Integrantes da CPI das Escutas Telefônicas intensificaram nesta quinta-feira as análises do relatório sobre o vazamento de dados da Operação Satiagraha --conduzido pela Polícia Federal e que levou à prisão o banqueiro Daniel Dantas, o ex-prefeito Celso Pitta e o investidor Naji Nahas, entre outros. São 11 volumes, com cerca de 200 páginas cada, além de CDs, fitas de vídeo e áudio.
A partir das avaliações preliminares, os deputados afirmam que há indícios de que os delegados da PF Paulo Lacerda e Protógenes Queiroz mentiram à comissão.
Parlamentares e técnicos reclamaram da dificuldade para abrir alguns arquivos e também da má qualidade do áudio de outros. Em um dos arquivos, segundo os deputados, há referências ao governador de São Paulo, José Serra (PSDB), em outro a menção a um suposto namorado da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) e um terceiro faz referências ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Mas como os arquivos estão sob um sistema de insegurança, os parlamentares estão com dificuldades em abrir esses arquivos.
Membros da CPI, os deputados Raul Jungmann (PPS-PE) e Gustavo Fruet (PSDB-PR) colocaram suas equipes para destrinchar o material recebido pela comissão. "O volume de informações é tão grande que eu considero impossível, mesmo com uma equipe trabalhando intensamente, analisar tudo. É preciso ter cautela", disse Fruet.
Para Jungmann, o pouco que observou é suficiente para fazer um juízo de valor. Segundo o deputado, Paulo Lacerda, ex-diretor da Abin, e Protógenes Queiroz, que conduziu a primeira etapa da Satiagraha, mentiram.
"Tem muita mentira. Todos eles mentiram quando vieram aqui na CPI. É uma mentira generalizada. A gente fica espantado de ver quanta informação. Não havia um foco. Mas material suficiente para gerar muita confusão. É nitroglicerina total", disse Jungmann, que colocou seis funcionários exclusivamente para se dedicarem ao relatório.
Nos últimos dias, o vazamento de dados da Satiagraha, revelado em reportagem da revista "Veja", gerou uma série de repercussões no cenário político. Em decorrência das denúncias da revista, a Câmara aprovou a prorrogação das atividades da CPI por mais 60 dias.
A reportagem informou que entre os alvos de Protógenes estariam os ministros Dilma e Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos), o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o governador Serra e o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, além do empresário Fábio Luiz da Silva, filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Protógenes rebateu, no seu blog, a reportagem da revista. Segundo ele, as informações são "mentirosas". Ele negou ter investigado Dilma e outros políticos citados na reportagem da revista "Veja" durante a Operação Satiagraha.
Ontem Dilma também reagiu à reportagem. A ministra disse não temer escutas telefônicas e levantou dúvidas sobre a veracidade dos dados contidos na revista.
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A partir das avaliações preliminares, os deputados afirmam que há indícios de que os delegados da PF Paulo Lacerda e Protógenes Queiroz mentiram à comissão.
Parlamentares e técnicos reclamaram da dificuldade para abrir alguns arquivos e também da má qualidade do áudio de outros. Em um dos arquivos, segundo os deputados, há referências ao governador de São Paulo, José Serra (PSDB), em outro a menção a um suposto namorado da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) e um terceiro faz referências ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Mas como os arquivos estão sob um sistema de insegurança, os parlamentares estão com dificuldades em abrir esses arquivos.
Membros da CPI, os deputados Raul Jungmann (PPS-PE) e Gustavo Fruet (PSDB-PR) colocaram suas equipes para destrinchar o material recebido pela comissão. "O volume de informações é tão grande que eu considero impossível, mesmo com uma equipe trabalhando intensamente, analisar tudo. É preciso ter cautela", disse Fruet.
Para Jungmann, o pouco que observou é suficiente para fazer um juízo de valor. Segundo o deputado, Paulo Lacerda, ex-diretor da Abin, e Protógenes Queiroz, que conduziu a primeira etapa da Satiagraha, mentiram.
"Tem muita mentira. Todos eles mentiram quando vieram aqui na CPI. É uma mentira generalizada. A gente fica espantado de ver quanta informação. Não havia um foco. Mas material suficiente para gerar muita confusão. É nitroglicerina total", disse Jungmann, que colocou seis funcionários exclusivamente para se dedicarem ao relatório.
Nos últimos dias, o vazamento de dados da Satiagraha, revelado em reportagem da revista "Veja", gerou uma série de repercussões no cenário político. Em decorrência das denúncias da revista, a Câmara aprovou a prorrogação das atividades da CPI por mais 60 dias.
A reportagem informou que entre os alvos de Protógenes estariam os ministros Dilma e Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos), o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o governador Serra e o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, além do empresário Fábio Luiz da Silva, filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Protógenes rebateu, no seu blog, a reportagem da revista. Segundo ele, as informações são "mentirosas". Ele negou ter investigado Dilma e outros políticos citados na reportagem da revista "Veja" durante a Operação Satiagraha.
Ontem Dilma também reagiu à reportagem. A ministra disse não temer escutas telefônicas e levantou dúvidas sobre a veracidade dos dados contidos na revista.
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