O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), encaminhou ontem, quinta-feira, projeto de resolução à Mesa Diretora da Casa que proíbe a eleição de senadores para o Conselho de Ética que respondam a processos judiciais, em qualquer instância, por crimes contra o patrimônio, a administração e as finanças públicas. O tucano argumenta que os integrantes do conselho devem ter lisura ética para julgarem os colegas. "É imperioso que os membros do conselho, titulares ou suplentes, tenham a isenção necessária para avaliar a conduta ética de seus pares. O projeto dá transparência e segurança às ações do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, bem como transmite para a sociedade um padrão de isenção quanto ao julgamento dos seus representantes legitimamente eleitos", afirmou. Atualmente, não há restrições para a indicação de parlamentares ao Conselho de Ética. As vagas são divididas de acordo com o tamanho das bancadas partidárias na Casa. Cada líder de partido com assento no colegiado indica os seus representantes. O projeto de Virgílio foi motivado pela crise política que atinge o Senado há mais de três meses. A oposição ficou irritada com a escolha de dois aliados do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), para a presidência e a vice-presidência do colegiado --os senadores Paulo Duque (PMDB-RJ) e Gim Argello (PTB-DF).
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