A Polícia Federal de São Paulo excluiu do relatório final da Operação Castelo de Areia, que investiga, entre outros crimes, supostas doações ilegais feitas pela construtora Camargo Corrêa a partidos políticos, as siglas PT, PTB e PV.Em reportagem do "Jornal Nacional", da TV Globo, a PF informou que excluiu esses três partidos do relatório final porque, em princípio, as transferências foram dentro da lei.No documento que enviou à Justiça Federal, a polícia elencou como possíveis alvos de doações ilegais pela Camargo Corrêa: PSDB, DEM, PPS, PMDB, PSB, PDT e PP.A referência aos três partidos (PT, PV e PTB), segundo o "Jornal Nacional", surgiu numa correspondência eletrônica entre um dos diretores da construtora, Fernando Dias Gomes, e Luiz Henrique, tido como representante da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo). No documento, o diretor cobrava "recibos pendentes".Segundo ainda o documento, ao lado de cada partido foi relacionado um valor: "PSDB Comitê Financeiro de S. José dos Campos, R$ 25 mil; PSDB, R$ 25 mil; PT Diretório Regional, R$ 25 mil; PTB Comitê Financeiro Municipal, R$ 25 mil; e PV Comitê Financeiro Municipal, R$ 25 mil".Segundo a reportagem, PV e PTB informaram que as doações da Camargo Corrêa foram legais e registradas normalmente. O PT, por sua vez, informou que, sem saber de qual município estão falando, não tem condições de responder.Há ainda documentos, segundo a PF, que fazem referência a uma suposta doação de R$ 300 mil para o DEM e a outras duas, de R$ 100 mil cada uma, para o PSDB do Pará."É impossível afirmar, apenas com os dados atuais, a ilicitude de tais dados", afirmou a PF no relatório.Ainda segundo a reportagem, a PF cita dois deputados federais do PSDB, Arnaldo Madeira e Mendes Thame, que teriam recebido doações da construtura. Segundo as escutas telefônicas, foram R$ 25 mil e R$ 50 mil, respectivamente. Eleitos deputados em 2006, dois anos antes do diálogo interceptado, eles negaram as doações.
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