O governo Lula continuou ontem a anunciar o seu primeiro pacote eleitoral para 2010. Trata-se das medidas que desde o início da semana têm sido baixadas com o objetivo de ganhar votos por meio de política politiqueira. A primeira medida politiquenta havia sido o despacho de dinheiro federal para as prefeituras, que gastaram demais e ora reclamam da queda de repasses federais obrigatórios, que são vinculados à receita de impostos (IR e IPI). Ontem, soube-se que o salário mínimo vai subir de R$ 465 para R$ 506,50 _ou, pelo menos, é o que o governo propôs. Aumento de 9%, maior que a inflação, que deve ficar em 4%. Num ano em que o PIB deve crescer em torno de zero. Lula vai reduzir o superávit primário do governo central de 2,15% do PIB para 1,4% do PIB. Diz que é para poder manter o nível de investimentos. É cascata. O governo investiu, diretamente, cerca de 1% do PIB no ano passado. A redução de 0,75 ponto percentual do superávit é para acomodar aumentos de gasto corrente, a maior parte com reajuste de servidores. Na pauta dos favores, há negociações para dar mais dinheiro a governadores. E renegociações malandras de dívida do setor privado com o governo, coisas estimuladas ou mesmo amplificadas por esses desclassificados do Congresso. Se o dinheiro do reajuste do funcionalismo e outros aumentos de gasto corrente fosse jogado de um helicóptero sobre as favelas e sertões do país, o gasto seria socialmente mais útil e teria mais efeito na contenção da crise. Isso para nem falar da pirataria de dinheiro público, como a que vemos no Congresso, nas licitações fraudadas, nos superfaturamentos, nas verbas para ONGs bandidas etc etc. De mais sério, o governo diz estudar a criação de um fundo garantidor, um seguro, para empréstimos que micro, pequenas e médias empresas tomam em bancos, o que pode reduzir o custo do dinheiro.
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