informar seus leitores, e nós ficamos a ver navios nesta questão ...viemos a saber de tudo por outras fontes.
São 16:00 horas do 31 de outubro, e eu ainda peço a Deus que nos ajude a conseguir a vitória de Serra para abortar este plano fidelista/maquiavélico.
Mara Montezuma Assaf, por e-mail

Cínico e injusto, Lula ofende Serra durante a votação em São Paulo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste domingo (31), após votar em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, que o candidato à presidência da República do PSDB, José Serra, sairá dessa campanha menor do que entrou.
Cabo eleitoral ativo da candidata petista Dilma Rousseff, o presidente fez a afirmação ao responder uma pergunta que dizia que a campanha foi nivelada por baixo de parte a parte.
"Não me fale de parte a parte. Essa campanha foi muito mais violenta de uma parte para a outra. Eu sinceramente acho que o candidato Serra sai menor dessa campanha", disse Lula.
"Sai menor porque a agressividade deles com a companheira Dilma Rousseff é uma coisa que eu imaginava que tivesse terminado na política brasileira. Eu fui candidato cinco vezes. Das cinco vezes, eu perdi três, e vocês nunca me viram com a agressividade que teve nessa campanha", opinou Lula, derrotado por Fernando Henrique Cardoso em 1994 e 1998 e Collor em 1989.
Lula usou de cinismo e foi injusto com o candidato José Serra. Durante esta campanha não se ouviu de Serra, em nenhum momento, agressões gratuitas nem acusações levianas.
Ao contrário do que disse o presidente "aloprado", Serra fez uma campanha até amena e pouco agressiva, respeitando sua adversária, evitando falar de seu passado nebuloso e de sua incompetência.

Pelo Brasil, poderíamos fazer muito mais

O paraiso do ilícito

Esse é o nosso país agora oficialmente transformado no paraíso do ilícito e de todas as suas mutações criminosas. Primeiro foi um ensaio de 8 anos. Agora virou profissional e oficial, com direito a perpetuação por mais uns 30 anos.
E o mundo bate palmas!!! No deles corrupto vai para a cadeia e a Justiça com raras exceções sempre funciona. Acredite se quiser!
Na verdade a alegria e as palmas decorre o Brasil não é o país deles e sim o que eles exploram.
Quanto mais canalha, corrupto, político safado, e ladrão do contribuinte, melhor.
E quanto mais contribuinte idiota e imbecil, melhor ainda.
Tudo o que está escrito acima não é mentira nem exagero. É o retrato de um país continental dominado por um covil de bandidos.
Felizmente para uns e infelizmente para outros ainda temos alguns milhares de cidadãos que nunca vão querer entrar para o TIME e continuarão lutando para que o Poder Público cumpra sua verdadeira função que é servir à sociedade que lhes paga e não virar um cabide
de empregos para todo de tipo de canalha e de bandido da sociedade em que vivemos desde o cargo mais baixo até o mais alto.
Ainda sonhamos que um dia a Justiça no Brasil mereça ser chamada desse nome.
*Geraldo Almendra, por e-mail, via resistência democrática

