O delegado Protógenes Queiroz(foto), que comandou a primeira fase da Operação Satiagraha, negou nesta segunda-feira (9) a denúncia publicada pela revista “Veja” de que teria montado uma rede de espionagem de autoridades. “É mais uma mentira lançada levianamente por esse órgão de imprensa, a revista ‘Veja’, que não tem pautado com ética e com moral os trabalhos executados ultimamente”, disse Protógenes, em entrevista ao programa “Bom Dia Pernambuco”, exibida nesta segunda.
A reportagem de "Veja" afirma ter tido acesso a informações retiradas do computador pessoal de Protógenes, apreendido pela Polícia Federal, 63 fotografias, 932 arquivos de áudio, 26 arquivos de vídeo e 439 documentos de texto. Segundo a revista, o delegado guardou os relatórios, que poderiam ser usados para constranger e intimidar. A lista de Protógenes inclui, segundo a revista, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, a ministra-chefe da casa civil, Dilma Rousseff, o ex-ministro José Dirceu, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o chefe de gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho, o ministro de assuntos estratégicos, Mangabeira Unger, os senadores do DEM Heráclito Fortes (PI) e Antonio Carlos Magalhães Júnior (BA), e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB-SP). De acordo com o delegado, no computador apreendido em sua residência havia informações pessoais, e alguns fragmentos da Operação Satiagraha. “Nós vivíamos um período pós-operação e isso é comum: a autoridade policial guardar pequenos fragmentos para servir às próprias autoridades quando lhe é convocado a informar”, disse. Ainda segundo Protógenes, no hotel em que ele estava foram apreendidos alguns pen-drives que continham informações da Satiagraha, entregues ao Ministério Público Federal. O delegado defende ainda a apuração sobre quem teria fornecido documentos de “um inquérito policial sigiloso” e disse ter consultado seus advogados para “providenciar as medidas cabíveis”. Protógenes Queiroz participa, em Recife, de um seminário sobre corrupção, às 19h, na Universidade Federal de Pernambuco.
Protógenes tenta, a todo custo, vender uma imagem de correção e ética, mas todas as provas , até agora, colhidas pela própria PF, parecem dizer ao contrário.
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