Exame do paciente é feito pela internet. Tecnologia beneficia cidades isoladas.
Uma nova tecnologia pode aliviar as dores de quem precisa de atendimento médico e não encontra especialistas nas cidades remotas da Amazônia. Ainda em fase de testes, um projeto lançado pelo Governo Federal coloca em contato doutores e pacientes por meio de uma câmera e um computador. O município de São Gabriel da Cachoeira (AM), que fica na fronteira noroeste do Brasil, é um dos locais que sofre com o problema da falta de médicos especializados. Com 40 mil habitantes, a cidade fica a 1400 quilômetros de Manaus, e é uma das mais isoladas da região. “Vários esforços foram feitos no sentido de atrair esses profissionais, mas ainda não conseguimos”, desabafa o Major João Couto, diretor do hospital da cidade. Um dos testes com o novo equipamento foi realizado lá. O paciente era Francisco, sargento do exército que apresentava manchas na pele e ainda não sabia qual era o seu problema. Usando Internet via satélite, ele foi examinado por uma dermatologista de Manaus, que verificou os sintomas usando as imagens transmitidas e obteve o diagnóstico: leishmaniose. A telemedicina, como é chamada a consulta feita à distância, é uma das possibilidades abertas pelo Gesac, programa de inclusão digital do Governo Federal que tem instalado pontos de comunicação via internet em locais distantes. No ano passado, já foram realizados quase 1200 exames usando a nova tecnologia. Em São Gabriel da Cachoeira, onde o equipamento portátil está em fase de testes, 32 pessoas foram atendidas à distância por especialistas. Até o final do ano, estima-se que o programa esteja instalado em 12 mil localidades de todo o país.
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