segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Lula e o congresso de Judas


Do site do Augusto Nunes:
“Se Jesus Cristo viesse para cá, e Judas tivesse a votação num partido qualquer, Jesus teria de chamar Judas para fazer coalizão”, disse Lula na recente entrevista à Folha de S. Paulo.
A menção ao apóstolo cujo nome é sinônimo de traidor foi a mais ousada, mas não a primeira.
Na entrevista gravada em 1997, depois de comparar a Câmara e o Senado a ”uma bolsa de valores” e a ”um balcão de negócio”, o chefe da oposição afirma que o presidente da República, para aprovar projetos importantes, tinha de entender-se com “os judas do Congresso”.
A declaração à Folha confirma que Lula resolveu fazer por atacado o que acha que outros faziam no varejo. Em vez de negociar projeto por projeto com os comerciantes de votos, chamou os Judas “para fazer coalizão”. Transformou velhos inimigos em amigos de infância, promoveu verbas e cargos a moedas de troca e combinou que o prazo de validade do apoio teria a duração do mandato presidencial. O contrato de aluguel escancarado em 2005 pelo escândalo do mensalão foi renovado em 2006, depois de submetido a camuflagens que dificultam a chegada do camburão. Lula fala de acordos criminosos e acertos abjetos com a bancada das 30 moedas com a naturalidade de quem está contando como foi a missa. Mentor, sócio e padrinho de pecadores, exibe a candura de quem está acima do pecado. Pelo jeito, acredita mesmo que é uma reencarnação de Jesus Cristo.

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