Hipopótamos, abelhas, zebras, camelos e girafas foram "flagrados" pela Polícia Federal durante a Operação Castelo de Areia, que investiga diretores da construtora Camargo Corrêa. Mas nenhum animal chegou a ser preso pelos agentes quando a operação foi deflagrada, em 25 de março. Na verdade, esses são alguns dos códigos utilizados pelos investigados para esconder o teor das conversas, seja sobre pessoas envolvidas ou seja sobre valores, de acordo com relatórios de inteligência da polícia. O uso de códigos aparece constantemente nas conversas telefônicas interceptadas durante ações da PF. Por exemplo, na operação Vampiro, que apurou fraudes na licitação de hemoderivados no Ministério da Saúde, "condomínio" foi apontado como partido.
Na Têmis, que investigou suposta venda de decisão judicial em favor de donos de bingos, entrega do "travesseiro" seria repasse de dinheiro. No caso da Operação Castelo de Areia, a polícia interceptou uma conversa no dia 25 de julho de 2008 em que o suíço naturalizado brasileiro Kurt Paul Pickel --apontado pela PF como doleiro e principal articulador do suposto esquema de evasão de divisas e lavagem de dinheiro-- pergunta ao diretor da Camargo Corrêa Fernando Dias Gomes se ele recebeu a "correspondência pelo hipopótamo, abelha". O analista da PF que transcreveu a conversa diz apenas que eles estão se referindo a pessoas. Em alguns momentos, os policiais tentam "decifrar" os códigos. Em outra conversa com Pickel,Fernando Dias Gomes diz que "o leão já comeu" e "o cachorro já latiu", o que, segundo a PF, significa que os negócios foram fechados. Em 9 dezembro de 2008, os dois combinam um encontro no jardim zoológico. No dia seguinte, os policiais escreveram que foram realizadas diligências, mas "não logramos êxito em descobrir o local". A partir das interceptações telefônicas, o relatório diz que "a ligação poderia estar denotando a entrega ou retirada de dinheiro". Em alguns momentos, os próprios interlocutores confundem os animais. A secretária Marisa Iaquino, que trabalha com Fernando Dias Gomes e também foi investigada, pergunta a Pickel se está confirmado o encontro com o "carneiro" no "jardim zoológico". Ele responde que é com o "camelo". Segundo o relatório, nesse caso, o zoológico seria a própria Camargo Corrêa. Em outra conversa, de janeiro de 2009, entre Pickel e Dias Gomes, o suposto doleiro diz que a "girafa" não queria comer. O diretor da empreiteira responde que vai falar com o "domador". O analista das escutas apenas escreve que o domador seria "pessoa hierarquicamente superior à girafa". Ao analisar as interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça, os policiais viram indícios de que os alvos da operação queriam ocultar crimes.
Na Têmis, que investigou suposta venda de decisão judicial em favor de donos de bingos, entrega do "travesseiro" seria repasse de dinheiro. No caso da Operação Castelo de Areia, a polícia interceptou uma conversa no dia 25 de julho de 2008 em que o suíço naturalizado brasileiro Kurt Paul Pickel --apontado pela PF como doleiro e principal articulador do suposto esquema de evasão de divisas e lavagem de dinheiro-- pergunta ao diretor da Camargo Corrêa Fernando Dias Gomes se ele recebeu a "correspondência pelo hipopótamo, abelha". O analista da PF que transcreveu a conversa diz apenas que eles estão se referindo a pessoas. Em alguns momentos, os policiais tentam "decifrar" os códigos. Em outra conversa com Pickel,Fernando Dias Gomes diz que "o leão já comeu" e "o cachorro já latiu", o que, segundo a PF, significa que os negócios foram fechados. Em 9 dezembro de 2008, os dois combinam um encontro no jardim zoológico. No dia seguinte, os policiais escreveram que foram realizadas diligências, mas "não logramos êxito em descobrir o local". A partir das interceptações telefônicas, o relatório diz que "a ligação poderia estar denotando a entrega ou retirada de dinheiro". Em alguns momentos, os próprios interlocutores confundem os animais. A secretária Marisa Iaquino, que trabalha com Fernando Dias Gomes e também foi investigada, pergunta a Pickel se está confirmado o encontro com o "carneiro" no "jardim zoológico". Ele responde que é com o "camelo". Segundo o relatório, nesse caso, o zoológico seria a própria Camargo Corrêa. Em outra conversa, de janeiro de 2009, entre Pickel e Dias Gomes, o suposto doleiro diz que a "girafa" não queria comer. O diretor da empreiteira responde que vai falar com o "domador". O analista das escutas apenas escreve que o domador seria "pessoa hierarquicamente superior à girafa". Ao analisar as interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça, os policiais viram indícios de que os alvos da operação queriam ocultar crimes.
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