sábado, 21 de março de 2009

Para os ecologistas, no bumbum dos outros...

Quando se começou a falar em preservação da natureza, no fim dos anos 60, os ambientalistas eram vistos como seres exóticos. Na época, derrubar florestas para erguer cidades era uma boa ideia e nem se falava em aquecimento global. Hoje, a preocupação com o ambiente está na ordem do dia e os ambientalistas conquistaram respeito. Isso não impede que parte deles insista no figurino da extravagância. A toda hora grupos ambientalistas se engajam em campanhas cuja racionalidade é difícil de entender, seja pelos objetivos que perseguem, seja pelos métodos utilizados para alcançá-los. A mais recente dessas campanhas, promovida pelo Greenpeace, tem como meta impedir que se use para os devidos fins o papel higiênico ultramacio, formado por duas camadas de folhas. Nos Estados Unidos e em alguns países da Europa, os papéis higiênicos mais caros têm três e até quatro camadas de folhas.
É o que diz a reportagem da Jornalista Renata Moraes, na Veja desta semana. Desta vez, a reclamação se deve ao fato de que esse tipo de produto não pode ser feito com papel reciclado. Sua produção exige fibras de celulose virgens, o que significa sacrificar toneladas de árvores. O Greenpeace alega que, nos Estados Unidos, boa parte da madeira usada para fabricar os rolos de papel higiênico é tirada das florestas nativas do norte do Canadá, importantes na absorção do dióxido de carbono (CO2), o principal gás do efeito estufa. E o que dizer das árvores plantadas exclusivamente para a produção de papel, em áreas de constante reflorestamento? Também estão na lista negra dos ambientalistas extremados porque, segundo dizem, áreas de monocultura não servem de habitat para variedades grandes de animais.
Enfim, a tese é que, para estar em paz com o planeta, é preciso usar papel higiênico do tipo áspero. É, no bumbum dos outros....

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