Deu no Estadão:
Em visita à Faixa de Gaza, o chefe do programa humanitário da União Europeia, Louis Michel, afirmou ontem que o Hamas tem "imensa responsabilidade"sobre a atual tragédia humana no território palestino. Segundo informou o diplomata, o bloco europeu não dialogará com o grupo islâmico, qualificado por Michel de "terrorista", até que o Hamas renuncie definitivamente à luta armada e reconheça o Estado de Israel.
A UE congelou sua ajuda a Gaza depois que o grupo islâmico expulsou o rival Fatah do território, em 2007. O Hamas figura na lista europeia de organizações terroristas, status que impede qualquer diálogo direto e auxílio financeiro até que o grupo abandone as armas e aceite negociar com Israel."Eu digo intencionalmente isso: o Hamas é um grupo terrorista e deve ser denunciado como tal", declarou Michel.
Apesar do isolamento imposto ao grupo, o emissário anunciou que a UE auxiliará a população de Gaza com um pacote emergencial de US$ 70 milhões. Michel, porém, não especificou como o dinheiro será distribuído sem passar pelo Hamas, que governa a região.
Sobre o lado israelense, o diplomata disse a jornalistas que "a ofensiva foi abominável, indescritível". Cerca de 1.400 palestinos morreram e 5 mil ficaram feridos nos 22 dias de conflito. No mesmo período, 13 israelenses foram mortos. O representante da UE pediu ainda que Israel levante o bloqueio a Gaza e condenou o desrespeito às leis internacionais dos dois lados.
O chefe da diplomacia do bloco, Javier Solana, anunciou ontem que irá para a região ajudar a fortalecer o cessar-fogo.
Leia mais em: O Estado do São Paulo
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