O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), foi quem ampliou os poderes de Agaciel Maia para gerir o dinheiro do plano de saúde dos servidores, depositado em três contas paralelas sem nenhuma fiscalização, informa reportagem de Adriano Ceolin, Leonardo Souza e Andreza Matais, publicada nesta terça-feira pelo Jornal Folha de São Paulo. Segundo a reportagem, as contas tinham mais de R$ 160 milhões. Sarney autorizou em 2005 o então diretor-geral da Casa a contratar sem licitação hospitais, médicos e demais entidades e profissionais que integram a rede do plano de saúde dos funcionários. Nomeado por Sarney em 1995, Agaciel só deixou o comando administrativo do Senado em março deste ano, após a Folha revelar que ele escondeu da Justiça uma casa avaliada em R$ 5 milhões. As contas do Senado, criadas em 1997 pela Mesa Diretora do Senado, foram movimentadas por Agaciel durante anos, sem fiscalização. A única forma de controle da aplicação dos recursos era uma comissão interna fantasma, que não se reúne há cinco anos e é formado por funcionários que deixaram o Senado e tem até um morto.
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