A etimologia de algumas palavras e expressões:
Calote é diminutivo de cala. Cala (palavra que tem calo como variante) é o talho que se faz numa fruta, ou queijo, para degustação do eventual comprador. Quando a cala é pequena, o que geralmente é o caso, então é um calote.Ocorre que, antigamente, muito comprador abocanhava a porção em oferta e não comprava o produto, o que resultava em prejuízo para o vendedor.O calote, portanto, - antes de algum imbecil inverter o sentido do termo- , quem tomava era o vendedor, não o comprador.
Pode tirar o cavalo da chuva:Quando alguém chegava a cavalo em visita, de duas, uma: ou atrelava a montaria na própria cerca, ou, caso fosse demorar, fazia-o num canto ao abrigo da chuva ou do sol. Ocorria às vezes que o visitante pensava ficar pouco e atrelava o cavalo à cerca, mas a conversa acabava por revelar-se tão proveitosa que o anfitrião a certa altura afirmava: "Pode tirar o cavalo da chuva". Era um convite para ficar.
Carcamano: tem origem no italiano "calca mano". O insulto era dedicado aos comerciantes italianos que, ao pesar o produto, emprestavam impulso extra à balança calcando-lhe a mão.
Maneiro: O adjetivo maneiro em geral expressa atributos positivos. Se alguém é maneiro é porque é hábil, capaz, jeitoso. Se alguma coisa é maneira é porque é cômoda, prática, útil, legal. Ocorre que a palavra vem do latim manuariu, que significa, sim, jeitoso, capaz, ágil com as mãos – mas também, e por isso mesmo, ladrão.
Gato-sopata: Sopata? Não, não há erro de digitação. A expressão teria surgido da derrota imposta aos gatos pelos cachorros quando estes colocam aqueles sob a pata. Um gato sob a pata, ou, sinteticamente, sopata, é um gato maltratado, neutralizado, subjugado. O sapato que o nonsense popular pôs ao lado do gato na expressão se deve ao fato de sapato ser mais familiar e rimar com gato.
•••Adaptado Copiado da coluna de Roberto Pompeu de Toledo, numa edição da revista VEJA de junho de 2002 (!!!). Todas as explicações sobre a origem das palavras e expressões reproduzidas foram tiradas do livro A casa da Mãe Joana, de Reinaldo Pimenta.
Calote é diminutivo de cala. Cala (palavra que tem calo como variante) é o talho que se faz numa fruta, ou queijo, para degustação do eventual comprador. Quando a cala é pequena, o que geralmente é o caso, então é um calote.Ocorre que, antigamente, muito comprador abocanhava a porção em oferta e não comprava o produto, o que resultava em prejuízo para o vendedor.O calote, portanto, - antes de algum imbecil inverter o sentido do termo- , quem tomava era o vendedor, não o comprador.
Pode tirar o cavalo da chuva:Quando alguém chegava a cavalo em visita, de duas, uma: ou atrelava a montaria na própria cerca, ou, caso fosse demorar, fazia-o num canto ao abrigo da chuva ou do sol. Ocorria às vezes que o visitante pensava ficar pouco e atrelava o cavalo à cerca, mas a conversa acabava por revelar-se tão proveitosa que o anfitrião a certa altura afirmava: "Pode tirar o cavalo da chuva". Era um convite para ficar.
Carcamano: tem origem no italiano "calca mano". O insulto era dedicado aos comerciantes italianos que, ao pesar o produto, emprestavam impulso extra à balança calcando-lhe a mão.
Maneiro: O adjetivo maneiro em geral expressa atributos positivos. Se alguém é maneiro é porque é hábil, capaz, jeitoso. Se alguma coisa é maneira é porque é cômoda, prática, útil, legal. Ocorre que a palavra vem do latim manuariu, que significa, sim, jeitoso, capaz, ágil com as mãos – mas também, e por isso mesmo, ladrão.
Gato-sopata: Sopata? Não, não há erro de digitação. A expressão teria surgido da derrota imposta aos gatos pelos cachorros quando estes colocam aqueles sob a pata. Um gato sob a pata, ou, sinteticamente, sopata, é um gato maltratado, neutralizado, subjugado. O sapato que o nonsense popular pôs ao lado do gato na expressão se deve ao fato de sapato ser mais familiar e rimar com gato.
•••Adaptado Copiado da coluna de Roberto Pompeu de Toledo, numa edição da revista VEJA de junho de 2002 (!!!). Todas as explicações sobre a origem das palavras e expressões reproduzidas foram tiradas do livro A casa da Mãe Joana, de Reinaldo Pimenta.
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