Sob ameaça de expulsar Honduras do bloco, a Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) estabeleceu hoje prazo de 72 horas para que o novo governo do país devolva o poder ao presidente deposto José Manuel Zelaya, derrubado após um golpe militar no último domingo. Em um comunicado, a OEA reafirmou que Zelaya é o presidente constitucional de Honduras e exigiu a restituição “imediata, segura e incondicional” do líder às suas funções. “Nenhum governo resultante dessa interrupção inconstitucional será reconhecido”, diz o texto. Na nota, a OEA declarou estar “profundamente preocupada” com a crise política deflagrada no país, que provocou “uma alteração inconstitucional da ordem democrática”. Além de condenar “energicamente" o golpe militar, a OEA classificou de “detenção arbitrária” a expulsão de Zelaya de Honduras. A destituição do presidente pelas Forças Armadas foi determinada pela Suprema Corte e pelo Congresso Nacional de Honduras, logo após a convocação de um plebiscito. Zelaya foi levado para a Costa Rica e depois seguiu para a Nicarágua. Durante coletiva de imprensa em Nova York, ele prometeu voltar a Honduras amanhã (2). Mas o novo governo já determinou a prisão do presidente deposto caso ele retorne ao país.
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