Segundo o jornal Folha de São Paulo, o ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) tentou adotar ontem, em Alta Floresta (MT), um tom conciliador e otimista no discurso em que anunciou as novas medidas de regularização ambiental e fundiária na Amazônia. A plateia --composta por muitos agricultores e pecuaristas-- acompanhou sua fala com vaias do início ao fim. A antipatia do setor pelo ministro aumentou em maio, quando Minc chamou os grandes produtores rurais de "vigaristas". Ontem, o ministro disse que os dois programas têm o objetivo de "ajudar o povo a fazer as coisas certas". "A Embrapa [Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária], por exemplo, vai ajudar a fazer uma agricultura de boa produtividade e baixo impacto", disse. Minc disse também que o governo federal vai estabelecer preços mínimos para uma cesta de dez produtos do extrativismo e que vai financiar o "plantio de florestas" por meio do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar). Nos assentamentos, a recuperação de áreas degradadas renderá uma "bolsa-verde" de R$ 100 mensais. "Antes quem cortava ganhava algum, agora quem plantar vai ganhar para ajudar a alimentação da sua família", disse. Para Minc, "produção e meio ambiente não podem ser inimigos, mas aliados". "Para isso nós estamos trazendo mais de dez ministérios, mais de 20 órgãos, para defender o meio ambiente, a vida, produzir com dignidade, com obras, saneamento, educação e consciência", afirmou o ministro.
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