Por Cristiano Romero e Alex Ribeiro, de Brasília13/11/2009
O Brasil sobreviveu à crise financeira internacional, mas a economia correu riscos muito mais graves do que revelam os discursos oficiais. O país sofreu um ataque especulativo em dezembro de 2008 e os bancos pequenos e médios enfrentaram uma corrida, com saques estimados em R$ 40 bilhões em apenas uma semana.
Os contratos das empresas exportadoras com derivativos cambiais somaram US$ 38 bilhões e os prejuízos, divididos com os bancos, foram contabilizados em US$ 10 bilhões.
O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, por pouco não foi demitido às vésperas de o país ser arrastado pela turbulência internacional.
Essas histórias são contadas agora por um de seus personagens centrais. Graças à sua posição privilegiada, o diretor de política monetária do BC, Mário Torós, conhece como poucos os detalhes e motivações das mais importantes decisões tomadas pelo governo. O Valor checou, confrontou e complementou as informações com outras autoridades que estavam na cabine de comando e ouviu fontes técnicas que assessoraram todo o processo.
Torós comandou as mesas de câmbio e juros e os recolhimentos compulsórios numa turbulência que dizia respeito essencialmente às atividades do BC - a crise, originada nos Estados Unidos, atingiu o crédito, a liquidez dos mercados e o valor das moedas. O Ministério da Fazenda agiu numa etapa seguinte, em que a política fiscal tomou a dianteira. para evitar uma recessão mais grave no país.
O Brasil sobreviveu à crise financeira internacional, mas a economia correu riscos muito mais graves do que revelam os discursos oficiais. O país sofreu um ataque especulativo em dezembro de 2008 e os bancos pequenos e médios enfrentaram uma corrida, com saques estimados em R$ 40 bilhões em apenas uma semana.
Os contratos das empresas exportadoras com derivativos cambiais somaram US$ 38 bilhões e os prejuízos, divididos com os bancos, foram contabilizados em US$ 10 bilhões.
O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, por pouco não foi demitido às vésperas de o país ser arrastado pela turbulência internacional.
Essas histórias são contadas agora por um de seus personagens centrais. Graças à sua posição privilegiada, o diretor de política monetária do BC, Mário Torós, conhece como poucos os detalhes e motivações das mais importantes decisões tomadas pelo governo. O Valor checou, confrontou e complementou as informações com outras autoridades que estavam na cabine de comando e ouviu fontes técnicas que assessoraram todo o processo.
Torós comandou as mesas de câmbio e juros e os recolhimentos compulsórios numa turbulência que dizia respeito essencialmente às atividades do BC - a crise, originada nos Estados Unidos, atingiu o crédito, a liquidez dos mercados e o valor das moedas. O Ministério da Fazenda agiu numa etapa seguinte, em que a política fiscal tomou a dianteira. para evitar uma recessão mais grave no país.
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