O governo federal, comandado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, gastou mais de R$ 1,027 bilhão com publicidade nas administrações direta e indireta em 2008, contra R$ 968,8 milhões no ano anterior (valor já corrigido pela inflação medida pelo IPCA) Ao fazer comparações com os anos anteriores, a Secom utiliza o IGPM (Índice Geral de Preços ao Consumidor). Dessa forma, o total de 2008 teria variação negativa de 0,1%, contra R$ 1,027 bilhão do ano anterior. O valor engloba todas as publicidades realizadas pelas empresas estatais, de "utilidade pública", feita por ministérios e outros órgãos da administração direta, além de propagandas de caráter institucional, que divulgam ações governamentais sob responsabilidade da Secom. O Jornal Folha de São Paulo revelou no dia 29 de março que a administração Lula deu um grande salto nos patrocínios de estatais nos últimos anos. Houve um pulo de 96% entre 2003, ano da posse, e 2006, quando o petista foi reeleito, passando de R$ 555 milhões para R$ 1,086 bilhão. Em 2008, foram R$ 918,4 milhões em patrocínios, valor que, somado ao da publicidade, chega a quase R$ 2 bilhões, número próximo aos grandes anunciantes privados, como Casas Bahia ou Unilever. Já os dados de publicidade mostram que, no ano passado, a maior parte do dinheiro (R$ 641 milhões ou 62,4%) foi para emissoras de televisão. Os jornais ficaram com 13,1% (R$ 134,7 milhões), seguidos por rádios (R$ 88,8 milhões ou 8,7%) e revistas (R$ 81,1 milhões ou 7,9%). A internet recebeu R$ 27 milhões ou 2,6%. A Secretaria da Comunicação Social da Presidência da República gastou no ano passado R$ 105,2 milhões em publicidade -a campeã de investimentos. Em seguida, veio o Ministério da Saúde, com R$ 68,6 milhões, o BNDES, com R$ 30,8 milhões, e o Ministério do Turismo, com R$ 23,2 milhões. A Eletrobras gastou R$ 25,4 milhões; Furnas, R$ 16,9 milhões. Os ministérios da Justiça (R$ 9,8 milhões), Educação (R$ 7,1 milhões) e Desenvolvimento Social (R$ 4,5 milhões) estão na sequência. As empresas estatais federais gastaram, em 2008, R$ 714 milhões com publicidade. "A Secom só pode informar os valores consolidados dos investimentos de empresas estatais que competem no mercado, como a Petrobras, a Caixa Econômica Federal ou o Banco do Brasil e não está autorizada a revelar os valores de publicidade de cada empresa", afirma nota da assessoria de imprensa.
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