O homem apelidado de 'Monstro de Mendoza', um argentino de 67 anos que abusou sexualmente de suas filhas durante 20 anos, teve sete filhos-netos com a própria filha, segundo exame de DNA ordenado para confirmar a paternidade, informou nesta quarta-feira (27) uma fonte judicial. Para avançar na investigação, a Justiça espera, agora, o resultado da perícia psiquiátrica efetuada em Armando Lucero, detido numa prisão de segurança máxima na cidade de Mendoza, a 1.000 km a oeste de Buenos Aires. Lucero, que está em uma prisão de segurança máxima, é acusado de violar uma das filhas, hoje com 35 anos. Outra, de 40 anos, que está casada agora, contou à justiça que havia sido estuprada pelo pai quanto tinha 8 anos. "Ele me violentou quando eu tinha 8 anos e cansou de me tocar durante muito tempo. Para esconder, me ofereceu dinheiro, mas não aceitei. Tudo era muito confuso", disse a mulher, à imprensa de Mendoza, capital da província de mesmo nome (oeste). O caso tem alguns aspectos em comum com o do austríaco Josef Fritzl, "O monstro de Amstetten", de 73 anos, condenado em março à prisão perpétua pelo assassinato de um dos sete filhos-netos que teve com sua filha, que foi mantida trancafiada por 24 anos em um porão. Lucero se negou a falar na segunda-feira (25) diante do juiz, mas ao sair do tribunal disse aos jornalistas: "Perdoem-me... não quero viver mais". As identidades das filhas de 35 e 40 anos do acusado ainda são mantidas em segredo judicial, segundo o procurador Marcelo Gutiérrez. Lucero vive com sua filha de 35 anos, com os sete filhos-netos que teve com ela de idades entre 2 e 19 anos, com sua esposa -com quem teve sete filhos- e com a sogra de 84 anos. A filha de 40 anos revelou que o 'Monstro de Mendoza' chamava as três filhas da família "para que mostrassem a ele os cadernos da escola, mas quando estava no banho", em uma modesta casa de alvenaria no bairro Sección Cuarta de Mendoza. De acordo com a versão da filha de 40 anos, Lucero ameaçava sua família com uma arma para que se mantivesse em silêncio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário