Dezoito empresas, entre elas empreiteiras que têm negócios com o governo, patrocinam o filme sobre a vida de Lula
De André Miranda, Evandro Éboli e Jailton de Carvalho no O Globo:
O filme "Lula, o filho do Brasil", exibido anteontem à noite na abertura do Festival de Cinema de Brasília e que será lançado no começo do ano eleitoral de 2010, foi patrocinado por um grupo de 18 empresas — além de três apoiadoras —, entre elas três empreiteiras com negócios diretos com o governo federal.
As empresas doaram ao todo R$ 10,8 milhões e, numa ação incomum no mercado, não terão o direito de descontar o patrocínio no Imposto de Renda, como permitiria a Lei Rouanet. Das 18 empresas doadoras, quatro fizeram "doações ocultas", como se diz nas campanhas políticas, ou seja: se recusaram a aparecer na lista de patrocinadores oficiais da cinebiografia da primeira fase da vida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Entre os patrocinadores do filme estão as construtoras OAS, Odebrecht e Camargo Corrêa e as montadoras Volkswagen e Hyundai. Na lista ainda aparecem a empresa francesa de energia elétrica GDF Suez, Souza Cruz, Ambev e até o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, do Sistema S).
As empreiteiras tocam grandes obras financiadas pelo governo federal. A Odebrecht faz parte do consórcio encarregado da construção da usina hidrelétrica de Santo Antônio. A Camargo Corrêa participa das obras da usina de Jirau. A OAS executa obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Para a produtora do filme, Paula Barreto, da LC Barreto, não há conflito de ordem ética na decisão das empresas com negócios com o governo de financiar a cinebiografia de Lula. Ela argumenta que os produtores ajudaram a patrocinar o filme com o interesse financeiro de reforçar as marcas e não para agradar ao governo ou fomentar um determinado projeto político.
Paula é irmã do diretor do filme, Fábio Barreto, e filha de Luiz Carlos Barreto, o dono da LC Barreto, o organizador do empreendimento.
O filme "Lula, o filho do Brasil", exibido anteontem à noite na abertura do Festival de Cinema de Brasília e que será lançado no começo do ano eleitoral de 2010, foi patrocinado por um grupo de 18 empresas — além de três apoiadoras —, entre elas três empreiteiras com negócios diretos com o governo federal.
As empresas doaram ao todo R$ 10,8 milhões e, numa ação incomum no mercado, não terão o direito de descontar o patrocínio no Imposto de Renda, como permitiria a Lei Rouanet. Das 18 empresas doadoras, quatro fizeram "doações ocultas", como se diz nas campanhas políticas, ou seja: se recusaram a aparecer na lista de patrocinadores oficiais da cinebiografia da primeira fase da vida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Entre os patrocinadores do filme estão as construtoras OAS, Odebrecht e Camargo Corrêa e as montadoras Volkswagen e Hyundai. Na lista ainda aparecem a empresa francesa de energia elétrica GDF Suez, Souza Cruz, Ambev e até o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, do Sistema S).
As empreiteiras tocam grandes obras financiadas pelo governo federal. A Odebrecht faz parte do consórcio encarregado da construção da usina hidrelétrica de Santo Antônio. A Camargo Corrêa participa das obras da usina de Jirau. A OAS executa obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Para a produtora do filme, Paula Barreto, da LC Barreto, não há conflito de ordem ética na decisão das empresas com negócios com o governo de financiar a cinebiografia de Lula. Ela argumenta que os produtores ajudaram a patrocinar o filme com o interesse financeiro de reforçar as marcas e não para agradar ao governo ou fomentar um determinado projeto político.
Paula é irmã do diretor do filme, Fábio Barreto, e filha de Luiz Carlos Barreto, o dono da LC Barreto, o organizador do empreendimento.
COMENTO: Para ser mais preciso oito patrocinadores ou apoiadores do filme financiaram também a campanha de Lula para presidente, em 2006. Essas empresas doaram R$ 11,6 milhões para a reeleição do petista, 15% do total da receita da campanha do PT, que chegou a R$ 76,7 milhões.
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