Em meio a uma série de denúncias de irregularidades sobre o uso da cota de passagens aéreas pelos parlamentares, a presidência da Câmara dos Deputados deve definir novas regras para organizar a utilização destes benefícios por deputados e senadores. A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira (20) pela assessoria de imprensa da presidência da Casa. Apesar de escândalos, líderes do PT e do PSDB minimizam crise no Congresso. Os deputados Cândido Vacarezza (PT-SP) e José Aníbal (PSDB-SP) participaram de debate no estúdio do UOL em Brasília.O texto diz que o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), "reconhece que deputados, inclusive ele próprio, destinaram parte dessa cota a familiares e terceiros não envolvidos diretamente com a atividade do Parlamento".A assessoria do deputado confirmou que a verba foi usada em uma viagem com a mulher, amigos e familiares para Porto Seguro, na Bahia, durante o recesso parlamentar de 2008. A informação foi publicada inicialmente pelo site "Congresso em Foco".Segundo a nota, o uso indiscriminado era fruto da falta de regras claras definindo os limites de utilização dos créditos.O texto divulgado pela Câmara aponta ainda possíveis "equívocos" na utilização de outros recursos, como aqueles destinados à postagem, impressos, moradia e a verba indenizatória de R$ 15 mil a que cada deputado tem direito mensalmente. De acordo com a assessoria da Câmara, estudos estão sendo feitos para se definir como será encaminhada a readequação e reestruturação dos pagamentos feitos pela Casa. Mas ainda não há reuniões agendadas com os parlamentares para tratar do tema. "As diretrizes dessa readequação serão a transparência absoluta (já definida nas verbas indenizatórias), a redução dos gastos e a sua publicidade para que todos a elas tenham acesso", diz a nota.
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