PT confessa a chavinização do Brasil

Brasil aprova ficha suja

Seja qual for o resultado das eleições presidenciais, 2010 ficará marcado como o ano do movimento cívico que aprovou a ficha suja na política brasileira.
A opinião pública, distraída como sempre, está eufórica com a Lei da Ficha Limpa — que barra candidatos com maus antecedentes, como o lendário Jader Barbalho. Sem querer estragar a festa, é preciso dar a má notícia: Jader, Roriz e companhia são gotas no oceano diante dos métodos políticos que estão sendo aprovados, ao mesmo tempo, pela mesma opinião pública, na campanha presidencial.
A imprensa fez a sua parte. Mostrou, de forma quase didática, o jeito Dilma de governar. Não se trata de uma denúncia aqui, ou um escândalo ali. Trata-se de uma cultura. O que o Brasil viu — ou deveria ter visto — acontecer na Casa Civil ou na Receita Federal não foi uma coleção de deslizes. Foi um método de ação, um plano de governo. Sucessora de José Dirceu, afastado pelo mensalão, Dilma Rousseff trouxe Erenice Guerra. Investiu tudo nela, e promoveu sua ascensão meteórica de funcionária obscura a ministra mais importante da República.
A eficiência de Erenice é incontestável. Montou uma rede de tráfico de influência no ministério em menos de seis meses. Pode-se imaginar o que faria em quatro anos, como principal ministra de Dilma.
Ao fundo, a espionagem na Receita a serviço do comitê da candidata do PT — mesma Receita que já havia sido fustigada por Dilma, segundo a exsecretária Lina Vieira, para aliviar um processo contra o filho de Sarney. O Estado é deles. Se não fosse, qual seria a graça de pegar o poder?
As agências reguladoras, criadas justamente para despolitizar o Estado — quem foi o louco que inventou isso? —, foram retomadas pela sanha partidária. E devidamente desmoralizadas. O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), importante referência na análise conjuntural, foi convertido em propagador de ideologia petista. Os Correios, pilar da unificação continental brasileira, mudaram de prioridade: antes da entrega de cartas, a entrega de cargos. Ali também chegou um dos tentáculos de Erenice, a fiel escudeira de Dilma e do PT.
Diante dessa colonização da máquina pública, chega a ser comovente o grito genérico do povo contra as privatizações. O brasileiro teme a alienação do patrimônio estatal. Não toquem nos nossos parasitas.
Lula tem toda a razão quando diz que não se pode reclamar de falta de liberdade de imprensa no seu governo. De fato, a imprensa mostrou a farra toda. E mostrou fartamente quem é, ou melhor, quem não é Dilma Rousseff, além de uma testa de ferro desse projeto de sucção partidária do Estado. Não viu quem não quis. E a massa de votos apontados para a madrinha de Erenice, outdoor do assalto “progressista” à coisa pública, não deixa dúvidas: a ficha suja é um sucesso no Brasil.
A miopia é mesmo um grande tranquilizador de consciência. O eleitor de Dilma ainda se sente à vontade para patrulhar os outros. Afinal, Dilma é Lula, e Lula é o pai dos pobres. No Rio de Janeiro, capital nacional da esquerda festiva, já brota uma certa hostilidade moral contra os que não apoiam a “presidenta”. O politicamente correto continua sendo o melhor disfarce para o intelectualmente estúpido.
Esse Brasil supostamente solidário — ficha suja e cara limpa — ama Lula pelo motivo errado. O governo que se encerra foi positivo em um aspecto crucial: garantiu a estabilidade política, com as instituições funcionando normalmente, artigo raro numa República que marcha aos trancos e barrancos. Isso se deveu em grande medida à ampla representatividade de Lula, e à sua habilidade pessoal. Esta foi a base da manutenção da estabilidade econômica — e do progresso social advindo dela — que o Brasil resolveu acreditar ser obra do governo bonzinho de um presidente pobre.
E onde brota a mistificação, como se sabe, a ignorância e a má-fé se confundem. A comparação de indicadores econômicos do último ano de Fernando Henrique com números atuais não é honesta. Circula na internet um comentário do jornalista Joelmir Beting comparando PIB, juros, inflação etc. de 2002 e 2010, como argumento para a aposta em Dilma. Uma fraude.
O governo anterior tirou a economia brasileira do pântano. Controlou a inflação, apesar da oposição do PT. Mesmo abalroado pelas duas maiores crises financeiras dos últimos 20 anos (dos Tigres Asiáticos e da Rússia), deixou as bases institucionais para o crescimento. Os indicadores de 2002 refletiam essa conjuntura de transição, além do risco Lula — que só desapareceu quando ele comprometeu-se com a política econômica de FH.
Em sua campanha, Dilma apropriouse do feito de Pedro Malan, da foto de Norma Benguell e da assinatura de Ruth Rocha, entre outras licenças poéticas. Mas o que é genuinamente seu, até o momento, é o legado de Erenice. Cada um com a sua ficha.
*Texto do escritor GUILHERME FIÚZA, em O Globo - 30.10.2010