Não há estudos formais sobre a restrição de calorias em humanos. Nós sabemos que ela funciona em ratos e moscas drosófilas porque eles têm uma expectativa de vida pequena; um estudo que esperasse repetir o resultado em humanos demoraria décadas. É muito difícil imaginar uma pessoa que se candidatasse a passar fome na maior parte de sua vida quando benefícios a longo prazo ainda são desconhecidos.
Ainda assim, nós temos algumas evidências básicas de que o regime pode ter benefícios. Em Okinawa, no Japão, por exemplo, que tem muitos centenários em sua população, as pessoas tradicionalmente consomem menos calorias. Após as duas guerras mundiais, quando o suprimento de comida era escasso, menos pessoas morreram de doenças relacionadas à idade, como doença de artéria coronária, diabetes tipo 2 e câncer [fonte: Hochman]. Quando pesquisadores no complexo autossustentável Biosfera 2 (um projeto com o objetivo de recriar os principais ecossistemas terrestres) se viram com o estoque de comida acabando nos anos 1990, eles adotaram uma dieta com restrição de calorias; um dos pesquisadores, Roy Walford, tornou-se um dos principais devotos da dieta, escrevendo livros como "A Dieta dos 120 anos" e "O Plano Antienvelhecimento". Walford morreu em 2004 de esclerose lateral amiotrófica (ELA, mais conhecida como doença de Lou Gehrig).Mesmo sem evidência científica dos benefícios da longevidade, muitas pessoas adotaram a restrição de calorias na esperança de diminuir o processo de envelhecimento.
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