RIO - Em entrevista ao programa "Conexão Roberto D'Ávila", que vai ao ar na TV Brasil domingo, às 20h, José Serra fez essas e outras revelações a respeito de sua infância pobre e do início da carreira política:
INFÂNCIA: "Morava numa vila construída por empresas para operários. Meu pai era vendedor de frutas. Nossa casa tinha um quarto, sala, cozinha e o banheiro do lado de fora. A gente tinha de sair no frio para ir ao banheiro."
BAGUNCEIRO: "Estudei quase a vida toda em escola pública. Eu era estudioso, mas a nota em comportamento vinha sempre em vermelho. Eu fazia barulho na sala de aula".
LEITURA: "Comecei a ler Nelson Rodrigues nos jornais, achava o máximo do erotismo. Lia jornal todos os dias. Depois, vieram os livros. Nossa família não tinha livros em casa, mas ganhei de uma professora "Conto de Natal", de Charles Dickens. Depois, pedi para minha mãe ficar sócia do Clube do Livro. Li toda a obra de Machado de Assis, até as correspondências. Foi como aprendi a escrever, pois não conhecia nada de gramática".
DIVERSÃO: "Eu era bom de matemática. Ficava dividido entre ler e fazer exercícios de matemática para me divertir. Na época, a escolha era entre medicina, direito e engenharia. Medicina não dava, porque eu não podia ver sangue. Direito também não, porque não sabia latim. Escolhei engenharia porque era bom em matemática".
POLÍTICA: "Entrei na política cedo, acompanhava desde criança. Com 10 anos, já era bem politizado, tinha opiniões sobre tudo. E já passava pela minha cabeça fazer política. "Na faculdade, fui um dos líderes da greve que reivindicava uma representação estudantil na direção das universidades. Acabei me destacando e fui para a direção da UEE (União Estadual dos Estudantes). Depois é que fui para a UNE".
ATOR: "Fui diretor do grupo teatral da Poli (Escola Politécnica da USP), de onde saíram profissionais importantes. Fiz uma peça de José Celso, "Vento forte para um papagaio subir".
HIPOCONDRIA: "Tenho fama de hipocondríaco, mas é fama. Tem gente que fala isso e é mais hipocondríaco do que eu. Fernando Henrique, por exemplo. (...) Além da fama de hipocondríaco, tenho outra fama injusta: a de ser centralizador. Eu sou controlador, acompanhador, mas dou liberdade para o pessoal trabalhar".
ESCOLA DE BRASIL: "A UNE foi a minha primeira escola de Brasil. Eu nunca tinha viajado, exceto para uma pensão em Santos, para onde a gente ia três ou quatro vezes por ano".
MINEIROS: "Aprendi a fazer política no Rio, em Pernambuco e em Minas. Em Minas, ajudei a fundar a Ação Popular (grupo político de esquerda). Aprendi a lidar com mineiro, sem procurar fazer graça, desde aquela época. Mineiro é duro de mostrar o que está pensando".
AÉCIO: "Aécio não pensa diferente (é contra a antecipação da campanha). Já fomos a eventos juntos, mas isso não é campanha e nem estou disposto a deixar minha responsabilidade de governador para me envolver em campanha. Ano que vem é outro momento".
ELOGIOS: "Aécio faz excelente governo em Minas. O bom governante tem de saber escolher gente, e Aécio tem esse talento. Ele tem todos os títulos para eventualmente se apresentar como candidato. (...) Tenho certeza de que não ganho de Aécio em matéria de simpatia. Nesse aspecto, ele é imbatível".
MEGALOMANIA: "Tenho um pouco de megalomania no sentido de achar que dá para consertar as coisas no mundo. Eu acredito no poder da razão, o que está fora de moda".
MST: "Acabou virando um movimento político. (...) Tem uma característica quase de partido não declarado. Isso acaba trazendo instabilidade no campo. Quando se politiza, acaba virando instrumento da política".
PERFIL POLÍTICO: "Posso ser tudo, menos conservador em termos de posições políticas".
