O preço do petróleo caiu ao patamar de US$ 37 nesta segunda-feira. Os investidores viram nas previsões de piora da economia global sinais de que a demanda pela commodity vá cair de forma mais acentuada que o esperado. Mesmo a tensão no Oriente Médio com a ofensiva militar de Israel contra a faixa de Gaza, a disputa entre Rússia e Ucrânia sobre gás natural e o corte feito pela Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) não bastaram para conter o declínio do preço.
Às 15h55 (em Brasília), o barril do petróleo cru para entrega em fevereiro, negociado na Nymex (Bolsa Mercantil de Nova York, na sigla em inglês), estava cotado a US$ 37,96, em baixa de 7,03%. Até o horário, o preço máximo do barril era de US$ 40,80 e o mínimo, de US$ 37,60.
Hoje a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) informou hoje, no entanto, que 34 dos 35 países analisados no novo Indicador Composto Avançado deverão registrar forte desaceleração econômica nos próximos seis meses --a única exceção sendo o Brasil.
Além disso, o presidente do BCE (Banco Central Europeu), Jean-Claude Trichet, previu um enfraquecimento maior da economia em 2009 e uma recuperação notável em 2010. Segundo ele, as medidas até agora adotadas por governos e bancos centrais para impedir uma queda do sistema financeiro não foram "totalmente levadas em conta pelos mercados", embora tenham desempenhado um papel positivo.
Na sexta-feira, o Departamento do Trabalho dos EUA sinalizou a situação crítica da economia do país -- o que deve se refletir no consumo menor de petróleo.
A economia, assim, ganha força como fator principal a influenciar o preço da commodity. Antes da ofensiva israelense em Gaza, o barril chegou a cair a US$ 33. Após o dia 27, no entanto, o preço chegou a US$ 50. A incerteza sobre a situação da crise entre Rússia e Ucrânia também confunde os investidores.
Fonte: Folha Online
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