Uma manobra da oposição acomodou o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), na cadeira de relator da CPI das ONGs. O grãotucano vai substituir o governista Ignácio Arruda (PCdoB-CE), que deixara a comissão das ONGs para reforçar a tropa do ‘abafa’ na CPI da Petrobras. Para desassossego do governo, quem preside a CPI que vasculha as contas das ONGs é Heráclito Fortes (DEM-PI). Com a rapidez do relâmpago, o 'demo' Heráclito fez de Virgílio o novo relator. Falando ao blog, o líder tucano disse: “Não tenho biografia que me permita sair dessa função de mãos abanando. Vamos investigar”. Virgílio deseja abrir “as gavetas” da velha CPI. Considera a hipótese de incluir no rol de alvos da comissão as ONGs que receberam verbas de patrocínio da Petrobras. Como se fosse pouco, a oposição reuniu assinaturas suficientes para prorrogar a CPI das ONGs. Terminaria em julho. Foi empurrada para dezembro. Surpreendida, a bancada governista passou a flertar com a idéia de devolver Ignácio Arruda à CPI das ONGs. Heráclito dá de ombros.Avisa que, ao sair, Arruda não levou consigo a relatoria. Se voltar, não a terá de volta. Diz que a nomeação de Virgílio é caminho sem volta.Trata-se de um troco da oposição ao veto que Lula impôs à indicação do ‘demo’ ACM Jr. (BA) para a presidência da CPI da Petrobras.Na comissão petroleira, o comando será exclusivamente governista –presidente e relator. Dar-se-á o inverso na CPI das ONGs, agora comandada por Heráclito e Virgílio.Desde que foi instalada, em 2007, a comissão das ONGs convertera-se em palco de disputas entre governo e oposição.
Dono da relatoria, o governo vinha conseguindo controlar a apuração. Retiveram-se, por exemplo, pedidos de quebra de sigilo bancário e fiscal de entidades que receberam verbas oficiais.Submetido à relatoria do líder tucano, o governo talvez tenha mais motivos para se preocupar com a CPI das ONGs do que com a da Petrobras.Deu-se algo que o ex-presidente Tancredo Neves costumava resumir magistralmente com uma frase: “A esperteza, quando é muito grande, engole o esperto”.
Dono da relatoria, o governo vinha conseguindo controlar a apuração. Retiveram-se, por exemplo, pedidos de quebra de sigilo bancário e fiscal de entidades que receberam verbas oficiais.Submetido à relatoria do líder tucano, o governo talvez tenha mais motivos para se preocupar com a CPI das ONGs do que com a da Petrobras.Deu-se algo que o ex-presidente Tancredo Neves costumava resumir magistralmente com uma frase: “A esperteza, quando é muito grande, engole o esperto”.
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