Um terço dos integrantes do Conselho de Ética da Câmara, órgão responsável por julgar eventual quebra de decoro dos deputados, emitiu pelo menos 35 passagens para o exterior em seus próprios nomes ou no de terceiros, incluindo parentes, amigos e funcionários.Todos os destinos são cidades que recebem grande fluxo de turistas anualmente: Londres, Paris, Milão, Miami e Buenos Aires.Os dados constam dos registros de companhias áreas, aos quais a Folha teve acesso. Além de cinco titulares do conselho, os suplentes Marcelo Melo (PMDB-GO) e Fernando Coruja (PPS-SC), líder de seu partido na Câmara, financiaram mais 19 viagens para fora do país com dinheiro da Casa. Ou seja, foram no mínimo 54 bilhetes da cota área dos sete congressistas.
"É claro que é ruim [para sua própria imagem], mas entendia-se que era legal. Agora, valor moral muda conforme a época. A população não suporta mais isso. Então não vou mais passar para terceiros nem usar bilhetes da Câmara para o exterior", disse Coruja.Dagoberto Nogueira (PDT-MS) bancou 16 passagens para familiares e funcionários, tendo como destino Miami, Paris, Milão e Buenos Aires. Em seu próprio nome, foram mais dois bilhetes -para Estados Unidos e Itália. Questionado sobre o motivo das viagens, disse não se lembrar. "Ah, meu Deus do céu, deixa eu ver o que que é", respondeu ele. Até o fechamento desta edição, contudo, ele não ligou de volta.Já Moreira Mendes (PPS-RO) levou mulher e filho para Miami, em agosto do ano passado, com as passagens dos três pagas pela Câmara. Ele não quis dizer a que se referiu a viagem. "O uso das passagens aéreas é a critério do deputado. O que eu fui fazer lá [Miami] é problema meu", ressaltou Moreira Mendes.Waldir Maranhão (PP-MA) emitiu três bilhetes aéreos para Londres, entre dezembro de 2007 e setembro do ano passado. Os beneficiários foram Gabriela e Carlos Roberto Paschoal e Paulo Santos. A Folha não conseguiu localizar o deputado ontem.Ruy Pauletti (PSDB-RS) emitiu seis passagens, sendo duas para Paris, duas para Milão e mais duas para Miami. Somente um trecho, o de Paris, foi em nome do deputado.
Já no caso de Nazareno Fonteles (PT-PI) -cinco bilhetes em nome de terceiros para Miami-, o deputado não reconheceu os beneficiários. Ele disse achar que as passagens possam ter sido emitidas ilegalmente de sua cota.
"É claro que é ruim [para sua própria imagem], mas entendia-se que era legal. Agora, valor moral muda conforme a época. A população não suporta mais isso. Então não vou mais passar para terceiros nem usar bilhetes da Câmara para o exterior", disse Coruja.Dagoberto Nogueira (PDT-MS) bancou 16 passagens para familiares e funcionários, tendo como destino Miami, Paris, Milão e Buenos Aires. Em seu próprio nome, foram mais dois bilhetes -para Estados Unidos e Itália. Questionado sobre o motivo das viagens, disse não se lembrar. "Ah, meu Deus do céu, deixa eu ver o que que é", respondeu ele. Até o fechamento desta edição, contudo, ele não ligou de volta.Já Moreira Mendes (PPS-RO) levou mulher e filho para Miami, em agosto do ano passado, com as passagens dos três pagas pela Câmara. Ele não quis dizer a que se referiu a viagem. "O uso das passagens aéreas é a critério do deputado. O que eu fui fazer lá [Miami] é problema meu", ressaltou Moreira Mendes.Waldir Maranhão (PP-MA) emitiu três bilhetes aéreos para Londres, entre dezembro de 2007 e setembro do ano passado. Os beneficiários foram Gabriela e Carlos Roberto Paschoal e Paulo Santos. A Folha não conseguiu localizar o deputado ontem.Ruy Pauletti (PSDB-RS) emitiu seis passagens, sendo duas para Paris, duas para Milão e mais duas para Miami. Somente um trecho, o de Paris, foi em nome do deputado.
Já no caso de Nazareno Fonteles (PT-PI) -cinco bilhetes em nome de terceiros para Miami-, o deputado não reconheceu os beneficiários. Ele disse achar que as passagens possam ter sido emitidas ilegalmente de sua cota.
*Texto extraído de parte da reportagem de Leonardo Souza e Adriano Ceolin no Jornal Folha de São Paulo
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