Senadores admitem que também usaram verba para fretar jatos
O diretor-geral do Senado, Alexandre Gazineo, divulgou nota ontem em defesa do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). Reportagem publicada pela Folha de S.Paulo mostrou que Tasso gastou R$ 469 mil em recursos do Senado para fretar jatinhos entre 2005 e 2007.Gazineo afirma que a utilização da cota no fretamento de aviões tem ´absoluto caráter de legalidade´. Segundo ele, ato da direção do Senado editado em 1988, referente à cota de passagens aéreas, é omisso no que diz respeito à utilização da verba para o fretamento de jatos. Por esse motivo, não houve irregularidades.O diretor diz que o tucano utilizou o saldo da sua cota de passagens aéreas para pagar o fretamento. ´O senhor Tasso Jereissati, mediante processo administrativo legal, requereu à Mesa Diretora que autorizasse o pagamento de transporte por ele utilizado, junto à empresa aérea nacional regular, valendo-se para tanto do saldo referente às passagens aéreas por ele não utilizadas´, disse.Segundo Gazineo, a direção do Senado autorizou a utilização da cota de passagens no fretamento porque não viu irregularidades na solicitação do parlamentar.Senadores da base aliada governista e da oposição admitiram nesta quinta-feira que, a exemplo do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), também utilizaram parte da sua verba oficial de passagens aéreas para fretar jatinhos pagos com recursos do Senado. Em discursos de solidariedade a Tasso, os senadores Mário Couto (PSDB-PA) e Jefferson Praia (PDT-AM) reconheceram que também fretaram jatinhos para viajar ao interior com a verba das passagens.
"O Pará é grande, o senador precisa se locomover. Eu já aluguei avião também, um monomotor, para me deslocar. Eu também tive autorização de alugar avião como Vossa Excelência [Tasso] teve. Eu também perguntei ao secretário-geral do Senado na época se poderia, e o secretário disse que poderia. Que erro cometemos?", disse Couto.
Irritado com as denúncias que atingem o Senado há quase um mês, o tucano disse estar "perdido" dentro da Casa Legislativa. "Temos que ter logo essa noção real do que se pode ou não se pode fazer neste Senado. É preciso que se estabeleçam as normas necessárias. Como estamos, tenho, às vezes, medo de ir até ao banheiro. Quantas vezes posso ir ao banheiro por dia nesta Casa? Estou com receio", disse.
Suplente do senador Jefferson Peres (PDT-AM), falecido no ano passado, Praia disse que há dez meses não utiliza a verba indenizatória. Mas admitiu que fretou jatinhos para viajar ao interior do Amazonas.
"Eu viajei pelo interior do Estado também com a minha cota, aproveitando-a para alugar avião, que é a única maneira de ir ao interior do Estado do Amazonas. Não utilizo a verba indenizatória. Pode ser feito isso? Pode. Isso sempre foi colocado para todos nós e para mim também", afirmou.
"O Pará é grande, o senador precisa se locomover. Eu já aluguei avião também, um monomotor, para me deslocar. Eu também tive autorização de alugar avião como Vossa Excelência [Tasso] teve. Eu também perguntei ao secretário-geral do Senado na época se poderia, e o secretário disse que poderia. Que erro cometemos?", disse Couto.
Irritado com as denúncias que atingem o Senado há quase um mês, o tucano disse estar "perdido" dentro da Casa Legislativa. "Temos que ter logo essa noção real do que se pode ou não se pode fazer neste Senado. É preciso que se estabeleçam as normas necessárias. Como estamos, tenho, às vezes, medo de ir até ao banheiro. Quantas vezes posso ir ao banheiro por dia nesta Casa? Estou com receio", disse.
Suplente do senador Jefferson Peres (PDT-AM), falecido no ano passado, Praia disse que há dez meses não utiliza a verba indenizatória. Mas admitiu que fretou jatinhos para viajar ao interior do Amazonas.
"Eu viajei pelo interior do Estado também com a minha cota, aproveitando-a para alugar avião, que é a única maneira de ir ao interior do Estado do Amazonas. Não utilizo a verba indenizatória. Pode ser feito isso? Pode. Isso sempre foi colocado para todos nós e para mim também", afirmou.
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