Sob o argumento de reduzir gastos, lideranças partidárias do Congresso preparam uma manobra que pode resultar em um rombo de ao menos R$ 1,2 bilhão nos cofres públicos.As Mesas Diretoras da Câmara e do Senado estudam acabar com a chamada verba indenizatória, que destina R$ 15 mil mensais a cada um dos 594 congressistas, e incorporar parte do recurso (R$ 8.000) ao salário dos parlamentares, que subiria para R$ 24,5 mil.A proposta traria uma economia inicial de R$ 35,7 milhões/ ano aos cofres do Congresso. O problema é que o efeito cascata do aumento salarial de deputados e senadores resultaria em um gasto extra anual de pelo menos R$ 1,2 bilhão a Estados e municípios, o que supera em 33 vezes a suposta economia.Isso porque o salário máximo dos 1.059 deputados estaduais e dos 52.007 vereadores do país está vinculado constitucionalmente ao contracheque dos congressistas.
Tradicionalmente, quando há aumento salarial em Brasília, o mesmo ocorre nas Assembleias Legislativas e nas Câmaras Municipais de todo o país.O cálculo do rombo, feito pela Folha, é conservador. Foi feito em cima de 13 salários/ano, quando se sabe que em várias Assembleias e Câmaras há, assim como no Congresso, 15 salários anuais. Além disso, não inclui o impacto do aumento na parte dos vencimentos de assessores que é vinculada à remuneração dos parlamentares, o que ocorre tanto no Congresso quanto nos demais entes.Pelo cálculo da Folha, o gasto extra das Assembleias seria de pelo menos R$ 82,5 milhões ao ano. Já o dispêndio anual das Câmaras subiria em pelo menos R$ 1,1 bilhão.Pela Constituição, os deputados estaduais podem ganhar até 75% do salário dos deputados federais. Já os vereadores têm limite de remuneração que varia entre 20% e 75% dos vencimentos dos deputados estaduais, dependendo do tamanho de cada município.
Leia mais em:
Um comentário:
Existe um verbo que é muito conjugado pelos politicos em tôdo o Brasil. O verbo ARROMBAR.
Postar um comentário