No Correio Brasiliense:
O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) disse nesta quinta-feira (3) que não é justa a urgência requerida pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para os projetos de lei que criam o marco regulatório da exploração do petróleo existente na camada pré-sal Entenda o assunto da plataforma marinha brasileira. Ele lembrou que o governo teve 22 meses para debater o tema internamente, assinalando que o Congresso terá que se abrir para a discussão com a sociedade.Arthur Virgílio frisou que "não se trata de uma queda de braço" entre o Executivo e o Legislativo, "de saber quem prepondera, a opinião de quem está valendo"."Se sabemos que o pré-sal é coisa para quinze, vinte anos, que diferença faz levar 90, 180 ou 360 dias para se chegar ao melhor marco regulatório?", indagou o senador.Arthur Virgílio afirmou que a questão não é de calendário eleitoral, mas "uma questão estratégica por excelência, que é a questão energética". Além disso, o senador chamou a atenção para a necessidade de ouvir, entre outros setores da sociedade, os ambientalistas."Quem diz que em 2050 ou 2060 isso aí vai ter valor econômico real? Os países desenvolvidos estão investindo em fontes alternativas e limpas de energia. Quanto tempo durará a moda dos combustíveis fósseis? Será que isso será tolerado?", indagou. Arthur Virgílio citou ainda uma análise elaborada pelo banco de investimentos Credit Suisse, que reduz em 44% as expectativas para o volume das reservas de petróleo existentes na área do pré-sal na Bacia de Santos. De acordo com o banco, os cálculos mais otimistas apontam uma reserva de 28,2 bilhões de barris de petróleo naquela área, contra a previsão anterior de 50 bilhões de barris.O senador disse que a análise foi feita nos 19 blocos localizados no pólo de Tupi ou no seu entorno, a chamada "franja do pré-sal". Desse total, a Petrobras não participa, como operadora ou parceira, de apenas três blocos. Virgílio observou que o banco classificou como necessária essa revisão das expectativas para dar maior clareza ao real potencial do pré-sal. A análise alerta que dificilmente se consegue uma taxa de 100% de sucesso.
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