A Grã-Bretanha irá assumir uma participação de até 77% do conglomerado Lloyds Banking Group depois de chegar a um acordo para cobrir suas perdas de 260 bilhões de libras (cerca de US$ 370 bilhões) em ativos de risco, disse o banco no sábado. O Lloyds, terceiro maior banco do país, pagará uma taxa 15,6 bilhões de libras para participar do acordo e assumirá a "primeira perda" de 25 bilhões de libras em ativos. Depois disso, o governo assumirá 90% de qualquer perda no valor dos ativos.
O acordo permitirá que a participação com direito a voto do governo no Lloyds aumente para 65%, dos atuais 43%, se os acionistas não participarem de uma oferta de 4 bilhões de libras em ações. A participação do governo poderá chegar a 77% se as ações "B" sem voto forem convertidas, mas sua participação com direito a voto será limitada a 75%. O Lloyds segue os passos do Royal Bank of Scotland ao alcançar um acordo trocando bilhões de libras em ativos por uma maior participação do governo, num momento em que as autoridades dão um apoio sem precedentes a entidades financeiras em um esforço para que o crédito circule nos mercados novamente. O plano do governo britânico limitará as perdas que o banco poderá sofrer se a economia continuar se deteriorando. Eric Daniels, presidente-executivo do Lloyds, disse que o acordo "reduz substancialmente" o portfólio de riscos do banco. O Lloyds se comprometeu a aumentar seus empréstimos a proprietários de moradias e empresas no próximo ano em 14 bilhões de libras e também prevê o mesmo montante para 2011, algo que o governo exige enquanto a escassez de crédito estrangula um economia já em recessão. O ministro do Tesouro, Stephen Timms, disse que o acordo fornece segurança ao banco. "No futuro, o Lloyds será um banco forte e bem-sucedido", disse Timms, a uma rádio inglesa.
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