segunda-feira, 15 de junho de 2009

Petrobras paga R$ 4 milhões a produtoras ligadas ao PT

Projetos sem licitação foram autorizados por funcionário demitido sob suspeita de desvio Empresa está analisando contratos com produtoras que atuaram em campanhas de Jaques Wagner (PT-BA) e de duas prefeitas petistas
Por Leonardo Souza e Hudson Corrêa, na Folha:
Duas produtoras de vídeo que trabalharam nas campanhas do governador Jaques Wagner (PT-BA) e de duas prefeitas do PT receberam R$ 4 milhões da Petrobras em 2008, sem licitação, em projetos autorizados por Geovane de Morais, demitido por justa causa por suspeitas de desvio de recursos nos contratos sob sua responsabilidade.Baiano de Paramirim, Morais é ligado ao grupo político petista oriundo do movimento sindical de químicos e petroleiros do Estado, do qual fazem parte Wagner e Rosemberg Pinto, assessor especial do presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, também da Bahia.Morais era o gerente de Comunicação da área de Abastecimento. Sob sua administração estava um orçamento no ano passado de R$ 31 milhões.Sua demissão foi decidida em 3 de abril, após uma sindicância interna ter constatado uma série de irregularidades em sua gestão, incluindo “indícios de pagamentos sem a devida entrega de serviços contratados”. Ou seja, desvio de dinheiro.Dada a gravidade do caso, a comunicação institucional da Petrobras está analisando todos os contratos autorizados por Morais, incluindo os repasses para as duas produtoras.A Folha teve acesso a todos os contratos de 2008 da área comandada por Morais. Entre os valores recebidos pelas duas produtoras, está R$ 1,5 milhão para filmagem de festas de São João e Carnaval na Bahia. Aqui A Petrobras informou que desde dezembro apura indícios de irregularidades nos contratos da gerência de Comunicação do Abastecimento e que decidiu, em abril passado, pela demissão por justa causa de Geovane de Morais.“Foram encontrados indícios de pagamentos sem a devida entrega dos serviços contratados”, diz.Questionada pela Folha se havia sinais de favorecimento ao PT nos contratos autorizados por Morais, a estatal disse que não identificou sinais, até o momento, de beneficiamento a nenhum partido. Aqui O crescimento da Movimento Produções coincide com a ida de Geovane de Morais para a Petrobras e com a eleição de Jaques Wagner para o governo baiano.Em 2003, Vagner Angelim e seu sócio José Carlos compraram a Movimento por R$ 1.000. Em 2004, Morais assumiu a gerência de comunicação de Abastecimento. Em julho de 2005, a produtora abriu filial no Rio, e o capital social foi para R$ 90 mil. Em 2007, após a eleição, registrou capital de R$ 500 mil.Segundo a assessoria de Wagner, a Movimento não trabalha diretamente para o Estado, mas presta serviços para agências que têm contratos com o governo.
Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/

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