sábado, 15 de agosto de 2009

Aécio diz que espaço do PMDB no governo Lula é exagerado

Da Folha Online:
O governador de Minas Gerais e pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, disse nesta sexta-feira, em Recife (PE), que considera "exagerado" o espaço que o PMDB ocupa na administração federal e que o governo não pode se submeter "a uma ditadura de qualquer partido, seja ele qual for, mesmo o PMDB".
Para o tucano, "no momento em que o PMDB não for o único responsável pela governabilidade, não terá o espaço que vem tendo hoje".
"Lula tem 39 ministérios, muitos dos quais só para acomodação dos aliados e de companheiros do partido."
O governo, disse Aécio, "não é para ser ocupado pela companheirada". "É preciso qualificação na vida pública, é preciso indicar pessoas qualificadas, ter metas de desempenho para servidores e ministros."
O governador afirmou que considera o PMDB "uma grande federação de interesses regionais" e que acha "fundamental" que o futuro presidente estabeleça "desde o início qual o nível da relação política".
"Prestigiar quadros qualificados de um partido é uma coisa. O PMDB tem os seus quadros. Submeter-se às indicações do partido, quaisquer que sejam elas, é outra coisa muito diferente", afirmou. "O novo governo tem que estabelecer um novo padrão nas relações partidárias", declarou.
Mas Aécio disse que seria "muito difícil" governar sem o apoio dos peemedebistas. "O que tenho dito é que é possível construir alianças nas quais o PMDB se inclua sem fazer a relação que se construiu no Brasil, com a troca tão explícita de favores ou espaços no poder."
Uma aliança com a sigla em eventual governo do PSDB, afirmou, "é claramente possível". "Você, no momento em que assume com autoridade, apoio popular, pode buscar os quadros qualificados que existem", afirmou. "Eu acho que uma parcela do PMDB se disporia a participar conosco."
Acompanhando Aécio na visita, o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), disse que o PMDB "é um grande partido brasileiro" e que "não se governa sem ele". Sobre os reflexos dos confrontos no Senado em uma eventual administração tucana, ele afirmou que as discussões na Casa não envolvem partidos.

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