De Reinaldo Azevedo:
Se o ministro Joaquim Barbosa acatou a denúncia contra os 40 do mensalão, não haveria por que não fazê-lo agora. E, em ambos os casos, agiu muito bem. Sempre ressaltando que o crime em Minas, por todos os dados elencados na denúncia do Ministério Público e no voto do relator, foi realmente eleitoral. E envolveu dinheiro público, como no caso do mensalão petista. Qual é a diferença em relação à outra lambança? A tramóia do PT buscava comprar partidos políticos e uma parcela do Congresso. Não custa lembrar que aquele escândalo não se limitou ao período das eleições. Era uma espécie de crime continuado.
Isso não diminui a gravidade dos crimes de que Azeredo é acusado. Só aumenta a gravidade dos crimes atribuídos aos petistas.
Agora vamos pensar um pouco: existe alguma razão para Azeredo ser um dos responsáveis pelo “mensalão mineiro”, mas Lula não ser um dos responsáveis pelo “mensalão petista”? Não! Ora, tanto quanto Lula é o Azeredo do esquema do PT, Azeredo é o Lula do esquema em Minas, que envolveu vários partidos.
Notem que a defesa formal de Azeredo coincide com a defesa política que se fez de Lula: nenhum deles sabia de nada, e não há indícios de que tenham participado formalmente das falcatruas. O presidente não precisou apresentar tal defesa em juízo porque o Ministério Público o deixou fora da acusação. Mas decidiu incluir Azeredo.
O MP acusa o ex-governador de Minas de dois crimes: peculato e lavagem de dinheiro. A sessão do STF foi suspensa antes de Barbosa ler a íntegra do seu voto. Por enquanto, ele aceitou a denúncia de peculato. Ainda falta ler o trecho que se refere à lavagem. A defesa argumenta que inexistem provas que indiquem que Azeredo ordenou a transferência de recursos para este ou aquele partidos, para este ou aquele candidatos.
Em resposta, diz o ministro Joaquim Barbosa que, em crimes dessa natureza, a individualização dos atos é realmente difícil, mas que há indícios de que ele conhecia o esquema — e, nesta fase, eles bastam. Um desses indícios é o fato de que peças-chave do esquema eram homens de confiança de Azeredo, que obedeciam às suas ordens.
É mesmo? E aquele que é acusado de ser o principal operador do mensalão, José Dirceu, era ou não homem de confiança de Lula? Obedecia ou não às suas ordens? Não só ele,. Os demais petistas implicados também eram do seu grupo político e seguiam suas orientações.
Não! Não estou advogando impunidade para Azeredo já que Lula nem acusado foi. Só estou mostrando que ambos exerciam o mesmo papel nos respectivos esquemas. E que Azeredo tende a ser processado, e Lula continua por aí, dando lições de moral para o presente, o passado e o futuro.
Isso não diminui a gravidade dos crimes de que Azeredo é acusado. Só aumenta a gravidade dos crimes atribuídos aos petistas.
Agora vamos pensar um pouco: existe alguma razão para Azeredo ser um dos responsáveis pelo “mensalão mineiro”, mas Lula não ser um dos responsáveis pelo “mensalão petista”? Não! Ora, tanto quanto Lula é o Azeredo do esquema do PT, Azeredo é o Lula do esquema em Minas, que envolveu vários partidos.
Notem que a defesa formal de Azeredo coincide com a defesa política que se fez de Lula: nenhum deles sabia de nada, e não há indícios de que tenham participado formalmente das falcatruas. O presidente não precisou apresentar tal defesa em juízo porque o Ministério Público o deixou fora da acusação. Mas decidiu incluir Azeredo.
O MP acusa o ex-governador de Minas de dois crimes: peculato e lavagem de dinheiro. A sessão do STF foi suspensa antes de Barbosa ler a íntegra do seu voto. Por enquanto, ele aceitou a denúncia de peculato. Ainda falta ler o trecho que se refere à lavagem. A defesa argumenta que inexistem provas que indiquem que Azeredo ordenou a transferência de recursos para este ou aquele partidos, para este ou aquele candidatos.
Em resposta, diz o ministro Joaquim Barbosa que, em crimes dessa natureza, a individualização dos atos é realmente difícil, mas que há indícios de que ele conhecia o esquema — e, nesta fase, eles bastam. Um desses indícios é o fato de que peças-chave do esquema eram homens de confiança de Azeredo, que obedeciam às suas ordens.
É mesmo? E aquele que é acusado de ser o principal operador do mensalão, José Dirceu, era ou não homem de confiança de Lula? Obedecia ou não às suas ordens? Não só ele,. Os demais petistas implicados também eram do seu grupo político e seguiam suas orientações.
Não! Não estou advogando impunidade para Azeredo já que Lula nem acusado foi. Só estou mostrando que ambos exerciam o mesmo papel nos respectivos esquemas. E que Azeredo tende a ser processado, e Lula continua por aí, dando lições de moral para o presente, o passado e o futuro.
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