Em sua cerimônia de filiação ao PPS, o ex-presidente Itamar Franco, 79, disse que o presidente Lula interfere de forma "indevida" na defesa de José Sarney (PMDB-AP) na presidência do Congresso. Para Itamar, o Legislativo precisa do apoio da opinião pública e dos congressistas, e não do presidente da República. Lula foi o principal alvo de Itamar na cerimônia que marcou sua volta à vida partidária, agora no PPS-MG, três anos após deixar o PMDB e romper politicamente com o petista. "Temos três Poderes independentes", disse Itamar. "É lamentável que o Executivo tenha que prestar apoio ao presidente do Congresso. O presidente do Congresso não tem que ter apoio do presidente da República, primeiro tem que ter apoio da opinião pública e, depois, dos seus pares." Itamar, porém, evitou criticar Sarney. Questionado, disse que o afastamento dele é assunto para o Congresso. Mas, em discurso, criticou o Senado ao dizer que "a República não admite atos secretos". Mesmo sem sem citar o nome de Lula, Itamar reservou parte do seu discurso para criticar o petista, a quem ajudou a eleger em 2002. E foram muitas as críticas. Afirmou o ex-presidente (1992-94) que "corre perigo a democracia quando o governo age para assegurar a um partido político a manutenção do poder a qualquer custo".
Disse que "reiteradas ações do governo, destinadas a favorecer o culto da personalidade, podem levar a uma espécie de czarismo caboclo, altamente comprometedor da saúde republicana". E falou em "populismo inconsequente".
Criticou ainda o que chamou de "certeza messiânica", as "incontinências verbais", os "esforços destinados a negar o passado" e até a espécie de bordão do presidente Lula: "Estamos cansados de ouvir 'nunca antes nesse governo'". O governador José Serra (PSDB-SP), em mensagem enviada, citou o governo "trabalhador e honesto" de Itamar. O governador Aécio Neves (PSDB-MG), o preferido de Itamar para a Presidência, se referiu ao ex-presidente como "ético e decente". Itamar não se colocou como candidato em 2010, mas PSDB e PPS admitem que ele pode vir a disputar o Senado.
* Informações da Folha Online
Disse que "reiteradas ações do governo, destinadas a favorecer o culto da personalidade, podem levar a uma espécie de czarismo caboclo, altamente comprometedor da saúde republicana". E falou em "populismo inconsequente".
Criticou ainda o que chamou de "certeza messiânica", as "incontinências verbais", os "esforços destinados a negar o passado" e até a espécie de bordão do presidente Lula: "Estamos cansados de ouvir 'nunca antes nesse governo'". O governador José Serra (PSDB-SP), em mensagem enviada, citou o governo "trabalhador e honesto" de Itamar. O governador Aécio Neves (PSDB-MG), o preferido de Itamar para a Presidência, se referiu ao ex-presidente como "ético e decente". Itamar não se colocou como candidato em 2010, mas PSDB e PPS admitem que ele pode vir a disputar o Senado.
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