BANQUEIROS: "Não acho que banqueiros tenham medo de mim. Fala-se isso, mas eu nunca constatei pessoalmente. Não falo especificamente dos banqueiros, mas, em geral, você ter ideias próprias assusta. Defender o interesse geral da sociedade, e não de grupos, às vezes preocupa". Leia mais:http://oglobo.globo.com/pais/
BAGUNCEIRO: "Estudei quase a vida toda em escola pública. Eu era estudioso, mas a nota em comportamento vinha sempre em vermelho. Eu fazia barulho na sala de aula".
LEITURA: "Comecei a ler Nelson Rodrigues nos jornais, achava o máximo do erotismo. Lia jornal todos os dias. Depois, vieram os livros. Nossa família não tinha livros em casa, mas ganhei de uma professora "Conto de Natal", de Charles Dickens. Depois, pedi para minha mãe ficar sócia do Clube do Livro. Li toda a obra de Machado de Assis, até as correspondências. Foi como aprendi a escrever, pois não conhecia nada de gramática".
DIVERSÃO: "Eu era bom de matemática. Ficava dividido entre ler e fazer exercícios de matemática para me divertir. Na época, a escolha era entre medicina, direito e engenharia. Medicina não dava, porque eu não podia ver sangue. Direito também não, porque não sabia latim. Escolhei engenharia porque era bom em matemática".
POLÍTICA: "Entrei na política cedo, acompanhava desde criança. Com 10 anos, já era bem politizado, tinha opiniões sobre tudo. E já passava pela minha cabeça fazer política. "Na faculdade, fui um dos líderes da greve que reivindicava uma representação estudantil na direção das universidades. Acabei me destacando e fui para a direção da UEE (União Estadual dos Estudantes). Depois é que fui para a UNE".
ATOR: "Fui diretor do grupo teatral da Poli (Escola Politécnica da USP), de onde saíram profissionais importantes. Fiz uma peça de José Celso, "Vento forte para um papagaio subir".
HIPOCONDRIA: "Tenho fama de hipocondríaco, mas é fama. Tem gente que fala isso e é mais hipocondríaco do que eu. Fernando Henrique, por exemplo. (...) Além da fama de hipocondríaco, tenho outra fama injusta: a de ser centralizador. Eu sou controlador, acompanhador, mas dou liberdade para o pessoal trabalhar".
ESCOLA DE BRASIL: "A UNE foi a minha primeira escola de Brasil. Eu nunca tinha viajado, exceto para uma pensão em Santos, para onde a gente ia três ou quatro vezes por ano".
MINEIROS: "Aprendi a fazer política no Rio, em Pernambuco e em Minas. Em Minas, ajudei a fundar a Ação Popular (grupo político de esquerda). Aprendi a lidar com mineiro, sem procurar fazer graça, desde aquela época. Mineiro é duro de mostrar o que está pensando".
AÉCIO: "Aécio não pensa diferente (é contra a antecipação da campanha). Já fomos a eventos juntos, mas isso não é campanha e nem estou disposto a deixar minha responsabilidade de governador para me envolver em campanha. Ano que vem é outro momento".
ELOGIOS: "Aécio faz excelente governo em Minas. O bom governante tem de saber escolher gente, e Aécio tem esse talento. Ele tem todos os títulos para eventualmente se apresentar como candidato. (...) Tenho certeza de que não ganho de Aécio em matéria de simpatia. Nesse aspecto, ele é imbatível".
MEGALOMANIA: "Tenho um pouco de megalomania no sentido de achar que dá para consertar as coisas no mundo. Eu acredito no poder da razão, o que está fora de moda".
MST: "Acabou virando um movimento político. (...) Tem uma característica quase de partido não declarado. Isso acaba trazendo instabilidade no campo. Quando se politiza, acaba virando instrumento da política".
PERFIL POLÍTICO: "Posso ser tudo, menos conservador em termos de posições políticas".
BANQUEIROS: "Não acho que banqueiros tenham medo de mim. Fala-se isso, mas eu nunca constatei pessoalmente. Não falo especificamente dos banqueiros, mas, em geral, você ter ideias próprias assusta. Defender o interesse geral da sociedade, e não de grupos, às vezes preocupa". Leia mais:http://oglobo.globo.com/pais/
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