O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), carro chefe na Campanha de Dilma Roussef, estabelece investimentos em saneamento básico no Brasil, mas o país dificilmente cumprirá até 2015 as metas que assumiu junto à ONU para esse setor, segundo especialistas. O Brasil comprometeu-se em 2000 a reduzir pela metade o índice de habitantes sem acesso a água potável e ao esgotamento sanitário em relação ao período entre 1990 e 2015. O compromisso foi assumido por todos os 189 países membros da Organização das Nações Unidas (ONU), como parte dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), com metas em diversas áreas para reduzir a desigualdade e melhorar o desenvolvimento humano no mundo. Mas nem mesmo o dinheiro despejado pelo PAC -- que assegurou 10 bilhões de reais por ano para saneamento básico entre 2007 e 2010 -- deve ser suficiente para que o país cumpra esse objetivo.
"O atraso deve acontecer, principalmente em esgoto", disse à Reuters o diretor do Departamento de Articulação Institucional do Ministério das Cidades, Sergio Antonio Gonçalves. "Se conseguirmos manter o ritmo de investimento atual, até 2025, 2030, nós conseguiremos fazer a universalização (do serviço) na área urbana", afirmou.Em 2007, o país coletou 42 por cento do esgoto produzido por sua população e tratou 32,5 por cento do total, segundo dados do Ministério das Cidades. Para cumprir as metas estipuladas pelos ODM, o acesso à rede de esgoto no país teria de chegar a 69,71 por cento da população em 2015 -- ou um total projetado de 140 milhões de pessoas.Levando-se em conta os domicílios atendidos com fossa assética, o índice de cobertura no país sobe a 75 por cento. Mas, mesmo assim, o Brasil está atrasado em relação à média registrada na América Latina (82 por cento), da América do Norte, excluindo-se o México (100 por cento) e Europa (95 por cento), segundo dados fornecidos pela ONG Instituto Trata Brasil.
"Nem tem mais tempo para chegar lá. Não dá mais", disse o presidente do Trata Brasil, Raul Pinho. "Nós estamos trabalhando agora com uma meta de universalização em 20 anos, caso o PAC se mantenha. Estamos falando em 2027. Então nós só vamos conseguir chegar ao nosso Objetivo do Milênio (de 69,1 por cento de coleta de esgoto) lá para 2020", afirmou.Pinho aponta a "paralisação dos investimentos" brasileiros em saneamento básico entre 1990 e 2003 -- e os investimentos reduzidos entre 2003 e 2006 -- como os principais fatores para o atraso.
"O atraso deve acontecer, principalmente em esgoto", disse à Reuters o diretor do Departamento de Articulação Institucional do Ministério das Cidades, Sergio Antonio Gonçalves. "Se conseguirmos manter o ritmo de investimento atual, até 2025, 2030, nós conseguiremos fazer a universalização (do serviço) na área urbana", afirmou.Em 2007, o país coletou 42 por cento do esgoto produzido por sua população e tratou 32,5 por cento do total, segundo dados do Ministério das Cidades. Para cumprir as metas estipuladas pelos ODM, o acesso à rede de esgoto no país teria de chegar a 69,71 por cento da população em 2015 -- ou um total projetado de 140 milhões de pessoas.Levando-se em conta os domicílios atendidos com fossa assética, o índice de cobertura no país sobe a 75 por cento. Mas, mesmo assim, o Brasil está atrasado em relação à média registrada na América Latina (82 por cento), da América do Norte, excluindo-se o México (100 por cento) e Europa (95 por cento), segundo dados fornecidos pela ONG Instituto Trata Brasil.
"Nem tem mais tempo para chegar lá. Não dá mais", disse o presidente do Trata Brasil, Raul Pinho. "Nós estamos trabalhando agora com uma meta de universalização em 20 anos, caso o PAC se mantenha. Estamos falando em 2027. Então nós só vamos conseguir chegar ao nosso Objetivo do Milênio (de 69,1 por cento de coleta de esgoto) lá para 2020", afirmou.Pinho aponta a "paralisação dos investimentos" brasileiros em saneamento básico entre 1990 e 2003 -- e os investimentos reduzidos entre 2003 e 2006 -- como os principais fatores para o atraso.
*Com informações da Agência Reuters
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