Pois bem, eis que a revista dominical do The New York Times que, diga-se de passagem nunca foi conservadora ou pudica, mas que também não traz de praxe a sexualidade em destaque, vem com essa questão formidável: o que querem as mulheres?
O autor do artigo, Daniel Bergner, segue o roteiro-padrão desse tipo de reportagem, iniciando pela grande bobagem de que "nem Freud poderia imaginar o que se está descobrindo agora sobre a sexualidade feminina". É o gosto norte-americano pelo "update" ou "upgrade" - joga fora o velho. Aí, Bergner faz uma análise sobre o trabalho da psicóloga Meredith Chivers, da Universidade Queen, em Kingston, Ontário, sobre a sexualidade feminina. Chivers tem feito estudos sobre o que excita uma mulher. Em um documentário chamado "Bi the Way", apresentado no festival de cinema de Nova Iorque, ela declara que para as mulheres heterossexuais, olhar para um homem nu caminhando na praia é tão excitante como ver uma paisagem, ou seja, a tesão feminina não é fixa, não é baseada em um padrão genético pré-fixado ou único - são muitas as conclusões de Chivers, mas fui ficando com sono ao longo do artigo. Curioso é que Freud descobriu isso em 1915 em seu magnífico estudo sobre a pulsão. Porém, como a metodologia de Freud não permite "laboratórios", "experimentos", "testes", "macacos", "coelhos" e "rinocerontes" - é uma metodologia que privilegia a escuta de humanos - então, não dá capa de revista. Na reportagem de Bergner, é grande o espaço para os testes de Chivers mostrando filmes de macacos bonobos em atividades sexuais para um público masculino, feminino e homossexual, e depois a "medida" da excitação através de um "aparelho" chamado "plethysmograph" - é impressionante o fascínio da mídia pela psicologia experimental! Mais impressionante é o amor da psicologia experimental pelos bichos - mas isso é tema para outro artigo. Soon!
O autor do artigo, Daniel Bergner, segue o roteiro-padrão desse tipo de reportagem, iniciando pela grande bobagem de que "nem Freud poderia imaginar o que se está descobrindo agora sobre a sexualidade feminina". É o gosto norte-americano pelo "update" ou "upgrade" - joga fora o velho. Aí, Bergner faz uma análise sobre o trabalho da psicóloga Meredith Chivers, da Universidade Queen, em Kingston, Ontário, sobre a sexualidade feminina. Chivers tem feito estudos sobre o que excita uma mulher. Em um documentário chamado "Bi the Way", apresentado no festival de cinema de Nova Iorque, ela declara que para as mulheres heterossexuais, olhar para um homem nu caminhando na praia é tão excitante como ver uma paisagem, ou seja, a tesão feminina não é fixa, não é baseada em um padrão genético pré-fixado ou único - são muitas as conclusões de Chivers, mas fui ficando com sono ao longo do artigo. Curioso é que Freud descobriu isso em 1915 em seu magnífico estudo sobre a pulsão. Porém, como a metodologia de Freud não permite "laboratórios", "experimentos", "testes", "macacos", "coelhos" e "rinocerontes" - é uma metodologia que privilegia a escuta de humanos - então, não dá capa de revista. Na reportagem de Bergner, é grande o espaço para os testes de Chivers mostrando filmes de macacos bonobos em atividades sexuais para um público masculino, feminino e homossexual, e depois a "medida" da excitação através de um "aparelho" chamado "plethysmograph" - é impressionante o fascínio da mídia pela psicologia experimental! Mais impressionante é o amor da psicologia experimental pelos bichos - mas isso é tema para outro artigo. Soon!
Enfim, que bom que essa questão seja debatida novamente. Só por isso já valeu a pena a eleição de Barack Obama! O retorno de Monica Lewinsky promete!!
Li e gostei em:http://leobelferrari.blog.uol.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário