Tido como futuro candidato ao governo de São Paulo, o deputado federal Ciro Gomes disse (PSB-CE) ontem que uma eventual aliança com o colega Paulo Maluf (PP-SP) não afetaria "a hegemonia moral e intelectual" de sua aliança. No entanto, negou uma aliança com Orestes Quércia: "Não vou para uma aliança com o Quércia, não vou. Ponto final", disse Ciro --hoje, Quércia é aliado do governador José Serra. "Não vou com Newton Cardoso, com Jader Barbalho." E com Maluf? "Depende da hegemonia moral e intelectual que se estabeleça, porque o PP não tem hoje tamanho para alterar o centro de uma hegemonia moral e intelectual boa". E citou Gramsci: "Faço aliança até com Satanás se for para fazer a obra de Deus". No início da semana Maluf disse que conversou com Ciro, que ontem revelou ter relação "extremamente cordial" com o ex-prefeito: "O que pega é catapora; conversar não faz mal nenhum". Ciro admitiu pela primeira vez que pode transferir o título eleitoral para São Paulo (condição para disputar o governo). Mas ressaltou: "Não quer dizer, só este ato, que eu seja candidato a governador. Posso ser candidato a presidente tendo domicílio em São Paulo".
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