"O elegante Fernando Collor obrou de novo. Desta vez no ambiente solene e sobre os tapetes macios de azul profundo do plenário do Senado Federal. Na sessão de segunda-feira (10/08/2009), expelindo pela boca a graça retórica e a graxa intestina que regurgitou sobre o jornalista Roberto Pompeu de Toledo, colunista da revista Veja, o nobre senador Collor confessou ao país: "Eu tenho obrado em sua cabeça nesses últimos dias, venho obrando, obrando, obrando em sua cabeça".
Obrando, Collor deixou o rastro de um estilo inconfundível que alcança os olfatos mais distantes e sensíveis. Obrando, Collor depositou em sua presidência, aqui e ali, obradinhas discretas, quase imperceptíveis, e despejou também obradas monumentais, que impressionam pelo volume e pela consistência, que não se desfaz ao longo do tempo.
A imagem sempre composta, empertigada, aprumada, de ternos bem cortados, gravatas de grife e sapatos de fino cromo, não permitia imaginar que aquele homem fino, como qualquer um, também tivesse seus momentos de íntima comunhão com a fisiologia. Pois agora sabemos, nessa surpreendente auto-purgação, que Fernando Collor também obra. Obrando, Collor desce à condição humana que até ele, como uma estátua sedestre, precisa assumir em alguns privados momentos do dia."
O trecho acima faz parte de um artigo do jornalista Luiz Cláudio Cunha, especial para o blog do Noblat: Leia aqui
Obrando, Collor deixou o rastro de um estilo inconfundível que alcança os olfatos mais distantes e sensíveis. Obrando, Collor depositou em sua presidência, aqui e ali, obradinhas discretas, quase imperceptíveis, e despejou também obradas monumentais, que impressionam pelo volume e pela consistência, que não se desfaz ao longo do tempo.
A imagem sempre composta, empertigada, aprumada, de ternos bem cortados, gravatas de grife e sapatos de fino cromo, não permitia imaginar que aquele homem fino, como qualquer um, também tivesse seus momentos de íntima comunhão com a fisiologia. Pois agora sabemos, nessa surpreendente auto-purgação, que Fernando Collor também obra. Obrando, Collor desce à condição humana que até ele, como uma estátua sedestre, precisa assumir em alguns privados momentos do dia."
O trecho acima faz parte de um artigo do jornalista Luiz Cláudio Cunha, especial para o blog do Noblat: Leia aqui
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