terça-feira, 24 de março de 2009

Em números, o PAC é uma falácia.Ou uma mentira?

Preocupado em eleger Dilma Roussef, a qualquer preço, o governo Lula apregoa realizações da execução orçamentária ( que eles apelidaram de PAC ), tentando impressionar os leigos com comícios ( ou inaugurações como eles dizem ) onde a tônica é o ufanismo em relação pseudo realizações.
Os relatórios de execução, do tal PAC, são peças publicitárias muito bem ilustradas com fotos que impressionam e um gigantesco “embróglio” de números que confundem prosperidade econômica conjuntural com a efetiva prestação de contas do PAC.
Segundo o último relatório PAC - Balanço 5 até o momento o PAC conseguiu concluir:
53 km de extensão da ferrovia Norte–Sul;
3.343 km de pavimentação de rodovias;
54 embarcações novas para a Marinha Mercante;
a geração de mais 1.314 MW de energia elétrica;
a extensão de 2.824 km de linhas de transmissão;
a descoberta de novas reservas de petróleo e gás;
o aumento da produção de combustíveis renováveis e
o eixo de integração Orós-Feiticeiro, no Ceará, obra complementar ao Programa de Integração do rio São Francisco com as bacias do Nordeste Setentrional.
Talvez esses números anunciados com grande alarde, isoladamente impressionem um leigo que não tenha noção da infraestrutura de um país de dimensões continentais como o Brasil.
A título de comparação, seguem alguns dados da infraestrutura do país.
Extensão da malha ferroviária: 28.522 km (fonte: Atlas do Transporte 2006)
Extensão da malha rodoviária: 1.610.075,9 km (fonte: http://www.dnit.gov.br/)
Frota de Marinha Mercante brasileira: 1.116 embarcações de cabotagem, longo curso e apoio (Fonte: Agência Nacional de Transportes Aquaviários)
Geração de energia elétrica: 39.753 MW (fonte: Ministério de Minas e Energia)
Extensão do sistema de transmissão de energia: 57.000 km (fonte: Ministério de Minas e Energia)
O único número mais expressivo é o aumento de embracações. Mas esse número precisa ser conhecido com mais detalhe pois o relatório do PAC não menciona quais as classes de embarcação incluidas em seu relatório. Se forem embarcações de longo curso ou cabotagem, esse número de fato representaria um avanço importante. Na prática todos esses números teriam que ser comparados em termos de evolução histórica e principalmente com as metas decorrentes de necessidades futuras identificadas em estudos prospectivos. Se essa comparação fosse feito, descobriríamos que o grande PAC pouco representa. Fora a gigantesca rede de corrupção ligada aos programas do PAC e já identificada pela Polícia Federal em mais de 150 municípios, os demais resultados são tão insignificantes que não há o que comentar. Para finalizar, existe algo extremamente inconsistente ou muito mal explicado no PAC. No resumo (http://www.fazenda.gov.br/portugues/releases/2007/r220107-PAC.pdf) do programa seriam aplicados em quatro anos R$ 503,9 bilhões em infra-estrutura. Passados dois anos o governo conseguiu um desempenho ridículo conforme mostra o quadro abaixo.
ANO Empenhado (R$) Pago (R$)2007 7,7 bilhão 4,4 bilhão2008 10,4 bilhão 8,2 bilhão
Se em dois anos os empenhos somados chegaram a R$ 18,1 bilhões e a execução chegou a ridículos R$ 12,6 bilhões, só por mágica, milagre ou corrupção conseguirão executar os R$ 503,9 bilhões.
Mas a candidatura de Dilma Rousseff tem seu lado interessante. O fato dela ser medíocre e de ser a única aposta de Lula é uma chance impar do Brasil se livrar dessa esquerda corrupta que durante décadas minou a política fazendo oposição cega ao país e a qualquer iniciativa que pudesse trazer resultados positivos.
Além disso, foi por terra de vez o mito fabricado que a esquerda é honesta. O governo Lula mostrou que a essência da esquerda é o aparelhamento do estado e que seu único projeto político é a corrupção em todas as esferas e amplitudes.
Queria o destino que não seja possível fabricar outro candidato menos medíocre e que Dilma não passe da insignificância política que efetivamente representa. Contudo existe um risco.
A oposição, ou melhor, aquilo que se autodenomina oposição, dorme com as cobras. Ou seja, é possível que, com ou sem Dilma, tenhamos mais quatro anos do mesmo.

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