A imprensa, sem dúvida, gosta de Aécio Neves (PSDB-MG). E não só a mineira. Um exemplo é a verba indenizatória, que está em debate. Os parlamentares têm direito a R$ 15 mil reais por mês, sobre os quais não pagam um centavo de Imposto de Renda. É para arcar com os custos do mandato, sabem? O líder do PSDB na Câmara, José Aníbal (SP), defendeu que o dinheiro seja incorporado ao salário. Se a verba não for extinta, e não será, é o mínimo que se pode fazer. A tal verba é uma criação de Aécio Neves, de 2001, quando presidente da Câmara. Os parlamentares pressionavam por aumento, a opinião pública era contra. Aécio se candidataria ao governo de Minas no ano seguinte e não queria comprar a briga. Então fez o quê? Conciliou o seu interesse eleitoral com os interesses dos seus pares: não deu o aumento, mas deu a tal verba indenizatória. Os parlamentares saíram ganhando mais do que se tivessem tido o reajuste, já que não pagam imposto sobre a bufunfa. E a imprensa? Pois é. Quase não se lembra que essa modernidade é obra de Aécio Neves.
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