segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

''Os Estados Unidos ainda estão sob ameaça''



Entrevista de George Bush, presidente dos Estados Unidos:
Os democratas e liberais o atacaram de modo implacável, chamando-o até de "o pior presidente da história". Por que o sr. não reagiu?
-Acredito que existe uma maneira de nos conduzirmos na vida pública sem recorrer a insultos.
Isso não o aborrece?
-Realmente, não. Há dois aspectos na agenda de um presidente. Primeiro, durante a campanha, disse o que pretendia fazer. E, é claro, você também tem de lidar com o inesperado. Esse é o outro lado da função. Precisamos lidar com eventos inesperados de maneira resoluta, muito firme. Não fomos atacados de novo, pelo que estou muito grato. Mas não porque o inimigo não tentou de novo. Foi o resultado das medidas que adotamos.
O sr. disse que a sua fé o sustentou durante o seu mandato. Seus detratores dizem que o senhor tem uma linha direta com Deus - e nos envolveu no Iraque . Sua decisões políticas são necessariamente preceitos específicos de Deus?
-Eu tenho explicado, quando indagado, que a oração é algo muito pessoal. O problema é que as pessoas procuram caracterizar a minha religião de modo que se ajuste à visão delas do mundo.
Vejamos se consigo ir mais a fundo nisso: antes de uma decisão importante, antes de iniciar a derrubada de Saddam, o sr. pediu: ?Deus, se não estiver tomando a decisão certa, interfira e examine - e contenha-me?
-Para mim, a oração é sabedoria e força, protege minha família, protege as tropas. Veja, você adota a melhor decisão possível no momento, e ouve muitos assessores que estão ali para lhe dar o melhor e mais sensato conselho. Sou espiritual, não um místico. Significa que não ouço vozes. Sei que tenho de tomar decisões duras, baseadas nas circunstâncias presentes. E é por isso que, para mim, a oração é um assunto muito pessoal.
O seu sucessor solicitou algum parecer do sr.?
-Não, realmente. Tive um encontro muito bom com o presidente eleito. Fiquei impressionado com a sua conduta e seu amor pela família. E disse-lhe que estou disponível, depois de deixar o cargo, caso ele se interesse por minhas opiniões.
E o que ele disse?
-Achou excelente. Disse: ?Com certeza.? Acho que ele vai perceber que se cercará de tantas opiniões que vai ter de escolher quais as mais confiáveis, quando começar a examinar os diferentes assuntos que vai enfrentar.
O que ele espera que não poderia estar esperando?
-É evidente que estamos numa era em que nosso país está sob ameaça e isso vai ficar bastante claro para ele à medida que o tempo passar. Estou certo de que isso já está claro para ele. E, assim, o que é preciso se preocupar, no nosso caso, é não esperar que o inimigo queira nos atingir, mas sobre como eles vão tentar nos atacar. E, inevitavelmente, vai surgir uma crise em alguma parte e os Estados Unidos vão se envolver nela. Vão ocorrer desastres naturais - impossível dizer por quantos furacões eu passei - tornados, incêndios. Portanto, ele precisa estar pronto para lidar com tudo isso. Leia mais em: ''Os Estados Unidos ainda estão sob ameaça''
Fonte: Jornal O Estado de São Paulo

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