Leio em O Globo na coluna do experiente jornalista Ancelmo Góes, uma pequena história muito elucidativa sobre a personalidade da ministra Dilma Roussef. Numa reunião com técnicos, um deles lembrou que o Brasil hoje polui mais do que o Japão. Ela retrucou na hora: “Saio daqui fantasiada de mico de circo se isto for verdade”. O jornalista conclui a nota: “Era verdade”.Dilma, no entanto, não saiu dali fantasiada de mico de circo. Nem precisava. Da fantasia, digo. Porque seu papel hoje se esfalfando Brasil afora agarrada no ombro do chefe, é mais eloqüente do que qualquer fantasia. Se Lula às vezes esquece que é um presidente e fala como um feirante das próprias grandezas ou como um mero animador de auditório, por que sua ministra ungida não pode se soltar um pouco em imagens circenses? Ainda quando autoridade na área de energia, uma das primeiras coisas que fez foi provocar o Governo Fernando Henrique, anunciando aos quatro ventos: “Apagão nunca mais”. Na noite do apagão, esfumou-se. Estava em Santa Catarina, curiosamente sozinha, longe do ombro do chefe. Então não falou nada. E olha que ela gosta de falar. Dias atrás declarou que o governo Lula dá de 400 a 0 no governo Fernando Henrique. Não é o momento agora para mostrar o quanto os atuais programas do PT são mera continuação ou pura maquiagem de programas da gestão FHC. Hoje eu só queria chamar a atenção para o estilo da ministra. Vulgar, primário, bravateiro e injusto. Mico de circo pode ter a sua graça. Dilma não tem nenhuma. Nem graça nem verdade.
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